Nos últimos 75 anos, AKG lançou milhares de produtos de áudio. No início, fabricava de tudo, desde sistemas de som de cinema, fotômetros, buzinas de carros, interfones, cápsulas de telefone e alto-falantes almofadados.
Por fim, a empresa reduziu seu foco para algumas categorias específicas e hoje é mais conhecida por seus microfones e fones de ouvido profissionais. Nesta última edição da série retrospectiva do 75º aniversário da AKG, analisaremos alguns dos fones de ouvido mais memoráveis ao longo dos anos.
AKG lançou seu primeiro fone de ouvido, o K120 DYN, em 1949. O K120 DYN apresentava um design over-ear; como as lâminas não estavam disponíveis, eles tinham diafragmas feitos de grânulos prensados de trolitul, um material plástico usado para fabricar selos. A produção de fones de ouvido era lenta nos primeiros dias, pois a fábrica tinha apenas uma máquina de enrolar e colar.
O sucesso do AKG K120 DYN, junto com seus primeiros microfones, abriu caminho para a empresa ir além dos transdutores de cinema para se concentrar em produtos para gravação de som, performance e transmissão.
Em 1959, AKG fez história com o lançamento do primeiro fone de ouvido over-ear aberto do mundo, o K50. Otimizado para monitoramento de som profissional, foi um best-seller instantâneo, e ainda hoje é possível encontrar unidades deste modelo em perfeito estado de funcionamento.
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Na década de 1960, AKG havia estabelecido uma sólida reputação como fabricante de equipamentos de som de alta qualidade. Muitos de seus produtos foram usados nas Olimpíadas de Inverno de 1964 em Innsbruck, na Áustria, talvez mais notavelmente seu leve e robusto headset K58, derivado do K50. Mais tarde naquela década, apresentaram o fone de ouvido D60 “humanizado”, que exibia uma resposta de frequência que imitava as características da audição humana.
O K180, lançado em 1969, apresentava earcups de metal e um recurso exclusivo chamado SCS, para Som Subjetivo Controlado: os transdutores podiam ser reposicionados dentro dos ear cups para personalizar a resposta acústica. Funcionava ajustando um botão em cada fone de ouvido que podia ser girado para criar maior distância entre as orelhas e os drivers, que eram montados em um defletor de borracha.
Em 1974, elevaram suas experiencias com seu primeiro fone de ouvido sem fio, o Libero. Depois de explorar a transmissão de ultrassom, os engenheiros decidiram empregar luz infravermelha para transmitir o sinal de som porque era menos suscetível a interferência. A tecnologia futurista encontrou resistência entre os consumidores, e o modelo acabou sendo retirada do mercado. Passaria uma década antes de retornarem à tecnologia de fones de ouvido sem fio.
O ano de 1975 marcou o lançamento do seu icônico K240 um fone de ouvido de estúdio over-ear, semi-aberto, que apresentava uma nova tecnologia de diafragma que melhorou muito a resposta de graves e a imagem do som. O K240 se tornou um clássico instantâneo, adotado por artistas e estúdios em todos os lugares. O interesse nos fones de ouvido AKG K240 por muitos dos maiores artistas do mundo da música ficou evidenciado no videoclipe do hit de 1985 “We Are the World”. A música foi produzida por Quincy Jones, lendário produtor e conhecedor de fones de ouvido da AKG, vendeu mais de 20 milhões de cópias físicas. O K240 também aparece no vídeo do hit de Eddie Murphy “Party All the Time”, escrito e produzido pelo inovador de música multi-gênero Rick James.
Os K240s modernos e suas variações, o K240 MKII e o K240 Studio são soluções de monitoramento essenciais nos principais estúdios do mundo. Seus transdutores avançados de 30 mm com diafragma patenteado Varimotion oferecem uma ampla faixa dinâmica, maior sensibilidade e altos níveis de pressão sonora, enquanto seu design semi-aberto oferece graves sólidos e agudos extremamente nítidos.
