Viajar com um instrumento se tornou um pesadelo para muitos, com restrições de tamanho, peso, maltrato no transporte e muito mais. A Ciari Guitars não só apresentou um modelo de guitarra “reduzido” para resolver este problema, como também abrirá um espaço para músicos no Aeroporto de San Diego.
Para começar, informamos que este artigo foi fornecido pela NAMM e a versão original pode ser encontrada em seu site.
Como comentávamos, a ideia de embarcar em um avião para um músico pode evocar uma ampla gama de emoções, até mesmo para o viajante mais experiente. O medo de instrumentos perdidos ou danificados apenas agrava o processo já estressante de participar de viagens aéreas modernas. Uma empresa inovadora, a Ciari Guitars, está determinada a eliminar os desafios que os guitarristas enfrentam ao surcar os céus.
Como um guitarrista de longa data e advogado de patentes bem versado, o fundador e CEO da Ciari Guitars, Jonathan Spangler, sentiu as dores de ser um músico em movimento e levar sua guitarra de cidade em cidade e show em show. Ele conhece os problemas da vida na estrada, especialmente aqueles encontrados ao voar. Esforçando-se para encontrar uma guitarra que Spangler achasse que não estava apenas pronta para tocar, mas também projetada para transporte conveniente, ele percebeu que, para conseguir o que queria, teria que fazê-lo ele mesmo. Os instrumentos feitos pela Ciari Guitars ficam na interseção de artesanato e engenharia de nível médico, tornando-os “a primeira e única guitarra dobrável em tamanho real e digna de usar no palco”.
A NAMM conversou com Spangler, que compartilhou uma história particularmente comovente que o inspirou a fazer guitarras para viajantes. Ele contou sobre um convite para se apresentar em um festival de metal de três dias na Alemanha. Com seu fiel instrumento Martin D35 Johnny Cash Special Edition, ele chegou ao aeroporto preocupado com a possibilidade de embarcar com seu instrumento na mão. Com laços tão fortes com seu amado violão, ele se preparou para seu voo transatlântico sem nenhum plano de backup caso a companhia aérea o obrigasse a despachar seu violão, caso ele fosse perdido ou danificado. Tal como acontece com muitos voos longos, Spangler enfrentou várias escalas e ficou nervoso à medida que o tamanho do avião e dos compartimentos superiores diminuíam progressivamente. Apesar de ter tido sorte em convencer o pessoal da companhia aérea a guardar seu precioso bem no armário da primeira classe, sua sorte acabou na última etapa da viagem; ele foi forçado a despachar seu violão para seu destino final. Depois de esperar na esteira de bagagens na Alemanha, a sorte ficou do seu lado e seu violão chegou ileso. Naquele momento, Spangler percebeu que deveria haver uma maneira melhor de carregá-lo.
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Com o lançamento de Ciari Guitars e do Ascender, os viajantes cansados podiam agora ter a certeza de que tinham um instrumento que poderia ser facilmente transportado e armazenado em qualquer voo. Spangler pode ter resolvido um dos maiores problemas que os guitarristas viajantes tiveram, mas ele estava apenas começando. Em abril de 2022, Spangler e Ciari Guitars anunciaram sua mais recente inovação, o Music Oasis Free Guitar Lounge.
O Music Oasis é um santuário no aeroporto para guitarristas com poltronas confortáveis, vitrine de guitarras e várias estações de guitarra com fones de ouvido e tablets para que “os passageiros possam desestressar e relaxar antes ou depois dos voos enquanto tocam o Ascend”. Para o músico, o espaço também inclui um sistema de alto-falantes interno embutido, microfone e funcionalidade de PA para permitir performances.
A ideia por trás do Music Oasis veio simplesmente olhando para a imensa quantidade de tempo que a maioria das pessoas parece perder nos aeroportos. Durante suas viagens, Spangler desejava poder tocar música em vez de vagar sem rumo pelo aeroporto ou entrar em um fluxo interminável de e-mails e ligações. “Viajar é estressante o suficiente”, diz Spangler. “Quando lançamos a Ciari Guitars, o design específico tornou-se nosso foco, assim como nosso principal objetivo de permitir que as pessoas experimentem nossa guitarra em primeira mão para neutralizar o ceticismo que geralmente acompanha a inovação. Começando como uma oportunidade de marketing do tipo “experimente antes de comprar”, o Music Oasis expandiu-se para um centro de performance em colaboração com o Departamento de Artes do Aeroporto.”
A Ciari Guitars está atualmente trabalhando com o Aeroporto Internacional de San Diego para lançar o Music Oasis no Terminal 2 este ano. A empresa usará essa parceria para testar as águas como varejista em aeroportos de produtos MI e expandirá com sucesso para outros aeroportos de alto volume ou focados em música. A empresa, que é membro da NAMM, informa que os visitantes do Music Oasis podem experimentar seu modelo Ascender e outros produtos dentro do ecossistema de viagens, como fones de ouvido sem fio, amplificadores fáceis de transportar, teclados de tamanho reduzido, ukuleles e acessórios, incluindo correias, cordas e afinadores.
