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Luthieria: alternativa para instrumentos musicais importados ou reconhecimento de valor?

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Luthieria

Instrumentos feitos por luthiers devem deixar de ser uma ‘alternativa’ para quem procura um instrumento de boa qualidade e tornar-se referência por sua qualidade e design próprio

Maple Bird Eyes

Maple Bird Eyes

Após tantos anos trabalhando na área de reparos e customizações de instrumentos de corda, decidi entrar no ramo de fabricação de instrumentos customizados. Para ter êxito nessa empreitada, dediquei horas de estudo para conhecer as necessidades e as tendências de mercado, desse modo pude desenvolver uma linha de produtos que atendesse a todos os músicos do meu público-alvo.

Tudo caminhava bem, até que o primeiro cliente pergunta sobre as qualidades e características do Pau Ferro. Após explicar sobre seu sustain, timbre característico, resistência e demais qualidades obtidas com essa madeira, ele pergunta se seria possível trocar o Pau Ferro por Mahogany, respondi que sim, que poderia usar o Mogno ou o Jatobá, ele prontamente respondeu: “Não, eu quero Mahogany!”. Pensei comigo: ou ele entende alguma coisa de madeira e quer mesmo o Mahogany ou se guiava pelas madeiras usadas nas marcas de guitarras estrangeiras.

Mandei a foto de um braço de Pau Ferro e disse: “Sim, temos braço em Mahogany também. Olha ele aqui.” Mandei a foto, o cliente ficou feliz, satisfeito, agradeceu e eu disse, “Aaaaaa não, desculpa! Este braço é de Pau Ferro, mandei a foto errada. Ráááá pegadinha do malandro.”

O músico sabe o que quer?

Primeiro, grande maioria dos clientes não sabem a diferença entre Maple e Pau Marfim e não saberiam diferenciar um do outro quando madeira bruta.

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Segundo, grande maioria dos clientes não entendem as propriedades físicas da madeira, como resistência, pureza, granulação, porosidade, ressonância, etc. Se guiam pelos nomes das madeiras utilizadas por grandes corporações, como Mahogany, Maple, Rosewood, Ebano, entre outras.

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Talvez você, luthier, fabricante de instrumentos musicais, já tenha se dado conta disto. Mas eu, agora é que entendi esta triste realidade do público.

Luthier brasileiro é respeitado lá fora

Percebi que é muito difícil ganhar a confiança do cliente brasileiro com produtos nacionais, o ‘santo de casa’ parece mesmo não fazer milagres. Observo luthiers brasileiros enviando seus produtos para fora do país e sendo elogiados no exterior. Enquanto no mercado interno, pessoas compram instrumentos de três a quatro mil reais que não valem nem ao menos dois mil. Muitos pagam esse valor simplesmente para ostentar a marca impressa no headstock.

A pouco mais de três anos uma marca vem dominando o mercado de guitarras de primeira linha, a Suhr Guitars.

Tive o prazer de tocar em duas unidades dessa marca e realmente são instrumentos de ótima qualidade, tocabilidade incrível e ótimo timbre. Cada uma valia em média 16 mil reais. Isto mesmo: 16 mil reais cada uma! Sinceramente, poderia citar três ou quatro luthiers no Brasil que fariam trabalhos melhores. Repito: melhores e por menos que isso, bem menos, e usando exatamente o mesmo material.

Complexo de inferioridade ou desconhecimento?

Mesmo o mundo invejando o Brasil pela floresta Amazônica, mesmo o nosso país tendo as melhores madeiras do planeta terra, o nosso público inveja madeiras infinitamente mais simples e, muitas vezes, com menos qualidade sonoras que as nossas?

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Bem, isso tudo se deve ao marketing. Não vejo o marketing das guitarras americanas, europeias ou seja lá de onde for, como algo grandioso. O que percebo é que não há reconhecimento com relação as nossas madeiras. Além disto, pouco marketing das marcas de guitarras nacionais de boa qualidade. Isto as tornou desconhecidas e, de certa forma, evitadas tanto quanto possível.

Tem que americanizar a luteria, cara!  

