Apesar dos comentários, o mercado de guitarras continua em movimento. E a PRS confirma esse fato. Leia mais nesta entrevista.
José Luis Chaure Bueno, gerente de vendas internacionais da PRS Guitars, conta com uma trajetória profissional de mais de 20 anos na indústria da música, trabalhando em diferentes posições. Resumindo muito seu amplo currículo, o profissional espanhol passou quase dez anos na Fender, três anos na Taylor Guitars e, mais recentemente, se encontra trabalhando para a PRS.
José Luis Chaure Bueno: gerente de vendas internacionais da PRS Guitars
“Principalmente, sou guitarrista e continuo em atividade. Toco todos os dias, mesmo que seja só uns minutos para manter os dedos ágeis”, disse José. Quem melhor do que ele então para nos contar sobre o mercado das guitarras e o trabalho da marca na América Latina?
M&M: Como está posicionada a PRS na América Latina hoje?
José: A América Latina é um território muito complexo pelo número de países, com diferentes culturas e estilos musicais, diferentes moedas, além das questões administrativas relativas à importação de instrumentos musicais, que variam muito de um país para o outro. É difícil falar de modo global, pois as diferenças são muito notáveis; tem países onde não existem impostos de importação e outros onde o preço chega a dobrar se comparado com os dos Estados Unidos. A PRS é uma marca reconhecida internacionalmente como de alto nível e isso acontece também na América Latina. A verdade é que não temos produtos entry level. Artistas como Gustavo Cerati (Soda Stereo) ou Xandão Meneses (O Rappa) ajudaram muito com a nossa visibilidade.
M&M: O que você poderia comentar sobre o Brasil especificamente?
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José: Obviamente os impostos de importação são muito importantes para o comércio, afetando de modo dramático o preço final dos produtos. Para dar um exemplo simples, no Equador subiram muito os impostos para arrecadar mais das pessoas que compram instrumentos musicais, e a verdade é que o resultado foi o contrário, pois as vendas caíram e, por consequência, também as importações. Desse modo, o Estado não ganhou nada e os usuários não tiveram opções para comprar…. No Brasil, a situação não é muito boa nesse sentido, para não dizer que está bastante ruim. As autoridades deveriam perceber que pôr travas ao comércio atrasa a sociedade, especialmente em um mundo com a conectividade que existe hoje.
M&M: Qual a sua opinião sobre os comentários acerca do “desaparecimento” da guitarra?
José: Falaram muito que a guitarra estava chegando ao fim, mas, se você olha em algumas redes sociais e plataformas on-line, tudo indica que ainda há um nicho muito importante de usuários, aficionados e profissionais. E continua crescendo a cada semana. As tendências claramente são os pedais, a conectividade com outros dispositivos digitais, ou seja, expandir as possibilidades tímbricas da guitarra.
M&M: Os amplificadores da PRS estão sendo bem-aceitos pelos usuários daqui também?
José: Acho que sim. O mundo da amplificação mudou nos últimos tempos, são vendidos menos stacks com cabeçotes de 100 W e mais dispositivos digitais e amplificadores de baixa potência. Sobre isso, recentemente lançamos um amplificador de válvulas de 15 W de potência criado com o guitarrista Mark Tremonti que é um bom exemplo da tendência: ótimo som em um formato pequeno e a um preço muito competitivo.
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M&M: O que mais estão pedindo os músicos nesta parte do mundo?
José: Na verdade, acho que as necessidades são muito parecidas com as dos músicos de outros países. A música é uma linguagem
Fábrica de PRS
multinacional. Existem bandas como Periphery, que têm fãs na Indonésia e no Brasil. Vejo pessoas tocando covers do John Mayer na Coreia e no Uruguai. Logicamente, há estilos musicais específicos de cada país, a cumbia no Peru ou o ballenato na Colômbia, o texican blues no México e no Texas etc. Mas no final os músicos querem instrumentos de qualidade, e isso é o que a PRS pode oferecer.
M&M: Como a PRS faz para concorrer com outras marcas grandes no mercado?
José: O mais importante é contar com bons parceiros e enviar uma mensagem educativa com respeito a nossos produtos. A PRS é uma fabricante muito especial como é o Paul Smith, o homem por trás da PRS desde 1985, que tem desenvolvido toda uma filosofia na construção de instrumentos. É produto de muitos anos de trabalho e pesquisa intensa sobre os materiais, os processos e cada detalhe que faz parte da criação de um instrumento melhor. Não é uma marca mais de guitarras, tem tantas coisas específicas que a fazem diferente da maioria dos fabricantes que é indispensável enviar essa mensagem aos guitarristas para que compreendam a marca.
