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Estruturação do projeto musical: para realizar mais e melhor

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Estruturar um projeto musical consiste em trabalhar principalmente os pontos a seguir. Mais abaixo, falo um pouco de cada um deles.

Quais são os pontos?

  • Decisão clara
  • Estabelecer a grande meta
  • Entender que para chegar na grande meta é uma construção
  • Definir os objetivos para dar os primeiros passos profissionalmente
  • Capital inicial
  • Planejamento financeiro
  • Planejamento estratégico

Decisão clara

A decisão é a primeira coisa que você tem que tomar para viver de música.

Constantemente vejo pessoas que sonham com suas músicas atingindo muitas pessoas, com sua turnê, mas não passam disso, de sonho, pois não tomam a decisão real. Torna-se um estado do “VER para crer”. E desse jeito a pretensa carreira musical fica em segundo, terceiro, quarto plano, outras atividades são priorizadas e “SE” com o pouco que fazem para o sonho de viver de música der certo, aí sim é quando a carreira se torna prioridade.

Recomendo, no entanto, que seja o contrário: um “CRER para ver”. Ou seja, toma-se a decisão real e entra-se de cabeça. Não é fácil, eu sei, mas é necessário vencer essa primeira barreira, para algo maior.

Sua decisão real te dará força para lidar com a falta de apoio inicial, com portas fechadas. A sua decisão combinada com persistência, trabalho duro, planejamento e desenvolvimento do seu talento começarão a surtir alguns resultados, portas começarão a se abrir, algumas pessoas apoiarão, enfim, deixa de ser um sonho e torna-se uma meta palpável.

Estabeleça a grande meta

Costumo denominar a grande meta como aquele lugar maior em que a gente quer chegar na música.

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A definição de onde queremos chegar exatamente é essencial para dar o rumo correto, evita distrações e desperdícios de tempo e dinheiro.

Qual o destino final que você pretende? Você precisa visualizar sua meta. Construir sua meta. Como parte inicial da estruturação do seu projeto, pense, imagine, deixe fluir sua essência, suas vontades e necessidades a fim de descobrir o que mais realizará você como profissional e artista da música.

E o que você fará depois de chegar na sua grande meta? Dá para imaginar, para visualizar como vai ser sua vida quando sua meta for alcançada? É bom pensar nisso também… É isso mesmo que você quer?

Tem uma cantora com quem estou trabalhando que foi bem específica e a definição da meta dela ficou muito clara. Ela falou assim: “Eu quero viver de música, quero ter reconhecimento artístico pela qualidade do meu trabalho e quero tocar as pessoas, divertir as pessoas por meio de composições maravilhosas.” E obviamente ela falou: “E gerar muito dinheiro, milhões de views e plays e ter fãs, e não seguidores.” Essa é a meta dela. Deixou bem claro.

Entenda que para chegar na grande meta é uma construção

A gente precisa apontar também em quanto tempo quer conquistar esses milhões de visualizações, shows cheios etc.

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Vejo artista achando que em um ano vai conseguir. Em geral não se consegue. Então você precisa entender que é uma construção, tijolo por tijolo, que precisa fazer uma projeção.

Particularmente, sempre sugiro a gente fazer um plano inicial de quatro semestres. Basicamente, sentar, ver qual o momento do artista, qual o lugar em que pretende chegar e o que pode ser feito. Jamais garanto, porém, que em quatro semestres você vai estar lotando shows no Brasil inteiro, que você vai estar com uma infinidade de público e já vivendo de música. Não necessariamente. Tem casos que são mais rápidos e casos que levam um pouco mais de tempo. Mas a gente tem que fazer essa projeção.

Pego muito na questão do imediatisto. Isso prejudica demais. Nos poupa muita dor de cabeça e frustração quando temos a consciência de que é preciso tempo, preparação, amadurecimento, uma série de etapas e só por fim a realização e a conquista.

Defina os objetivos para dar os primeiros passos profissionalmente

Então ok, a sua meta é tal e você pretende atingi-la em tanto tempo. Como desmembramento da grande meta, você vai estabelecer os seus objetivos.

Me chegou um rapaz começando a carreira, naturalmente todo empolgadão, e eu fiz algumas perguntas básicas para ele: “Tá, e qual instrumento você toca?” “E você já fez ou faz aula de canto?” “E você compõe?” E ele não fazia nenhum dos três.

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Já aconteceu casos de pessoas que não tocam nenhum instrumento, que não compõem, mais cantam, e aí a pessoa faz uma boa interpretação. Nesse caso a gente vai trabalhando com o que tem na mão, consegue um músico de apoio e a gente vai desenvolver o que é o ideal ou o necessário, o que tá em déficit no artista.