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Em 1978, a AKG lançou o K340, o primeiro fone de ouvido dinâmico/eletrostático do mundo, que empregava os dois tipos de driver em um único sistema.
Em 1989, a AKG introduziu o K 1000 “sistema de alto-falantes” para reprodução avançada binaural. Este novo modelo apresentava, um design de driver aberto e ajustável, foi um sucesso imediato entre os puristas de alta fidelidade e os profissionais de estúdio.
Outro modelo notável, mas de curta duração, da década de 1980 foi o K280 Parabolic, um fone de ouvido com vários drivers que concentrava as ondas de compressão em um ponto central nos fones de ouvido. De acordo com os engenheiros, o design parabólico deu ao K280 uma qualidade de “som surround” que transmitia com mais precisão a perspectiva de uma sala de concertos comparado á os fones de ouvido tradicionais.
A década de 1990 testemunhou uma onda de desenvolvimento de produtos na AKG, incluindo o retorno dos fones de ouvido infravermelho com os modelos “EARgonomic” K 444 IR e K 333 IR. Naquela época, a Forte instalou fones de ouvido AKG em seus headsets de realidade virtual.
Na década de 1990, a AKG lançou uma nova geração de fones de ouvido chamada K Series. Hoje, essa linha se expandiu para abranger uma variedade de estilos e modelos, desde o fone de ouvido fechado K72 de preço acessível até a clássica família K240 e seu principal fone de ouvido de referência K712 Pro.
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A série K inclui seus mais novos fones de ouvido, o K361 e o K371 (disponíveis nas versões com fio e Bluetooth); o K371 (com fio e Bluetooth) é o primeiro fone de ouvido profissional sintonizado com nossa inovadora curva acústica de resposta de referência AKG. A curva de referência AKG é o resultado de um estudo de sete anos sobre as características que os humanos consideram mais desejáveis ao ouvir fones de ouvido. Este estudo foi independente de gênero e incluiu centenas de pessoas de todas as idades, origens culturais e preferências musicais. Quando foi concluído, uma curva de alvo acústico foi criada e usada como referência para aplicações profissionais exigentes.
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Além dos fones de ouvido de estúdio, a AKG também fabrica uma variedade de fones de ouvido profissionais, fones de ouvido sem fio e fones de ouvido para uma variedade de aplicações, cada um oferecendo o som exclusivo da AKG. Seja você um músico profissional ou produtor, criador de conteúdo ou apenas um fã de som incrível, a AKG tem um modelo para você.
A IK Multimedia apresentou o iLoud Sub, um subwoofer de estúdio que promete redefinir o segmento ao combinar graves profundos e controlados com o menor formato da categoria.
O modelo se destaca por integrar o sistema de correção acústica ARC X, que calibra automaticamente o sub e qualquer monitor conectado, independentemente da marca, garantindo resposta equilibrada em diferentes ambientes.
Com extensão de graves até 25 Hz e driver de 6,5” acompanhado por dois radiadores passivos, o iLoud Sub entrega 200 W de potência de pico e foi projetado para proporcionar clareza e precisão em mixagens modernas. Segundo a fabricante, o DSP interno ajusta o comportamento do subwoofer e alinha o sistema completo, eliminando interferências acústicas e facilitando decisões de mixagem mais seguras.
O recurso de configuração automática do subwoofer — novidade do ARC X — alinha frequências graves e expande a resposta de qualquer par de monitores, revelando detalhes de kicks, baixos e efeitos sem comprometer o equilíbrio geral da mixagem.
Entre as conexões, o modelo inclui entradas e saídas XLR/RCA, USB para áudio digital e Bluetooth de alta qualidade. O produto é compatível com toda a linha iLoud e com monitores nearfield de outras marcas, além de setups compactos imersivos e salas de pós-produção.
