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Opinião: A indústria brasileira de áudio e instrumentos deve temer a abertura comercial?

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Em artigo anterior, procurei mostrar que a abertura comercial costuma ser, mundo afora, mas também aqui no Brasil, sinônimo de geração de riqueza e não o contrário. Apresentei indicadores, nacionais e internacionais que mostram, com muita clareza, que quanto mais aberto determinado setor é, mais riqueza é gerada no entorno dele.

O fato é que o Brasil ainda é um país muito fechado. Em qualquer amostra relevante de países médios e grandes em matéria de abertura comercial, o Brasil sempre ocupa as últimas colocações. Isto pode parecer estranho para a maioria de nós, pois não temos mais reservas de mercado. Em um sentido formal, isso é verdade, mas na prática a nossa burocracia, as “jabuticabas” e os (altos) impostos sobre importados acabam por criar reservas de mercado “informais”. Colocamos aproximadamente 80% sobre o preço da maioria dos produtos não nacionais, sejam eles bens de consumo ou de capital. É muita coisa! O resultado é que acabamos por comprar muito pouco lá fora, incluídos aí máquinas e insumos que poderiam alavancar a nossa atividade industrial, bem como a pesquisa e o desenvolvimento de novas tecnologias e produtos.

Os mercados internacionais, por sua vez, respondem também comprando pouco do Brasil. É a lei dos mercados… Quem compra pouco, vende pouco… O nosso comércio exterior responde hoje por cerca de 10% do nosso PIB… Muito pouco se comparado a países desenvolvidos.

Outro “pênalti” do nosso isolamento é que as nossas exportações, apesar de volumosas, concentram–se em itens de relativo baixo valor agregado, as chamadas “commodities”. Grãos, carne, petróleo bruto, minério bruto, etc. Exportamos muito em volume, mas são produtos de baixo valor. O impacto sobre a balança comercial é claro: temos que vender muito e comprar pouco para ter algum superávit.

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Este é o quadro atual: somos exportadores de matérias-primas (commodities) e importadores de tecnologia. Um sinal típico de subdesenvolvimento.

Como começamos a reverter este quadro?

D-One

Diminuir impostos e burocracias de importação seria um bom ponto de partida… Estaríamos sinalizando uma abertura para o mundo e ao mesmo tempo permitindo a entrada de tecnologia na forma de bens de capital. Seria um bom começo… Mas não podemos fazer isto de forma desajeitada! Pois, graças a décadas de isolamento, a nossa indústria – sempre com muita dificuldade para importar máquinas e equipamentos modernos, inevitavelmente ficou antiquada, deficiente e hoje exibe uma das menores taxas de produtividade do mundo… Resultado: nossos produtos são caros e na maioria das vezes, ultrapassados! Seria então muito difícil, senão impossível competir com a indústria dos países desenvolvidos se os mercados fossem abertos do dia pra noite… Portanto, o processo de abertura tem que ser gradual e acompanhado de muitas ações internas de suporte.

Não será fácil… Existem muitas coisas para desemperrar antes de pôr essa engrenagem pra rodar! Reformar o nosso caótico e opressor sistema tributário – um “tirânico carnífice” de empresas, é sem dúvida o principal objetivo tático a ser alcançado no curto prazo. Assim como simplificar a burocracia e apaziguar o custo trazido por ela, entre outras coisas… Porém, falaremos destas táticas em outro dia. Por ora, o objetivo é mais estratégico – temos que entender que se abrir para o mundo é uma coisa boa!

A pergunta que neste momento se apresenta para nós, os empresários, varejistas e consumidores do setor de Áudio e Instrumentos do Brasil, portanto é: devemos temer a abertura comercial?

Quanto mais fechado pior!

Se competir com as empresas de fora é algo realmente difícil – requer esforço e aprimoramentos constantes e ainda (ou talvez principalmente) que não nos acomodemos na nossa “zona de conforto” – as alternativas: protecionismo e isolamento são ainda piores!

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Uma das frases mais inteligentes que já ouvi diz: “o Brasil é feito de voos de galinha” – uma referência às constantes crises que enfrentamos. Mal crescemos um pouquinho e lá vem crise! Após um grande esforço para passar por ela e crescer outro pouquinho (geralmente apenas para recuperar as perdas anteriores) e… Crise de novo!

Mas qual a origem disto?

A ideia que nos venderam ainda no final nos anos 1960 e início dos 70 – que os modelos de “substituição de importações” e o da “reserva de mercado” geram “autonomia” e nos “protegem” dos choques econômicos externos é algo completamente furado! Vamos fazer um exercício mental simples, que servirá para mostrar o quanto estas idéias estão erradas!

