A fabricante brasileira de cordas para instrumentos quer ampliar suas vendas para outros países
Os sonhos são o combustível do mundo, e aqui a história não foi diferente. Criada a partir do desejo de disponibilizar produtos com algo mais do que a tão banalizada qualidade dos dias atuais, a Solez Ltda. manteve esse objetivo nobre. Em maio de 2000, a empresa nasceu em Belo Horizonte a partir da importadora de acessórios e de instrumentos musicais de um de seus sócios.
Até então a companhia se dedicava à fabricação de palhetas Ferez e à importação das cordas Solez, fabricadas nos Estados Unidos e distribuídas nacionalmente com exclusividade. Sempre focada nas necessidades de seus clientes primários (lojistas) e principalmente nos consumidores finais (músicos), a empresa teve um crescimento rápido e reconhecimento sólido no mercado.
“O foco nas cordas veio devido à carência de qualidade de produtos nesse segmento”, disse o sócio-diretor Tarcísio Cunha de Moura. “Eu almejava trazer algo novo e diferenciado, criar uma tecnologia exclusiva e revolucionária no mercado brasileiro, e consegui!”
A fabricação hoje
A produção acontece na cidade de Araxá, em Minas Gerais, onde o sócio-diretor reside e pode cuidar ainda melhor da fábrica. Tem em média 32 funcionários e produz cerca de 400 mil itens ao ano, contando com máquinas especializadas alemãs, italianas e algumas fabricadas por eles mesmos em Araxá, com alta tecnologia e produtividade.
A Solez conta com uma linha imensa de encordoamentos para contrabaixo, guitarra, violão, guitarra e viola. Em 2013, lançou a sua mais nova tecnologia DLP (dual layer protection ou proteção de camada dupla), que protege as cordas primas de violão, viola e guitarra da oxidação causada pelo suor e sujeira das mãos.
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Tem também a Groove, a linha intermediária da Solez, que conta com uma tecnologia chamada DLS, um banho protetor sobre os metais com dupla camada que apresenta boa resistência, aproximando-se do DLP, mas com custo mais reduzido.
Outra linha destacada para os músicos iniciantes é a Monterey, que, apesar de ser a mais básica, já conta com feedbacks muito plausíveis sobre sua qualidade.
Além de cordas, a empresa disponibiliza uma série de limpadores para instrumentos musicais, pinos, correias e uma linha de camisetas que em breve estará nas lojas.
Fora do Brasil
A linha de produtos da Solez não está sendo distribuída apenas nos estados brasileiros — a empresa já atende clientes de países limítrofes, como Chile e Argentina, e tem um grande objetivo para 2018. Tarcísio explica: “Este ano almejamos atender toda a América Latina! Já estamos reunindo esforços de marketing e buscando por novos artistas na região. Até o momento, estamos atendendo os clientes diretamente e traçando a estratégia apropriada para dar os próximos passos”.
A empresa planeja começar a expandir suas atividades primeiro na América do Sul. “Achamos que nossos produtos terão muito sucesso, já que estamos tendo notícias de conhecimento e aprovação de artistas do exterior. Muitos já estão pedindo pelas cordas em algumas lojas”, destacou.
“Acredito que a América Latina seja um mercado promissor e de certa forma carente. Temos certeza de que nossos produtos encontrarão consumidores que procuram exatamente o que estamos oferecendo: tocabilidade, durabilidade, timbre e afinação.”
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Com esse objetivo em mente, a Solez está trabalhando para melhorar sempre. “Temos paixão pela inovação e pelo desafio. Acredito que aqueles que utilizam nossos produtos podem comprovar o que estamos dizendo”, concluiu o sócio-diretor.
Uma nova ferramenta 3D para controlar o Logic Pro e moldar o som no espaço.
A Neumann anunciou o VIS – Virtual Immersive Studio, um aplicativo desenvolvido para o Apple Vision Pro que introduz uma abordagem tridimensional para a mixagem de áudio espacial. Com a ferramenta, a empresa inaugura uma nova etapa na produção imersiva ao permitir que criadores manipulem fontes sonoras como objetos visíveis em realidade aumentada.
O VIS substitui interfaces planas tradicionais por um ambiente 3D no qual é possível visualizar, mover e posicionar elementos sonoros por meio de gestos das mãos. A automação se torna uma ação física, e a mixagem passa a ter um caráter mais performático. Segundo a empresa, a intenção é permitir que o usuário “toque” o som e o molde de forma natural.
A aplicação se integra diretamente ao Logic Pro no Mac. Após o emparelhamento, o VIS aparece como um dispositivo dentro do software e pode ser exibido em uma tela virtual ajustável no Vision Pro. A baixa latência do sistema pass-through possibilita interagir com o equipamento físico do estúdio enquanto se trabalha em um espaço de mixagem virtual.