Mediante esse cenário de repulsa pelas madeiras nacionais, minha linha de guitarras e baixos, que usam 100% de madeiras legalizadas e de procedência nacional, sofreu uma certa rejeição pelo público.

Como falar de Roxinho, Pau Ferro, Jatobá, Cedro Rosa e Pau Marfim, para um público que quer comprar Birds Eye Maple, Spalted Maple, Mahogany, Alder, Ash? Foi então que, conversando sobre este assunto com um grupo de luthiers infinitamente mais experientes que eu, descobri a solução dada por um deles e usada por muitos outros. “Tem que americanizar a lutheria, cara”, disse um dos participantes da conversa.

De fato a solução foi essa, americanizar a lutheria. Confesso que de pronto não gostei da ideia, achei um tanto síndrome de vira-lata; ter que abdicar da minha língua, minha cultura, em favor da língua e cultura de outro país para que o produto fosse aceito no mercado.

Mas após um tempo aceitei fazer a conversão, até mesmo para facilitar a forma como o cliente poderia comparar as madeiras dos meus instrumentos, com outros conhecidos no mercado.

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O Pau Ferro é conhecido pelos americanos como Bolivian Rosewood, então usei Bolivian Rosewood, o Jacarandá é conhecido como Brazilian Rosewood, então usei Brazilian Rosewood, o Roxinho é chamado de Purple Heart e assim também eu o chamei, e após americanizar os meus produtos, a procura aumentou e as encomendas também.

Desafios dos instrumentos customizados

Resolvi um dos problemas, mas o mercado de construção de instrumentos customizados no Brasil tem ainda muitos outros para serem resolvidos. Enquanto nos demais países, instrumentos customizado são mais valorizados que os de linha de produção, exatamente pelo trabalho manual, sob encomenda, peça única, feita exclusivamente para aquele cliente, no Brasil, o instrumento customizado é visto como alternativa para os instrumentos importados de alto valor.

Este raciocínio é errado. Uma fábrica produz entre cem a duzentos instrumentos por dia, uma lutheria é capaz de entregar 15 a 20 por mês. Por isto, é normal que o instrumento customizado custe o dobro de um instrumento feito em fábrica.

O luthier seleciona a madeira pessoalmente, prepara, corta, molda, lixa, pinta, instala todas as peças, monta, regula e entrega ao cliente. Cem por cento do trabalho foi feito por ele; não seria justo, nem coerente, que o cliente peça um preço menor que o praticado por grandes empresas.

A lutheria brasileira ainda tem muitos desafios pela frente, a ideia de americanizar as madeiras foi muito interessante e apresentou resultado. Nós, luthiers, precisamos focar em estratégias de marketing, valorizar nossos produtos, ganharmos mercado para podermos praticar preços reais e coerentes com a qualidade de nossos serviços.

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Temos que deixar de ser uma alternativa a quem procura um instrumento de boa qualidade, por um preço menor que o importado, e tornarmos referência para quem procura um instrumento único, uma obra de arte. Algo que se destaque em meio a multidão, visualmente e sonoricamente!

Um trabalho que assim como já acontece fora do Brasil, atraindo clientes exigentes, que buscam algo especial e não o ‘strateiro’ que, sem dinheiro para comprar uma Fender, te encomenda a construção de uma réplica de boa qualidade.

 

Quer debater? Escreva nos comentários abaixo.

 

 

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Efeitos, Pedais e Acessórios

Fuhrmann rebate rumores sobre o fechamento da empresa

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Influencer declarou que a fabricante de pedais havia encerrado suas atividades.

A disseminação de informações falsas, popularmente conhecidas como fake news, é um dos maiores desafios da era digital. A desinformação não apenas afeta pessoas, mas também pode gerar danos significativos para empresas, setores produtivos e até comunidades inteiras. Recentemente, a fabricante de pedais Fuhrmann enfrentou um exemplo desse fenômeno, quando informações incorretas foram divulgadas por um influenciador digital.

