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Paulinho Fonseca e seu relacionamento com a Gretsch

Paulinho Fonseca é baterista e cofundador do Jota Quest. Ele toca baterias da Gretsch há quase 20 anos e trabalha junto com a Sonotec para fazer seus kits personalizados

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Paulinho tem uma longa trajetória na música e é prova de que músico também tem de se atualizar com as tendências do mercado para continuar tendo sucesso.

Começou a tocar bateria em uma data que nunca esquecerá: 25 de dezembro de 1985. Ele tinha passado no vestibular para engenharia mecânica, mas estava achando sua vida “meio caretona”. Ele lembra: “Sempre gostei de bateria. Tinha uma banda de heavy metal que ensaiava ao lado da minha casa. Eu tinha um Fusca na época e às vezes eles me pediam para ir buscar o batera na casa dele, trazer a bateria e essas coisas”.

Foi assim que conheceu o pai desse baterista, que era profesor, e começou a tomar aulas: “No dia 25 de dezembro liguei e falei que queria estudar esse instrumento. Não tinha pretensão de tocar profissionalmente, só queria tocar em paralelo à minha faculdade, mas acabei tomando gosto. Passei dez anos na faculdade, não me formei e fiquei com a bateria!”.

Paulinho tocou em várias bandas, mas quando formaram o Jota Quest, o grupo começou a viajar e gravou o primeiro CD lançado nacionalmente. Aí ele trancou a faculdade de vez.

paulinho fonsecaM&M: O Jota Quest é a maior banda de pop/rock do nosso país. Como começou tudo?

Paulinho: O Jota é formado por amigos de infância que depois de um tempo se encontraram novamente. Eu era amigo do PJ de andar de bicicleta, o Marco Túlio era amigo do Márcio de morar no mesmo bairro e começar a tocarem juntos. O PJ quis formar uma banda nova e fomos nos reunindo.

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M&M: Quem são seus grandes influenciadores na bateria?

Paulinho: No Brasil, no pop/rock, o João Barone e o Carlos Bala, mas tem muitos músicos que de um modo ou outro acabam influenciando um pouco. Há muitos artistas bons em todo o Brasil — até o Northon Vanalli, gerente de marketing da Sonotec, que parou de tocar, mas tocava muito! De fora posso destacar nomes como Steve Gadd e John Bonham, que tem alguns dos grooves mais lindos. Todo dia você aprende coisas novas. Gosto de pesquisar, ouvir coisas inéditas e também ouvir uma e outra vez para captar todos os detalhes.

M&M: Qual foi o seu primeiro equipamento?

Paulinho: Fiquei um ano só com a borrachinha e um par de baquetas. Meu pai percebeu que eu estava levando a sério e no dia do meu aniversário me deu uma Pinguim branca. Toquei com ela durante muitos anos. Uma vez vi o David Weckl tocando com uma Yamaha com tom 810 e já usando monte de eletrônica junto, e pirei nesses toms. Ficava pensando em como ia ter esses toms menorzinhos na minha Pinguim. Aí mandei fabricar com o Tibério, em São Paulo, dois tomzinhos e montei na minha Pinguim. Fui fazendo um monte de experiências, até que um amigo foi para os EUA estudar cinema e me vendeu uma Slinger que ele tinha por US$ 1.000. Essa foi minha primeira bateria internacional! Depois juntei mais um dinheirinho e comprei uma DW. Logo depois dessa DW, me aparece uma Gretsch Broadkaster lá no Sul — quem me mostrou foi o Beto Bruno, do Cachorro Grande. Aí começou meu relacionamento com a Gretsch.

M&M: Quando tempo faz que você é endorsee da Gretsch?

Paulinho: Já vai para quase 20 anos. Há três anos virei endorsee internacional da marca. Estou desde o início da Sonotec. Aliás, quando eles viraram distribuidores da marca no Brasil, eu já era endorsee do outro importador. A Sonotec me abraçou e desde então foi uma parceria maravilhosa. Minha primeira Gretsch pela Sonotec foi uma USA laranja. Fiz uma turnê inteira com ela. Era uma bateria de série, não tinha nada custom, mas o som desse instrumento marcou bastante. Eu não tinha ideia do quanto ela era boa!

A partir daí sempre tive uma conversa muito boa com o Northon, da Sonotec, e eles começaram a customizar meus kits. Eu gostava, por exemplo, de uns toms mais rasinhos, que me davam mais ataque, e a Gretsch fabricou esses toms para mim.

