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Música: 5 possibilidades para quem pensa em seguir carreira na área

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Quando se pensa em estudar música, não é só escolher um instrumento e subir no palco. Existem outras áreas nas quais é possível se desenvolver para obter um espaço no mercado musical. Confira.

Logo quando se pensa em uma carreira musical, a maioria das pessoas imagina grandes turnês, equipes com dezenas de pessoas, muito luxo e glamour. E, apesar de não haver nada de errado com esse conceito, há de se convir que essa é realidade de poucos artistas – o que pode desmotivar jovens que tenham interesse em seguir essa carreira.  

No entanto, por trás das grandes cortinas, a realidade pode ser bem diferente e muito mais diversificada e interessante. Sergio Molina, compositor, doutor em música e coordenador da graduação musical da Faculdade Santa Marcelina, explica que existem áreas diferentes de atuação para quem se interessa em trabalhar com música e afirma que cada uma delas tem uma entrada específica no mercado de trabalho.  

“A carreira de músico é como qualquer outra. A inserção no mercado de trabalho não passa exatamente por uma disputa, mas por uma conquista – e estudo e versatilidade de atuação irão ajudar o profissional a se destacar”, explica o Molina. E para aqueles que estão dispostos a se tornarem profissionais da música, o professor listou cinco possibilidades de carreiras a serem consideradas.  

1. Instrumento 

Seja no campo da música clássica ou no da música popular, o papel do instrumentista é essencial, afinal será dele a função de dar vida às composições. No caso da música popular, o mercado de trabalho pode se estender por gravações, shows e espetáculos até o teatro musical e as trilhas sonoras de filmes, séries, programas de TV ou internet.  

Na segunda opção, o instrumentista pode se tornar um solista e achar uma vaga numa orquestra com salário fixo. “Temos excelentes orquestras no Brasil, como a Orquestra Sinfônica de São Paulo, as orquestras jovens, a Orquestra de Guarulhos. Muitas capitais têm suas orquestras – e esse também é um campo de trabalho forte no exterior”, relata o professor. No âmbito mercado do teatro musical, a música ao vivo com instrumentos sinfônicos vem sendo incorporada com êxito.   

2. Canto 

Outra alternativa é o canto, profissão que se assemelha bastante ao do instrumentista. A pessoa com essa formação poderá atuar tanto na música popular quanto clássica, incluindo gravações, shows, espetáculos ao vivo e no teatro musical, uma área em plena ascensão no Brasil, e que pode envolver espetáculos de dança e artes cênicas.  

3. Composição 

O campo da composição musical também cresce muito – tanto dentro, quanto fora do país. Isso se dá especialmente por conta do mercado de trilhas sonoras. Já consagradas na publicidade e no cinema, elas ganham um novo e potente fôlego com o crescimento dos meios digitais, como YouTube e canais de streaming, como Netflix e Amazon Prime. “Todas as trilhas de todas as séries que você assiste têm um compositor – tanto as músicas de abertura e de final quanto as músicas de cena. Quem se aplica para essa área, conhece e estuda tanto a composição com partitura, para escrever uma peça de orquestra quanto as criações que envolvem o uso de tecnologia, sons eletrônicos – que, muitas vezes poderão a ser trilha de um filme, série ou comercial”, declara o coordenador da Faculdade Santa Marcelina. 

Lembrando que muitas composições terão a necessidade de músicos instrumentistas para que se tornem realidade – um reforço ao ‘item 1’ dessa lista. “Essa composição feita, precisa do aluno formado em instrumento para tocar. Esse é um campo trabalho que vem crescendo muito dentro e fora do país”, completa.  

4. Regência 

A área de regência é mais específica, já que irá formar maestros de orquestras e coros. “Toda vez que você precisar juntar um grande número de músicos ao mesmo tempo para tocar, você vai precisar de um maestro”, explica Molina. “Também por conta dessa crescente demanda de trilhas, temos o maestro que atua em gravações. Existem regentes oficiais no cinema em Hollywood, e estamos caminhando para o mesmo cenário no Brasil”. 

A licenciatura em música é voltada para pessoas que têm interesse em trabalhar com a educação musical como parte da formação humana. “O principal campo de trabalho de quem se forma na licenciatura não é dar aula de música para músicos, e sim para todas as faixas etárias, entendendo a música como formação humana” afirma o professor. “Várias escolas têm música nos ensinos básico, fundamental ou médio. Existe um campo que muitas escolas têm, que é da musicalização infantil. Mas isso também é feito em projetos sociais, ONGs, na terceira idade. Existem muitos projetos!” 

5. Ensino de música 

O campo da educação musical vem crescendo desde 2008, quando foi aprovada a lei 11.769, de 2008, que determina a obrigatoriedade de inclusão de conteúdos musicais na grade curricular das escolas. “A lei foi aprovada, mas ainda não foi propriamente implementada com seus detalhes. Então, na medida que isso caminhe, serão milhares de públicas no país que precisarão de professores”, esclarece.  

Outras opções 

Para quem estiver interessado em se dedicar e mergulhar de cabeça dentro desse universo, existem ainda mais opções de áreas de atuação. Musicoterapia, produção musical, engenharia de som e tour management são somente algumas outras áreas disponíveis para quem tiver interesse em aprender e desenvolver uma boa rede de contatos. “Esses são os campos de trabalho – alguns mais artísticos, outros mais educacionais. Tem música em tudo e se precisa de pessoas habilitadas para trabalhar”, finaliza.  

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