Gestão
Tendências e inovações no varejo
Algumas inovações no varejo apontam tendências de como ele será no futuro; tenha ideias e antecipe
Em varejo, inovação é o nome do jogo. Cada vez mais, varejistas superam concorrentes graças às experiências únicas que proporcionam em suas lojas, inspirando e emocionando seus consumidores.
Já são muitos os exemplos de inovações no varejo. A loja Story, em Nova York, EUA, está sempre se modificando – dos produtos aos provadores – além de promover eventos com temáticas diferentes, como ‘Amor’ou ‘Feito na América’. A Ikea, por sua vez, recentemente sediou uma festa do pijama para os seus clientes dentro de um de seus estabelecimentos perto de Sydney, Austrália. E a Burberry está trazendo diversão e experiências únicas ao varejo de luxo como o Digital Runway Nail Bar, esmalteria que oferece uma experiência digital lúdica em que é possível testar tons de esmaltes virtualmente.
No Brasil, varejistas de diversos segmentos têm experimentado abordagens como uso de redes sociais em produtos na loja (C&A), integração de canais físicos e digitais (Centauro), ofertas personalizadas baseadas em análises e big data (Magazine Luiza), só para citar alguns.
Estes e muitos outros varejistas com visão de futuro estão mudando a forma de como percebemos a integração entre o virtual e a loja física, oferecendo aos seus clientes uma experiência de consumo totalmente diferenciada. Este é o futuro do varejo: ser a fusão entre invenções de alto impacto emocional e experiência centrada no cliente.
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Interação pessoal
A ideia de que autosserviços digitais e móveis serão o carro-chefe de vendas cairá por terra com a Geração Y (nascidos entre os anos 80-95), que é duas vezes mais propensa a fazer compras em companhia de amigos e evitar o isolamento do que a geração de seus pais. Interfaces humanas e interação em múltiplos canais são as apostas para os próximos dez anos. Sistemas de atendimento eletrônico – URAs – serão menos utilizados assim que departamentos de atendimento ao cliente perceberem que esse canal aumenta o ruído na comunicação e não proporciona experiências satisfatórias aos consumidores.
Experiências sociais enriquecedores
Para ampliar a experiência nas lojas, varejistas, companhias aéreas, bancos e academias intensificarão a união com cafés, bares, cursos e clubes. Também nos próximos dez anos, conquistarão mais clientes aqueles que juntarem estabelecimentos e marcas já consagrados, e não os que tentaram se tornar badalados pontos de encontro.
Também vamos perceber um fluxo de migração urbana pela Geração Z (nascidos no meio dos anos 90) para apartamentos menores, o que resultará em um aumento de “armários em nuvem,” inspirados por e-varejistas como Rent the Runway e, no Brasil, a Dress & Go.
Redes como C&A e Zara ainda representarão o modelo de varejo de “ir à loja”, mas a tendência de “usar apenas uma vez” se tornará mais popular. Modelos baseados em aluguel e assinatura crescerão muito e darão aos consumidores opções que vão além de vestuário – de organizadores de eventos alugando vestidos de noivas a lojas de móveis oferecendo serviços de aluguel de mobiliários sazonais e itens de decoração.
3D e compras virtuais redefinirão o conceito de gratificação instantânea
Em dez anos, impressoras 3D estarão presentes em muitos lares, e aumentará a oferta de serviços de entrega instantânea de produtos, por meio de download direto e impressão 3D em casa. As impressoras 3D são uma ameaça para varejistas como o Alibaba, já que também entregarão em casa SKUs (Stock Keeping Unit) de qualquer lugar do mundo. Se alguém, por exemplo, gostou de um par de brincos usado no último desfile em Milão, tudo o que precisará fazer é comprar online e imprimir em casa. Impressionante, não?
Atualmente, percebe-se um interesse inicial por compras em realidade virtual. Mas, em 2025, essa tecnologia será a mais utilizada através de dispositivos como o Google Glass, o Occulus Rift, do Facebook, e outros que surgirão para batalhar pela liderança do mercado de shoppings virtuais. No futuro, consumidores terão a opção de comprar em lojas físicas interativas ou usufruir da conveniência de comprar de casa imergindo em lojas virtuais ou, ainda, participar de desfiles de moda virtuais ou selecionar itens de seus próprios guarda-roupas digitais.
Hoje varejistas defendem “foco no consumidor”, “envolvimento do cliente” e “omni-channel”, porém focam prioritariamente em operações, canais de venda, entregas, descontos e produtos – não em pessoas. Nos próximos 10 anos, terão mais sucesso os varejistas que inovarem pensando nas pessoas, e não em canais. Mas os melhores mesmo serão aqueles que buscarão entreter, e não apenas engajar, os seus consumidores – afinal, mais tempo em loja representa mais compras realizadas.
