Brasil participa da maior conferência da indústria musical dos Estados Unidos, que este ano terá mesa dedicada à gestão de royalties na América Latina.
A crescente importância da América Latina no cenário musical global será tema de destaque no MusicBiz 2025, principal conferência da indústria fonográfica nos Estados Unidos. Pela primeira vez, o evento contará com um painel exclusivo sobre direitos autorais na região, com participação de nomes relevantes do setor.
O debate reunirá Daniel Campello (CEO da ORB Music), Cris Falcão (Music Director and Label Strategy da Virgin Music Group), Emilio Morales (Diretor Executivo da Rimas Publishing) e Greg Vinas (VP de A&R e Desenvolvimento de Negócios LATAM da Symphonic Distribution).
O grupo irá discutir formas de simplificar a gestão de direitos autorais, aumentar a transparência na distribuição de royalties e garantir que compositores e criadores recebam seus pagamentos de forma justa — especialmente os artistas independentes, que ainda enfrentam barreiras significativas para acessar esses recursos.
Organizada pela Music Business Association, a conferência acontece entre os dias 12 e 15 de maio, em Atlanta, nos Estados Unidos.
Segundo dados recentes do setor, o mercado brasileiro de direitos autorais musicais é avaliado em US$ 452 milhões e segue em expansão. Ainda assim, enfrenta entraves como burocracia, taxas elevadas e falta de acesso a informações, o que dificulta a inclusão plena de todos os agentes da cadeia criativa.
Entre os tópicos que serão abordados no painel estão:
- integração de dados com plataformas digitais (DSPs);
- soluções tecnológicas para gerenciamento de receitas por criadores;
- ferramentas para identificação e resolução de duplicidades em obras;
- e modelos que promovam maior transparência e inovação no setor
De acordo com o relatório Global Music Report 2025, divulgado pela IFPI, a indústria fonográfica na América Latina cresceu 22,5% no último ano — um dos maiores índices globais. O painel no MusicBiz simboliza esse avanço, consolidando a região como protagonista no futuro da música.