Enfim, trago essa questão para ilustrar que para conquistar a grande meta, você precisa verificar e estabelecer quais são suas necessidades e objetivos.

Vai fazer tudo sozinho? Terá uma equipe? Com quem ficará o financeiro, o administrativo/executivo, o marketing?

Precisa aprender um instrumento? Antes precisa comprar o instrumento? Precisa aperfeiçoar o canto? Quer fazer um som mais autêntico e autoral? Beleza, então precisa começar a compor. Como? Começa sozinho, se junta com pessoas que também estão começando, seja online ou presencial.

Então precisa apontar essas necessidades e objetivos, para organizar, realmente estruturar o projeto e para arrumar formas de realizar.

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Independentemente do estágio da carreira, você precisa apontar os objetivos para cada período, o que precisa ter, o que quer, como vai conseguir. No fim das contas tudo isso vai ajudar a construir o planejamento financeiro e o planejamento estratégico (que veremos mais abaixo).

Capital inicial

O orçamento do projeto é o ingrediente sagrado e mais relevante. Por menor que seja, de alguém e de algum lugar ele precisa vir, ele precisa existir — e se usado com inteligência, ajudará a gerar mais recursos financeiros e até mesmo a conseguir um investidor.

Precisa ter criatividade para conseguir capital. Sempre estar ligado nas mais diversas possibilidades para rentabilizar a carreira, seja online ou no presencial.

Capital para quê? Produção, clipe, divulgação etc. etc. etc. Está claro que precisa de grana, certo?!

Planejamento financeiro

Dedique o máximo de tempo e atenção ao planejamento e à gestão do orçamento e mantenha o foco nas operações que resultem em lucro e resultados.

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Se você mistura as suas finanças pessoais com suas finanças profissionais, sua carreira musical dificilmente sairá do lugar. Você tem que ter planejamento financeiro e você não tem como escapar disso.

Se você não tem dinheiro, você precisa arrumar formas de consegui-lo. Se você tem pouco dinheiro, lógico que seu orçamento e seu planejamento financeiro serão mais restritos. Você também tem que ver do que precisa abrir mão para priorizar a carreira.

Beleza, temos os objetivos definidos e a gente tem o capital, ele pode ser em maior ou menor grau, mas quando a gente entra para essa questão do planejamento financeiro a gente precisa ser muito disciplinado. Porque eu vejo também pessoas que colocam muita atenção e muitas ações no seu planejamento pessoal, nas suas finanças pessoais e não colocam na sua carreira musical — isso atrapalha muito. Então tenha disciplina e foco no planejamento financeiro da carreira musical.

Definindo a sua meta e os seus objetivos, ciente do quanto você tem de grana, de quanto você não tem, aí você faz um planejamento financeiro separando o seu pessoal do seu profissional.

No fim das contas, não tem muito segredo. Para cada objetivo/necessidade, precisa de tanto. Se tem, ok, separa. Se não tem, como pode conseguir? Tudo na ponta do lápis.

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Planejamento estratégico

Sua meta bem definida e os seus objetivos claros, algum orçamento na mão, agora é hora de organizar as ações para curto, médio e longo prazos.

É comum o artista estar finalizando as músicas, necessitar de todo um processo de lançamento e ele já querer partir direto para o pré-save. Aí eu tenho que dizer que não é por aí, que antes tem coisa a se fazer, aponto o que tem que fazer depois.

Então o planejamento estratégico é que vai ajudar a direcionar e realizar uma sequência de ações, de forma correta, para você não fazer uma coisa antes da outra ou depois da outra.

Simplicidade, objetividade: o planejamento não precisa ser complicado para ser eficiente.

O quê, como e onde precisa ser feito? Por quem? Em qual tempo? Enfim, não é um bicho de sete cabeças.

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Planejamento é a alma de uma boa realização. E se for com senso estratégico, melhor ainda.

Concluindo

A gente já trabalha com música, muitos não entendem, a gente não tem muito apoio e só vai ter mais depois que bombar. E depois que bomba todo mundo quer ajudar, mas antes disso a gente tem que colocar muita energia, muito trabalho. Então a gente precisa fazer planejamento e trabalhar mesmo para tirar as coisas do papel. Não dá para maratonar seriado sempre, não dá para ficar indo sempre para o rolê, não dá para ficar em grupo de WhatsApp falando amenidades e vendo memes. Quando vê, o dia passou. Mas quando o artista está realmente comprometido, ele faz seu planejamento, foca nos seus objetivos e na grande meta e faz a coisa acontecer dia após dia, ação após ação.

