A fabricante de percussão Luen decidiu reformular sua estrutura interna, apresentando novidades em cada área da empresa. Além disso, anuncia um novo distribuidor no Chile.
“Sempre temos de ficar atentos às movimentações e tendências de mercado e, seguindo um dos princípios da inteligência competitiva, que é se antecipar nas tomadas de decisões, decidimos rever nossa estrutura a fim de estar preparados para todas as ocasiões, alinhando o nosso planejamento estratégico, visando alcançar as metas estabelecidas”, começou explicando Tiago Daniel, gerente de marketing e comercial da Luen.
Tendo isso em vista, a empresa identificou que tinha pessoas de extrema competência que poderiam ser mais bem aproveitadas em outras funções, e assim iniciou as mudanças.
O que mudou?
Denis de Almeida
Nos últimos três anos a Luen realizou diversas mudanças, as quais estão sendo divulgadas agora. Nesse processo, foi modificada a gerência de marketing, a gerência de produção, a equipe comercial, a do financeiro, a do faturamento, a liderança, a equipe da produção e boa parte dos representantes comerciais.
Além disso, recentemente foi feita uma grande alteração interna. Denis de Almeida, profissional com mais de 15 anos de experiência no mercado, músico e anteriormente gerente da loja Made in Brazil, assumiu a gerência de vendas.
Esse profissional, formado em gestão comercial com especialização em planejamento estratégico, entra para somar trazendo um olhar novo para a empresa, realizando tarefas internas e, principalmente, externas. “Fui convidado a integrar a equipe comercial da empresa para juntos criarmos uma nova metodologia de trabalho”, comentou Denis.
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Por outro lado, Jaqueline Ribeiro deixou de integrar o setor de vendas e assumiu a área administrativa. Focada nas áreas financeira, de faturamento, logística, compras e demais assuntos internos importantes, ela usará toda a sua experiência de mais de 16 anos na Luen para agregar em todos esses setores.
Douglas Prado, por um curto período, continua no departamento comercial, mas já assumiu sua função de responsável por todo o processo de exportação, ao qual em breve se dedicará exclusivamente.
Tiago Daniel, além da gerência de marketing, assumiu a gerência comercial, sem deixar de prestar todo o suporte para as outras áreas internas da empresa, como a de desenvolvimento de produtos.
Sebastião Rocha continua como gerente geral da produção, recebendo auxílio de uma das recentes contratações realizadas nesse período, Guilherme Rocha. Engenheiro de produção, Guilherme assumiu o PCP e parte do gerenciamento da fábrica.
“O próximo passo é investir na equipe interna de vendas, que dará todo o suporte necessário aos nossos clientes e representantes. Com o intuito claro de suporte e não de concorrência interna com os representantes, temos certeza de que será muito positivo. Como alteramos há pouco tempo a maioria das lideranças internas, também estamos focados no treinamento e na profissionalização de toda a empresa”, detalhou Tiago.
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Presença no Chile
Recentemente a Luen anunciou uma parceria com um novo distribuidor no Chile, o primeiro na América Latina. Antes a Luen realizara algumas tentativas de trabalho na região, mas nada de forma oficial e com a mesma proporção da EAS, empresa com uma grande estrutura que distribui marcas de porte como Sennheiser, Orange e Fodera.
“Estamos em negociação há mais de um ano e formalizamos há pouco a parceria de distribuição exclusiva no Chile. Agora estudamos aumentar a abrangência dessa distribuição para outros países”, enfatizou Tiago.
“Temos as melhores expectativas com essa parceria, visto que possuímos um endorsee muito atuante no país, Andrés Silva, que agora receberá o respaldo desses grandes profissionais”, adicionou Douglas Prado. “Acreditamos muito na capacidade e estrutura de que a EAS dispõe, o que facilitará na introdução da percussão brasileira em uma região com costumes e culturas completamente distintos.”
“A América Latina não é um mercado fácil de conquistar. Pelo contrário. A concentração de imigrantes brasileiros no Velho Mundo de certa forma acaba facilitando a introdução de nossa cultura musical, diferentemente do que ocorre na América Latina, onde existe maior dificuldade por conta do menor número de imigrantes do Brasil, e também por outras questões socioeconômicas e culturais, em que não se dão tanto valor e espaço para ritmos brasileiros. Em relação à percussão latina, as dificuldades são outras, como maior presença de produtos similares no país que sofrem tributação menor, além de ser destinados aos costumes locais”, explicou Douglas.
Usando como parâmetro o sucesso obtido com a distribuição na Europa, no momento a Luen informa estar mais focada nos Estados Unidos.
Na Europa
O trabalho da Luen não termina aqui. Há sete anos iniciou uma parceria muito sólida com a Nach Percussion, empresa situada em Valência, Espanha. Ela trabalha com uma grande variedade de produtos da empresa brasileira, além de ser extremamente atuante na fomentação da percussão brasileira nos países em que distribui, realizando festivais, clínicas e eventos que são patrocinados e contam com o apoio da Luen.
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“Podemos citar como um belo exemplo de parceria uma das principais lojas on-line da Europa, a Bax Shop”, disse Tiago.
