A OpenStage vem fazendo um trabalho especial que vai além da venda de produtos. Há na loja um palco aberto para músicos e estudantes, levando entretenimento para a comunidade local.
A OpenStage abriu suas portas em julho de 2014, na zona sul de Porto Alegre, a partir de vários insights que Eduardo Barcellos, seu diretor, teve buscando um formato de negócio inovador, acessando outras lojas do segmento e apresentações de escolas de música.
A estrutura da loja conta desde o início com um espaço para apresentações com capacidade para uma audiência de cem pessoas, bar e café profissional, setor de discos de vinil, CDs, DVDs, livros, moda e luthieria. Desde a abertura do espaço já receberam mais de 400 shows de música autoral, de iniciantes a bandas e músicos de sucesso internacional, sempre com entrada franca, em um ambiente apropriado para famílias. Também foram realizados mais de cem apresentações e recitais de escolas de música e mais de 80 workshops das mais diversas marcas e assuntos.
“A loja nasceu com um DNA inovador e de vanguarda”, disse Eduardo. “Eu diria que a evolução que tivemos foi enquanto modelo de negócio, de marca, pois tornamo-nos referência nacional no segmento, mesmo estando longe dos grandes centros e sendo apenas uma loja.”
A OpenStage estará iniciando em breve uma operação em um shopping center da cidade, e pretendem abrir mais uma loja na zona norte de Porto Alegre.
Já a loja on-line nasceu junto com a física. “Ela nos auxilia como vitrine, apesar de ter estrutura de e-commerce de última geração. Nossa venda é praticamente toda na loja física.”
Tanto no ambiente on-line quanto no físico é possível encontrar marcas como Fender, Gibson, Tagima, PRS, Epiphone, Squier, Pearl, Xpro, Giannini, Rozini, Shure, Basso, D’Addario, Elixir, JBL, Oneal, Ibanez, Tecniforte e Santo Angelo, entre outras. Os itens mais vendidos são os acessórios em geral, violões, guitarras, ukuleles, contrabaixos, baterias, microfones e cajons.
Além da moderna estrutura da loja, também é oferecido serviço de luthieria completa para instrumentos de corda.
Palco na loja
O Palco de Todos foi um dos principais “pilares” da abertura da loja: “Tínhamos o entendimento de que não existia local adequado para as crianças e adolescentes das escolas tocarem e receberem seus familiares. Outra motivação para a existência do palco foi que, no momento da abertura da loja, inexistiam locais para se apresentar apenas com música autoral na cidade, além da dificuldade de músicos de elevado conteúdo cultural e artístico em obter espaço adequado para apresentar os seus trabalhos. Colocamos um palco completo, com tratamento acústico, sistema de gravação avançado e ao vivo, backline de excelente qualidade, tudo à disposição de todos os músicos e estudantes que desejem utilizar o espaço”, contou Eduardo.
De fato, a loja toda sempre foi pensada para oportunizar experiências, “logo, toda a área é apropriada para hands-on, eu diria que é uma loja hands-on music”, enfatizou. “Importante dizer que tivemos pouquíssimos problemas com acidentes e/ou quebras de equipamentos devido ao nosso conceito.”
O diretor destacou que essa estratégia ajudou muito a atrair mais público para a loja, com a realização de eventos semanais, que muitas vezes recebem mais de 50 pessoas. “Já tivemos alguns eventos com público acima de 200 pessoas.”
“Sem dúvida, todo o conceito, desde o Palco de Todos, passando pela arquitetura, bar, café, espaço de discos de vinil, moda, o convite para que as pessoas toquem os instrumentos sem pressa, pressão e/ou quaisquer inconvenientes, a sensibilidade em buscar soluções para os clientes, o relacionamento com os músicos e escolas, e principalmente a energia da nossa equipe, sempre disposta a ouvir, tocar, pesquisar tudo sobre música e pessoas são diferenciais da nossa loja”, destacou Eduardo.
O trabalho não para
Mas isso não é tudo. A loja está desenvolvendo vários projetos para adequar seu conceito à realidade do mercado: “Estamos lançando o OpenClub para aproximar mais o relacionamento com as pessoas que gostam da nossa proposta. Estamos à procura de investidores, parceiros, para começar a expansão a partir de uma lapidação nos modelos em que atuamos neste momento, pois esses cinco anos de existência já nos mostraram muitas coisas que funcionaram bem e que precisam ser amplificadas, e outras que não funcionaram como esperávamos e que precisam ser ajustadas e/ou encerradas”.
“Acredito que os novos mercados serão pautados na colaboração, na troca, e não na concorrência. Os novos players de sucesso precisam ser disruptivos na sua essência, o conhecimento deve ser compartilhado. Eu me coloco à disposição do mercado em geral, distribuição, indústria ou varejo, para atuar como consultor, parceiro comercial, coach para empreendedores… Atualmente estamos em busca de investidores e/ou parceiros para expandir o nossa marca abrindo filiais ou novos negócios a partir do know-how da OpenStage”, comentou Eduardo.
E finalizou dizendo: “Vejo nosso segmento com uma necessidade de adequação urgente, tanto no modelo de loja quanto na relação distribuidor-varejo. Acredito que a principal forma de incrementar as vendas passa pelo aquecimento da nossa economia, junto com uma mudança de mindset dos distribuidores e varejistas, passando a incentivar de maneira efetiva e sem exclusividades a cena musical local, a fomentar o ensino de música, a disponibilizar equipamentos e locais adequados cada vez mais para que as pessoas tenham acesso à música ao vivo”.