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O duo CCOMA e seus equipamentos

Os dois músicos e produtores gaúchos apresentam seu novo álbum e contam um pouco sobre os instrumentos e equipamentos que costumam usar em suas apresentações

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img_9732-luciano-esq-roberto-dir-copiaO duo eletrônico instrumental CCOMA é formado pelo trompetista e produtor Roberto Scopel e pelo percussionista e produtor Luciano Balen. A dupla tem como matéria-prima a música produzida eletronicamente, utilizando-se de elementos orgânicos como percussão, trompete, flugelhorn e acordeom.

Com três álbuns lançados — inclusive um (intitulado Peregrino) ganhador do 24° Prêmio da Música Brasileira, em 2013, na categoria Álbum Eletrônico —, a dupla lançou seu quarto disco, Subtropical Temperado, em setembro do ano passado.

Subtropical Temperado abre possibilidades musicais do Sul ao Brasil e às suas fronteiras latinas em dez faixas que refletem o desejo do duo gaúcho pela tropicalidade. Essa busca incessante pelo calor é embalada por sua conhecida e premiada sonoridade eletrônica inspirada pelos sons da natureza.

No novo álbum, Luciano e Roberto incorporam músicas de raiz de diferentes regiões da América do Sul ao som de sintetizadores e timbres que moldaram o final dos anos 1970 e o começo dos anos 1980. Subtropical Temperado apresenta contornos autênticos a partir de fortes referências de nomes como Kraftwerk, Jean Michel Jarre, Bjork, Marcos Valle, Azymuth e Donna Summer.

captura-de-pantalla-2017-04-01-a-las-17-00-58No disco e no show participam a cantora Etiene Nadine e o acordeonista e baixista Rafael De Boni. Também participaram do álbum o DJ e produtor radicado em Londres Moisés Matzenbacher e o pianista Ivan Teixeira.

O projeto, que inclui a gravação do disco e shows de lançamento em sete cidades, foi contemplado pelo segundo edital do programa Natura Musical e tem o financiamento do Pró-Cultura/RS, lei de Incentivo à Cultura do Governo do Estado do Rio Grande do Sul.

Roberto Scopel (trompete)

Sua carreira de músico começou em 1993 junto com a família, irmãos e primos. Desde então, estudou muita música erudita e aos poucos foi para a música popular, mais precisamente para o jazz. Já em 2006 descobriu a música eletrônica em sua entrada no CCOMA. “Acho que tudo isso me influencia muito e se traduz na minha arte. Hoje vivemos num fervilhar no modo de fazer música. Nunca foi tão democrático e fácil produzir um disco, comprar instrumentos e também divulgar seu trabalho. Estamos vivendo numa era da arte”, comentou.

Como parte do duo, Roberto usa um teclado MicroKorg XI Plus, um trompete passando por um multiefeito de guitarra Zoom B21U, controlador MIDI, software Ableton Live, o instrumento de sopro zurna, uma gaita colombiana e um flugelhorn.

Luciano Balen (percussão)

captura-de-pantalla-2017-04-01-a-las-17-01-12Começou fazendo aulas de violão erudito em 1984, ao lado de uma sala onde havia aula de bateria. Em 1986, após uma viagem à Bahia, de onde voltou forrado de instrumentos de percussão artesanais, montou sua primeira “bateria”, quando tinha 12 anos. Desde essa época entendeu que na bateria podia ter qualquer som de percussão. Seu primeiro hi-hat foi uma tesoura em cima de uma bandeja de cobre. “Sempre me interessei pela música brasileira e latina, embora o Brasil também seja latino. Me interessou a síncopa, o suingue, as notas fantasmas. Sempre me interessei pelos bateristas brasileiros e os estudei muito, Robertinho Silva, Márcio Bahia, Ivan Mamão… Estudando esses caras foi natural o apego à música desse continente”, disse.

Um fato interessante que o músico contou é que a música sempre foi uma atividade paralela, mas nos últimos seis anos, após a conclusão do documentário Profissão: Músico, ela se tornou a única atividade profissional da sua vida.

Hoje, com 30 anos de bateria, um Prêmio da Música Brasileira, quatro turnês no Brasil e quatro álbuns, tudo isso com o CCOMA, o músico declarou ter a certeza de que fez a escolha certa. “Nasci para ser músico e para utilizar os sons do Brasil!”

Atualmente, nos shows, Luciano usa qualquer caixa, com qualquer bumbo. Hi-hat Paiste 2002, comprado usado em 1991. Além disso, usa um Octapad SPD 30 Roland, com sons editados por ele, buscando uma referência nos sons eletrônicos do final dos anos 70 e início dos anos 80. Também usa um Kaoss PAD KP3 da Korg, em que processa sons de voz, percussão e apitos brasileiros.

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