Consideremos um país cuja metade do PIB venha do comércio exterior – importações e exportações somadas, e a outra metade do seu mercado interno. Esta é, aproximadamente, a condição dos chamados Tigres Asiáticos (Coréia do Sul, Taiwan, Hong-Kong e Singapura). Há quem diga que estes países vivem uma condição “perigosa”, pois que são altamente dependentes dos mercados internacionais e assim, portanto, mais vulneráveis a eventuais choques externos.

Digamos que uma “ventania” qualquer nos mercados internacionais provoque um choque nestes países e que eles precisem fazer um superávit comercial para passar melhor pela crise. Ora, uma desvalorização da moeda local torna seus produtos exportados mais baratos e os importados mais caros. Assim aumentam as exportações e diminuem as importações resultando num rápido superávit comercial. É um remédio meio amargo, mas dá bons resultados se aplicado pontualmente e em pequenas doses.

Se considerarmos que uma desvalorização de 10% da moeda local acarreta um aumento de exportações também de 10% e uma redução de importações igualmente de 10% (o valor exato não altera o raciocínio); o resultado é que um país aberto, que tem 50% do seu PIB baseado em mercado externo, conseguirá através dessa medida, um aumento de 5% do PIB com exportações e uma economia de outros 5% com importações. Resultando, portanto, em um superávit de 10% do PIB.

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A conta é: 0,5×0,1=0,05 –> 5% (ganho nas importações) + 0,5×0,1=0,05 –> 5% (economia com importações) = 10%

Agora vamos pensar no Brasil, cujo comércio exterior responde por apenas 10% do PIB. Nós somos mais “autônomos” e, portanto estamos mais seguros, certo? Só que não! Fazendo as mesmas contas veremos que a mesma medida – uma desvalorização de 10% do Real nos renderia um aumento de 1% do PIB com exportações e uma economia de outro 1% com importações, somando, portanto um superávit de 2% do PIB – cinco vezes menor que o exemplo anterior!

Conclusão: um país fechado (como o nosso) terá que aplicar uma dose cinco vezes maior deste “remédio amargo” para obter o mesmo ganho do outro – ou seja, QUANTO MAIS FECHADO PIOR!

O déficit comercial não é necessariamente ruim

Em tempos de guerra comercial muito se fala em déficit da balança exportações vs. importações como um pretexto para justificá-la. Mas o déficit comercial é algo necessariamente ruim? Passar por um longo período com déficit em nossa balança comercial atrasaria nosso país? Vamos lembrar que hoje temos reservas cambiais gigantescas, talvez as maiores de todos os tempos, mas mesmo assim isto não parece ajudar na presente situação, que é de endividamento interno. Pois, sendo moeda estrangeira, não há como usar essas reservas de forma direta dentro do país. Logo, a utilidade, na prática, de se ter reservas cambiais muito altas é algo bastante questionado pelos especialistas.

Por outro lado, analisando exemplos de países onde o déficit comercial ocorreu por um longo período, poderemos checar os resultados e ver se, no final, foi assim tão ruim quanto dizem… Vamos então olhar para o balanço norte-americano de exportações vs. importações dos últimos 30 anos. Reparem com cuidado no gráfico abaixo:

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Vemos que o déficit da balança comercial americana (trade deficit) é quase que perfeitamente compensado (quase espelhado) pelo aumento dos investimentos estrangeiros (foreign investment surplus) naquele país. São 30 anos de dados sólidos mostrando que país que compra muito no mercado externo acaba recebendo parte deste dinheiro de volta (quase todo, no caso americano) na forma de investimentos! Portanto, usar o pretexto do “maléfico” déficit comercial para defender o protecionismo é uma besteira sem tamanho.

A nossa indústria vem minguando desde os anos 1970

Algo dramático a considerar no modelo de substituição de importações (e subseqüente isolamento) são os seus perversos efeitos de longo prazo. A impossibilidade de se importar máquinas e equipamentos destinados a produção, bem como para pesquisa e desenvolvimento, implica em não se trazer nenhuma tecnologia embutida nestes bens de capital, e a partir daí os impactos negativos sobre a produtividade acumulam-se ano após ano. Desde a década de 1970, quando respondia por 33% do PIB, assistimos a nossa indústria perder competitividade e minguar até os míseros 13% do PIB pelo qual responde hoje. Se não houver uma reversão urgente deste quadro muito em breve a veremos morrer completamente!

