Fábrica
Inovação e boas estratégias na PHX Instrumentos
Publicado
9 anos agoon
Sediada em São Paulo, a PHX fabrica uma ampla variedade de instrumentos, mas a empresa é muito mais do que uma simples fabricante. Possui uma rica história e filosofia para continuar sendo uma das maiores no País
No início da década de 1980, os fundadores da empresa, Tony e Ana, tinham em Taiwan uma confecção de roupas infantis, num momento muito difícil naquele país. Decidiram então vir para o Brasil, em busca de melhores condições e qualidade de vida. Desde essa época iniciaram-se no meio musical, fabricando capas de instrumentos e aproveitando as habilidades manuais da costura para esse novo mercado. Trabalharam por longos anos todos os dias, sem fim de semana, numa fase muito dura, pois eram apenas os dois, sem amigos ou familiares, ainda lidando com a dificuldade da língua. Costuravam durante o dia e à 
Nesta entrevista, Luciana conta mais sobre a empresa, sua filosofia e a situação atual da PHX e do mercado. Uma boa estratégia e boas parcerias são palavras-chave para continuar no sucesso!
Música & Mercado: A empresa tem mais de 30 anos no mercado. Como foi a evolução ao longo dessas três décadas?
Luciana Chen: Foi uma evolução constante e gradativa. As capas foram o início, porém, com o decorrer dos anos e a necessidade de ter mais gente auxiliando na produção, passamos a ampliar o mix com a produção de percussão. Ficamos durante muitos anos num galpão, mas precisávamos de mais espaço. Há cerca de 15 anos nos instalamos na fábrica atual, na região central de São Paulo, com a facilidade de escoamento e distribuição para os arredores. O Brasil é um país de muitas oportunidades quando buscamos áreas ainda não exploradas. Em outra etapa, partimos para uma nova fase de instrumentos de corda e acessórios, que atualmente são uma referência da PHX. O mercado tem produtos de muita qualidade e clientes exigentes, por isso sempre procuramos tocar a produção com muito cuidado. Recentemente, nos tornamos pioneiros com o licenciamento de marcas consagradas. Somos fabricantes de instrumentos da Disney, a marca mais poderosa do mundo; a Marvel, que tem personagens que agradam crianças e adultos, e neste ano fechamos um novo contrato com a Peanuts, trazendo o Snoopy, que mesmo já sendo muito conhecido, está em evidência pelo recente filme de sucesso no cinema.
M&M: Decidiram investir nessas linhas mesmo com os problemas atuais no Brasil…
LC: No momento em que o País passa por uma crise de diversas naturezas, que trazem incertezas e inseguranças, surgem também oportunidades para buscarmos alternativas. A crise não é algo inédito, muito menos interminável. Aliás, ela serve para evidenciar alguns equívocos e potencializar condutas certeiras. Parecemos nadar contra a corrente, mas o momento exige esforço e estratégia. A parte mais dolorida desta crise são as consequências mais visíveis, como o fechamento de empresas, muitas delas tradicionais, e o desemprego. Muitas vezes se leva tempo para obter estabilidade econômica. Nós mesmos tivemos que readequar o quadro de colaboradores para suportar o cenário atual.

LC: Nossa principal aliada é a inovação. Buscamos incessantemente produtos diferenciados, exclusivos e que tenham a nossa cara. Mudar é complicado, mas buscamos sempre o novo para acompanhar o ritmo das mudanças. Afinal, acomodar-se é perecer. Acreditamos que a crise é sempre um movimento também de criação e de inovação. Por isso estamos ainda mais atentos nesse período. Meus pais viajam de cinco a seis vezes por ano para a Ásia atrás de novas oportunidades e para fortalecer as parcerias que já existem.
TRABALHANDO COM AS LOJAS
Atualmente a PHX Instrumentos tem presença em 1.600 pontos de venda ao longo do território brasileiro. Um grande e importante número que, sem dúvida, demanda ações específicas para contar com as parcerias e o trabalho certos.
M&M: Que tipo de apoio estão dando para os lojistas neste momento?
LC: Uma das formas de ajudar é ter maior flexibilidade nas negociações e nos pagamentos. A loja e a indústria precisam se unir, pois vivemos uma crise de credibilidade, muitos enxergam o outro como inimigo e não como parceiro. É preciso fazer um mutirão para salvar o mercado como um todo. A parceria deve ser forte neste momento. Também, para maior aproximação do lojista com a empresa, intensificamos as visitas regionais, em que demonstramos os nossos produtos e fortalecemos as alianças comerciais, além de fazermos workshops demonstrando a funcionalidade dos lançamentos.