Para isso estaremos fazendo algumas demos em diferentes países, para explicar as particularidades na fabricação das guitarras PRS, a secagem das madeiras, como o corpo e o braço de uma peça afetam a estabilidade e o som, os captadores etc. E com certeza haverá música, mais a possibilidade de tocar e sentir esses instrumentos soando.
A guitarra PRS Silver Sky é o resultado de uma colaboração próxima entre o músico John Mayer e Paul Reed Smith. Levou mais de dois anos e meio para fazer esse modelo, que é um instrumento inspirado no vintage mas repensado pela PRS. Baseia-se nos elementos favoritos de Mayer e Smith dos instrumentos vintage de 1963 e 1964, tendo como resultado uma versão concretizada de uma guitarra single-coil vintage. Algumas das características mais distintivas podem ser encontradas na forma da cabeça, afinadores, braço e diapasão, ponte, captadores e eletrônica. Disponível em quatro cores.
PRS MC CARTY 594
Essa guitarra também é um instrumento inspirado no vintage, combinando o design da eletrônica, algumas características-chave e o dom artesanal da PRS. Entre as características principais encontramos escala de 24,594”, um pouquinho mais longa que 24,5” — e é daí que o modelo pega seu nome —, captadores 58/15 LT, em que LT significa “low turns”, dois controles de volume e dois de tom, e a versatilidade agregada de push/pull coil taps para cada captador, proporcionando mais opções de tom.
Nova série apresenta guitarras Stratocaster e Telecaster com visual retrô e recursos atualizados como captadores Pure Vintage, acabamento envelhecido e trastes de aço inox.
A Fender Musical Instruments Corporation anunciou o lançamento global da coleção “American Ultra Luxe Vintage”, que combina a essência da tradição Fender com o que há de mais refinado em construção e tecnologia sonora. Inspirada nos modelos American Ultra II, a nova linha traz edições especiais das lendárias Stratocaster e Telecaster, com referências visuais e técnicas das décadas de 1950 e 1960. Entre os destaques estão os captadores Pure Vintage, acabamento em laca nitrocelulósica envelhecida Heirloom, trastes de aço inoxidável e recursos eletrônicos modernos, como a chave S-1 Switching.
Tamanho histórico, desempenho contemporâneo
Os modelos incluem versões ’50s e ’60s da Stratocaster, uma edição HSS equipada com humbucker Haymaker, além das Telecaster ’50s e ’60s Custom. Todos são construídos com madeiras selecionadas, contornos esculpidos e braço quartersawn em formato “D” moderno, com bordas arredondadas Ultra e marcadores Luminlay. O hardware de performance inclui tremolo de dois pontos com selas de aço inoxidável, porca Graph Tech TUSQ e tarraxas com trava, garantindo afinação precisa e trocas de corda ágeis.
Estética vintage, ergonomia refinada
A série chega em cores clássicas como Butterscotch Blonde, 3-Color Sunburst, Ice Blue Metallic, Fiesta Red e Lake Placid Blue. Cada instrumento oferece acesso facilitado às casas agudas por meio do encaixe de braço rebaixado — um diferencial valorizado por músicos exigentes. “Com a linha American Ultra Luxe Vintage, redefinimos o equilíbrio entre legado e inovação”, afirmou Max Gutnik, Chief Product Officer da Fender. “É uma homenagem à nossa história com os padrões mais altos da fabricação moderna.”
Imagine tocar no Lollapalooza com apenas uma guitarra e um cabo. Sem pedais, sem amplificador, sem nada além do instrumento. Impossível? Não mais.
Testamos as três guitarras smart mais vendidas do Brasil e descobrimos qual realmente entrega o que promete – e qual pode fazer você jogar dinheiro fora.
Por que este comparativo é diferente (e por que você deveria se importar)
Convidamos Thiago Ferreira, guitarrista profissional com 15 anos de experiência em palcos e estúdios, para testar sem filtros a Tagima SixMART, Michael GMS250 e Mooer GTRS. O resultado? Algumas surpresas que vão mudar sua decisão de compra.
Mas antes, a pergunta de R$ 7.000: por que comparar guitarras de R$ 1.400 com uma de R$ 6.000?
Porque elas prometem a mesma coisa – substituir seu setup tradicional – mas apenas uma realmente consegue. É a diferença entre comprar uma bicicleta motorizada e um carro elétrico. Ambos têm motor, mas só um te leva na estrada.