Próximos eventos
A empresa está participando de vários eventos locais para mostrar seus produtos e novidades — no TDT, na Music Show e no Gravatá, entre outros. Tiago explica: “São todos eventos/feiras com propostas diferentes. O TDT é mais que uma feira, é um evento com entrega muito além do normal. Temos altas expectativas, pois essa é a nossa principal feira de negócios do ano e cada vez mais supera os números e resultados anteriores. Na Music Show o nosso foco é diferente, o B2C. Nenhuma feira desse ano focou exclusivamente o consumidor final, por isso temos grandes expectativas, pois nossa marca precisa do acesso aos consumidores. Estamos acreditando bastante nesse formato. Já a Gravatá (The Sun Music Fest), feira realizada em Pernambuco e organizada pela MGM Produções (Maia e Marcio Pimenta) tem foco mais regional, visto que a grande maioria dos clientes dessa região acaba não vindo para as feiras em São Paulo. Como as feiras realizadas por eles costumam trazer ótimos resultados, estamos acreditando bastante nessa nova edição.”
Nesses eventos, a Luen estará mostrando duas grandes novidades: uma que vem ao encontro do projeto atual, que é valorizar a marca, trazendo inovações e visual para o músico profissional e agregando valor à loja; e a outra que vem para atender a grande demanda do mercado por preços mais competitivos. Visite o estande da empresa e conheça essas e outras grandes novidades.
O último trimestre do ano não só traz um aumento natural nas vendas, impulsionado por eventos como Black Friday, Cyber Monday e Natal, como também a necessidade de estabelecer as bases para o planejamento estratégico para 2026.
No setor de instrumentos musicais e áudio profissional, onde a volatilidade do dólar, os custos logísticos e as tendências de consumo ditam o tom, avaliar com precisão os resultados financeiros e operacionais torna-se fundamental para mensurar a verdadeira lucratividade do negócio.
Essa análise não apenas valida o desempenho mensal, mas também identifica onde estamos dessincronizados e quais fatores estratégicos precisamos ajustar para garantir um crescimento sustentável.
Avaliação do Desempenho Financeiro
Um diagnóstico preciso exige ir além dos números brutos e analisar indicadores-chave adaptados ao setor:
Receita e lucratividade: Comparar as vendas de categorias críticas (caixas de som profissionais, controladores de DJ, guitarras, equipamentos de gravação) com as margens em comparação com períodos anteriores.
Estrutura de custos: Diferenciar custos fixos (aluguel de showroom, equipe de vendas, licenças de software) de custos variáveis (importações, frete, marketing sazonal), identificando oportunidades de otimização.
Fluxo de caixa: Meça a liquidez necessária para financiar estoques que muitas vezes são pagos em dólar, mas vendidos a prazo ao cliente final.
Dívida: Avalie o ônus financeiro e o nível de alavancagem diante das flutuações da taxa de câmbio.
Ações Positivas e Áreas de Melhoria
Após a análise dos números, a pontuação revela o que funcionou e o que precisa de ajustes:
Ações bem-sucedidas: Campanhas digitais em mídias sociais, acordos com academias e distribuidoras de música e o boom do e-commerce de acessórios e peças de reposição.
Fraquezas operacionais: Estoques mal calibrados, com escassez, distribuição lenta nas regiões ou serviço de pós-venda fraco.
Tendências de Mercado: Crescimento da música urbana e demanda por equipamentos de home studio, além de consumidores mais sensíveis a preços devido à inflação e à queda do crédito ao consumidor.
Repensando Estratégias e um Plano de Ação
Com a pontuação claramente definida, o plano deve estabelecer diretrizes específicas:
Otimização de Custos: Negociar com fornecedores internacionais, consolidar importações e automatizar processos de estoque.
Expansão de Mercado: Abra novos canais em regiões, exporte para países vizinhos ou explore nichos como equipamentos para igrejas e eventos corporativos.
Fortalecimento Digital: Amplie o e-commerce com integração ERP-marketplace e aprimore campanhas segmentadas por tipo de músico.
Treinamento de Equipe: Treine a equipe de vendas em produtos de alta qualidade, fidelização de clientes e serviços de vendas cruzadas (por exemplo, aluguel + vendas).
Implementação e Monitoramento
Toda orquestra precisa de um maestro e uma pontuação clara:
KPIs definidos: Margem bruta por categoria, giro de estoque, vendas online vs. físicas e índice de endividamento.
Revisão periódica: Reuniões trimestrais para avaliar o progresso e reajustar a estratégia de preços e estoque.
Feedback contínuo: Envolva toda a equipe, do depósito ao marketing digital, na busca por eficiência e inovação.
Uma revisão financeira de 2025 é uma oportunidade para ajustar os negócios antes de entrar em uma nova temporada. Com análises rigorosas, replicando o que gerou impacto positivo e corrigindo o desempenho desafinado, a indústria de instrumentos musicais e áudio profissional pode se projetar com maior força, transformando a volatilidade em harmonia financeira a longo prazo.
