A Alberto Teclados é mais do que uma loja. A empresa realmente promove a música e ajuda a comunidade com interessantes projetos e ações culturais.
Alberto Costa e Rissa Ramos Costa Venturini
A Alberto Teclados tem sua base em Brasília, de onde desenvolvem o projeto Por um Mundo com Música, com foco em fornecer treinamentos, workshops, cultura e assistência à comunidade local por meio da música.
Rissa Ramos Costa Venturini, diretora-geral da loja, conta: “Trabalhar com música é fascinante. As capacidades e qualidades que a música proporciona ao desenvolvimento humano são infinitas. E nós, da Alberto Teclados, sempre tivemos essa visão muito clara. Portanto, expandir a música em toda sua dimensão sempre foi um dos nossos objetivos”.
Alberto Costa, fundador da empresa, é fascinado por música, e sentiu na pele toda a experiência que a música pode oferecer. Viveu a música desde pequeno, tocando órgão nas missas junto com os franciscanos em sua infância e adolescência. Aos 30 anos, sofreu um acidente e ficou entre a vida e a morte. Foram 15 dias em coma, mais de 35 cirurgias no rosto, além de fraturas e lesões no corpo e no cérebro. Os médicos deram uma estimativa de seis meses de vida e a impossibilidade de ter filhos. Aposentado por invalidez, usou a música em seu benefício. Hoje, com 65 anos de idade, mais uma filha e com a empresa posicionada no mercado, ele afirma com total segurança que o que o salvou foi a música.
O projeto Por um Mundo com Música sempre existiu ao longo da história da empresa, mas foi oficializado em 2012.
Ações do projeto
Por meio do projeto, a Alberto Teclados organiza diferentes ações, sendo elas:
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– Música nos hospitais (com o Remédio Musical): “Uma das nossas ações é auxiliar um projeto paralelo ao nosso, que se chama Remédio Musical, criado pelo músico e terapeuta Alan Cruz, também conhecido como Dr. Melodia, e que tem como objetivo levar a música para pacientes internados em hospitais”, explica Rissa. “Assim, somos voluntários do projeto Remédio Musical. Doamos instrumentos para uso do projeto e para arrecadação de dinheiro por meio de rifas que são realizadas por eles. Além disso, oferecemos um desconto adicional para compras realizadas por deficientes visuais que são beneficiados pelo projeto com a musicoterapia”.
– Workshops, workshows e treinamentos: A loja tem um andar dedicado só ao áudio profissional. Nesse andar há um palco com espaço para workshops e workshows gratuitos. Em 2019, foram oferecidos 14 workshops gratuitos e cursos de áudio profissional, sendo um deles com direito a certificado da Yamaha Musical do Brasil.
– Dia cultural: A loja organizou um domingo de música e poesia na cidade, apoiando o evento Domingo Bom, que aconteceu em Taguatinga nos meses de junho a setembro de 2019. A primeira edição do evento contou com o palco Alberto Teclados, onde se apresentaram bandas, DJs, contadores de histórias infantis e poetas.
– Piano na cidade: Em parceria com a Casio, a loja adquiriu um piano digital que é oferecido para eventos que ocorrem na cidade. Em 2019, 15 eventos foram beneficiados com o piano.
– Música nas escolas: Rissa comenta: “Temos uma parceria com o professor Renan Mariz, que criou o projeto SOM+EU visando oportunizar aulas gratuitas para crianças da escola municipal Ana Lúcia Oliveira. Nesse projeto, com muita alegria, recebemos doações da Tagima. O diretor da Tagima/Marutec e da Núcleo Musical, Marco Vignoli, ofereceu 30 estruturas de madeiras de violões que foram descartadas pela assistência técnica. Algumas das peças que compõem o violão, como tarraxas, rastilhos, pestanas e encordoamentos, foram doadas pela Alberto Teclados, e outras compradas a baixo custo pelo projeto SOM+EU, para restaurar e poder usar esses violões nas aulas. Renan Mariz, responsável pela iniciativa, contou com o apoio de dois luthiers, que fizeram a regulagem e o posicionamento das peças gratuitamente, auxiliando no projeto”.