M&M: Que outras estratégias comerciais estão aplicando dentro da empresa?
LC: Estamos lançando este ano mais de 15 novos SKUs. Tenho convicção de que iremos fazer grandes números por conta disso. A ideia é construir parcerias sólidas e duradouras. Acredito que é preciso ser resiliente, acreditar quando todos desacreditam. Queremos construir um relacionamento constante, que faça valer o investimento.
M&M: O marketing ajuda com isso?
LC: Há cerca de cinco anos nosso investimento aumentou. Na realidade, tivemos de reestruturar a empresa para dar mais atenção ao marketing. Estamos investindo nas redes sociais para acompanhar essa nova geração que mudou o desenho do consumo e do mercado. A fonte primária de conexão entre eles e o resto do mundo se faz pelos meios tecnológicos, razão pela qual as empresas que não estiverem presentes nas redes sociais serão cada vez mais discriminadas. Estamos o tempo todo compartilhando conteúdos, seja com clientes ou com consumidores. Outro ponto importante é a forte atuação junto às escolas de música, criando maior proximidade com os novos consumidores, levando até eles todo o trabalho e principalmente fazendo com que testem os produtos PHX. Dessa forma estaremos juntos com os futuros músicos do nosso país.
A FAMÍLIA PHX
Atualmente a empresa conta com 40 colaboradores internos, mais 30 representantes externos de todos os estados. O escritório fica na própria sede da empresa, na região central de São Paulo. Além da fabricação dos pro
M&M: Estão capacitando a sua equipe de um modo diferente?
LC: Sentimos a necessidade de um aprimoramento do nosso sistema. Hoje trabalhamos com pedidos web, consequentemente, para otimização do trabalho, foi necessária a atualização dos nossos colaboradores. Passamos por uma consultoria empresarial, em que todos que trabalham puderam expor a forma como enxergavam a empresa. Foi uma ótima experiência para estreitar os setores internos. A empresa deve ter conexão com a base, com harmonia as coisas fluem naturalmente.
M&M: O que significa a “família PHX” para você?
LC: Significa troca de conhecimentos, aprendizado, respeito mútuo, saber que trabalha em um ambiente onde há alguém que se preocupa com o próximo, dá conselhos, ou seja, tudo que acontece dentro de uma família. Estamos sempre juntos, seja nas adversidades ou vibrando com o sucesso.
M&M: Conte sobre a fabricação de produtos.
LC: A percussão é feita na fábrica. Todo o processo de produção é interno, temos maquinários modernos que facilitam e agilizam. Trabalhamos com o sistema Just in time, pois assim conseguimos alocar a matéria-prima na quantidade e no tempo necessários. A produção por demanda é muito eficaz, já que a venda do produto ativa e puxa todo o processo produtivo. Os instrumentos de cordas e acessórios são importados; temos um acompanhamento cauteloso do estoque para evitar que o produto fique em carteira. A gestão de estoque é importante para evitar perda de investimentos, por isso estamos trabalhando com mais ênfase nesse aspecto.

LC: Já estamos investindo em produtos infantis, principalmente os licenciados. Lançaremos este ano outros instrumentos da Disney, Marvel e Snoopy, esses serão a nossa grande aposta. Pensamos muito na qualidade, mesmo que seja um instrumento de entrada. O produto deve ser justo, ter um bom custo-benefício e principalmente ter algum diferencial.
M&M: Essas linhas licenciadas foram boas para a empresa?
LC: Sem dúvida! O licenciamento nos trouxe uma vantagem incalculável, abrimos portas, expandimos para novos mercados, ganhamos mais credibilidade, além de ter fortalecido a nossa marca. Viramos vitrine das principais lojas do Brasil.
M&M: Qual a importância para a empresa de ter linhas dedicadas às crianças?
LC: A música proporciona muitos benefícios às crianças, pois é comprovado que com esse contato, elas se desenvolvem com mais facilidade nos campos da linguagem, da criatividade, da memória e da coordenação motora. Ao trazer essa linha infantil, nossa ideia é também incentivar os pais e mostrar a importância da música desde cedo. Atualmente esse segmento representa 25% do nosso faturamento.
M&M: Falando nisso, como vocês desenvolvem o lado social da empresa?
LC: Estamos engajados em projetos de responsabilidade social. Somos parceiros da Fundação Abrinq, uma organização sem fins lucrativos que tem como missão promover a defesa dos direitos e o exercício da cidadania de crianças e adolescentes. Somos reconhecidos como Empresa Amiga da Criança. Esse selo significa que temos atuação na parte social, seja financeiramente, como sócios mantenedores, por exemplo, no Graacc (Grupo de Apoio ao Adolescente e a Criança com Câncer) ou mesmo com doações de instrumentos para projetos que envolvam aprendizado da música.
