Evento dobra de tamanho, atrai mais lojistas e antecipa otimismo em relação à melhora do mercado
Quatro e cinco de outubro foram dois dias de intenso movimento no Espaço Immensitá, em São Paulo, com a realização da 9ª edição do Encontro de Negócios, evento que ocupa o calendário dos principais players do setor de áudio e instrumentos musicais.
Neste ano, o Encontro praticamente dobrou, não só em número de marcas como também em termos de espaço, ocupando dois níveis com mais de 20 novas empresas se unindo para a rodada de negócios (veja quadro). “É um evento muito interessante, simples, direto. Fazemos negócios, tiramos dúvidas, discutimos programações. Nunca tinha participado e fui surpreendido. Fizemos bons negócios”, conta Rui Machado, da CSR, tradicional importador de áudio, instrumentos e acessórios.
De acordo com a Música & Mercado, empresa produtora desde a 6ª edição, são vários os motivos para o resultado positivo, sendo o principal deles a retomada do mercado diante dos sinais iniciais de melhora econômica no cenário brasileiro. “Estamos satisfeitos com o crescimento constante do Encontro de Negócios. Expositores e lojistas elegeram este evento para se encontrar e fazer negócios ”, explicou Daniel A. Neves, CEO da Música & Mercado.
Muito além de negócios
Além dos negócios efetuados durante o evento (os números não foram divulgados até o fechamento desta edição), o Encontro teve grandes surpresas, como o lançamento mundial dos produtos da Native Instruments: o Maschine MK3 e o Komplete Control MK2. “Foi uma feliz coincidência. Esses produtos saíram da fábrica há duas semanas, mesmo período em que acertamos a vinda para o Encontro de Negócios”, disse Raúl Contreras, gerente para a América Latina da marca.
Outra novidade foi a apresentação oficial de uma nova importadora no País, a Import Music, que detém com exclusividade as marcas Paiste, Guitarras Alhambra, Premier, Kala e outras.
A maioria das empresas expositoras levou seus lançamentos, como a Musical Express e as palhetas da D’Addario Woodwinds; a linha B10 dos pratos Orion (todos os B8 foram substituídos); o case Foam da Solid Sound, 50% mais leve que os tradicionais; a multiplicidade de modelos de ukuleles da Akahai, da Ronsani; o novo modelo da Linha Groov, da Frahm; os lançamentos das marcas da Eagle — as quatro tinham novidades, como a linha profissional de sopro da Eagle; e até mesmo a apresentação de um novo ideal da ASK, com o reposicionamento da marca, agora comandada por Leonardo Kodato. Isso apenas para citar alguns.
Otimismo contagiante
Era visível a satisfação dos participantes, de lojistas a expositores. Claro, há críticas. Como citou um lojista que não conseguiu ir a todos os estandes como gostaria. Ou o acúmulo de lojistas para o credenciamento, logo no início da manhã, que acabou tumultuando a entrada. “Temos de ser honestos e trabalhar em prol do mercado. Já anotamos todos os pontos e vamos trabalhar neles no próximo ano”, enfatiza Neves.
Pelos corredores, dois assuntos chamaram a atenção. O primeiro dizia respeito ao cenário econômico e como tinha sido e estava sendo o ano para as empresas, fornecedores e varejistas. O consenso era de que 2017 causou um temor inicial, mas que aos poucos foi se abrandando. Ainda bem! “O bicho-papão não papou tanto assim”, ilustrou um comentário.
Um segundo tema bastante comentado foi a não realização da Expomusic em 2018 e como isso refletiria no Encontro e em outros eventos que costumam ocorrer simultaneamente à tradicional feira. “Entendemos a importância das feiras e realizaremos o Encontro de Negócios no próximo ano, sem dúvida. O sucesso desta 9ª edição é uma demonstração de reconhecimento do que fazemos com tanto gosto para o mercado. Não somos uma feira, mas um lounge de negócios”, conclui o CEO da Música & Mercado. Ano que vem tem mais.