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A IK Multimedia destaca o iLoud Sub como uma atualização para estúdios pequenos que buscam maior precisão, impacto e profundidade sonora em um formato minimalista.
iLoud Sub:
Formato compacto: Cabe em qualquer estúdio – não requer rearranjos
Extensão de graves até 25 Hz: Experimente todo o grave das produções modernas
Correção de sala ARC X: Alinhamento de sistema sem achismo
Configuração automática: Integração fácil com o estúdio e calibragem de subwoofer
Integra-se com monitores existentes: Funciona automaticamente com monitores de qualquer marca
Graves controlados, precisos e musicais: Mixagens se reproduzem facilmente em qualquer lugar
A engenheira de som direto Laura Zimmermann assinou um dos trabalhos mais marcantes do cinema brasileiro recente em Ainda Estou Aqui, filme de Walter Salles que entrou para a história ao se tornar a primeira produção brasileira a vencer o Oscar de Melhor Filme Internacional.
Seu trabalho rendeu o Grande Otelo 2025 da Academia Brasileira de Cinema.
Para atender às exigências do projeto — que recria ambientes sonoros dos anos 1970 até os dias de hoje — Zimmermann utilizou transmissores SMQV, SSM, LMB e HMa, além de receptores DSR4, SRc, DCR822 e DSQD da Lectrosonics. O foco do diretor na autenticidade levou a equipe a registrar sons reais sem interferências modernas, como gravações do mar em uma ilha remota e o som de carros de época com motores originais.
A preparação dos cenários também foi essencial. A casa principal recebeu tratamento acústico para permitir que os atores atuassem com liberdade sem comprometer a captação. Com filmagens entre Rio e São Paulo, Zimmermann destacou a estabilidade do sistema sem fio em um espectro de frequências complexo: durante seis semanas de gravação em interiores, não precisou alterar a frequência.
“Mesmo sendo o maior projeto da minha carreira, os equipamentos funcionaram com total consistência”, afirmou.
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Ainda Estou Aqui está disponível na Netflix, Apple TV, Amazon Prime Video e outras plataformas.
O lançamento mundial da fragrância BOSS Bottled Beyond, da Hugo Boss, contou com um momento histórico: uma apresentação ao vivo de Maluma diretamente do 90º andar do Empire State Building — a primeira vez que um show totalmente ao vivo é realizado desse ponto icônico de Nova York.
Para garantir um áudio impecável tanto para os 600 convidados quanto para milhares de espectadores conectados ao livestream, a equipe da Clair Global confiou no sistema Astral Wireless, da Sound Devices.
Um desafio técnico sem margem para erro
“Nada menos que perfeição absoluta”, resumiu German Tarazona, engenheiro de som da Clair Global. O desafio envolvia um espaço extremamente limitado, um ambiente de RF complexo em um dos edifícios mais saturados do mundo e a necessidade de mixar 86 canais em tempo real para um show de apenas 12 minutos.
Tarazona, ao lado do diretor musical Miguel ‘Escobar’ Marques, do playback tech Camilo Fernández, do production manager Teo Echeverria, do engenheiro de RF Matt Edminson e do audio tech Andrew Puccio, desenvolveu um setup compacto e de alto desempenho. O núcleo do sistema incluiu uma mesa DiGiCo Quantum 225, o receptor digital Sound Devices ARX16, quatro microfones Astral HH e antenas A20-Monarch.
Estabilidade em um ambiente extremo
“A confiabilidade do sistema Astral Wireless foi fundamental”, explicou Tarazona. “Ele nos permitiu avaliar rapidamente o espectro e manter um sinal estável durante toda a apresentação. A integração com a DiGiCo tornou tudo fluido e sem estresse.”
Quando Maluma pisou no palco — com o prédio iluminado nas cores da bandeira da Colômbia — o momento tornou-se histórico.
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“Foi enorme para o Maluma e para a Colômbia”, disse Tarazona. “Um show intenso, perfeito e do qual sentimos muito orgulho.”