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Como montar seu home studio – Especial: Laura Finocchiaro

Nesta capítulo especial de “Como montar seu home studio”, entrevistaremos Laura Finocchiaro, a guria que anda de mãos dadas com a deusa Música.

MusicaeMercado

Há décadas na Folha de São Paulo, a baterista Vera Figueiredo foi vítima de uma manchete machista para uma matéria sobre sua trajetória: “A Incrível Mulher Que Toca Bateria”. Além da misoginia instrumental, um ataque também à bateria como instrumento. Agora, ao pensar em uma entrevista com Laura Finnochiaro, fico temeroso em escolher um título. Ela fez esta escolha, lembrando que este prefácio foi escrito antes da entrevista…

 

Laura Finocchiaro foto Marian Starosta copia

Laura Finocchiaro (Foto: Marian Starosta)

1. Como você se definiria no atual cenário musical brasileiro? Compositora, instrumentista, cantora, produtora ou o quê, e por quê?

LF.: Me defino, com convicção absoluta, por desenvolver minha carreira – há 38 anos ininterruptos – de que sou: cantora, compositora, guitarrista, produtora musical e arte-educadora. Tenho experiência prática em cada uma destas áreas e sigo nesta trilha, sempre estudando e desenvolvendo cada um destes parâmetros, dentro do espectro diverso que a música propõe. Estudo música desde os 09 anos de idade. Iniciei com violão popular, depois teoria musical e violão clássico, guitarra, harmonia e improviso, canto popular, arranjo, áudio e tecnologia.

Paralelamente, sempre trabalhando a mente e o corpo, chegando a cursar faculdade de Educação Física e Licenciatura em Música. Hoje tenho a EscoLaura, onde dou aulas de tudo: Instrumentos de cordas – toco guitarra, violão, cavaquinho e ukulele – canto popular e tecnologia em áudio. Como artista, atuo desde 1981 nos palcos e hoje tenho 13 álbuns produzidos por mim e distribuídos em todas as plataformas digitais, além de constar em mais de 50 coletâneas musicais distribuídas por selos nacionais e internacionais.

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Como produtora musical, desde o final dos anos 80, quando desenvolvi técnicas que não existiam e que depois de 20 anos, foram aparecer no mercado, denominadas por “bootleg”, na criação de trilhas sonoras originais. Produzi e produzo trilhas e canções para peças teatrais, vídeos, documentários, novelas, filmes, institucionais e programas televisivos como TV COLOSSO / Rede Globo; “CASA DOS ARTISTAS / SBT; “A FAZENDA”/TV Record, entre dezenas de outros, assinando sempre a Direção e Produção Musical.

Como arte educadora, além de ministrar aulas particulares de música desde os anos 90, trabalhei para ONGs e diversos projetos voluntários cantando e ensinando em hospitais – para crianças pacientes de câncer, coração; pacientes de AIDS e cantando em asilos, trabalhando em educação musical para cegos.

2. Cada vez mais quem faz música acumula as tarefas de produção, desde a composição, passando pelos arranjos até chegar às finalizações de áudio. Quais são as suas atuais etapas de criação?

LF.: Depende de que peça e para qual fim pretendo criar. Os processos são diferentes. Por exemplo, se for uma canção sem encomenda, criada porque sinto necessidade, sigo um caminho. Se for uma encomenda, para outro intérprete, sigo outro. O mesmo com trilhas sonoras. Depende do veículo, da encomenda. De qualquer forma, o básico é “escutar a voz que vem do coração”. Sem este quesito, mesmo que seja para uma peça de publicidade – o caso mais comercial possível – tem que passar uma verdade e essa, vem de dentro, da intuição, que é movida pela emoção, pela respiração, pelo coração. Depois disso, vem a técnica, a aplicação da lógica, do estudo, da razão e da tecnologia.

