Crise de criatividade? Como assim, crise de criatividade? Não trabalhamos com instrumentos musicais? Não trabalhamos com música? Quer ramo mais criativo que o nosso?
É, bom amigo, leitor da M&M, estamos, realmente, numa grave crise de criatividade, por incrível que pareça.
Milhares de pessoas saindo das faculdades, principalmente de marketing, e muito pouca coisa do aprendizado é utilizado para incrementar o nosso setor.
Vivemos, sim, uma crise de criatividade, uma crise de inovação.
Repare
Você tem aquela ideia fantástica, sabe que não pode perder tempo, mas não consegue colocá-la em prática.
Não é fácil conviver num meio em que as inovações são difíceis de ser implantadas. Mas quais são os entraves que normalmente prejudicam a evolução do varejo de instrumentos musicais?
É claro que a grande maioria dos amigos sabe a resposta. Mas tenho certeza de que você vai se surpreender com alguns obstáculos.
Quais são eles?
1. Burocracia — A pior coisa que existe quando você tem uma boa ideia é o tempo que precisa esperar para ela ser aprovada pelos diversos “setores” da empresa. Um monte de aprovações, gente assinando, gente analisando, gente… Indiscutivelmente, a burocracia é sempre, nos formatos políticos, sociais e organizacionais, o grande bloqueador da criatividade. Veja se não é esse o seu caso.
2. Disputas — Impressionante! Um grande entrave para a difusão das ideias são os próprios colaboradores. As rixas, as disputas internas, as discussões sobre “pontos de vista” determinam a condenação da proliferação das mudanças necessárias para bons resultados. Não dá vontade de…
3. Custos — Pouco ou quase nada se sabe de custos no ramo de instrumentos musicais. Estamos engatinhando. Imagine, então, analisar o impacto da implementação de alguma ideia diferente da usual para promover melhores vendas. Quase impossível. Quando vamos aprender a investir e aplicar recursos em novas ideias para que coloquemos o nosso negócio pari passu com os demais bons negócios do mercado?
4. Falta de estímulo interno — Nem por parte dos colaboradores, tampouco da alta administração, projetos ditos inovadores são implementados. Estamos ainda vivendo o “ranço” do armazém de secos e molhados. O nosso negócio é o mais promissor do mercado, mas parece que a “velhacaria” continua vencendo; e vencendo de larga distância.
5. Medo — Não preciso me delongar com relação a esse item. Faz parte da vida do ser humano ter medo, principalmente das inovações, das mudanças, das novas ideias. Mas veja que interessante: a grande maioria das ideias é engavetada porque os seus criadores têm medo de perder posição, status ou até mesmo o emprego. Pode? Não é só uma questão de medo das inovações. É o medo da posição. Já pensou se existisse esse medo em empresas como Microsoft, Apple e por aí afora?
Trabalhamos no ramo mais promissor do mercado, depois do petróleo, da mineração e dos bancos. Entretanto, estamos embrenhados numa selva de ideias retrógradas e “peças de museu”.
Algumas dicas
Tá bom, tá bom! Vou alavancar sugestões para que você possa inovar na sua loja, no seu negócio:
1. Seja claro: divulgue, com veemência e responsabilidade, que você quer inovar. Fale com a direção, com os sócios, com os colaboradores, que o momento exige criatividade e que a empresa precisa tomar novos rumos, alavancar novos mercados e clientes.
2. Determine um tempo para planejar e estudar sobre inovação. Se você reparar no dia a dia da loja, vai perceber que todos os colaboradores têm tempo ocioso, principalmente nas primeiras horas da manhã, nos primeiros dias da semana. Excelente momento de direcionar este “tempo livre” para a criatividade, para a inovação. Incentive a turma a sair do marasmo.
3. Controle dos resultados. Depois de decidir sobre o que fazer, é hora de controlar e averiguar os resultados. Isso tem que acontecer a toda hora. Você precisa medir a eficiência e a eficácia das ideias, do que você determinou como inovador!
4. Se deu certo, reconheça que deu certo e incentive novas ideias. A renovação tem que acontecer a todo instante. As fórmulas são muitas para a criatividade, infinitas. Portanto, incentive as ações inovadoras e criativas.
Viu como é simples? Vamos colocar as novas ideias em prática?