Infelizmente, para muitos setores e agora destaco um de importância vital no nosso ramo, o de insumos para a indústria eletrônica, a luz já se apagou faz tempo… Os mais velhos se lembrarão, creio que com tristeza, da vibrante indústria de componentes e insumos eletrônicos “de base” que tínhamos no Brasil. Em 1975 eram mais de 100 empresas nacionais fabricando semicondutores, componentes passivos, circuitos impressos, componentes magnéticos, componentes eletromecânicos, etc e, acreditem – equipamentos para a produção, reparo, pesquisa e desenvolvimento! Todas coexistindo com insumos e equipamentos importados, em relativo pé de igualdade. Hoje praticamente nada mais resta desta indústria “de base”.

Para quem acha isso muito estranho e/ou surreal veja nas imagens abaixo uma amostra de como era a indústria de insumos eletrônicos e equipamentos no Brasil de 1962. Depois, façam um exercício mental e tentem imaginar como ela poderia estar hoje, meio século depois!

 

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Não podemos esquecer as lições deixadas pela Lei de Reserva de Mercado de Informática

Se procurarmos por uma experiência brasileira recente que mostre que o protecionismo não funciona de modo algum, nada salta mais aos olhos do que a malfadada Lei de Reserva de Mercado de Informática de 1984 (PNI – Política Nacional de Informática). Uma experiência dramática, que provou em menos de dez anos que o modelo de substituição de importações e o protecionismo são a própria definição de “voo de galinha”!

Quando foi implantada, durante o último governo militar, a indústria nacional já estava decadente, e pretendia-se encontrar uma alternativa para os mal sucedidos programas de incentivo a indústria de semicondutores dos anos 1970. A PNI foi “maturada” durante os anos 1970 e finalmente implantada em 1984. De início, como em toda política desenvolvimentista (em que o Estado fomenta o desenvolvimento) a coisa foi de vento em popa! Os postos de trabalho no setor cresceram exponencialmente e já eram 70 mil, apenas cinco anos após o seu início!

No papel tudo parecia perfeito, mas o que aconteceu na prática foi o inverso do pretendido… O principal objetivo do programa era promover o desenvolvimento tecnológico das empresas nacionais simplesmente proibindo que as estrangeiras vendessem seus produtos aqui dentro. Foi imposto o conceito de “Processo Produtivo Básico”, exigindo-se que as empresas realizassem todas as etapas de fabricação localmente. Esperava-se então que, em um prazo de dez anos, as nossas empresas estivessem em pé de igualdade com as estrangeiras. Mas a indústria nacional, uma vez livre dos concorrentes externos, simplesmente se acomodou, limitando-se basicamente a lançar “clones” de computadores e softwares americanos…

A inevitável resposta do mercado não tardou… Em 1990 um computador pessoal fabricado no Brasil custava cerca de cinco vezes mais que sua contraparte “de fora”, e ainda trazia o indesejado “bônus” de 5 anos em atraso tecnológico! Houve grande pressão externa, da parte de governos, marcas e organismos internacionais por conta da enorme pirataria e da quebra de patentes praticada pelas empresas participantes da PNI. Vários historiadores de respeito apontam que, a cultura de pirataria de softwares no Brasil, forte até hoje, foi grandemente incentivada pelo programa.

Em 1991, quando ficou claro o quanto a PNI havia desviado do seu objetivo, o governo brasileiro encerrou o programa, dois anos antes do planejado. Com o fim da reserva de mercado e sem a confortável “proteção” governamental, a maioria das empresas participantes desapareceu rapidamente, encerrando mais esse “voo de galinha” da economia brasileira.

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A abertura é inevitável – Temos que estar preparados!

Não existe atalho para o desenvolvimento! O modelo de substituição de importações e o da reserva de mercado mostra isso de forma muito clara! O único caminho viável para o Brasil se tornar um país desenvolvido é o da abertura comercial e do livre mercado. Tivemos no passado muitas oportunidades de fazer esta transição de forma bem mais tranqüila do que será agora, mas foram todas desperdiçadas… E quanto mais demorarmos, mais difícil será…

Nosso foco agora deveria ser salvar o que restou da nossa indústria e a partir daí começar de novo, do jeito certo! Se para concorrer com a indústria estrangeira precisarmos melhorar – então por que não melhorar? Quando foi que perdemos esta ambição?

