Especialista em branding lista e analisa os principais pontos, ações e atitudes de marcas líderes de mercado e dá dicas de como se tornar uma.
Pode-se observar que em todos os segmentos de mercado sempre existem marcas que se destacam mais. Algumas saem na frente em todos os sentidos e conseguem chamar a atenção das pessoas, criando laços com seus consumidores e dominando o seu segmento. Mas, afinal, o que faz as pessoas se apaixonarem pelas marcas e se tornarem embaixadores de produtos e serviços, defendendo o que uma empresa oferece?
Para D.J. Castro, especialista em branding e fundador da Nexia Branding — empresa de consultoria estratégica focada na criação, construção e transformação de marcas —, não existe um segredo, porém existem pontos em comum entre as grandes marcas líderes. “Hoje, as marcas líderes, são as que conseguem se conectar com a mente e o coração das pessoas e que constroem relacionamentos de longo prazo com os consumidores. E para isso, é preciso que a marca tenha um propósito claro e definido”, aponta.
Por isso, o especialista em branding analisa os principais pontos e ações de algumas marcas líderes de mercado e dá dicas de como se tornar uma:
Propósito da marca: De acordo com Castro, o propósito de uma marca é uma afirmação clara do motivo fundamental dela existir. “É uma declaração de intenção de como ela quer influenciar positivamente as pessoas e transformar a realidade e o mercado. Ele também mostra o motivo da marca existir e que diferença ela quer fazer na vida das pessoas e, em consequência, no mundo. E isso é algo poderoso, que engaja e motiva todos que tem contato com ela”.
Propósito Massivo: “Uma abordagem ampliada do propósito utilizado por empresas que realmente querem gerar impacto positivo na sociedade, consiste em definir um Propósito Massivo Transformador, ou seja, um grande objetivo de longo prazo e de grande abrangência que a empresa vai perseguir para revolucionar a sua área de atuação”. Castro informa que as marcas que lideram com propósito conseguem construir relacionamentos verdadeiros e conquistar lealdade, consistência e relevância ao longo da vida dos seus consumidores.
“Mais do que definir o propósito, a marca precisa praticá-lo diariamente com mensagens e ações que geram as percepções corretas nas pessoas, produzindo impacto positivo na sociedade como um todo e isso chamamos de propósito massivo”. D.J. Castro revela que todos os stakeholders, ou sejam, quem tem contato com a marca – colaboradores, parceiros, fornecedores, clientes, consumidores finais, influenciadores e eco – precisam compreender a razão de existência da empresa e conectar-se com seu propósito, contribuindo para sua realização.
Princípios fundamentais: O especialista em branding informa que para realizar o propósito não adianta fazer qualquer coisa e a qualquer custo, é imprescindível que haja parâmetros que guiem a atuação da empresa e orientem as pessoas. “Princípios são conceitos dos quais a empresa não abre mão. Eles são a base para a tomada de decisão em todos os sentidos”.
D.J. Castro, especialista em branding e fundador da Nexia Branding
Na análise de Castro, é muito comum as marcas terem uma lista de termos que em algum momento da sua história foram definidos. “Eles vão além de uma lista de itens, cada um precisa ter um motivo sólido para existir e estar alinhado ao propósito da marca, conceitos e objetivos de marketing. A definição de princípios é parte primordial na construção de uma marca líder”.
Resistência: “Marcas fortes resistem melhor às crises”, aponta Castro. Com a pandemia do novo Covid-19 foi possível ver várias marcas se destacando no senário atual, positivamente e outras negativamente. Então o que diferencia as marcas que se destacam positivamente? “A capacidade de entender o zeitgeist e se adaptar sem perder o foco, ou seja, a compreensão clara do seu papel, buscando atender as pessoas, se tornando próxima, além de informá-las antes de tentar vender a qualquer custo”, informa Castro.
“E o que destacou negativamente algumas marcas foi a ganância exagerada, a vontade de vender sem medir as consequências e a falta de empatia. Nesse tempo complexo em que vivemos, as marcas precisam estar totalmente conectadas com a realidade que as cercam, exercitando a empatia, compreendendo as necessidades, desejos e desafios das pessoas, para poder traçar planos estratégicos, táticos e operacionais e para se adaptar, reinventar, evoluir e contribuir para fazer um mundo melhor para todos”.
De acordo com o especialista em branding, esses pontos e atitudes positivas geram conexões humanas que fortalecem as marcas. “Quando a crise econômica causada pela pandemia do novo Covid-19 passar, as marcas que agiram e agirem nesse sentido colherão os frutos do relacionamento construído nos tempos difíceis. É um grande desafio, mas vale a pena”, finaliza D.J. Castro.