FUTURO PRÓXIMO
M&M: O que podemos esperar da apresentação da PHX na próxima Expomusic?
LC: Faremos o nosso melhor, trazendo muitas novidades, lançamentos e com uma energia muito maior do que no ano anterior.
M&M: Como é a relação que a PHX tem com os artistas endorsers?
LC: Temos poucos artistas, mas todos com muita qualidade. Nosso objetivo é ter um time restrito e exclusivo. Temos como filosofia principal unir artistas que acreditam no nosso potencial, que endossam e aprovam o instrumento que será usado.
M&M: Planos para o resto do ano?
LC: Expandir para novos mercados e, consequentemente, aumentar o market share. Quero dizer que me sinto satisfeita em trabalhar com a música, uma arte que desperta sentimentos diversos nas pessoas, transmite um ideal, mas pode também ser um grande registro de um momento na vida de alguém. Sempre temos aquela música marcante na vida. Além de ser um mecanismo de propagação de cultura e imprescindível na formação cerebral. Eu me sinto feliz por poder participar de alguma forma desse ciclo enorme. Afinal, a vida não teria a menor graça sem a música! Continuaremos trabalhando para seguir crescendo como empresa e contribuindo com a nossa parte dentro da indústria brasileira.
Efeitos, Pedais e Acessórios
Fuhrmann rebate rumores sobre o fechamento da empresa
Publicado
12 meses agoon
26/11/2024
Influencer declarou que a fabricante de pedais havia encerrado suas atividades.
A disseminação de informações falsas, popularmente conhecidas como fake news, é um dos maiores desafios da era digital. A desinformação não apenas afeta pessoas, mas também pode gerar danos significativos para empresas, setores produtivos e até comunidades inteiras. Recentemente, a fabricante de pedais Fuhrmann enfrentou um exemplo desse fenômeno, quando informações incorretas foram divulgadas por um influenciador digital.
Em um vídeo publicado por Leo Godinho (removido por violar os Termos de Serviço do YouTube), dois modelos antigos de pedais da Fuhrmann foram avaliados, mas o conteúdo incluiu afirmações incorretas sobre a empresa. Entre as declarações, Godinho afirmou que “fontes semi-oficiais” teriam confirmado o encerramento das atividades da Fuhrmann no Brasil, sugerindo ainda que a marca estaria operando exclusivamente por meio de vendas online e, possivelmente, descontinuaria até mesmo essa operação.
Ao buscar esclarecimentos, o CEO da Fuhrmann, Jorge Fuhrmann, classificou o caso como “extremamente preocupante” e lamentou o impacto da desinformação nas redes sociais. Ele assegurou que a empresa está, na verdade, em plena atividade e preparando lançamentos para 2025. “Não faria sentido algum investir no desenvolvimento de novos produtos para, depois, encerrar as atividades”, afirmou.
Investimentos em tecnologia e produção local
Com sede em Penápolis, interior de São Paulo, a Fuhrmann mantém sua operação em uma fábrica de 650 m², onde produz cerca de 800 pedais por mês. Segundo a empresa, ao longo de seus 18 anos de atuação, tem investido consistentemente na qualificação de colaboradores, em novas tecnologias e em maquinário avançado para aprimorar processos.
Os pedais da nova linha são mais compactos e eficientes, equipados com componentes SMDs (Surface-Mount Devices) que são montados automaticamente, trazendo inovação e modernidade aos produtos da marca. Jorge Fuhrmann destacou ainda que a empresa não possui planos de terceirizar sua produção.
Combate à desinformação
Como medida para evitar episódios similares no futuro, a Fuhrmann anunciou a criação de uma seção especial em seu site voltada à imprensa, influenciadores e ao público em geral. O objetivo é divulgar notas oficiais e esclarecer dúvidas sobre a empresa e seus produtos, combatendo possíveis boatos antes que eles se espalhem.
O episódio reforça a importância de verificar informações antes de compartilhá-las, especialmente em um ambiente digital onde rumores podem ganhar grandes proporções rapidamente.

Cultura
Música transforma vidas de presos em projeto de ressocialização
Publicado
1 ano agoon
10/09/2024
A ressocialização de detentos no Brasil tem ganhado novas dimensões com projetos que unem capacitação profissional e arte.
Iniciativas como o Sons da Liberdade, no Acre, e o Baqueart, em Pernambuco, utilizam a fabricação de instrumentos musicais para proporcionar aos internos uma oportunidade de recomeçar suas vidas de maneira digna, oferecendo uma nova perspectiva de reintegração social e profissional. Além de promoverem o desenvolvimento de habilidades técnicas, esses projetos utilizam a música como ferramenta de transformação, criando oportunidades reais para os presos saírem do sistema penitenciário com novas chances no mercado de trabalho.