Neste momento de quarentena, por exemplo, estou produzindo um álbum – com faixas inéditas – em meu home studio. Neste caso, onde o fim é para mim, para a artista Laura Finocchiaro e onde a intenção é apresentar ineditismo e originalidade – sigo um processo de liberdade total, tanto na composição, quanto nos arranjos e produção musical. E neste caso, como estou produzindo canções para eu mesma interpretar, parto sempre da letra / poesia ou de uma melodia, que a partir dela, vai gerar uma letra. Em seguida, crio a harmonia e a parte rítmica.

Depois, parto para a partitura. Escrevo a melodia, a letra e as cifras. Dai crio o arranjo. Tenho trabalhado no Musiscore para este fim. Depois salvo as linhas via MIDI. E só então, parto para o Logic ProX –  no caso, estou na versão 10.5 – e começo a produzir o som, para depois gravar os instrumentos e as vozes. Também, às vezes inverto o processo.  Inicio produzindo no Logic, grooves, harmonias, linhas de baixo e contracantos e depois coloco melodia e letra… E depois gravo a parte acústica… Desde os anos 80, produzo meu som misturando a linguagem da música acústica com a eletrônica.

3. Como veterana no cenário, você deve ter acumulado equipamentos durante todo o tempo de trabalho. Existe algum equipamento seu campeão de tempo de uso?

LF.: Boa pergunta! Iniciei com uma guitarra Fender Telecaster – feita à mão por Lei Fender – datada de 1962 – mas que foi roubada… Depois vieram os pedais da Boss… E o DD2 que usava para guitarra e para minha voz. Ao mesmo tempo, ou antes, não lembro, a LinnDrum… Depois o Atari (com Cubase e Logic Audio) para sequenciar via MIDI… Mas já criava loops e patterns na “unha”, utilizando gravadores de 4 canais e depois o DAT… Veio então o PC / Windows e com ele, instalei softwares Multitracks como Acid, Reason, Fruit Loops, Cubase e o próprio Logic, que abria no PC…

Depois parti para bateria Alesis, pedaleira digital da Yamaha, da Line 6… chegando na Roland / GR55… Pensando sobre sua pergunta… O que ficou… os pedais da Boss – Distortion, Chorus, Delay… O pedal Wah-Wah, a pedaleira GR55 da Roland, o Logic e o Acid. Sendo que hoje uso o Logic no Mac e o Acid no PC. Ia me esquecendo de um grande amigo… O Sound Forge… Muito trabalhei e ainda trabalho com esta dobradinha no PC: Acid + Sound Forge…

4. Falando ainda de setup, quais são seus instrumentos atualmente, marcas e modelos? E por quê foram escolhidos?

LF.: Hoje – desde 1990 – tenho minha guitarra cor de rosa choque, feita à mão, numa loja da 48St. de New York, que leva a marca: Custom48, construída por Yoshi, considerado o melhor luthier de Nova York nos anos 80. Ela tem dois captadores Single Coil projetados por Bill Lawrence, que garantem um som fino e claro. Meu caso com esta guitarra é de amor. Ela que me escolheu… No início dos anos 90, bateu em minha porta, um menino que queria trocar a guitarra por uma mais pesada… Eu tinha uma Ibanez, preta. Troquei na hora. E com ela, fiz o show no “Rock In Rio II”, onde fui lançada nacionalmente, em janeiro de 1991, abrindo os shows de Alceu Valença, Santana e Prince.

Recentemente, inseri também em minha guitarra, o captador do GR55 – o GK-3 – o que me dá a possibilidade de somar timbres sintéticos com os originais e acústicos da própria guitarra.

Para o som de violão, escolhi um da família Godin A6, black. Que tem também, uma entrada de 16 pinos, que possibilita que eu utilize a GR55 diretamente nele. Então posso misturar o som do violão com os synths da pedaleira. Escolhi este violão pelo enorme som e pelo design de corpo que praticamente elimina o feedback em configurações ao vivo. Cavaquinho, toco num da Rozini, empresa 100% brasileira. E o ukulele, não vou dizer a marca, pois é um soprano, elétrico, mas com um som fuleirinho… E para voz, em casa, gravo com um Shure SM58 ou SM57. Depois dou um bom trato na voz, utilizando plug-ins que simulam outros mics.