Logo depois dessa turnê, troquei por um outro kit USA, só que customizado, com toms mais rasos, com um bumbo de 20”, do jeito que eu quería. Depois, tudo foi evoluindo. Percebi o que queria mudar de um kit para o seguinte e fomos nos adaptando. Fizemos mais dois kits customizados com a Sonotec e chegou a época da turnê de 15 anos do Jota, que terminou no Rock in Rio, em 2011. Falando com o Northon, eu disse que já tinha as baterias custom, mas que não são acessíveis a qualquer músico e isso até dificulta para a marca, porque as pessoas podem pensar que eu uso Gretsch porque tenho tudo customizado. Então perguntei qual era o modelo de bateria que ele queria divulgar durante a turnê do Jota. Ele indicou uma Catalina Birch e eu peguei essa bateria para a turnê inteira, do jeito que você chega na loja e compra. No final da turnê, fizemos a gravação no Rock in Rio e acabamos ganhando um Grammy com essa gravação, em que eu estava tocando com uma bateria de linha mesmo!

Depois disso veio mais uma bateria custom com a turnê Funky Funky Boom Boom. Posteriormente quis experimentar uma Brooklyn, que é uma bateria que não dá pra customizar. Ela vem com um bumbo de 22”, que eu não queria usar, mas consegui usar um bumbo de 18” e pirei no som dele. Depois veio a chance de fazer o nosso primeiro acústico, então pensei em pegar a Broadkaster que tinha comprado com o Beto Bruno e montei um kit diferente. Na época, tinha assinado com a Aquarian; troquei as peles, comecei a experimentar para ver como iria conseguir aquele monte de sons diferentes, samplers em um disco acústico. Não me conformava em tocar com som de bateria normal, botava uma pele sobre a outra, um chocalho, até conseguir o que queria. Mandei tudo isso para a Gretsch e eles fizeram o que seria a primeira bateria Broadkaster customizada em parceria, como eu queria, dentro do contrato para ser endorsee mundial. Fui à empresa pessoalmente pegar a bateria, conheci o escritorio. Eles têm uma pele gigante lá e pedem para você assinar. Eu não acreditava nos nomes, nas assinaturas que havia lá, tipo Charlie Watts, e agora tem o meu nomezinho também, um orgulho enorme! Agora vou ver o que eu invento para o meu próximo kit. Este ano deveríamos fazer a turnê dos 25 anos do Jota, mas com a pandemia, congelou tudo. Faremos no próximo ano e certamente estarei com um kit diferenciado.

M&M: Que outras marcas patrocinam você?

Paulinho: Antes da Gretsch, eu tinha assinado com a Zildjian. Foi minha primeira marca, na verdade. Uma vez que você é endossado pela Zildjian, você faz parte da família para sempre, só sai se quiser, mas eles sempre vão trabalhar e apoiar você. Toquei com muitos pratos. Usei os pratos Special Dry para o acústico e eles realmente fizeram a diferença. Mais recentemente, com uma turnê mais power, não queria perder a sonoridade e comecei a usar os Cluster.

Também trabalho com a Aquarian, que oferece durabilidade e uma enorme gama de sonoridade que você pode conseguir. Eles têm peles de todo tipo, com muito boa qualidade. Usei as peles até um ano e meio sem trocar, só troquei não porque perdi timbre, mas porque achava que não era possível durarem tanto!

Também uso, e me patrocina, o abafador de bumbo Kick Control, da Odery; e a Cymbal Care, que faz capas customizadas para proteger meus pratos. Minhas capas têm a imagem do próprio prato que protegem e minha foto, ficou tudo muito legal.

M&M: Sente falta de algum equipamento?

Paulinho: Aqui vai entrar outra marca que me patrocina, a Roland. Minha história com o Jota começou usando um sampler W30 que eu tinha, hoje eu o tenho de volta. Depois de tanto tempo, um amigo produtor achou, comprou o teclado e me deu de presente. Ainda funciona perfeitamente.

Essa coisa da eletrônica vai mudando muito. Eu usava um rack gigante do meu lado, cheio de samplers, tinha cinco minutos de amostragem de som. Hoje tenho um computador, um aparelho pequenininho do tamanho de um celular, com infinitas amostragens de som, que consegue fazer milhões de edições e com uma qualidade super-real. A eletrônica, os simuladores avançaram muito. As baterias eletrônicas hoje são perfeitas e é importante para todo tipo de músico conhecer sobre tecnologia e ver o que tem de mais novo do mercado, para poder experimentar no momento de tocar e obter os melhores sons.

 

paulinho fonseca

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