Mudança reorganiza o segmento de violões premium no país e reposiciona a estratégia da marca no mercado brasileiro.
A Taylor Guitars terá uma nova estrutura de distribuição no Brasil. A WMS Brasil, que representou oficialmente a marca por mais de uma década, anunciou em comunicado publicado no Instagram que encerra sua atuação como distribuidora. A operação passa agora para a rede Made in Brazil, que assume a importação e o fornecimento dos instrumentos no país.
No texto divulgado, a WMS afirmou: “Hoje encerramos um capítulo muito especial da nossa história. A WMS Brasil deixa de ser a distribuidora oficial da Taylor Guitars no Brasil, e a operação passa agora para a Made in Brazil.”
A empresa também agradeceu as parcerias construídas ao longo da última década e informou que está conduzindo uma transição transparente para consumidores e lojistas.
O movimento ocorre em um dos maiores e mais competitivos mercados latino-americanos de violões premium. O Brasil combina grande demanda com desafios estruturais importantes — como carga tributária elevada, logística extensa e forte impacto cambial — fatores que tornam o segmento de instrumentos de alto padrão especialmente sensível a preço e disponibilidade.
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Nesse cenário, a Taylor passa a disputar espaço em um ambiente já consolidado por marcas como a Takamine, distribuída pela Sonotec, operação reconhecida por sua capilaridade e consistência no atendimento ao varejo especializado.
Ao longo dos últimos anos, a WMS desempenhou papel relevante na expansão da Taylor no país, fortalecendo sua presença em lojas especializadas, promovendo treinamentos e contribuindo para ampliar a visibilidade da marca entre músicos profissionais e consumidores iniciantes.
Com a chegada da Made in Brazil à operação, o setor acompanha como serão estruturadas as políticas comerciais, campanhas de marketing e a presença da marca nos principais centros consumidores. Até o momento, a nova distribuidora não divulgou detalhes adicionais sobre seus planos para a Taylor Guitars.
A Música & Mercado seguirá monitorando a transição e seus impactos no segmento de violões premium no Brasil.
Após mais de 25 anos à frente da produção em Ridgeland, Carolina do Sul, Paul Cooper passa o bastão para Josh Safer.
A Gretsch Drums anunciou uma transição importante em sua unidade de produção nos EUA. Após mais de duas décadas e meia à frente da fabricação dos modelos icônicos da marca, Paul Cooper passa o bastão para Josh Safer, que assumirá o cargo de Diretor de Operações na fábrica de Ridgeland, Carolina do Sul.
Cooper ingressou na Gretsch no final da década de 1990 e tem sido uma figura central para garantir a continuidade do legado da empresa, contribuindo diretamente para o desenvolvimento e o prestígio de séries como a USA Custom e a Broadkaster, utilizadas por bateristas profissionais em todo o mundo.
“Paul não apenas fabricava baterias; ele construía confiança e continuidade para gerações de músicos”, disse Fred Gretsch, presidente da Fred W. Gretsch Enterprises, que trouxe Cooper para a empresa há 25 anos.
Uma transição planejada
A mudança ocorre após um longo processo de treinamento. Safer trabalhou ao lado de Cooper por 22 anos, aprendendo os métodos e critérios que definem o som e a estética da Gretsch.
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“Estou entusiasmado em ver Josh assumir essa função”, disse Hans-Peter Messner, CEO e Presidente da GEWA Music. “Sua experiência e paixão garantem um futuro sólido para a fábrica de Ridgeland.”
Safer expressou seu compromisso com a herança da empresa: “Trabalhei com Paul por mais de duas décadas. Seu conhecimento e ética de trabalho me inspiram, e trabalharei incansavelmente para continuar oferecendo Aquele Som Gretsch Inigualável”, disse o novo Diretor de Operações.
Cooper continua como embaixador e consultor
Embora esteja se afastando da gestão diária, Cooper permanecerá ligado à marca como consultor criativo e embaixador. Ele prevê que continuará envolvido em projetos especiais e inovações.
“Foi uma jornada incrível”, disse Cooper. “Josh está totalmente preparado para dar continuidade à tradição de construir esses belos instrumentos.”
Quais modelos lideram e quais tendências explicam seu sucesso.
Do “valor seguro” das linhas intermediárias ao auge dos formatos compactos: chaves para distribuidores e músicos.
Antes de começar: existe um ranking “oficial”?
Não existe um levantamento público e global por modelo que cubra todas as marcas e países em tempo real. Ainda assim, guias de compra de grandes varejistas e listas de “top sellers” permitem identificar modelos que se repetem em 2025 e, sobretudo, entender por que se vendem. Esta análise cruza essas fontes com relatórios de mercado para delinear tendências úteis para o público profissional.