5. Desde os seus primeiros trabalhos, como se deu a evolução até ir assumindo cada etapa na produção? A partir de algum trabalho específico, ou de algum outro modo?

LF.: Sou ariana e como tive uma irmã roqueira – ao pé da letra – a artista, compositora e baixista Lory F – falecida em decorrência da Aids, no início dos anos 90 – desde criança fui muito bem influenciada por ela, que sabia o que era rock. Então quando montei minha primeira banda, já tinha concepção musical própria. Por isto, desde o início, assinei a direção musical e os arranjos para minhas composições, trilhas e shows. Também por ser mulher e ter nascido num país altamente machista e preconceituoso, decidi impor minha personalidade, e através de minha música milito em nome da liberdade e originalidade.

Então quem põe o dedo no meu som, sou eu mesma. Às vezes, convido alguns produtores para somarem comigo. Mas somente pessoas que tenham alta qualidade musical e alma feminina. Como exemplo, meu grande parceiro, o tecladista e produtor Franco Jr., o percussionista e baterista João Parahyba, o guitarrista Ivo de Carvalho, o violonista Renato Bandeira, o baixista Celso Pixinga, o multiinstrumentista Teo Ponciano, o produtor Mad Zoo, o Dj Mau Mau… São alguns dos produtores que já trabalhei e consegui somar os saberes musical, sem entrar em conflito por questões machistas. Todos me respeitam muito, e vice-versa!

6. Você usa a DAW Logic Pro X como principal software. Fale um pouco como fez a escolha, se já trabalhou com outras DAWS, e ainda, quais os programas que complementam seu jeito de produzir? 

LF.: Eu respondi acima sobre outras DAWS que trabalho e já trabalhei. Mas desde que comprei um Mac, eu trabalho basicamente com o Logic ProX, que me possibilita voar longe. O Logic é completo. Tem seu filhote, o Garage Band, que é ágil também, mas nada como o Logic…  Ele possibilita a mistura das linguagens acústicas e eletrônicas com perfeição e ele possibilita todas as etapas de produção. Do início ao fim.

Considerando que procuro não mixar nem masterizar em meu home studio. Somente trilhas sonoras instrumentais, 100% eletrônicas. Quando somo acústico com eletrônico e produzo canções, sempre procuro técnicos qualificados para mixar e depois, meu eterno master-man, Carlos Freitas, da Classic Master, que agora está sediada em Miami e que masteriza meu som, desde o primeiro LP, lançado em 1992 (na verdade, neste LP Carlos Freitas foi um dos engenheiros de gravação e mixagem. Quem masterizou foi Roberto Marques, da ARP Records).

Atualmente, para este álbum que estou produzindo em meu home studio, estabeleci uma parceria muito producente, com um menino genial na mixagem, o carioca Francisco Patricio.

Mas quando trabalho na televisão, normalmente a DAW usada é o ProTools. Que fala perfeitamente com a parte de vídeo da Avid. Dai é uma história maravilhosa também, para editar em sincronismo com o vídeo. Mas nada que o Acid, não faça com perfeição e a custo baixo. Fiz muitos programas de televisão com o Acid… Um arraso. Ágil, guerreiro – cheguei a abrir mais de 70 canais simultâneos – e versátil.

7. Recentemente você assumiu um trabalho de produção de material para a Som Livre (?), como está o andamento das criações para este projeto?

LF.: Acabei largando. Compus diversas trilhas originais. Mas quando recebi o contrato para assinar com eles, desisti. 100% leonino… Só é bom para eles… Sem condições. Considero até desrespeitoso com o compositor, músicos e produtores necessariamente envolvidos no processo. Tudo para eles. Nada para os criadores… Uma lástima, pois todos perdem. A ganância e a falta de respeito com os criadores brasileiros destrói e corrompe a indústria do entretenimento.

Tenho minha própria empresa, a produtora musical – Sorte Produções – e ganho mais produzindo particularmente, através dela. Apesar de ter um contrato assinado com uma outra empresa, que coloca minhas trilhas num catálogo distribuído para algumas emissoras abertas e canais a cabo. Hoje, é preciso dar a mão para este tipo de empresa. Mas todas, pagam nada e querem tudo… Lastimável!