*Autor: Camilo Ramírez Mestre em Administração de Empresas (MBA) pela Universidad del Desarrollo, Mestre em Gestão Financeira pela Universidad Adolfo Ibáñez, Diploma em Gestão Financeira pela Universidad Adolfo Ibáñez, Diploma em Finanças Corporativas pela IEDE Business School Chile e Bacharel em Administração de Empresas e Administração Universitária pela Universidad de las Américas. Sócio Sênior da Price Capital Spa. E-mail: corporativo@pricecapital.cl Visite: www.pricecapital.cl
A histórica fabricante de violões cria um cargo de COO para impulsionar a excelência operacional e sua próxima fase de crescimento.
A C. F. Martin & Co., Inc. anunciou a nomeação de Scott Gervais como Diretor de Operações (COO). Com mais de duas décadas de liderança executiva em operações, manufatura, compras e gestão da cadeia de suprimentos, Gervais ocupou cargos de liderança na Polaris Marine e na Conn-Selmer, Inc., onde liderou e expandiu operações globais com melhorias mensuráveis em segurança, qualidade, eficiência e satisfação do cliente.
Violonista acústico de longa data, Gervais enfatizou a conexão pessoal com sua nova função: “É uma verdadeira honra ingressar na C. F. Martin & Co., uma empresa que admiro desde que peguei em um violão pela primeira vez. A Martin sempre representou o auge da arte acústica para mim, e agora contribuir para seu legado é ao mesmo tempo gratificante e inspirador. Esta posição alinha minha carreira em operações com meu amor pela música.”
Da empresa, o Presidente do Conselho, Chris Martin IV, comemorou a chegada: “Estou muito feliz que Scott esteja se juntando à minha empresa familiar. Sua experiência e entusiasmo serão um trunfo para nossas equipes de fabricação e compras.”
Por sua vez, o Presidente e CEO Thomas Ripsam enfatizou que o COO é uma posição recém-criada com foco na excelência operacional: “É um componente crítico para possibilitar a próxima onda de crescimento e lidar com a crescente complexidade e custos do negócio. Estou confiante de que o talento e a experiência de Scott nos ajudarão a enfrentar com sucesso essas oportunidades e desafios.”
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Gervais é bacharel em administração de empresas pela Universidade Purdue e possui certificações profissionais como Lean Six Sigma Black Belt e Certified Supply Chain Professional. Com sua chegada, Martin busca fortalecer processos, eficiência e capacidade de resposta em um contexto de expansão e aumento da demanda global por seus instrumentos acústicos.
A experiência de compra mudou. Hoje, os consumidores não separam mais o digital do físico: esperam o melhor dos dois mundos.
Nesse contexto, o conceito “figital” — a integração entre os ambientes físico e digital — torna-se uma estratégia essencial para lojas de instrumentos musicais que desejam se manter competitivas.
Do balcão ao smartphone
Para muitas lojas, o primeiro passo rumo ao figital é construir um ambiente digital que complemente a experiência presencial. Ter um site atualizado, com catálogo, preços, disponibilidade e informações técnicas, é fundamental. Mas não basta estar online: é preciso garantir uma navegação rápida, compatibilidade com dispositivos móveis e canais de contato acessíveis.
Presença que conecta
As redes sociais permitem apresentar produtos, processos de luteria, unboxings, reviews e conteúdos educativos. Não se trata apenas de vender, mas de construir comunidade. Mostrar como soa um pedal, como ajustar uma guitarra ou montar uma bateria ao vivo gera proximidade e confiança.
O físico continua essencial
No universo figital, a loja física não desaparece — ela ganha protagonismo. Muitos clientes pesquisam online, mas querem experimentar o instrumento antes de comprar. Oferecer atendimentos personalizados, testes com especialistas ou experiências imersivas na loja pode ser um grande diferencial.
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Click & collect: o melhor dos dois mundos
Uma das práticas mais eficazes do figital é permitir que o cliente compre online e retire na loja. Essa opção acelera a venda, elimina custos de frete e atrai novos consumidores ao espaço físico. Além disso, abre espaço para vendas adicionais no momento da retirada.
Tecnologia a favor da música
Implementar recursos como catálogos interativos em tablets, sistemas de estoque integrados entre a loja e o e-commerce, ou até QR codes nos instrumentos com acesso às fichas técnicas, são soluções simples que melhoram a experiência de compra.
Capacitação da equipe
A transformação não é apenas tecnológica. A equipe de vendas também precisa estar preparada para atuar em um ambiente híbrido. Saber responder dúvidas via WhatsApp, oferecer suporte nas redes sociais ou produzir conteúdos simples são habilidades cada vez mais valiosas.
Investir com inteligência
Adotar o figital não exige grandes investimentos iniciais. É possível começar com ações simples e eficazes: otimizar o perfil no Google, responder mensagens em redes sociais, integrar um sistema de vendas com controle de estoque ou criar vídeos curtos destacando os produtos da loja.
Adotar uma estratégia figital não é uma tendência passageira, mas uma resposta direta ao comportamento do consumidor atual. Para as lojas de instrumentos musicais, trata-se de transformar o ponto de venda em um ponto de encontro — onde o físico e o digital se complementam para criar experiências memoráveis.