Em um vídeo publicado por Leo Godinho (removido por violar os Termos de Serviço do YouTube), dois modelos antigos de pedais da Fuhrmann foram avaliados, mas o conteúdo incluiu afirmações incorretas sobre a empresa. Entre as declarações, Godinho afirmou que “fontes semi-oficiais” teriam confirmado o encerramento das atividades da Fuhrmann no Brasil, sugerindo ainda que a marca estaria operando exclusivamente por meio de vendas online e, possivelmente, descontinuaria até mesmo essa operação.

Ao buscar esclarecimentos, o CEO da Fuhrmann, Jorge Fuhrmann, classificou o caso como “extremamente preocupante” e lamentou o impacto da desinformação nas redes sociais. Ele assegurou que a empresa está, na verdade, em plena atividade e preparando lançamentos para 2025. “Não faria sentido algum investir no desenvolvimento de novos produtos para, depois, encerrar as atividades”, afirmou.

Investimentos em tecnologia e produção local

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Com sede em Penápolis, interior de São Paulo, a Fuhrmann mantém sua operação em uma fábrica de 650 m², onde produz cerca de 800 pedais por mês. Segundo a empresa, ao longo de seus 18 anos de atuação, tem investido consistentemente na qualificação de colaboradores, em novas tecnologias e em maquinário avançado para aprimorar processos.

Os pedais da nova linha são mais compactos e eficientes, equipados com componentes SMDs (Surface-Mount Devices) que são montados automaticamente, trazendo inovação e modernidade aos produtos da marca. Jorge Fuhrmann destacou ainda que a empresa não possui planos de terceirizar sua produção.

Combate à desinformação

Como medida para evitar episódios similares no futuro, a Fuhrmann anunciou a criação de uma seção especial em seu site voltada à imprensa, influenciadores e ao público em geral. O objetivo é divulgar notas oficiais e esclarecer dúvidas sobre a empresa e seus produtos, combatendo possíveis boatos antes que eles se espalhem.

O episódio reforça a importância de verificar informações antes de compartilhá-las, especialmente em um ambiente digital onde rumores podem ganhar grandes proporções rapidamente.

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Cultura

Música transforma vidas de presos em projeto de ressocialização

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A ressocialização de detentos no Brasil tem ganhado novas dimensões com projetos que unem capacitação profissional e arte.

Iniciativas como o Sons da Liberdade, no Acre, e o Baqueart, em Pernambuco, utilizam a fabricação de instrumentos musicais para proporcionar aos internos uma oportunidade de recomeçar suas vidas de maneira digna, oferecendo uma nova perspectiva de reintegração social e profissional. Além de promoverem o desenvolvimento de habilidades técnicas, esses projetos utilizam a música como ferramenta de transformação, criando oportunidades reais para os presos saírem do sistema penitenciário com novas chances no mercado de trabalho.

Sons da Liberdade: Detento trabalha na produção de um violão.

Sons da Liberdade, realizado pelo Instituto de Administração Penitenciária (Iapen)

No Acre, o projeto Sons da Liberdade, realizado pelo Instituto de Administração Penitenciária (Iapen), se consolidou como uma referência nacional na ressocialização de detentos através da luthieria, a arte de fabricar instrumentos musicais. Desde maio de 2024, os reeducandos são capacitados a construir violões e guitarras de alta qualidade em uma oficina que proporciona 222 horas de aulas práticas e teóricas. O coordenador do projeto, Luiz da Mata, destaca que a iniciativa tem como objetivo oferecer aos detentos a chance de aprender uma nova profissão, preparando-os para o mercado de trabalho após o cumprimento de suas penas​.

Desembargador Francisco Djalma, presidente de Iapen e Jardel Costa, professor de luthieria, em visita à fábrica de instrumentos musicais. Foto: Zayra Amorim/Iapen

O reconhecimento da qualidade dos instrumentos fabricados pelos presos foi evidenciado durante a Expoacre 2024, onde os violões confeccionados na oficina chamaram a atenção de visitantes e músicos locais. “A madeira é de qualidade, e por ser feito por reeducandos, é algo muito interessante, muito gratificante”, comentou o músico Rafael Jones, que visitou o estande do Iapen durante o evento​. Além do sucesso na Expoacre, o projeto Sons da Liberdade foi convidado para expor seus instrumentos na Conecta+ Música & Mercado, a maior feira de música da América Latina, um reconhecimento significativo da qualidade do trabalho realizado dentro do sistema penitenciário​.