Bora?! Bora!!!

Vamos continuar esse papo por aqui ou pelos meus perfis sociais?! Instagram: @ruliosalinas / Youtube: canalruliosinas

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Instrumentos Musicais

A música que acolhe: O poder transformador da musicoterapia

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A música sempre fez parte da vida de Val Santos. Mas foi em um momento inesperado — e profundamente humano — que sua trajetória artística encontrou o caminho da musicoterapia.

Convidado para um simples show de voz e violão, Val chegou ao local e descobriu que o público era formado por pessoas neurodivergentes de um Núcleo Terapêutico. Em vez de apenas cantar, pediu um microfone, se aproximou e começou a fazer música com eles.

Foi o início de uma experiência coletiva que mudaria sua carreira. “Aí nasceu a Vivência Musical”, lembra. “Eu percebi como a música conecta, inclui e liberta. E quis entender isso profundamente.”

Hoje, Val une técnica, sensibilidade e propósito para transformar vidas por meio da musicoterapia — da infância à terceira idade.

A infância como terreno fértil para a música

A musicoterapia tem um impacto profundo no desenvolvimento infantil, especialmente no campo cognitivo e emocional. Val explica que, para as crianças, a música é mais do que entretenimento: é um espaço seguro para sentir, experimentar e se expressar. “Ela ajuda na autorregulação emocional, reduz ansiedade e fortalece a autoestima. Quando a criança percebe que participa ativamente, que consegue acompanhar um ritmo ou inventar uma melodia, ela se sente capaz.”

Do ponto de vista cognitivo, os benefícios são igualmente impressionantes: concentração, memória, organização de pensamento e raciocínio sequencial.

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Ele cita o grupo de atendimento do projeto Vivência Musical — a Mari, o Dudu e o David — que apresentam uma memória musical extraordinária. “Eu toco a melodia e eles identificam a música. Isso estimula intensamente o cérebro”, destaca.

No ambiente escolar, a música também se torna ferramenta de inclusão. Fazer música em grupo — seja com instrumentos, voz ou até percussão corporal — convida ao respeito, à escuta e ao trabalho coletivo. A diversidade se transforma em harmonia.

A terceira idade e o reencontro com a própria história

Entre idosos, principalmente aqueles com Alzheimer ou outras demências, a música ganha o papel de “cápsula do tempo”. “Ela acessa memórias que outras terapias não alcançam”, afirma Val. Uma canção pode resgatar lembranças afetivas, despertar emoções profundas e até retardar o declínio cognitivo.

A musicoterapia também reduz ansiedade, agitação e isolamento — problemas comuns em quadros de demência. No grupo, o ato de cantar ou tocar gera acolhimento e reconexão.

O repertório ideal é aquele que respeita a história sonora do paciente, conceito que os musicoterapeutas chamam de ISO — Identidade Sonora.


Para muitos idosos brasileiros, músicas das décadas de 1940 a 1960, serestas, boleros e sambas da velha guarda são portais para momentos felizes. Francisco Alves, Lupicínio Rodrigues, Orlando Silva e Pixinguinha são presenças constantes nas sessões.

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Musicoterapia como ferramenta de inclusão

Seja em escolas, instituições ou comunidades, a musicoterapia ajuda a construir pontes. Para pessoas com deficiência, a música estimula comunicação, expressão, criatividade e socialização — mesmo quando a linguagem verbal não está disponível.

Para quem tem deficiências físicas ou neurológicas, a música também atua como recurso motor e cognitivo, apoiando a reabilitação.

Mas trabalhar com grupos tão diversos é desafiador. Val destaca diferenças etárias, barreiras de comunicação, conflitos, gostos musicais distintos e necessidades individuais muito específicas.
Ainda assim, a música abre caminhos: “É ela que vence o preconceito, que aproxima, que traduz emoções que não cabem em palavras.”

Os desafios da musicoterapia no Brasil

Apesar de ser uma prática integrativa reconhecida pelo Ministério da Saúde, a musicoterapia ainda luta por maior compreensão e visibilidade.

Entre os obstáculos apontados por Val estão:

  1. Falta de reconhecimento público: Ainda há confusão entre musicoterapeuta, professor de música e músicos que atuam em espaços de saúde. A sociedade nem sempre entende que a musicoterapia tem bases científicas e não é apenas recreação.
  2. Questões com planos de saúde: Mesmo com avanços da ANS, há negativas de cobertura — especialmente em tratamentos para pessoas autistas. A burocracia e o custo privado das sessões também dificultam o acesso.
  3. Inserção limitada no SUS: Ainda que esteja prevista na Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares, a presença da musicoterapia no sistema público é pequena e desigual.