Sons da Liberdade, realizado pelo Instituto de Administração Penitenciária (Iapen)
No Acre, o projeto Sons da Liberdade, realizado pelo Instituto de Administração Penitenciária (Iapen), se consolidou como uma referência nacional na ressocialização de detentos através da luthieria, a arte de fabricar instrumentos musicais. Desde maio de 2024, os reeducandos são capacitados a construir violões e guitarras de alta qualidade em uma oficina que proporciona 222 horas de aulas práticas e teóricas. O coordenador do projeto, Luiz da Mata, destaca que a iniciativa tem como objetivo oferecer aos detentos a chance de aprender uma nova profissão, preparando-os para o mercado de trabalho após o cumprimento de suas penas.
O reconhecimento da qualidade dos instrumentos fabricados pelos presos foi evidenciado durante a Expoacre 2024, onde os violões confeccionados na oficina chamaram a atenção de visitantes e músicos locais. “A madeira é de qualidade, e por ser feito por reeducandos, é algo muito interessante, muito gratificante”, comentou o músico Rafael Jones, que visitou o estande do Iapen durante o evento. Além do sucesso na Expoacre, o projeto Sons da Liberdade foi convidado para expor seus instrumentos na Conecta+ Música & Mercado, a maior feira de música da América Latina, um reconhecimento significativo da qualidade do trabalho realizado dentro do sistema penitenciário.
Jardel Costa, policial penal e instrutor de luthieria no Sons da Liberdade, enfatizou a satisfação dos detentos em ver seu trabalho sendo apreciado pela comunidade. “Eles têm ficado muito felizes, tanto com o instrumento pronto, quanto com o fruto do trabalho, também com as pessoas vindo ver o instrumento, tocar neles, ver que é um instrumento bom, de qualidade, que não perde em nada para um instrumento profissional”. Essa valorização do trabalho contribui diretamente para a autoestima dos reeducandos e reforça o potencial transformador da arte dentro do ambiente prisional.
Projeto Baqueart, no Centro de Ressocialização do Agreste (CRA)
Paralelamente, em Pernambuco, o projeto Baqueart, no Centro de Ressocialização do Agreste (CRA), localizado em Canhotinho, também promove a reintegração social por meio da música. Desde agosto de 2024, os detentos participam de aulas teóricas e práticas de fabricação artesanal de instrumentos de percussão, como zabumbas, surdos e pandeiros. Segundo Paulo Paes, secretário de Administração Penitenciária e Ressocialização de Pernambuco, o projeto busca oferecer uma formação técnica que permita aos internos sair do sistema penitenciário com condições de sustentar suas famílias e viver com dignidade.
Além da capacitação técnica, o projeto Baqueart se destaca pela abordagem ambientalmente sustentável, com a produção totalmente artesanal e manual, sem o uso de produtos químicos ou máquinas. Sérgio Reis, professor responsável pela formação dos internos, destacou a importância do método: “O processo é totalmente manual, respeitando o meio ambiente e ensinando uma nova forma de trabalho para os internos”.
A valorização do trabalho dos detentos no projeto Baqueart também é recompensada com remuneração e direito à remição de pena, conforme previsto na Lei de Execução Penal. “O Baqueart faz parte de uma transformação maior no sistema penitenciário de Pernambuco, onde trabalho, renda e educação são pilares fundamentais”, afirmou Alexandre Felipe, superintendente de Trabalho e Ressocialização. A iniciativa tem sido vista como um modelo a ser seguido, com planos de expansão para outras unidades prisionais no estado.
Essas iniciativas de luthieria dentro do sistema prisional não apenas promovem a capacitação técnica dos detentos, mas também oferecem um meio de abstração e reabilitação emocional por meio da música. Para Daniel Neves, presidente da ANAFIMA (Associação Nacional da Indústria da Música), os projetos têm uma importância multifacetada: “A fabricação de instrumentos musicais pelos detentos atua em dois parâmetros: a criação de um ofício e a abstração que o instrumento proporciona. Foi louvável a atitude das diretorias de ambos sistemas penitenciários que trouxeram estas atividades aos detentos”.
Ao capacitar os internos para uma nova profissão e permitir que eles utilizem a música como forma de expressão e superação, os projetos Sons da Liberdade e Baqueart demonstram o potencial transformador da arte dentro do sistema penitenciário. Essas iniciativas oferecem aos detentos uma oportunidade real de reescreverem suas histórias e de retornarem à sociedade com dignidade e novas perspectivas de vida.