Temos que ficar atentos ao lobby (principalmente no Congresso) dos setores mais tradicionalistas e/ou mais acomodados com a “proteção” e com os “incentivos” do governo. Estas práticas têm que imediatamente cessar no Brasil! O país chegou a um impasse – ou faz a lição de casa e se abre para o mundo, ou se entrega a um futuro sombrio… Temos a Venezuela bem aqui ao lado para ver o que nos aguarda se não tomarmos as rédeas agora!

O recado das últimas eleições foi claro: NÃO ao status quo! NÃO ao desenvolvimentismo, aos incentivos e renúncias fiscais, as reservas de mercado e aos “campeões nacionais”! Temos que surfar na onda do livre mercado ao invés de nadar contra ela – ou condenaremos o Brasil a eternamente ser “o país do futuro”… Que nunca chega!

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Power Click lança o Voice Monitor MK II: controle total de retorno para cantores e locutores

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Power Click Voice monitor MK II 750x500

Novo amplificador de fones promete independência, qualidade de áudio e praticidade no palco ou estúdio.

A Power Click, marca brasileira reconhecida por suas soluções em áudio profissional, apresentou o Voice Monitor MK II, um amplificador de fones de ouvido individual desenvolvido especialmente para cantores e locutores. O equipamento promete ser a solução definitiva para o retorno de voz e som da banda, oferecendo controle total e independente sobre os canais de microfone e auxiliar.

Controle independente e som profissional

O Voice Monitor MK II permite que o próprio usuário ajuste o volume e a equalização do microfone e do retorno, garantindo autonomia durante ensaios, gravações ou apresentações.

O modelo conta com dois canais de entrada e saída — MIC e AUX —, projetados para atender diferentes necessidades:

  • Input MIC: oferece retorno fiel da própria voz, com equalização de graves, agudos e efeitos de eco/reverb, ideal para cantores e locutores.
  • Input AUX (para cantores): garante retorno de banda com alta qualidade, também com controle independente de graves e agudos.
  • Input AUX (para locutores): permite receber informações ou instruções internas por canal auxiliar, audíveis apenas pelo locutor.

Versatilidade em qualquer setup

O equipamento inclui saídas (OUTPUTs) que permitem enviar o som do microfone e do auxiliar para mesas de som, sistemas de PA, gravadores ou outros dispositivos de áudio.


Importante: os controles de volume e equalização atuam apenas no fone de ouvido, sem alterar o sinal enviado pelas saídas — ideal para quem busca precisão no monitoramento sem interferir no som principal.

Design funcional e acessórios inclusos

O Voice Monitor MK II vem acompanhado de fonte de alimentação, suporte para fixação em pedestal de microfonee bag de transporte, tornando o uso prático tanto no palco quanto em estúdio.

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Compacto, robusto e fácil de operar, o modelo mantém o padrão de qualidade que tornou a Power Click uma referência em áudio profissional desde 2002.

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WSDG aprimora o som e a segurança no estádio do River Plate na Argentina

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WSDG river plate 750x500

O Estádio Más Monumental de Buenos Aires incorpora design acústico e audiovisual de nível mundial em sua transformação completa.

Após uma renovação integral entre 2020 e 2023, o Estádio Más Monumental, sede do Club Atlético River Plate e da seleção argentina de futebol, consolidou-se como um dos espaços esportivos e de entretenimento mais avançados do mundo.


Com capacidade para mais de 86 mil espectadores, é atualmente o maior estádio da América do Sul, estabelecendo um novo padrão global em infraestrutura e experiência do público.

Um dos pilares dessa transformação foi a modernização total do sistema de som, desenvolvida com a consultoria da WSDG, empresa internacional especializada em projetos acústicos e sistemas audiovisuais.

Som de precisão para um estádio histórico

O projeto foi realizado em colaboração com as marcas Bosch e Electro-Voice, combinando engenharia acústica avançada, cobertura uniforme e uma atmosfera sonora imersiva tanto para eventos esportivos quanto para grandes concertos.

A WSDG realizou uma análise técnica detalhada, propôs otimizações de design e supervisionou a calibração final no local, garantindo desempenho ideal em todas as áreas do estádio.

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“Projetar para estádios é sempre buscar o equilíbrio entre clareza e energia emocional”, afirmou Sergio Molho, sócio e diretor de desenvolvimento de negócios da WSDG. “No Más Monumental conseguimos criar uma experiência sonora que potencializa cada palavra, canto e momento musical com precisão e força.”

De sistemas obsoletos à tecnologia de ponta

Durante anos, o River Plate dependia de sistemas de som temporários alugados, instalados ao nível do campo, o que resultava em cobertura irregular e baixa inteligibilidade.