Uma mensagem de esperança

Para Val Santos, a musicoterapia é muito mais que uma técnica: é um encontro humano.

Sua mensagem final é clara e comovente: “Não desistam do tratamento. Investir em musicoterapia é investir no ser humano, em seu desenvolvimento e em seu bem-estar emocional. A música acolhe a todos, sem distinção. Ela não conhece preconceitos — ela convida à conexão e ao autoconhecimento.”

Em um mundo cheio de ruídos, a musicoterapia se torna esse espaço possível: onde cada som encontra significado, e cada pessoa encontra um lugar para ser ouvida.

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Músico

Sou músico: como a inteligência artificial pode me ajudar?

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A inteligência artificial está transformando a forma como compomos, produzimos, estudamos e gerenciamos a música.

Longe de substituir o artista, a IA tornou-se uma ferramenta poderosa que amplia a criatividade, otimiza processos e abre novas possibilidades para músicos de todos os níveis.

Se você é músico — intérprete, produtor, compositor ou professor — aqui explicamos como a IA pode ajudar você hoje.

  1. Compor mais rápido e explorar novas ideias

A IA não compõe por você, mas pode ser uma grande aliada quando você precisa de inspiração ou quer experimentar estilos pouco habituais.

Você pode usá-la para:

  • Gerar progressões de acordes em diferentes gêneros.
  • Criar linhas melódicas ou de baixo como ponto de partida.
  • Sugerir estruturas para uma música.
  • Explorar ideias quando estiver com bloqueio criativo.

Isso não substitui seu estilo pessoal, mas acelera a fase de descoberta.

  1. Melhorar sua produção sem ser um expert técnico

Muitos sistemas de IA ajudam em tarefas de áudio que antes exigiam anos de experiência:

  • Masterização automática para demos.
  • Assistentes de mixagem que sugerem EQ e compressão.
  • Redução de ruído e limpeza de gravações.
  • Afinação vocal mais natural.
MusicaeMercado

Essas ferramentas não substituem um engenheiro de som profissional, mas permitem trabalhar melhor no home studio e preparar demos de alta qualidade.

  1. Praticar de maneira mais eficiente

A IA mudou a forma como músicos estudam e treinam:

  • Aplicativos que detectam erros de ritmo e afinação.
  • Sistemas que geram acompanhamentos personalizados.
  • Plataformas que separam faixas (voz, baixo, bateria) de qualquer música para estudo.
  • Ferramentas que ajustam velocidade sem alterar o tom.

O estudo se torna mais dinâmico, flexível e adaptado às suas necessidades.

  1. Criar conteúdo mais rápido para redes sociais

Hoje muitos músicos precisam manter uma presença digital ativa. A IA pode ajudar a:

  • Escrever descrições ou roteiros para vídeos.
  • Gerar ideias de conteúdo de acordo com seu estilo.
  • Editar vídeos automaticamente.
  • Criar imagens, capas ou identidade visual para seu projeto.

Em um ambiente em que o tempo é essencial, essas ferramentas agilizam a criação sem perder autenticidade.

  1. Entender melhor seu público e gerenciar sua carreira

Nem tudo é música: uma carreira profissional exige estratégia.

A IA pode analisar tendências, identificar públicos e até ajudar na logística:

  • Escolher os melhores horários para postar.
  • Analisar que tipo de conteúdo gera mais conexão.
  • Prever crescimento nas plataformas.
  • Ajudar no gerenciamento de turnês, calendários e finanças.

É como ter uma pequena equipe de marketing e gestão ao seu lado.

  1. Explorar novos sons e experimentações sonoras

A IA também permite criar sons impossíveis com instrumentos tradicionais:

  • Sintetizadores baseados em IA.
  • Efeitos que “aprendem” seu estilo e se adaptam.
  • Bibliotecas que geram articulações realistas de cordas, metais ou vozes.

Isso amplia sua paleta sonora e permite inovar nas produções.

  1. Facilitar a colaboração com outros músicos

A IA pode:

  • Transcrever ideias para enviá-las rapidamente.
  • Criar demos para compartilhar com sua banda ou produtor.
  • Traduzir letras mantendo o sentido original.
  • Sincronizar projetos entre diferentes DAWs.

Colaborar nunca foi tão simples, inclusive à distância.

A IA vai substituir os músicos?

A resposta é clara: não.