Jardel Costa, policial penal e instrutor de luthieria no Sons da Liberdade, enfatizou a satisfação dos detentos em ver seu trabalho sendo apreciado pela comunidade. “Eles têm ficado muito felizes, tanto com o instrumento pronto, quanto com o fruto do trabalho, também com as pessoas vindo ver o instrumento, tocar neles, ver que é um instrumento bom, de qualidade, que não perde em nada para um instrumento profissional”​. Essa valorização do trabalho contribui diretamente para a autoestima dos reeducandos e reforça o potencial transformador da arte dentro do ambiente prisional.

Projeto Baqueart, no Centro de Ressocialização do Agreste (CRA)

Paralelamente, em Pernambuco, o projeto Baqueart, no Centro de Ressocialização do Agreste (CRA), localizado em Canhotinho, também promove a reintegração social por meio da música. Desde agosto de 2024, os detentos participam de aulas teóricas e práticas de fabricação artesanal de instrumentos de percussão, como zabumbas, surdos e pandeiros. Segundo Paulo Paes, secretário de Administração Penitenciária e Ressocialização de Pernambuco, o projeto busca oferecer uma formação técnica que permita aos internos sair do sistema penitenciário com condições de sustentar suas famílias e viver com dignidade​.

Zeus

Além da capacitação técnica, o projeto Baqueart se destaca pela abordagem ambientalmente sustentável, com a produção totalmente artesanal e manual, sem o uso de produtos químicos ou máquinas. Sérgio Reis, professor responsável pela formação dos internos, destacou a importância do método: “O processo é totalmente manual, respeitando o meio ambiente e ensinando uma nova forma de trabalho para os internos”​.

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A valorização do trabalho dos detentos no projeto Baqueart também é recompensada com remuneração e direito à remição de pena, conforme previsto na Lei de Execução Penal. “O Baqueart faz parte de uma transformação maior no sistema penitenciário de Pernambuco, onde trabalho, renda e educação são pilares fundamentais”, afirmou Alexandre Felipe, superintendente de Trabalho e Ressocialização​. A iniciativa tem sido vista como um modelo a ser seguido, com planos de expansão para outras unidades prisionais no estado.

Essas iniciativas de luthieria dentro do sistema prisional não apenas promovem a capacitação técnica dos detentos, mas também oferecem um meio de abstração e reabilitação emocional por meio da música. Para Daniel Neves, presidente da ANAFIMA (Associação Nacional da Indústria da Música), os projetos têm uma importância multifacetada: “A fabricação de instrumentos musicais pelos detentos atua em dois parâmetros: a criação de um ofício e a abstração que o instrumento proporciona. Foi louvável a atitude das diretorias de ambos sistemas penitenciários que trouxeram estas atividades aos detentos”​.

Ao capacitar os internos para uma nova profissão e permitir que eles utilizem a música como forma de expressão e superação, os projetos Sons da Liberdade e Baqueart demonstram o potencial transformador da arte dentro do sistema penitenciário. Essas iniciativas oferecem aos detentos uma oportunidade real de reescreverem suas histórias e de retornarem à sociedade com dignidade e novas perspectivas de vida.

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Empresas

Giannini: quais os próximos passos da recuperação judicial da mais tradicional fábrica de violão do Brasil?

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recuperacao judical giannini


Nesta última semana de julho, o jornal O Estado de São Paulo noticiou sobre o pedido de recuperação judicial da Giannini, a centenária fábrica brasileira de violões.

A Giannini, fabricante de instrumentos musicais com mais de 100 anos de história, entrou em recuperação judicial. Nos autos do processo, a empresa atribuiu a crise à pandemia de covid-19, seguida de uma política de restrição a crédito por parte dos bancos, que levou a marca a acumular dívidas acima de R$ 15,8 milhões.

