
O designer Mike Baldassari utilizou 24 unidades dos híbridos icônicos para dar forma ao show de reunião da banda.
Uma das produções mais aguardadas desta temporada, Spinal Tap II: The End Continues, reuniu novamente a mítica banda fictícia após 15 anos para um concerto no Lakefront Arena, em Nova Orleans. O evento, peça central do novo filme dirigido por Rob Reiner, contou com desenho de iluminação assinado pelo veterano Mike Baldassari, que escolheu 24 luzes híbridas GLP JDC1 como eixo visual do espetáculo.
Um design inspirado em geometrias
Com experiência na Broadway, em turnês de artistas como Neil Young e em produções de cinema como Rock of Ages, Baldassari explicou que sua proposta partiu de formas geométricas. Inspirado em um concerto de 1992 no Royal Albert Hall, recorreu a figuras hexagonais, associadas simbolicamente ao heavy metal, combinadas a círculos e retângulos. Nesse esquema, os JDC1 foram fundamentais para criar contrastes visuais dinâmicos.
“O interessante no JDC1 é que ele não se limita a ser um estrobo branco. Cada música teve sua própria paleta cromática, e com apenas 24 unidades bem posicionadas conseguimos um impacto enorme”, afirmou Baldassari.

Desafios técnicos e soluções
O projeto enfrentou restrições de peso no local, agravadas desde o furacão Katrina, o que obrigou a apoiar no chão o enorme telão de vídeo por meio de uma estrutura de cinco andares. A programação foi preparada de forma remota, entre Nova Jersey e Flórida, com pré-visualização em 3D e controle via grandMA3, enquanto os JDC1 operaram em modo de pixel completo.
O designer também destacou a função de inclinação dos equipamentos, utilizada tanto para iluminar o público quanto para banhar a banda e criar efeitos de “dança” sincronizados com momentos-chave do espetáculo.
O retorno de Stonehenge
Um dos pontos mais marcantes foi a recriação do icônico número Stonehenge. Desta vez, em vez do erro de escala da primeira produção, utilizou-se uma réplica de 18 pés posicionada no palco, com os JDC1 configurados em uma paleta turquesa. A sequência, que contou com a participação de Elton John e outros convidados, exigiu um dia inteiro de filmagens.
Confiabilidade em câmera
Para Baldassari, a escolha dos JDC1 também se deveu à necessidade de desempenho livre de cintilação em gravações de cinema.
“Eu nunca colocaria um equipamento sem controle de PWM em uma filmagem. Com fumaça e neblina, qualquer cintilação ficaria evidente na câmera”, destacou.
As unidades, fornecidas pela empresa local RZI Lighting, funcionaram sem falhas durante toda a produção.
Cinema, música e técnica
Spinal Tap II: The End Continues já está em cartaz nos cinemas, oferecendo uma experiência que combina a sátira roqueira com um espetáculo técnico cuidadosamente planejado. Para Baldassari, o projeto representou uma oportunidade única: “Capturar toda a atmosfera de um concerto e levá-la para o cinema é realmente emocionante”.