A IA pode gerar padrões e sons, mas não possui intenção, emoção nem contexto cultural.
Os músicos que souberem integrar essas ferramentas terão vantagem: mais tempo para criar, mais clareza nos processos e maior capacidade de competir em um mercado saturado.

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A IA é apenas mais um instrumento. A criatividade continua sendo sua.

A IA não veio tirar seu arte — veio potencializá-lo

Se você é músico, a inteligência artificial pode ajudar você a ser mais produtivo, mais criativo e mais estratégico.


Da composição à produção e ao gerenciamento da carreira, essas ferramentas ampliam suas possibilidades, não as limitam.

O futuro da música não será “IA vs. músicos”, mas músicos que usam IA para levar sua arte ainda mais longe.

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Audio Profissional

Interfaces de áudio para iniciantes e Home Studios: Guia básico e modelos destaque

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No universo da produção musical caseira ou de projetos de podcast, uma interface de áudio é um dos componentes mais importantes.

Ela é a ponte entre microfones ou instrumentos e o computador, e determinará a qualidade do som que você grava e monitora. A seguir, explico o que considerar ao escolher uma interface, seus prós e contras e alguns modelos muito populares para começar.

Por que usar uma interface de áudio?

Melhor qualidade de som: Ao contrário das placas de som integradas à placa-mãe, interfaces externas oferecem pré-amplificadores dedicados, conversores AD/DA de maior qualidade e menos ruído.

Latência reduzida: Com drivers adequados (como ASIO no Windows), é possível gravar com atraso mínimo.

Entradas e saídas úteis: Permitem conectar microfones XLR, instrumentos, monitores de estúdio e fones de ouvido.

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Alimentação phantom: Necessária para microfones condensadores, presente em muitas interfaces.

O que elas têm de bom e de ruim

Shure

Vantagens:

  • Controle profissional sobre o ganho do microfone.
  • Maior fidelidade nas gravações e no monitoramento.
  • Opções de expansão para mais entradas/saídas conforme o estúdio cresce.
  • Compatibilidade com softwares de produção (DAW).

Desvantagens:

  • Custo: uma boa interface pode representar parte importante do orçamento.
  • Curva de aprendizado: configurar ganho, sincronização e calibragem pode ser confuso no início.
  • Requer conexão física (USB, Thunderbolt), o que reduz a mobilidade em comparação a soluções mais simples.

Modelos recomendados para iniciantes e home studios

Alguns modelos são especialmente populares entre quem está começando, por equilibrar preço, qualidade e facilidade de uso:

  • Focusrite Scarlett 2i2: provavelmente a mais recomendada para iniciantes; inclui dois pré-amps, baixa latência e drivers estáveis.
  • Focusrite Scarlett Solo: opção minimalista com uma entrada — ideal para gravar voz ou guitarra sem complicações.
  • PreSonus AudioBox iTwo: duas entradas, construção robusta e boa compatibilidade com diversos DAWs.
  • Sonicake USB Interface: alternativa muito econômica para começar, ideal para projetos simples.

Outros modelos destacados segundo guias especializadas:

  • Audient iD4 MkII: muito elogiada por seu pré-amp de alta qualidade e facilidade de uso.
  • Universal Audio Volt 1 / Volt 2: indicada para quem busca um som mais “analógico”, com pré-amps que emulam válvulas.
  • Behringer U-Phoria UMC22 / UMC204HD: opções acessíveis e com boas funcionalidades para orçamentos apertados.
  • Tascam US-1×2: compacta, portátil e capaz o suficiente para gravações simples ou iniciar um home studio.

Dicas para escolher bem sua interface

  • Defina seu uso principal: vai gravar apenas voz? instrumentos? vários ao mesmo tempo?
  • Verifique a conectividade: USB atende à maioria, mas produções maiores podem exigir interfaces mais robustas.
  • Revise a latência: se pretende gravar ouvindo efeitos em tempo real, é essencial ter drivers de baixa latência.
  • Pense no futuro: se planeja expandir o estúdio, uma interface com mais entradas ou melhor conversão pode ser melhor investimento.
  • Analise o software incluso: muitas interfaces acompanham DAWs ou plugins; vale conferir o que vem no pacote.

Para quem está começando na produção musical ou no podcasting, investir em uma boa interface de áudio faz uma grande diferença.

As opções de entrada são cada vez mais potentes, acessíveis e fáceis de usar. Escolhendo uma interface adequada às suas necessidades, você constrói uma base sólida para seu estúdio em casa.

Com um pouco de paciência e prática, você terá gravações de alta qualidade e a flexibilidade para evoluir seu setup conforme avança.

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