Mais de 100 aparelhos de iluminação da marca Chauvet acompanharam o cantor Bad Bunny em sua turnê pela América Latina.
O show de duas horas do artista porto-riquenho Bad Bunny apresentou seus maiores sucessos aos fãs latino-americanos como parte de sua “World’s Hottest Tour”, passando por países como Argentina, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, El Salvador, Guatemala, Honduras, Panamá, Paraguai, Peru e República Dominicana.
No palco, Bad Bunny foi apoiado por um show de luzes em movimento rápido contendo 96 aparelhos Color Strike M e 20 Strike Array 2 da Chauvet Professional, fornecidos por diferentes empresas em cada país.
O designer de iluminação da “World Hottest Tour”, Travis Shirley, refletiu o clima transformador criado pelas praias de Porto Rico. O diretor de turnê Roly Garbalosa e a LD programadora Krizia Vélez ajudaram a dar vida a essa paisagem imaginativa em cada local.
“Os looks foram inspirados na música e até muitas das canções têm sons do mar onde se podem ver as ondas, os pássaros e até os golfinhos”, disse Krizia, que iniciou a sua colaboração com Bad Bunny em 2017.
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Falando sobre a composição da plataforma para a turnê, Krizia observou: “Uma das razões pelas quais escolhemos o Chauvet Color Strike M é que é o único estrobo com todos os elementos que procurávamos, incluindo uma classificação IP65. Esta foi uma das principais razões pelas quais não hesitamos em adicioná-los à nossa montagem. Todos os nossos shows eram ao ar livre. Por sua vez, o Strike Array 2 nos dá uma “troca de âmbar” emulada que aquece a temperatura da cor da luz enquanto escurece também para um visual clássico de tungstênio.”
Um grupo de 16 luzes Color Strike M foi colocado nas torres de delay e usado para fornecer iluminação para a multidão, enquanto as outras 80 unidades estavam em estruturas verticais em camadas e usadas para criar profundidade e efeitos especiais.
O conceito de design consistia em diferentes texturas e temperaturas para, junto com os visuais, evocar imagens de praias, segundo Vélez, que explicou que “a temperatura da cor foi um dos nossos principais papéis ao fazer algumas mudanças nas luzes. Da mesma forma que as texturas, elas tiveram papel preponderante em grande parte da nossa cenografia”.
Todos os shows do Bad Bunny na América Latina foram emocionantes. Cada país tinha uma vibração e uma maneira diferente de viver a experiência. Mas para a equipe de design de iluminação, houve um lugar especial. “O mais impressionante para mim, e acho que foi para todos, é o que fizemos no Estádio Azteca, na Cidade do México”, disse Krizia. “É um dos estádios mais importantes da América Latina. É um estádio onde nem todos os artistas costumam se apresentar, ainda mais em tão pouco tempo. Sinto-me sortuda por fazer parte da impressionante conquista de todos.”
Mais de 200 pessoas participaram do projeto da turnê “World Hottest Tour”, todos os quais desempenharam um papel importante. “Roly Garbalosa fez parte do projeto desde o minuto zero. Roly tem a magia de tornar o impossível possível e seus anos de experiência em turnês com os maiores artistas da América Latina fizeram dessa turnê um sucesso”, disse Krizia.
A cantora colombiana Shakira voltou aos palcos em 2025 após sete anos sem turnês, passando pela América do Sul, América do Norte, México e América Latina com o tour “Las Mujeres Ya No Lloran”.
O design de iluminação, assinado por Dan Norman (Silent House), foi baseado em linhas limpas, looks de grande escala e uma abordagem altamente visual para estádios. Para alcançar esse resultado, a equipe incorporou 202 luzes Elation Proteus Hybrid Max, fornecidas pela PRG.
Um design espetacular pensado para estádios
“O objetivo era que o show parecesse o maior possível, preencher o estádio e oferecer aos fãs a melhor experiência”, explicou Norman. Segundo o designer, Shakira prefere estruturas simples e potentes, com um visual limpo em que a complexidade está na programação.
A turnê começou em 11 de fevereiro, no Rio de Janeiro, e seguirá até dezembro, com direção criativa da The Squared Division e design de produção da Yellow Studio.
O palco conta com plataformas hidráulicas, uma passarela de 25 metros e um LED wall de 160 pés de largura. As Proteus Hybrid Max estão distribuídas nas laterais e na parte superior da tela, contornam a borda do palco e acompanham toda a passarela, criando linhas de luz que conectam visualmente o show ao público.
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Seleção técnica e desempenho
A PRG realizou uma comparação técnica antes de escolher o equipamento principal do show. O modelo precisava oferecer potência suficiente para estádios, tamanho compacto e IP65, já que parte da estrutura fica exposta ao tempo.
“O Proteus Hybrid Max é pequeno, mas muito potente; sua lâmpada de arco oferece a definição necessária para longas distâncias”, afirmou Burton Tenenbein, executivo da PRG.
Norman buscava um equipamento capaz de funcionar como beam principal, mas também com zoom e efeitos suficientes para momentos mais íntimos: “Shakira ama beams, mas também precisávamos de gobos brilhantes, efeitos rápidos e versatilidade. Não queria um fixture que fizesse apenas uma coisa”.
Precisão, velocidade e uniformidade
Para o designer, a resposta rápida era fundamental. “Usar um único tipo de equipamento garantia consistência de cor, timing e temperatura de cor para as câmeras”, explicou. O fixture entrega mais de 22.000 lúmens, movimentos pan/tilt velozes e potência suficiente para competir com uma tela LED de grande escala.
