Com grande experiência e amplo conhecimento do mercado, César Eduardo Vieira de Pontes Medeiros, mais conhecido como Pontes, conta sua interessante história.
A história desta empresa de representação começa em junho de 1949, fundada pelo pai do atual diretor, passando para a atual razão social, Comerp (Comércio e Representações Pontes Ltda.), em março de 1964.
“Antes da minha formatura em Ciências Econômicas, em 1973, comecei a frequentar o escritório da empresa no dia a dia, acostumando-me a sua rotina, conhecendo mercados e vendo o funcionamento de toda a sua engrenagem. Em março de 1974, meu pai convidou-me para virar sócio, pois tinha pleno conhecimento do meu sonho de tentar substituí-lo um dia, buscando dar continuidade ao trabalho que ele iniciou”, contou César Eduardo Vieira de Pontes Medeiros, ou só Pontes, como ele é conhecido no mercado.
Nesse período, abriram uma filial, uma loja de exposição, venda e montagem de cozinhas planejadas da já famosa Kitchens.
A experiência de Pontes passou por venda de móveis, fogões, geladeiras, televisores e conjuntos de som, pois inicialmente o escritório atendia clientes de variados segmentos.
As primeiras experiências de trabalho interno rapidamente evoluíram para uma atuação externa, com viagens frequentes a clientes dos estados do Ceará, Piauí e Maranhão, que sempre foram atendidos pelo escritório, desde o início de suas atividades.
“No segmento de instrumentos musicais, lembro que meu pai — eleito várias vezes o melhor representante do Ceará — conseguiu a representação da Tranquillo Giannini no ano de 1960 — de quem nos desligamos em 1993 — e eu, já como sócio, em uma viagem com ele, tive o prazer de conhecer o próprio Tranquillo Giannini e, depois, o sr. Giorgio Cohen Giannini, pessoas que deixaram um importante legado para o segmento”, lembrou.
“Com o falecimento do meu pai, em outubro de 1993, decidi encerrar a diversificação de segmentos para dedicar-me inteiramente aos instrumentos musicais e áudio. Na época, já contávamos com representações do porte de marcas como RMV, Caramuru, Delta, Baterias Pinguim, Advance, Octagon, entre outras. Inclusive a Del Vecchio, após o encerramento de nossas atividades com a Giannini”, agregou Pontes.
M&M: Quais as principais mudanças que você notou no mercado durante sua trajetória?
Pontes: Algumas das primordiais foram em relação à logística e à dinâmica, com a evolução das diversas melhorias adquiridas em relação à tecnologia e à abertura de mercado, a qualidade dos insumos na fabricação dos produtos, a diminuição nos prazos de fabricação e entrega, maior nível de especialização das pessoas capacitadas e melhor interação no trinômio fábrica-cliente-representante.
M&M: Como a tecnologia mudou a vida do representante comercial?
Pontes: Trouxe maior segurança ao nosso trabalho, com o poder de alavancar vendas e a possibilidade de desenvolver estratégias na busca de melhores resultados.
M&M: O que é vender instrumentos musicais e áudio para você?
Pontes: A realização pessoal e profissional de um sonho acalentado, que me dá a oportunidade de vislumbrar que faço parte de uma engrenagem que traz progressos e benefícios a todos, no sentido pleno de sua essência, ajudando outros a redefinirem suas futuras profissões e sonhos.
M&M: Como isso impactou a sua vida?
Pontes: Fiz da minha profissão a extensão do meu sonho de infância, procurando seguir os passos e orientações ensinados por meu pai, com muito arrojo, dedicação, empreendedorismo e lisura, buscando ser sempre o exponencial em minha atividade, com muito respeito, ética e honestidade profissional.
M&M: Quais marcas você representa hoje e para quais estados?
Pontes: Os estados do Ceará, Piauí e Maranhão continuam sendo atendidos pelo meu escritório, fazendo parte do meu portfólio as empresas Golden Guitar, Meteoro, C.Ibañez, Saty, Deval, Vanral/Yamaha, NGate Cymbals e Gope.
M&M: É difícil ser representante hoje?
Pontes: Sim, o advento da internet e suas ofertas mirabolantes, o aparecimento de inúmeras marcas no mercado, a proliferação de feiras que distanciam o cliente do atendimento “olho no olho” do representante, fazendo surgir o cliente comprador de feira, e o aparecimento de “pseudocolegas” sem grande capacidade têm dificultado bastante o nosso trabalho, além das crises pelas quais o Brasil vem passando.
M&M: Como vê a situação do mercado atual?
Pontes: Como um desafio a mais para a obtenção dos objetivos colimados, esperando maior união e apoio político das pessoas diretamente responsáveis, quem sabe trazendo até o ensino da música às grades curriculares dos colégios.
M&M: Com quantas lojas você trabalha atualmente?
Pontes: Em média, em torno de 86, mas com planejamento para expandir ainda mais esse número a partir de 2019.
M&M: O que você espera de 2019?
Pontes: Um ano de crescimento moderado do segmento, em que comecem a cicatrizar as inúmeras feridas deixadas pelos desvios e a incompetência dos governos anteriores. Finalmente, gostaria de agradecer a Deus, que me permitiu chegar até aqui com saúde, nessa longevidade de tantos desafios e incompreensões; ao apoio incondicional da minha família; àqueles que, direta ou indiretamente, participam ou participaram do sucesso dessa minha caminhada, como também agradecer a vocês pela oportunidade para contar a minha história!
Mais informações: pontes.comerp@gmail.com