A cara do varejo está constantemente mudando, e nos próximos anos varejistas continuarão a surpreender a todos com sua capacidade de inovar e criar experiências fantásticas em suas lojas. O que não mudará, contudo, é que o cliente é, e sempre será, o principal ator do negócio.
* Babs Ryan é consultora global de inovação estratégica da ThoughtWorks. Para esta publicação o artigo foi adaptado por Gabriel Brigidi, especialista em inovação da ThoughtWorks Brasil, onde este texto foi originalmente publicado. A empresa esteve presente no NRF Big Show 2015, evento em Nova York que discutiu essas e outras tendências de varejo.
Gestão
Estratégia Financeira no Setor de Instrumentos Musicais e Áudio Profissional
O último trimestre do ano não só traz um aumento natural nas vendas, impulsionado por eventos como Black Friday, Cyber Monday e Natal, como também a necessidade de estabelecer as bases para o planejamento estratégico para 2026.
No setor de instrumentos musicais e áudio profissional, onde a volatilidade do dólar, os custos logísticos e as tendências de consumo ditam o tom, avaliar com precisão os resultados financeiros e operacionais torna-se fundamental para mensurar a verdadeira lucratividade do negócio.
Essa análise não apenas valida o desempenho mensal, mas também identifica onde estamos dessincronizados e quais fatores estratégicos precisamos ajustar para garantir um crescimento sustentável.
Avaliação do Desempenho Financeiro
Um diagnóstico preciso exige ir além dos números brutos e analisar indicadores-chave adaptados ao setor:
- Receita e lucratividade: Comparar as vendas de categorias críticas (caixas de som profissionais, controladores de DJ, guitarras, equipamentos de gravação) com as margens em comparação com períodos anteriores.
- Estrutura de custos: Diferenciar custos fixos (aluguel de showroom, equipe de vendas, licenças de software) de custos variáveis (importações, frete, marketing sazonal), identificando oportunidades de otimização.
- Fluxo de caixa: Meça a liquidez necessária para financiar estoques que muitas vezes são pagos em dólar, mas vendidos a prazo ao cliente final.
- Dívida: Avalie o ônus financeiro e o nível de alavancagem diante das flutuações da taxa de câmbio.
Ações Positivas e Áreas de Melhoria
Após a análise dos números, a pontuação revela o que funcionou e o que precisa de ajustes:
- Ações bem-sucedidas: Campanhas digitais em mídias sociais, acordos com academias e distribuidoras de música e o boom do e-commerce de acessórios e peças de reposição.
- Fraquezas operacionais: Estoques mal calibrados, com escassez, distribuição lenta nas regiões ou serviço de pós-venda fraco.
- Tendências de Mercado: Crescimento da música urbana e demanda por equipamentos de home studio, além de consumidores mais sensíveis a preços devido à inflação e à queda do crédito ao consumidor.
Repensando Estratégias e um Plano de Ação
Com a pontuação claramente definida, o plano deve estabelecer diretrizes específicas:
- Otimização de Custos: Negociar com fornecedores internacionais, consolidar importações e automatizar processos de estoque.
- Expansão de Mercado: Abra novos canais em regiões, exporte para países vizinhos ou explore nichos como equipamentos para igrejas e eventos corporativos.
- Fortalecimento Digital: Amplie o e-commerce com integração ERP-marketplace e aprimore campanhas segmentadas por tipo de músico.
- Treinamento de Equipe: Treine a equipe de vendas em produtos de alta qualidade, fidelização de clientes e serviços de vendas cruzadas (por exemplo, aluguel + vendas).
Implementação e Monitoramento
Toda orquestra precisa de um maestro e uma pontuação clara:
- KPIs definidos: Margem bruta por categoria, giro de estoque, vendas online vs. físicas e índice de endividamento.
- Revisão periódica: Reuniões trimestrais para avaliar o progresso e reajustar a estratégia de preços e estoque.
- Feedback contínuo: Envolva toda a equipe, do depósito ao marketing digital, na busca por eficiência e inovação.
Uma revisão financeira de 2025 é uma oportunidade para ajustar os negócios antes de entrar em uma nova temporada. Com análises rigorosas, replicando o que gerou impacto positivo e corrigindo o desempenho desafinado, a indústria de instrumentos musicais e áudio profissional pode se projetar com maior força, transformando a volatilidade em harmonia financeira a longo prazo.
*Autor: Camilo Ramírez
Mestre em Administração de Empresas (MBA) pela Universidad del Desarrollo, Mestre em Gestão Financeira pela Universidad Adolfo Ibáñez, Diploma em Gestão Financeira pela Universidad Adolfo Ibáñez, Diploma em Finanças Corporativas pela IEDE Business School Chile e Bacharel em Administração de Empresas e Administração Universitária pela Universidad de las Américas.
Sócio Sênior da Price Capital Spa.