O último trimestre do ano não só traz um aumento natural nas vendas, impulsionado por eventos como Black Friday, Cyber Monday e Natal, como também a necessidade de estabelecer as bases para o planejamento estratégico para 2026.
No setor de instrumentos musicais e áudio profissional, onde a volatilidade do dólar, os custos logísticos e as tendências de consumo ditam o tom, avaliar com precisão os resultados financeiros e operacionais torna-se fundamental para mensurar a verdadeira lucratividade do negócio.
Essa análise não apenas valida o desempenho mensal, mas também identifica onde estamos dessincronizados e quais fatores estratégicos precisamos ajustar para garantir um crescimento sustentável.
Avaliação do Desempenho Financeiro
Um diagnóstico preciso exige ir além dos números brutos e analisar indicadores-chave adaptados ao setor:
Receita e lucratividade: Comparar as vendas de categorias críticas (caixas de som profissionais, controladores de DJ, guitarras, equipamentos de gravação) com as margens em comparação com períodos anteriores.
Estrutura de custos: Diferenciar custos fixos (aluguel de showroom, equipe de vendas, licenças de software) de custos variáveis (importações, frete, marketing sazonal), identificando oportunidades de otimização.
Fluxo de caixa: Meça a liquidez necessária para financiar estoques que muitas vezes são pagos em dólar, mas vendidos a prazo ao cliente final.
Dívida: Avalie o ônus financeiro e o nível de alavancagem diante das flutuações da taxa de câmbio.
Ações Positivas e Áreas de Melhoria
Após a análise dos números, a pontuação revela o que funcionou e o que precisa de ajustes:
Ações bem-sucedidas: Campanhas digitais em mídias sociais, acordos com academias e distribuidoras de música e o boom do e-commerce de acessórios e peças de reposição.
Fraquezas operacionais: Estoques mal calibrados, com escassez, distribuição lenta nas regiões ou serviço de pós-venda fraco.
Tendências de Mercado: Crescimento da música urbana e demanda por equipamentos de home studio, além de consumidores mais sensíveis a preços devido à inflação e à queda do crédito ao consumidor.
Repensando Estratégias e um Plano de Ação
Com a pontuação claramente definida, o plano deve estabelecer diretrizes específicas:
Otimização de Custos: Negociar com fornecedores internacionais, consolidar importações e automatizar processos de estoque.
Expansão de Mercado: Abra novos canais em regiões, exporte para países vizinhos ou explore nichos como equipamentos para igrejas e eventos corporativos.
Fortalecimento Digital: Amplie o e-commerce com integração ERP-marketplace e aprimore campanhas segmentadas por tipo de músico.
Treinamento de Equipe: Treine a equipe de vendas em produtos de alta qualidade, fidelização de clientes e serviços de vendas cruzadas (por exemplo, aluguel + vendas).
Implementação e Monitoramento
Toda orquestra precisa de um maestro e uma pontuação clara:
KPIs definidos: Margem bruta por categoria, giro de estoque, vendas online vs. físicas e índice de endividamento.
Revisão periódica: Reuniões trimestrais para avaliar o progresso e reajustar a estratégia de preços e estoque.
Feedback contínuo: Envolva toda a equipe, do depósito ao marketing digital, na busca por eficiência e inovação.
Uma revisão financeira de 2025 é uma oportunidade para ajustar os negócios antes de entrar em uma nova temporada. Com análises rigorosas, replicando o que gerou impacto positivo e corrigindo o desempenho desafinado, a indústria de instrumentos musicais e áudio profissional pode se projetar com maior força, transformando a volatilidade em harmonia financeira a longo prazo.
*Autor: Camilo Ramírez Mestre em Administração de Empresas (MBA) pela Universidad del Desarrollo, Mestre em Gestão Financeira pela Universidad Adolfo Ibáñez, Diploma em Gestão Financeira pela Universidad Adolfo Ibáñez, Diploma em Finanças Corporativas pela IEDE Business School Chile e Bacharel em Administração de Empresas e Administração Universitária pela Universidad de las Américas. Sócio Sênior da Price Capital Spa. E-mail: corporativo@pricecapital.cl Visite: www.pricecapital.cl
A histórica fabricante de violões cria um cargo de COO para impulsionar a excelência operacional e sua próxima fase de crescimento.
