Nesse texto darei início a uma série chamada Music Coaching, onde trarei sempre uma música, interpretando e trazendo ela para a realidade dos conteúdos que escrevo.
E para começar, esse texto foi todo embaçado na linda canção “O laço e o nó” do meu amigo, irmão que admiro absurdamente, Eder Miguel.
Por que não transformar dores em experiências fortalecedoras?
Agora que já falamos um pouco sobre as crenças e auto sabotagem, fica fácil perceber o quão importante é aprender a lidar com os eventos do nosso passado, contando a história certa sobre a nossa história.
Quando falamos em diferentes linhas de terapias é muito comum ouvir a expressão “devemos desatar os nós do passado”, e de fato existem profissionais especializados nisso, mas vamos um pouco mais afundo e refletir, será que esse é o melhor caminho?
Quando desatamos um nó, ficamos com duas pontas soltas, ou com uma única linha muito marcada. Portanto não basta desatar os nós, precisamos saber como lidar com as marcas e consequências que eles deixam.
“O nó foi sempre visto com tristeza, mas eu vejo com firmeza
e a certeza de não desatar…”
O nó sempre é visto como sinônimo de negatividade, por exemplo: Quando a pessoa tem um trauma, ela tem um nó no passado. Quando alguém tem dificuldade para falar, dá um nó na garganta, sem contar aquele nó na madeira que inviabiliza a fabricação de um instrumento musical. Mas não costumamos mencionar os benefícios dele e a segurança que ele traz.
“O laço sempre é visto com beleza…
Mas se desfaz engana e faz chorar”
De maneira oposta o laço sempre é visto como sinônimo de beleza, presente e de coisas boas. Mas por trás de tanta beleza esconde uma fragilidade muito grande, basta um mínimo esforço para desata-lo.
“Por isso pra fazer o laço primeiro a gente dá um nó! ”
Por trás de algo belo é necessário uma base, uma firmeza que dê estrutura para tal. De maneira superficial, podemos construir lindos laços…, mas sem base, não serão duradouros.
É mais fácil subir em uma corda lisa ou em uma cheia de nós? Os nós do passado fazem parte da nossa história, são experiências muitas vezes indesejadas, mas que de alguma forma nos fortalecem para alcançar objetivos futuros de maneira mais assertiva. Dito isso, não acredito na generalização do conceito de desatar os nós. Acredito que devemos tomar consciência deles para então tomar essa decisão, pois muitas vezes ao invés de desata-los devemos aperta-los mais forte para que ele nos dê firmeza para a escalada dos nossos objetivos.
Portanto, um nó no seu passado pode te trazer uma experiência muito grande que te diferencie das demais pessoas. Como já dito em textos anteriores, podemos escolher contar uma história de tristeza sobre o nosso passado e olhar apenas de maneira negativa para esses “nós” (vítima), ou podemos contar histórias de sucesso onde usamos eles para subir cada vez mais, aprendendo com os desafios e experiências vividas (protagonista).
Você profissional do mercado musical que muitas vezes possui alguns “nós” conforme já falamos anteriormente, está contando uma história de tristeza ou usando eles como alavanca para conquistar seus objetivos? Enquanto deixo essa boa reflexão sobre desatar ou não os nós e as marcas e consequências que eles deixam, que tal ouvir a linda música que deu origem a esse texto?
https://music.youtube.com/watch?v=3kbXaQlhVG0&list=RDAMVM3kbXaQlhVG0
Na próxima coluna falaremos sobre motivação. O que te motiva? Você espera que esse estímulo venha de outra pessoa? Te garanto que você nunca mais verá as coisas da mesma forma após ver esse conteúdo.
Mais detalhes
- Música: O laço e o nó
- Autor: Eder Miguel
- Voz e violão: Eder Miguel
- Site: www.edermiguel.com.br
- Instagram: @edermiguell
- Um pouco sobre ele: Cantor brasileiro, paulistano formado em canto popular na ULM (EMESP) escola a qual influenciou diretamente a MPB, e na forma de compor. Desde 1998 representa o grupo Doce Encontro como cantor, gravando três álbuns e um DVD, com participações importantes como Sorriso Maroto, Mumuzinho etc… Compositor de canções gravadas por artistas como Mumuzinho, Pixote, Thiaguinho, Maria Rita, Demonios da garoa, etc. Atualmente além de vocalista do grupo Doce Encontro tem um projeto solo próprio chamado Pura Sorte.
*Autor: Tiago Rausini, especialista em desenvolvimento humano e análise comportamental, com certificações internacionais nas áreas de Coaching e PNL. Formado em marketing com especialização em inteligência de mercado orientada a resultados, e desenvolvimento de produtos, marcas e serviços. Gerente comercial e marketing da Luen, atuando em outras importantes empresas no segmento musical nos últimos 12 anos. Fundador e treinador do instituto Kocsi. Instagram: @kocsi.oficial / E-mail: tiagodaniel@gmail.com