O VIS suporta monitoramento tanto por alto-falantes quanto por fones. Para fluxos móveis ou setups sem monitores físicos, inclui o RIME, plug-in proprietário da Neumann que processa áudio espacial em até 7.1.4. Combinado ao rastreamento avançado de cabeça do Vision Pro, o sistema oferece uma percepção espacial consistente, útil tanto em estúdios profissionais quanto em ambientes remotos.
Desenvolvido com base nas tecnologias AMBEO, o VIS incorpora algoritmos de acústica virtual projetados para criar uma sensação mais realista do espaço sonoro. Essa infraestrutura técnica torna a experiência imersiva mais precisa e acessível, reduzindo a complexidade comum dos fluxos de trabalho em áudio 3D.
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Principais recursos
Ambiente visual 3D para mixagens espaciais no Apple Vision Pro
Posicionamento de fontes sonoras por gestos
Integração completa com o Logic Pro no Mac
Visualização geral de todos os objetos de áudio
Rastreamento de cabeça com 3 graus de liberdade
Compatibilidade com monitoramento por alto-falantes ou fones via RIME
Com o VIS, a Neumann incorpora a computação espacial ao fluxo profissional de mixagem e oferece um sistema que combina hardware, software e gestos em um único ambiente. A empresa destaca que a tecnologia faz parte de uma estratégia mais ampla para impulsionar o uso de áudio imersivo e apoiar a evolução dos formatos tridimensionais.
O DJ brasileiro estabelece recorde latino-americano e amplia a presença do país na cena eletrônica global.
O DJ e produtor brasileiro Alok protagonizou uma das performances mais marcantes do Tomorrowland Brasil ao utilizar mais de mil drones coreografados sobre o mainstage LIFE. A apresentação estabeleceu um novo recorde latino-americano para shows musicais ao vivo com uso de drones e consolidou o artista como uma das figuras centrais do festival.
No fim de setembro, um teaser divulgado nos canais oficiais do Tomorrowland em parceria com Alok já antecipava a dimensão do projeto. A relação do artista com o festival vem se fortalecendo a cada edição, marcada por espetáculos que combinam tecnologia, narrativa visual e música. Em 2023, Alok já havia surpreendido o público ao integrar 600 drones, fogos de artifício, lasers e iluminação em seu show no Parque Maeda — apresentação que lhe rendeu o prêmio de Melhor Performance de 2024 no Electronic Dance Music Awards (EDMAs).
A produção mais recente expandiu esse conceito. O espetáculo foi desenvolvido em colaboração entre a equipe criativa de Alok e a produção do Tomorrowland, com o objetivo de ampliar as possibilidades de experiências imersivas em grandes eventos. O uso de mais de mil drones aumentou o impacto visual da apresentação e reforçou a tendência de integrar arte, luz e tecnologia no entretenimento ao vivo.
Durante sua atuação no Tomorrowland Bélgica, Alok destacou que o festival representa mais do que cenografia e efeitos especiais, simbolizando uma energia compartilhada que ultrapassa fronteiras e limitações técnicas.
A trajetória do artista no festival também reforça seu papel como representante da música eletrônica brasileira no cenário internacional. Sua presença contínua contribui para posicionar o Brasil como um polo criativo relevante e demonstra como a música pode conectar públicos, culturas e diferentes visões de mundo.
Com esta performance histórica no Tomorrowland Brasil, Alok não apenas apresentou um set, mas expandiu os parâmetros de produção e inovação do setor, reafirmando a força da união entre criação artística e tecnologia de ponta.
Reorganização estratégica busca fortalecer presença regional e ampliar foco no cliente.
A Electro-Voice confirmou uma importante mudança organizacional na América Latina como parte do processo de transformação em curso no Grupo KEENFINITY. O objetivo é tornar a operação mais ágil e alinhada às necessidades do mercado de áudio profissional, reforçando a atuação das marcas do grupo na região.
Desde 1º de outubro de 2025, Robson Marzochi assumiu o cargo de Head de Vendas e Marketing para Soluções de Áudio na América Latina, tornando-se o responsável pelas estratégias comerciais e de marketing das marcas Electro-Voice, Dynacord, RTS, Telex e Bosch.
Marzochi já havia ocupado função semelhante no mercado brasileiro, período no qual contribuiu para o crescimento da marca e para a consolidação de seu portfólio entre integradores, distribuidores e usuários profissionais. Segundo a empresa, sua experiência e conhecimento técnico serão fundamentais para fortalecer a presença do grupo em todos os países latino-americanos.
A nova estrutura integra ações de vendas, marketing, relacionamento com clientes e iniciativas voltadas a inovação. O foco agora está em crescimento sustentável, fortalecimento das marcas e maior proximidade com o mercado, aprimorando a resposta às demandas do setor de sonorização, instalação, broadcast e áudio ao vivo.