Os números que você precisa saber antes de qualquer decisão
Características
Tagima SixMART
Michael GMS250
Mooer GTRS S800
Preço real (agosto/2025)
~R$ 1.500
~R$ 1.400
R$ 4.500-11.000
Efeitos integrados
5 fixos
5 com variações
110-128 via app
Simulação de amp
Não
Não
Sim (guitar sims + amps)
App/Bluetooth
Não
Não
Sim (GTRS App)
Gravação USB direto
Não (só P2)
Não (só P2)
Sim (USB-C OTG)
Bateria
2x pilhas AA
2x pilhas AA
Recarregável Li-ion
Autonomia
Não informada
Não informada
~10 horas
Saída para fones
Sim (P2)
Sim (P2)
Sim (P2)
Bag incluída
Não
Não
Sim (gig bag)
Footswitch
Não
Não
GWF4 opcional*
Economia real em equipamentos
R$ 800
R$ 1.000
R$ 5.500-12.000
*GWF4 vendido separadamente, mas incluído em alguns kits
Tagima SixMART: a pioneira nacional tem mérito
O teste real: o que descobrimos quando o hype encontra a realidade
Junto com a Michael, a Tagima merece crédito por democratizar guitarras inteligentes no Brasil. Por R$ 1.500, você leva uma HSS com 5 efeitos integrados (overdrive, distortion, chorus, delay e reverb) que funciona com 2 pilhas AA comuns, com um design muito bom, bem acabada e head stock moderno.
O que Thiago Ferreira descobriu no teste: “Uma guitarra com pegada de instrumento para iniciantes, com praticidade de ter efeitos embutidos e facilidade para estudos com saída para fone na própria guitarra. Boa construção e acabamento com excelente custo x benefício.”
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Mas ele também alertou: “Overdrive e distorção não permitem regulagem. O knob controla delay ou chorus, e no topo dele só o reverb. O chorus é mais utilizado e deveria ter ficado no lugar do reverb – faria mais sentido escolher delay ou reverb, com chorus independente. E não acompanha bag.”
Os detalhes técnicos que importam na SixMART:
Configuração HSS com chave de 5 posições (versão Strato)
Saída P2 para fones – estude sem incomodar
Entrada aux P2 – toque junto com backing tracks
Alimentação por 2 pilhas AA – fáceis de encontrar
Sem simulação de amplificador – som “cru” precisa de amp
Michael GMS250: tecnologia brasileira que acerta
Diferenciais reais da GMS250:
Sistema push-pull inteligente – desligado, não gasta bateria
Reverb com duas variações (Room e Hall)
Trastes extra-jumbo – facilitam bends e solos
DSP integrado com processamento digital
Thiago observou que ambas são “guitarras irmãs” no conceito: “Para estudo e prática casual, tanto a Michael quanto a Tagima cumprem bem o papel. A escolha acaba sendo por detalhes – tipo reverb simples ou com variações.”
Mooer GTRS: quando “inteligente” significa algo completamente diferente
Aqui a conversa muda de nível. A GTRS não é uma guitarra com efeitos – é um sistema completo de produção musical.
O que Thiago descobriu que muda tudo: “Uma verdadeira guitarra inteligente, com inúmeras possibilidades, inclusive uso profissional. Permite configuração e regulagem de TODOS os efeitos via app, além de recursos que transformam completamente a experiência.”
O que a GTRS realmente oferece (dados oficiais verificados):
Sistema GTRS Intelligent Process: • 110-128 efeitos editáveis via app (varia por firmware) • Guitar Simulation Mode – até 16 tipos de guitarra • Múltiplos amps e gabinetes simulados • Looper de 80 segundos para composição • 40 ritmos de bateria integrados • Gravação USB-C direto (OTG) para PC/smartphone
Praticidade real: • Bateria Li-ion 4000mAh recarregável via USB-C • ~10 horas de autonomia comprovada • Gig bag incluída (economia de R$ 150) • Footswitch GWF4 sem fio opcional (alguns kits incluem)
Thiago foi enfático: “Qualidade e regulagem dos efeitos, recursos do app, bateria recarregável, visual, acabamento e qualidade do hardware. Quando me perguntei sobre contras, a resposta foi clara: nenhum.”
A matemática brutal: quanto você realmente economiza (ou gasta)
Comprando uma guitarra smart da MichaelouTagima você economizaria em periféricos:
Comprando uma guitarra smart da Mooer GTRS você economizaria em periféricos
Para músicos: a verdade que ninguém te conta
Se você está começando agora: Tagima ou Michael resolvem. Por R$ 1.400-1.500, você tem tudo para praticar em casa. Mas prepare-se: em 6 meses você vai querer mais.