O sistema fixo anterior, instalado originalmente para a Copa do Mundo de 1978, já estava tecnicamente ultrapassado.

“Um novo sistema de som era uma condição indispensável para a renovação”, explicou Rodrigo Álvarez, arquiteto-chefe e gerente de construção do clube. “Era essencial não apenas para aprimorar a experiência do público, mas também por questões de segurança. Buscamos parceiros com experiência comprovada em estádios, e foi por isso que escolhemos a WSDG.”

O projeto final integrou alto-falantes de fonte pontual distribuídos e arranjos lineares montados nas arquibancadas, gerenciados por processamento digital de sinal (DSP) para manter coerência sonora em todo o estádio.


A WSDG também aplicou sua metodologia Technical Interior Design (TID) em áreas internas, melhorando a clareza da fala e a qualidade acústica de ambientes complementares.

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Desafios estruturais e logísticos

Integrar um sistema de última geração em uma estrutura construída na década de 1930 exigiu um planejamento minucioso.

“Foi necessário reforçar as estruturas de concreto, modernizar os sistemas elétricos e coordenar as instalações sem interferir nos jogos e eventos em andamento”, destacou Álvarez. “Apesar das limitações, o resultado é um sistema que se integra visualmente à arquitetura e eleva a experiência geral do estádio.”

Um novo padrão para torcedores e espetáculos

O impacto da modernização foi imediato. O River Plate encerrou 2024 como o clube com maior público do mundo, com média de 84.567 torcedores por partida e mais de 2,4 milhões de espectadores ao longo da temporada.

“A reação dos fãs e dos artistas foi extremamente positiva”, acrescentou Álvarez. “A melhoria na qualidade sonora foi perceptível desde o primeiro dia e foi um fator essencial para que o estádio fosse escolhido como uma das sedes da Copa do Mundo de 2030.”

Design que amplifica a paixão

“É aqui que o design encontra a emoção”, resumiu Sergio Molho. “Seja em um gol decisivo ou em um show esgotado, nosso objetivo é garantir que cada som chegue a cada pessoa com clareza, potência e sem compromissos. Quando o sistema desaparece e só resta a experiência, sabemos que o trabalho foi bem-feito.”

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Bose Professional anuncia ajuste de preços a partir de dezembro de 2025

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O CEO John Maier comunicou a medida aos clientes da região das Américas, reforçando o compromisso da marca com a qualidade, a continuidade do fornecimento e o investimento em inovação.

A Bose Professional anunciou que realizará um ajuste moderado nos preços de todos os seus produtos a partir de 1º de dezembro de 2025, em razão do aumento contínuo nos custos de materiais, das tarifas internacionais e das pressões logísticas globais.

Em carta dirigida aos clientes, John Maier, CEO da Bose Professional, explicou que a empresa havia mantido seus preços estáveis durante o primeiro semestre do ano, como forma de oferecer estabilidade e transparência enquanto avaliava as mudanças no cenário comercial internacional.

“Nossos clientes mereciam estabilidade e transparência enquanto a situação global se ajustava”, afirmou Maier. “Graças a medidas como a renegociação de contratos com fornecedores, a transferência de parte da produção para regiões com tarifas menores e o uso de zonas de livre comércio nos EUA, conseguimos adiar o aumento por mais tempo do que a maioria das empresas do setor”.

No entanto, o executivo destacou que manter os preços atuais já não é sustentável sem comprometer a qualidade dos produtos e a capacidade de inovação da companhia. Por isso, o reajuste abrangerá todas as categorias de produtos da Bose Professional em toda a região das Américas.

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Para reduzir o impacto sobre os projetos em andamento, a empresa informou que manterá os preços anteriores para todos os pedidos registrados ou orçamentos aprovados até 30 de novembro de 2025, desde que o envio esteja programado até 1º de janeiro de 2026. Os detalhes atualizados serão comunicados aos parceiros e distribuidores nos próximos dias.

Maier reforçou que a decisão “não foi tomada de forma leviana” e reiterou o compromisso da Bose Professional com seus clientes e parceiros de negócios: “Desde que nos tornamos uma empresa independente, nosso foco tem sido construir relações de confiança e longo prazo. Embora fatores globais estejam além do nosso controle, nossos valores permanecem os mesmos: apoiar nossos clientes com comunicação clara, fornecimento confiável e investimentos contínuos em inovação.”

Com essa medida, a Bose Professional busca garantir a sustentabilidade de suas operações e continuar desenvolvendo soluções que impulsionem o crescimento do mercado audiovisual profissional em todo o continente.

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