8. Existe uma polêmica sobre a produção musical, envolvendo programas de computador e estratégias mais musicais de composição. Alguns produtores iniciantes acham que podem salvar uma má ideia com plug-ins, afinadores de áudio e outras parafernálias. Fale um pouco sobre este conflito, se ele afeta sua criação, e de que maneira.

LF.: Há muito, existem bibliotecas que disponibilizam samples e hoje, plataformas que se você pagar, pode pegar tracks prontas e misturar, criando assim, sua própria trilha… Tipo, instantâneo. Assim como existem os plug-ins que podem dar uma gama infinita de possibilidades para um take. Porém, sem criatividade, técnica e conhecimento, tudo isso é nada. O segredo para uma boa trilha, produção musical ou canção é sem dúvida, o estudo, a técnica, a transpiração e a respiração / inspiração, que para vir, é necessários estar conectado com o coração. O resto, é lixo.

9. Chegando ao presente, como e quais são seus atuais projetos, e de que maneira a tecnologia a está assessorando no processo de criação?

LF.: Acima, falei de meu projeto recente – meu álbum de autorais – 100% produzido por mim, em meu home studio – trabalhando em meu Mac, utilizando o Logic ProX 10.5. Desde o início dos anos 2000, distribuo meu trabalho através da Tratore, que coloca fisicamente e /ou digitalmente meus álbuns em todas as plataformas. E com ela, este ano já lancei o single “A Vagar” uma composição minha em parceria com o poeta Jorge Salomão e que já ganhou um videoclipe, com imagens gravadas em meu celular, editado pela produtora de audiovisual e portal de música independente, LeCandee.

Também este ano, lancei o single “Asfixia”, parceria com o jornalista Flavio Paiva. Este trabalho foi inserido num catálogo do artista plástico, compositor e produtor cultural Bené Fonteles, de Fortaleza e tambem está em todas as plataformas digitais. No momento, além do álbum, também estou produzindo um novo videoclipe, para esta canção, “Asfixia”, misturando imagens captadas por mim, em meu celular, com fotografias de grandes profissionais da imagem, como Marian Starosta, Fernanda Chemale, Teo Ponciano e Eduardo Kobbi.  Pretendo até o final de 2020 lançar este novo álbum, que ainda não tem nome, em todas as plataformas digitais

10. Fale um pouco sobre seu atual setup, o que está usando de hardware e software. Tem algum sonho de consumo, como um Mac Pro de dezenas de milhares de dólares ou coisa parecida?

LF.: Em meu home studio, produzo num Mac Mini – envenenado – com 16Gb de memória Ram + Logic ProX 10.5 + Placa de som da Focusrite. Com este trio, tenho realizado meus sonhos musicais. Porém sonho com um Mac Book Air, ou um Mac Book Pro… Com uma Focusrite de 16 canais e ainda com uma mesa ui24r da Soundcraft… E por ai vai… Uma Telecaster Fender, um Microfone Condensador Neumann, um amplificador da Orange…  Um sem fio da Shure… Uma pedaleira completa da Boss… Quem sabe um dia chego lá?

11. Voltando ao preconceito sobre a participação feminina na cadeia de produção musical, ele ainda persiste, ou você acha que já existe uma certa igualdade de gênero? Cite alguns exemplos, histórias curiosas e/ou situações pelas quais passou envolvendo o assunto.