Se você já toca há algum tempo: Pule direto para a GTRS. A diferença de R$ 3.500 parece muito, mas você vai gastar isso em pedais de qualquer forma. Melhor investir uma vez só.
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Se você é profissional ou semi-profissional: Não perca tempo. A GTRS é a única das três guitarras que você pode levar para um estúdio ou palco e ter um ‘tudo em um’ realmente profissional. E sim, dá para tocar no Lollapalooza só com ela e um cabo.
Para lojistas: como vender cada uma (e quando)
Cliente com R$ 1.500 máximo: Mostre Tagima e Michael lado a lado. Argumento: “Com qualquer uma dessas, você sai tocando hoje mesmo. Ambas incluem 5 efeitos que custariam R$ 1.400 se comprados separadamente.”
Cliente que você visualiza o potencial musical
Demonstração ao vivo é crucial. Conecte a Mooer GTRS direto na mesa/interface e mostre a diferença de ter simulação de amp. Argumento: “A diferença de preço (R$ 3.500) você gastaria em pedais em 1 ano. Com a GTRS, você tem tudo isso mais gravação USB, 128 efeitos editáveis e nunca mais precisa comprar pedais.”
Cliente cético sobre guitarras digitais: Foque no hardware. Argumento: “Mesmo desligada, a GTRS é uma guitarra premium. Trastes de aço inox que duram 5x mais (modelo P800), madeiras selecionadas, ponte Wilkinson. É um instrumento que você usaria mesmo sem os efeitos.”
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O veredito final: não existe guitarra smart ruim, existe guitarra errada para seu momento
Tagima SixMART Compre se: Você nunca teve pedais, está começando, ou precisa de uma guitarra silenciosa para apartamento.
Não compre se: Você já tem pedais melhores ou pretende tocar ao vivo/gravar seriamente. Nota final: 7/10 para iniciantes, 4/10 para intermediários
Michael GMS250 Compre se: Você prefere produtos nacionais, gosta do sistema push-pull, ou já é fã da marca. Não compre se: Você já tem pedais melhores ou pretende tocar ao vivo/gravar seriamente. Nota final:7/10 para iniciantes, 4/10 para intermediários
Mooer GTRS Compre se: Você leva música a sério, grava, faz shows, ou simplesmente quer o melhor.
Não compre se: Seu orçamento máximo é R$ 2.000 e você não consegue parcelar.
Nota final: 9/10 para qualquer nível.
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A pergunta de 1 milhão: guitarras smart são o futuro?
Depois de testar as três, Thiago Ferreira resume: “Para iniciantes, Tagima e Michael são revoluções de acesso. Para profissionais, a GTRS é revolução de conceito. Em 5 anos, carregar pedais vai parecer tão antiquado quanto usar discman em 2025.”
O futuro já chegou. A questão não é SE você terá uma guitarra inteligente, mas QUAL você pode pagar agora. E com este guia, pelo menos você não vai errar na escolha.
Quer testar estas guitarras? Procure a loja de instrumentos mais próxima.
A Manson Meta Series MBM-2H ganha novos acabamentos, versões para canhotos e ferragens em preto.
A colaboração entre Matthew Bellamy (guitarrista do Muse), a Manson Guitar Works e o fabricante Cort apresenta novidades na premiada linha Manson Meta Series MBM-2, que agora inclui novas cores, opções para músicos canhotos e ferragens com acabamento preto. Um dos lançamentos mais aguardados é o retorno do acabamento Red Sparkle, um verniz brilhante com glitter que presta homenagem às guitarras “Santa” utilizadas por Bellamy em shows e gravações. Essa versão está disponível tanto com dois humbuckers de design Manson quanto com o sistema Sustainiac, que substitui o captador do braço por um sistema de sustain ativo com três modos de funcionamento contínuo. A linha também recebe um novo acabamento em Satin Olive Green, disponível nas mesmas configurações e também com versão para canhotos. Com essas adições, a série MBM-2H passa a contar com três opções de cor — incluindo o popular Satin Black —, duas configurações eletrônicas e modelos voltados para guitarristas canhotos. Os modelos mantêm as características que renderam prêmios como o Total Guitar 5/5 Platinum, Electric Guitar of the Year (MIA/Guitarist) e Guitarist Signature Guitar of the Year. Entre os destaques estão o braço com raio composto, o botão kill para efeitos do tipo stutter e o design elegante típico da Manson Guitar Works.