A C. F. Martin & Co., Inc. anunciou a nomeação de Scott Gervais como Diretor de Operações (COO). Com mais de duas décadas de liderança executiva em operações, manufatura, compras e gestão da cadeia de suprimentos, Gervais ocupou cargos de liderança na Polaris Marine e na Conn-Selmer, Inc., onde liderou e expandiu operações globais com melhorias mensuráveis em segurança, qualidade, eficiência e satisfação do cliente.
Violonista acústico de longa data, Gervais enfatizou a conexão pessoal com sua nova função: “É uma verdadeira honra ingressar na C. F. Martin & Co., uma empresa que admiro desde que peguei em um violão pela primeira vez. A Martin sempre representou o auge da arte acústica para mim, e agora contribuir para seu legado é ao mesmo tempo gratificante e inspirador. Esta posição alinha minha carreira em operações com meu amor pela música.”
Da empresa, o Presidente do Conselho, Chris Martin IV, comemorou a chegada: “Estou muito feliz que Scott esteja se juntando à minha empresa familiar. Sua experiência e entusiasmo serão um trunfo para nossas equipes de fabricação e compras.”
Por sua vez, o Presidente e CEO Thomas Ripsam enfatizou que o COO é uma posição recém-criada com foco na excelência operacional: “É um componente crítico para possibilitar a próxima onda de crescimento e lidar com a crescente complexidade e custos do negócio. Estou confiante de que o talento e a experiência de Scott nos ajudarão a enfrentar com sucesso essas oportunidades e desafios.”
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Gervais é bacharel em administração de empresas pela Universidade Purdue e possui certificações profissionais como Lean Six Sigma Black Belt e Certified Supply Chain Professional. Com sua chegada, Martin busca fortalecer processos, eficiência e capacidade de resposta em um contexto de expansão e aumento da demanda global por seus instrumentos acústicos.
A experiência de compra mudou. Hoje, os consumidores não separam mais o digital do físico: esperam o melhor dos dois mundos.
Nesse contexto, o conceito “figital” — a integração entre os ambientes físico e digital — torna-se uma estratégia essencial para lojas de instrumentos musicais que desejam se manter competitivas.
Do balcão ao smartphone
Para muitas lojas, o primeiro passo rumo ao figital é construir um ambiente digital que complemente a experiência presencial. Ter um site atualizado, com catálogo, preços, disponibilidade e informações técnicas, é fundamental. Mas não basta estar online: é preciso garantir uma navegação rápida, compatibilidade com dispositivos móveis e canais de contato acessíveis.
Presença que conecta
As redes sociais permitem apresentar produtos, processos de luteria, unboxings, reviews e conteúdos educativos. Não se trata apenas de vender, mas de construir comunidade. Mostrar como soa um pedal, como ajustar uma guitarra ou montar uma bateria ao vivo gera proximidade e confiança.
O físico continua essencial
No universo figital, a loja física não desaparece — ela ganha protagonismo. Muitos clientes pesquisam online, mas querem experimentar o instrumento antes de comprar. Oferecer atendimentos personalizados, testes com especialistas ou experiências imersivas na loja pode ser um grande diferencial.
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Click & collect: o melhor dos dois mundos
Uma das práticas mais eficazes do figital é permitir que o cliente compre online e retire na loja. Essa opção acelera a venda, elimina custos de frete e atrai novos consumidores ao espaço físico. Além disso, abre espaço para vendas adicionais no momento da retirada.
Tecnologia a favor da música
Implementar recursos como catálogos interativos em tablets, sistemas de estoque integrados entre a loja e o e-commerce, ou até QR codes nos instrumentos com acesso às fichas técnicas, são soluções simples que melhoram a experiência de compra.
Capacitação da equipe
A transformação não é apenas tecnológica. A equipe de vendas também precisa estar preparada para atuar em um ambiente híbrido. Saber responder dúvidas via WhatsApp, oferecer suporte nas redes sociais ou produzir conteúdos simples são habilidades cada vez mais valiosas.
Investir com inteligência
Adotar o figital não exige grandes investimentos iniciais. É possível começar com ações simples e eficazes: otimizar o perfil no Google, responder mensagens em redes sociais, integrar um sistema de vendas com controle de estoque ou criar vídeos curtos destacando os produtos da loja.
Adotar uma estratégia figital não é uma tendência passageira, mas uma resposta direta ao comportamento do consumidor atual. Para as lojas de instrumentos musicais, trata-se de transformar o ponto de venda em um ponto de encontro — onde o físico e o digital se complementam para criar experiências memoráveis.
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