Com a variação do dólar chegam os problemas, não só para as nossas empresas, mas também como indivíduos. Organização é a palavra-chave!
Todos os dias deparamos com notícias sobre a operação do dólar, com quedas e, ultimamente, altas. Embora pareça assunto de economistas e algo distante do nosso cotidiano, o fato é que as oscilações da moeda afetam — e muito — a vida do brasileiro comum. Além de interferir na bolsa de valores e nas grandes empresas, a alta do dólar impacta diretamente na inflação e, consequentemente, provoca o aumento no preço dos produtos, sobretudo os importados e os que têm insumos comprados no exterior.
Os exemplos são os mais variados e vão desde os mais óbvios, como viagens internacionais, carros e roupas, até itens como pães e biscoitos, já que grande parte do trigo usado por aqui vem do exterior. Mas como o brasileiro pode se organizar para ‘sentir menos’ o dólar beirando os R$ 4, diante de um cenário em que impostos e outras contas também tendem a subir?
O que fazer?
A resposta a essa pergunta pode estar em uma única palavra: planejamento! É fato que os produtos afetados pelo dólar ficam mais caros, mas muitos deles são indispensáveis em nossa vida e não deixarão de estar em nossa casa. Pessoas com rendas fixas e com certo poder aquisitivo não vão deixar de consumir produtos agrícolas como o tomate, cujos preços tendem a subir por conta da importação de fertilizantes, ou a carne, que deve ter menos oferta interna devido ao aumento da exportação, também ficando mais cara.
Com a alta do preço de produtos básicos, o ideal é dedicar uma parcela maior do orçamento às compras rotineiras no supermercado ou então abrir mão de outros itens menos fundamentais. Independentemente de altas ou baixas nos preços, outra medida imprescindível é a busca pelo mais barato, afinal, todos nós já deparamos com a mesma coisa a valores muito diferentes em locais próximos. Outra dica útil é comprar no atacado, obviamente, quando os produtos puderem ser armazenados por mais tempo.
Organize-se!
Já que despesas como IPVA, IPTU, matrícula e material escolar são inadiáveis, é indispensável que seja feita uma programação desde o primeiro mês do ano. Muitas vezes, simples medidas trazem consequências imensamente benéficas e garantem um ano muito mais tranquilo para o bolso. Na compra de um carro, por exemplo, é muito comum as pessoas fazerem contas com base apenas nas parcelas e no seguro, e se esquecerem de impostos, combustível, lavagem, estacionamento, revisão, mecânico, entre outros. Certamente, esses compromissos são responsáveis por quase meio carro zero quilômetro a cada ano.
Nunca é demais dedicar alguns minutos para fazer contas e colocar ‘na ponta do lápis’ quanto por cento do salário será destinado às parcelas do cartão de crédito ou aos boletos. Dessa forma, o consumidor já impõe um limite aos próximos gastos e passa a saber o que é possível ou não de ser realizado. Faça os cálculos, anote detalhadamente todos os gastos e veja quanto as suas compras ficaram mais caras nos últimos meses ou até semanas. Assim será possível dimensionar os custos e evitar que os novos gastos atrapalhem o pagamento de contas, a reserva de dinheiro e as atividades de lazer.