Empresas
Giannini: quais os próximos passos da recuperação judicial da mais tradicional fábrica de violão do Brasil?
Publicado
1 ano agoon
27/07/2024Por
Redação
Nesta última semana de julho, o jornal O Estado de São Paulo noticiou sobre o pedido de recuperação judicial da Giannini, a centenária fábrica brasileira de violões.
A Giannini, fabricante de instrumentos musicais com mais de 100 anos de história, entrou em recuperação judicial. Nos autos do processo, a empresa atribuiu a crise à pandemia de covid-19, seguida de uma política de restrição a crédito por parte dos bancos, que levou a marca a acumular dívidas acima de R$ 15,8 milhões.
De acordo com dados do Serasa Experian, pedidos de recuperação judicial aumentaram 71% no primeiro semestre de 2024 em comparação com o mesmo período de 2023. Especialistas apontam que o controle da inflação e do câmbio, a queda dos juros e a geração de empregos são fundamentais para interromper a tendência de endividamento.
Giannini solicita Recuperação Judicial
No processo, a Bacelar Advogados representou a empresa perante o Juiz de Direito de uma das Varas Regionais de Competência Empresarial e de Conflitos Relacionados à Arbitragem da 4ª e 10ª RAJ do Estado de São Paulo, elaborando um pedido liminar para a manutenção das atividades empresariais e requerendo a Recuperação Judicial da empresa.
O Juiz de Direito, Dr. José Guilherme Di Rienzo Marrey, nomeou a empresa Brasil Expert Análise Empresarial de Insolvência Ltda para realizar trabalhos técnicos preliminares na Giannini. Isso inclui verificar as condições reais de funcionamento da empresa, visitar a sede e filiais, certificar a regularidade das atividades, verificar a documentação apresentada e identificar interconexões e confusões entre ativos ou passivos das devedoras, além de detectar indícios de fraude e confirmar se os principais estabelecimentos estão na área de competência do juízo.
Relatório Preliminar
A empresa Brasil Expert realizou a perícia preliminar e relatou: “Após uma minuciosa análise da documentação apresentada pela Requerente, acrescida da diligência realizada, conclui-se que a solicitação de recuperação judicial está fundamentada em uma crise econômico-financeira real e substancial. Não foram identificados indícios de que a Requerente esteja utilizando o instituto da recuperação judicial de forma fraudulenta.”
O relatório continua: “O exame dos documentos e das informações financeiras revela uma queda no endividamento de curto prazo da Requerente, de R$ 39,73 milhões, no período entre dezembro de 2021 e maio de 2024. Já o endividamento de longo prazo apresentou um aumento significativo de R$ 395,92 milhões. Este crescimento no passivo reforça a evidência de uma crise financeira genuína e não uma manobra para uso indevido da recuperação judicial.”
Mercado se solidariza
O mercado da música se solidarizou com a Giannini. Roberto Guariglia, diretor da marca Contemporânea de percussão brasileira, manifestou-se em um grupo de fabricantes de instrumentos musicais: “Estamos na torcida para que vocês vençam mais este obstáculo que muitas indústrias brasileiras enfrentam. Que a presença da Giannini continue importante no cenário musical mundial!” Em outros grupos, as mensagens de solidariedade não pararam de chegar.
Em mensagem para a Música & Mercado, a ANAFIMA – Associação Nacional da Indústria da Música declarou: “O ambiente de negócios no Brasil tem suas intempéries e a Giannini é uma das raras empresas a ultrapassar 115 anos no país. Torcemos pela sua administração e fazemos votos para que o setor se reúna para proporcionar sustentação à empresa.”
Próximos Passos
Com o pedido de recuperação judicial deferido, a cobrança de dívidas fica suspensa por 180 dias, e um plano de reestruturação deve ser apresentado.
- Publicação da Decisão:
- A decisão será publicada no Diário Oficial e os credores serão notificados.
- Nomeação do Administrador Judicial:
- Um administrador judicial será nomeado para supervisionar o processo.
- Apresentação do Plano de Recuperação:
- A Giannini deve apresentar um plano detalhado em 60 dias.
- Assembleia Geral de Credores:
- Os credores discutirão e votarão o plano de recuperação judicial.
- Implementação do Plano:
- Após aprovação, o plano será implementado e supervisionado pelo administrador judicial.
- Monitoramento e Cumprimento:
- A empresa deve cumprir todas as condições e prazos estabelecidos.
- Encerramento do Processo:
- Se o plano for bem-sucedido, o juiz encerrará o processo de recuperação judicial.
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