E-mail: corporativo@pricecapital.cl
Visite: www.pricecapital.cl
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C. F. Martin & Co. nomeia Scott Gervais como Diretor de Operações
A histórica fabricante de violões cria um cargo de COO para impulsionar a excelência operacional e sua próxima fase de crescimento.
A C. F. Martin & Co., Inc. anunciou a nomeação de Scott Gervais como Diretor de Operações (COO). Com mais de duas décadas de liderança executiva em operações, manufatura, compras e gestão da cadeia de suprimentos, Gervais ocupou cargos de liderança na Polaris Marine e na Conn-Selmer, Inc., onde liderou e expandiu operações globais com melhorias mensuráveis em segurança, qualidade, eficiência e satisfação do cliente.
Violonista acústico de longa data, Gervais enfatizou a conexão pessoal com sua nova função: “É uma verdadeira honra ingressar na C. F. Martin & Co., uma empresa que admiro desde que peguei em um violão pela primeira vez. A Martin sempre representou o auge da arte acústica para mim, e agora contribuir para seu legado é ao mesmo tempo gratificante e inspirador. Esta posição alinha minha carreira em operações com meu amor pela música.”
Da empresa, o Presidente do Conselho, Chris Martin IV, comemorou a chegada: “Estou muito feliz que Scott esteja se juntando à minha empresa familiar. Sua experiência e entusiasmo serão um trunfo para nossas equipes de fabricação e compras.”
Por sua vez, o Presidente e CEO Thomas Ripsam enfatizou que o COO é uma posição recém-criada com foco na excelência operacional: “É um componente crítico para possibilitar a próxima onda de crescimento e lidar com a crescente complexidade e custos do negócio. Estou confiante de que o talento e a experiência de Scott nos ajudarão a enfrentar com sucesso essas oportunidades e desafios.”
Gervais é bacharel em administração de empresas pela Universidade Purdue e possui certificações profissionais como Lean Six Sigma Black Belt e Certified Supply Chain Professional. Com sua chegada, Martin busca fortalecer processos, eficiência e capacidade de resposta em um contexto de expansão e aumento da demanda global por seus instrumentos acústicos.
Gestão
Como adotar o “figital” na sua loja
A experiência de compra mudou. Hoje, os consumidores não separam mais o digital do físico: esperam o melhor dos dois mundos.
Nesse contexto, o conceito “figital” — a integração entre os ambientes físico e digital — torna-se uma estratégia essencial para lojas de instrumentos musicais que desejam se manter competitivas.
Do balcão ao smartphone
Para muitas lojas, o primeiro passo rumo ao figital é construir um ambiente digital que complemente a experiência presencial. Ter um site atualizado, com catálogo, preços, disponibilidade e informações técnicas, é fundamental. Mas não basta estar online: é preciso garantir uma navegação rápida, compatibilidade com dispositivos móveis e canais de contato acessíveis.
Presença que conecta
As redes sociais permitem apresentar produtos, processos de luteria, unboxings, reviews e conteúdos educativos. Não se trata apenas de vender, mas de construir comunidade. Mostrar como soa um pedal, como ajustar uma guitarra ou montar uma bateria ao vivo gera proximidade e confiança.
O físico continua essencial
No universo figital, a loja física não desaparece — ela ganha protagonismo. Muitos clientes pesquisam online, mas querem experimentar o instrumento antes de comprar. Oferecer atendimentos personalizados, testes com especialistas ou experiências imersivas na loja pode ser um grande diferencial.
Click & collect: o melhor dos dois mundos
Uma das práticas mais eficazes do figital é permitir que o cliente compre online e retire na loja. Essa opção acelera a venda, elimina custos de frete e atrai novos consumidores ao espaço físico. Além disso, abre espaço para vendas adicionais no momento da retirada.
Tecnologia a favor da música
Implementar recursos como catálogos interativos em tablets, sistemas de estoque integrados entre a loja e o e-commerce, ou até QR codes nos instrumentos com acesso às fichas técnicas, são soluções simples que melhoram a experiência de compra.
Capacitação da equipe
A transformação não é apenas tecnológica. A equipe de vendas também precisa estar preparada para atuar em um ambiente híbrido. Saber responder dúvidas via WhatsApp, oferecer suporte nas redes sociais ou produzir conteúdos simples são habilidades cada vez mais valiosas.
Investir com inteligência
Adotar o figital não exige grandes investimentos iniciais. É possível começar com ações simples e eficazes: otimizar o perfil no Google, responder mensagens em redes sociais, integrar um sistema de vendas com controle de estoque ou criar vídeos curtos destacando os produtos da loja.
Adotar uma estratégia figital não é uma tendência passageira, mas uma resposta direta ao comportamento do consumidor atual. Para as lojas de instrumentos musicais, trata-se de transformar o ponto de venda em um ponto de encontro — onde o físico e o digital se complementam para criar experiências memoráveis.
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