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Produção de artistas em tempos de lives nas redes sociais

As lives nas redes sociais fazem parte do cotidiano de boa parte das bandas e artistas atualmente. E a produção destes eventos como fica?

Com a oficialização da quarentena, deu-se início ao colapso do mercado da música. Ainda no susto, mas com a criatividade que se tem de sobra, rapidamente foi pensada uma nova forma de compartilhar a sua arte, a música.

O principal formato escolhido foram as Lives, com os músicos se apresentando individualmente ou participando de festivais.

Surgiram diversas formas do ao vivo online através de novas propostas de eventos e compartilhamento de informação como nunca se viu antes: entrevistas, encontros, shows dentro dos perfis dos próprios artistas… Formas de ser manter ativos através das redes não faltaram.

Aprender, monetizar e engajar

Na primeira semana houve extensas pesquisas sobre como monetizar e engajar através das plataformas de streaming. Teve que se aprender em tempo recorde como utilizar diversas plataformas e aplicativos. Na verdade, tudo está numa velocidade acima do normal.

Vivendo sete dias a cada 24 horas. Até os grandes apps não suportaram o aumento abrupto de consumo. Novas tecnologias começaram a ser criadas, algumas versões betas surgiram.

A corrida no sentido de criar uma forma no qual os artistas pudessem continuar seu trabalho para seu público em casa.

Atenção à palavra TRABALHO, fazer shows faz parte de umas das funções do cargo artista, por isso a necessidade de pagamento.

Além disso, e muito mais importante, para que seja exercida a função, há vários outros cargos necessários para toda a realização.

2a Semana

Em sua segunda semana o assunto mais falado foi a qualidade para a realização destas lives. Qual a melhor maneira de trocar ideias? Mais pesquisas foram realizadas.

É tudo novo, nunca se trabalhou no mercado 100% online. Foi interessantíssima a preocupação e as ideias. E o fundamental: a lembrança constante de que estava se comunicando com um público abalado emocionalmente, obrigados a conviver com o modelo de isolamento social.

Então era importante manter a qualidade e oferecer proximidade e o conforto que todos precisavam.

O ponto chave de tudo isso é algo que foi visto mas pouco discutido. Para a realização de um show é necessário uma produção, que engloba espaço, rider, backline, mapa de palco, cenário, apresentação artistas e afins. Na Live não é diferente.

Como falado acima, a sonoridade foi algo crucial para muitos artistas, o que já contempla diversos pontos inerentes a produção. Mas e a produção do show? Como se apresentar para seu público ou o novo ouvinte? Acompanhei muitos, mas muitos shows ao vivo mesmo.

equipamentos

De equipamentos elementares à produções executadas por profissionais

E não vi nenhuma apresentação igual a outra. Cada um com sua identidade e com suas formas de produzir. Uns com ideias grandiosas, outras singelas. Uns fazendo um show, outros tirando um som, outros até apenas conversando.

Mas o que eu quero dizer com tudo isso, online ou não, é a exposição do trabalho. Pensar como vai se vestir, o cômodo com a melhor acústica, o cenário, como e o que vai comunicar.

Tudo isso faz parte da produção sendo artista/produtor ou tendo a sua produção. Não é porque mudamos o local de apresentação que esta parte pode ser esquecida.

Concluindo

Estamos num momento de produção de lives, seja no intuito de ser simples, de aproximar seu público à intimidade da sua casa, ou seja para ser grandioso, inovador.

A regra é a mesma: é importante uma definição do objetivo, pré-produção, produção e pós-produção.

Talvez estejamos diante de uma transformação de toda a cadeia da música e como todos os profissionais envolvidos nela deverão se atualizar. Não só os artistas.

Teremos o maior prazer em ouvir seus pensamentos

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