Os modelos que mais “aparecem” em 2025
Exemplos recorrentes em guias e listas atacadistas (não é ranking absoluto; referência de mercado):
Yamaha Stage Custom Birch (shell pack) – O “cavalo de batalha” da linha intermediária: madeira de bétula, confiabilidade e relação custo-benefício que a mantêm entre as recomendações de 2025. Ideal para escolas, backline e estúdio móvel.
Pearl Export EXX / Roadshow – A Export continua como padrão de entrada/intermediário; a Roadshow atrai iniciantes com kits completos “prontos para tocar”.
Gretsch Catalina Club (Jazz) – Formato compacto que cabe em palcos pequenos sem perder personalidade; muito vista em listas europeias.
Tama Imperialstar / Starclassic (segmentos distintos) – Imperialstar (entrada-média) por pacote completo e hardware robusto; Starclassic para usuários avançados.
Ludwig Breakbeats – Kit urbano/portátil que responde ao crescimento de espaços reduzidos e apresentações rápidas.
Mapex Mars – Opção intermediária com cascos de bétula e acabamentos atrativos pelo preço. (Presente de maneira consistente em guias de 2025.)
Em grandes varejistas como Thomann, os “mais vendidos” mostram alta rotatividade de kits de entrada (Millenium, Startone) e kits compactos de marcas tradicionais (Gretsch, Yamaha, Pearl), o que ilustra onde está o volume e para onde vai a demanda.
Seis tendências que explicam por que se vendem
Linha intermediária que rende como “pro light” A maior parte do volume está em kits intermediários: cascos de bétula/mogno, hardware estável e preço sensato. Para escolas, igrejas, espaços e home-studio, o equilíbrio preço-desempenho prevalece. Por isso Stage Custom, Export, Mars, Renown etc. permanecem.
Formatos compactos e “city kits” Apresentações em bares, estúdios caseiros e palcos pequenos impulsionam configurações 18”/12”/14” (como Catalina Club ou Breakbeats). Menos volume físico + facilidade logística = mais vendas.
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Kits completos para iniciantes Bateria + ferragens + pratos + banco = baixa barreira de entrada. Roadshow e kits equivalentes aparecem constantemente entre os mais vendidos na Europa.
Profissionais e escolas buscam “valor confiável” Backlines e conservatórios priorizam durabilidade e reposição de peças; logo, linhas históricas de Yamaha/Pearl/Tama/Ludwig mantêm rotação estável em 2025.
Mercado global em crescimento moderado Relatórios apontam CAGR entre ~5% e 6% para baterias nos próximos anos, com educação musical e eventos ao vivo como motores. (Valores variam conforme a metodologia, mas a tendência é de expansão.)
Europa mostra o “mix” real Os “top sellers” europeus combinam marcas globais (Gretsch, Yamaha, Pearl, Tama, Ludwig) com marcas próprias de varejistas (Millenium/Startone) na base do volume. É uma foto clara da pirâmide de demanda: entrada massiva + linha média forte + nicho premium.
O que isso significa para o negócio (distribuidores, marcas, artistas)
Varejo/distribuição: garantir estoque de kits intermediários e pacotes para iniciantes com entrega rápida; reforçar exposição de kits compactos. Combinar com financiamento e bundles (pratos/estojos).
Marcas/fabricantes: manter séries essenciais com melhorias incrementais (acabamentos, ferragens, cascos híbridos) e não ignorar pacotes completos; oferecer kits compactos e opções “shell pack” para músicos avançados.
Educação/artistas: demanda contínua por clínicas e programas escolares; parcerias com escolas e backlines impulsionam a rotação na linha intermediária.
América Latina: o padrão global se repete: kits entry e mid-price dominam por poder aquisitivo, logística e espaços; pós-venda (peles, ferragens, pratos) é fonte essencial de margem.
Checklist rápido (2025)
Se está começando: Pearl Roadshow / kits “tudo incluso”
Se quer upgrade com segurança: Yamaha Stage Custom Birch, Mapex Mars, Gretsch Renown/Catalina Club
Se precisa de compacto: Ludwig Breakbeats, Gretsch Catalina Club Jazz
Se é profissional e já tem pratos/hardware: shell packs premium (Tama Starclassic, DW, Ludwig Legacy) conforme orçamento e estilo
Em 2025, as acústicas mais vendidas não são necessariamente as mais caras: vencem os kits intermediários com pedigree, os pacotes completos para começar sem atrito e os compactos que cabem em qualquer palco.
Para os compradores, a regra de ouro é clara: consistência + logística + contexto de uso. Para os vendedores, a oportunidade reside em selecionar os produtos por segmento e situação de uso, e não apenas por marca.