De acordo com dados do Serasa Experian, pedidos de recuperação judicial aumentaram 71% no primeiro semestre de 2024 em comparação com o mesmo período de 2023. Especialistas apontam que o controle da inflação e do câmbio, a queda dos juros e a geração de empregos são fundamentais para interromper a tendência de endividamento.

Giannini solicita Recuperação Judicial

No processo, a Bacelar Advogados representou a empresa perante o Juiz de Direito de uma das Varas Regionais de Competência Empresarial e de Conflitos Relacionados à Arbitragem da 4ª e 10ª RAJ do Estado de São Paulo, elaborando um pedido liminar para a manutenção das atividades empresariais e requerendo a Recuperação Judicial da empresa.

O Juiz de Direito, Dr. José Guilherme Di Rienzo Marrey, nomeou a empresa Brasil Expert Análise Empresarial de Insolvência Ltda para realizar trabalhos técnicos preliminares na Giannini. Isso inclui verificar as condições reais de funcionamento da empresa, visitar a sede e filiais, certificar a regularidade das atividades, verificar a documentação apresentada e identificar interconexões e confusões entre ativos ou passivos das devedoras, além de detectar indícios de fraude e confirmar se os principais estabelecimentos estão na área de competência do juízo.

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Relatório Preliminar

A empresa Brasil Expert realizou a perícia preliminar e relatou: “Após uma minuciosa análise da documentação apresentada pela Requerente, acrescida da diligência realizada, conclui-se que a solicitação de recuperação judicial está fundamentada em uma crise econômico-financeira real e substancial. Não foram identificados indícios de que a Requerente esteja utilizando o instituto da recuperação judicial de forma fraudulenta.”

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O relatório continua: “O exame dos documentos e das informações financeiras revela uma queda no endividamento de curto prazo da Requerente, de R$ 39,73 milhões, no período entre dezembro de 2021 e maio de 2024. Já o endividamento de longo prazo apresentou um aumento significativo de R$ 395,92 milhões. Este crescimento no passivo reforça a evidência de uma crise financeira genuína e não uma manobra para uso indevido da recuperação judicial.”

Advogado Antonio Migliori Filho publicou o processo em seu Linkedin.
Advogado Antonio Migliori Filho publicou o pedido de Liminar em seu Linkedin.

Mercado se solidariza

O mercado da música se solidarizou com a Giannini. Roberto Guariglia, diretor da marca Contemporânea de percussão brasileira, manifestou-se em um grupo de fabricantes de instrumentos musicais: “Estamos na torcida para que vocês vençam mais este obstáculo que muitas indústrias brasileiras enfrentam. Que a presença da Giannini continue importante no cenário musical mundial!” Em outros grupos, as mensagens de solidariedade não pararam de chegar.

Em mensagem para a Música & Mercado, a ANAFIMA – Associação Nacional da Indústria da Música declarou: “O ambiente de negócios no Brasil tem suas intempéries e a Giannini é uma das raras empresas a ultrapassar 115 anos no país. Torcemos pela sua administração e fazemos votos para que o setor se reúna para proporcionar sustentação à empresa.”

Próximos Passos

Com o pedido de recuperação judicial deferido, a cobrança de dívidas fica suspensa por 180 dias, e um plano de reestruturação deve ser apresentado.

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  1. Publicação da Decisão:
    • A decisão será publicada no Diário Oficial e os credores serão notificados.
  2. Nomeação do Administrador Judicial:
    • Um administrador judicial será nomeado para supervisionar o processo.
  3. Apresentação do Plano de Recuperação:
    • A Giannini deve apresentar um plano detalhado em 60 dias.
  4. Assembleia Geral de Credores:
    • Os credores discutirão e votarão o plano de recuperação judicial.
  5. Implementação do Plano:
    • Após aprovação, o plano será implementado e supervisionado pelo administrador judicial.
  6. Monitoramento e Cumprimento:
    • A empresa deve cumprir todas as condições e prazos estabelecidos.
  7. Encerramento do Processo:
    • Se o plano for bem-sucedido, o juiz encerrará o processo de recuperação judicial.

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