LF.: Infelizmente, ainda existe preconceito e o machismo é latente neste país, que neste momento, passa pela maior crise institucional da história. Nosso país está em franco retrocesso e ameaçado por golpistas, entreguistas, neoliberalistas e milicianos. Estamos vivendo o caos absoluto. Com quase um milhão de infectados pela Covid19, mais de 45.000 mortos, e um governo que não respeita seu povo e sequer tem um Ministro da Saúde. A educação em frangalhos, a cultura nas mãos de reacionários e censores,  sem subsídios e sem projetos para melhoria em nenhum destes aspectos. Ou seja, a política permeia nosso fazer. Estamos vivendo o momento mais crítico de nossa história. E os fascistas, machistas, racistas e reacionários seguem imperando… E estes fatos dificultam nossa produção, ainda mais quando somos independentes…

Histórias que envolvem o machismo, desde que iniciei, são muitas. Começando pelo roubo de minha guitarra Telecaster Fender – feita a mão por Leo Fender – datada de 1962 – roubada em 1983, por músicos gaúchos que não me respeitaram e se ofenderam por eu fazer sucesso no Teatro Lira Paulistana, em São Paulo… Os homens formam uma espécie de “time” e se protegem… Até hoje, não descobri onde minha guitarra Fender foi parar… Mas sei quem são os “músicos” (bandidos) que fizeram isto. Tenho fé que a Deusa Música vai reparar esta safadeza, pois na época, muito menina, não fui à policia relatar o fato…

Também sofri várias tentativas de “estupro” por parte de homens que queriam me “comer” à força… Também passei a vida escutando coisas tipo: “Mas ela toca como um homem”… Ou nas rodas de improviso que os guitarristas jamais me chamaram para participar… Ou casos na televisão, onde eu “bombava” na produção, todos os meios falavam e relatavam os altos números de Ibope dos programas que eu produzia e mesmo assim, quando alguém entrava em minha sala nestas emissoras, ficavam procurando um “macho” para pedir o trabalho… Não acreditavam que era eu mesma quem dirigia, editava, criava, produzia, discotecava e coordenava as produções sonoras…! Até hoje…

12. Você disse ao ser convidada para a entrevista para a Música&Mercado que nunca foi convidada para uma entrevista em publicações especializadas. Me lembrei que fiz uma entrevista com a saudosa Cássia Eller para uma delas, que jamais foi publicada. Fale um pouco sobre o seu contato com a imprensa, especializada ou não, e o que acha que vai rolar nesses tempos de publicações online e novas formas de divulgação e distribuição da música.

LF.: Sobre as revistas voltadas a tecnologia  musical, áudio e guitarra, jamais me enxergaram como instrumentista, produtora e jamais me entrevistaram, como você agora, me dá esta oportunidade… E olha que já sai em centenas de matérias devido a meus lançamentos de CD ou shows, realizações de trilhas sonoras e miltâncias… Mas o mundo do áudio brasileiro é extremamente machista e preconceituoso…

Sobre meu contato com a grande imprensa, posso dizer, que mesmo sendo uma artista 100% independente, tenho um espaço que me é dado, justamente pelo fato de ser uma mulher guitarrista “diferente”, autêntica , e principalmente, por lutar em nome de causas ligadas a homosexualidade. Porém, no Brasil, a grande mídia, que inclui televisões abertas e emissoras de rádio, são corrompidas. Aqui, o sucesso é forjado. Comprado. O que destrói a cultura do país e que gera muito lixo cultural. Então quem aparece mesmo, é quem paga.. E como sou 100% ética, nunca paguei e jamais pagarei, apareço quando convém a grande mídia.

Ao mesmo tempo – apesar das redes serem comandadas por altas empresas multinacionais – elas abriram um espaço e possibilitam que artistas independentes e éticos, tenham alguma visibilidade. Porém, mesmo nas plataformas digitais e players da vida, aparece quem paga “bunners” e anúncios.  Ou seja, vivemos numa era digital, onde mudaram as formas, mas os meios continuam os mesmos, ou até mais corrompidos… Seguimos diante da roda da fortuna, que gira ligeiro e que mostra que quando um ganha, é porque o outro perdeu… Lamentável!

A humanidade vive esse caos porque não aprendeu nada sobre o amor incondicional, nem sobre compaixão e solidariedade… Com certeza, o planeta vai expulsar estes humanos – desumanos de sua superfície, para que uma nova geração apareça, para quem sabe, aprenda a ser gente e a respeitar a natureza, que é divina e o seu próximo, que é seu irmão!

 

 

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