Entre os recursos destacados, a PRG ressaltou a tecnologia Smart Ballast, que permite ajustar a intensidade da lâmpada conforme o tipo de produção — de televisão a estádios — sem perda de qualidade ou funcionalidades.
Um show de grande escala
Norman integrou efeitos que acompanham a narrativa musical de cada faixa, variando entre beams intensos e acentos delicados. Em “Hips Don’t Lie”, por exemplo, ele criou camadas de feixes quentes com CTO e âmbar, expandindo a estética visual da tela para o espaço aéreo.
A turnê marca um dos retornos mais aguardados de 2025. Na Cidade do México, Shakira quebrou um recorde histórico com 12 shows esgotados no Estádio GNP Seguros, alcançando 780 mil espectadores.
A Vari-Lite lançou recentemente o VL3200 LT Profile IP, um novo refletor compacto de longo alcance projetado para produções que exigem alto desempenho em ambientes externos.
Com mais de 20.000 lúmens e certificação IP6X, o modelo promete combinar potência, durabilidade e tamanho reduzido sem comprometer os recursos profissionais da marca.
De acordo com Martin Palmer, Gerente de Marketing e Gestão de Produtos da Vari-Lite, o mercado exigia uma luz capaz de oferecer proteção contra intempéries sem as limitações usuais neste segmento. “Muitos refletores IP6X de gama média são fabricados com padrões inferiores aos de modelos maiores. Isso resulta em emissão de luz irregular e vida útil reduzida. Os fabricantes buscam algo compacto, robusto e com o mesmo nível de desempenho de equipamentos de grande porte, e o VL3200 atende perfeitamente a essa demanda”, afirmou.
Construção e desempenho profissionais
O VL3200 incorpora um motor de luz monocromático de 550 W e um sistema CMY+CTO, capaz de gerar uma ampla paleta de cores ricas e precisas. Seu design o posiciona como uma ferramenta versátil para aplicações que vão desde iluminação de longo alcance até efeitos aéreos.
O equipamento inclui:
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Discos de gobos fixos e rotatórios
Disco de animação
Prisma duplo
Frost
Sistema de framing de movimento contínuo (4 facas)
Íris variável de 16 facas
Zoom de 4° a 50° com uma relação de 12,5:1
Um de seus recursos de destaque é a tecnologia V*Track Focus, que permite o controle avançado de foco de 16 bits para manter a nitidez e o alinhamento em todos os pontos de zoom, mesmo na faixa mais estreita, sem a necessidade de ajustes adicionais.
Uma resposta à demanda por iluminação IP compacta
O novo modelo segue o sucesso global do VL3600 Profile IP, um dos maiores sucessos da Vari-Lite. “Era natural que os clientes pedissem uma versão menor com a mesma robustez. O VL3200 oferece essa solução com um conjunto de recursos adaptado a aplicações de médio porte”, acrescentou Palmer.
Com uma combinação de brilho, durabilidade e ferramentas de efeitos, o VL3200 LT Profile IP pretende se posicionar como uma opção atraente para shows, instalações externas, eventos corporativos e sistemas de iluminação que exigem desempenho consistente em quaisquer condições.
O histórico Arco da Lapa, um dos ícones arquitetônicos do Rio de Janeiro, foi transformado em uma tela urbana para o lançamento da nova camisa do Flamengo, em colaboração com a Adidas.
Os Arcos da Lapa, um dos ícones arquitetônicos do Rio, foram o cenário escolhido para a apresentação da nova camisa do Clube de Regatas do Flamengo, em uma instalação audiovisual produzida pela empresa brasileira On Projeções utilizando projetores a laser puro Christie Griffyn 4K50-RGB.
A ativação, encomendada pela agência WMS para a Adidas Originals, transformou o aqueduto em uma obra monumental e imersiva, com as cores vermelho e preto características do clube e a frase “Patrimônio Original da Nação”, reforçando a identidade cultural do Flamengo e sua conexão com a cidade.
Tecnologia para um monumento histórico
Para iluminar a fachada de 70 metros de largura do aqueduto, a On Projeções instalou dois projetores Griffyn 4K50-RGBa a aproximadamente 55 metros de distância um do outro, alcançando uma área projetada de quase 1.190 m².
“Escolhemos os projetores Griffyn pelo seu brilho e precisão de cores, essenciais para este projeto”, explicou Hugo Rodrigues, CEO da On Projeções. “O vermelho tinha que se destacar contra o fundo escuro dos arcos, e os projetores forneceram a saturação e o contraste necessários, com potência mais do que suficiente para um ambiente externo.”
Mapeamento arquitetônico e operação discreta
Dada a geometria do monumento, a equipe aplicou técnicas de distorção e mesclagem para adaptar o conteúdo à estrutura. O sistema foi controlado com o Resolume Arena 7, e todos os testes foram realizados nas primeiras horas da manhã para evitar vazamentos antes do evento oficial.
“Qualquer revelação poderia atrair multidões e estragar a surpresa”, observou Rodrigues. “Tivemos que manter o conteúdo oculto até o momento da ativação.”
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O projeto combinou listras vermelhas dinâmicas e texto amarelo, criando um poderoso efeito visual no aqueduto colonial do século XVIII, que há décadas é um símbolo cultural da área urbana do Rio de Janeiro.