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Tudo é possível com bom planejamento
Pois é, mesmo em épocas difíceis, não é impossível ajudar a comunidade. Como a Alberto Teclados faz? No plano de investimento em marketing da empresa, existe uma porcentagem do faturamento destinado a esse tipo de ações. A loja recebe diariamente pedidos de doações e participações em eventos. Assim, tem uma equipe (composta por cinco pessoas, do nível estratégico mais alto da empresa) que analisa os pedidos para a redistribuição da verba. São estudados os objetivos dos pedidos, público-alvo, tipo de evento, orçamento e, principalmente, como a marca Alberto Teclados pode se posicionar naqueles momentos.
O projeto envolve muitas pessoas e parceiros, atraindo ao mesmo tempo muitos clientes para a loja. “Quando nos conectamos com o cliente, incentivamos compras recorrentes, aproximando assim a marca do consumidor. Além de atrair colaboradores que abraçam a causa, atividades como essas trazem reconhecimento e credibilidade para a marca, garantindo, consequentemente, posicionamento no mercado”, detalhou Rissa.
“É extremamente gratificante trabalhar com música. Estamos intimamente conectados uns com os outros e com o todo. Precisamos aprender que somos um só, e que é nosso dever oferecer o melhor de nós para o melhor de todos. Com certeza, existem mais pessoas boas no mundo do que o contrário. Só não aprendemos ainda a nos conectar e a nos doarmos.”
“Nada seria o projeto Por um Mundo com Música sem os parceiros, que já possuem outros projetos, e a vontade de quem quer ajudar. Muitas vezes, apenas impulsionamos o que já existe. A Alberto Teclados tem uma responsabilidade social a cumprir. A música deve ser vista como requisito indispensável para o desenvolvimento de uma sociedade mais justa, sem preconceitos e com respeito ao próximo. Queremos ser uma empresa que inspire as pessoas a serem o melhor que puderem, desenvolvendo, por meio da música, a criatividade e a sensibilidade, estimulando a realização de sonhos e inspirando momentos de felicidade”, agregou.
Um belo exemplo a seguir! E para 2020? A Alberto Teclados tem grandes planos, incluindo a expansão dos projetos já existentes e o lançamento de novos eventos, que já estão em programação. “Em 2020, temos como missão musicalizar o maior número de pessoas por meio da comercialização de instrumentos musicais e de áudio, a fim de proporcionar um melhor desenvolvimento da sociedade. Acreditamos na construção de um mundo melhor a partir da música, um mundo inspirador”, concluiu a diretora-geral.
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Alberto Costa, fundador da empresa, enfatizou: “É a música constante, ela faz parte da economia do universo, constituinte desse acontecer, irrevogável. Os átomos se reorganizam, as células se reagrupam, e essa abstração segue incólume. Nessa corrida existencial, fazer parte desse todo, desse rol único, dessa vibração sem par, é ter vida irreversível. Estar dentro dessa metafísica é ir sem titubear, é caminhar num terreno firme, é criar e recriar com essa matemática sem topo. A música, muito além de uma simples diversão, é harmonia literal e espacial. Os sons, em todo o sistema, estão impregnados. A alma deve ser educada pela música. Essa ciência abstrata interfere nos dois lados do cérebro, gera a dopamina, substância do bem-estar, promove o equilíbrio, sana doenças. Venha, o tempo não espera, faça parte dessa esfera seleta. Tocar um instrumento é estar em conexão direta com o universo”.
Estratégias inteligentes para instrumentos de alto valor e acessórios no próximo Black Friday.
Durante mais de uma década, a Black Friday se consolidou como o grande momento global de consumo. Porém, no mercado musical, o modelo de descontos massivos e genéricos começa a perder força. O público atual — mais informado, conectado e segmentado — já não reage da mesma forma a promoções amplas e sem estratégia.
Nesta Black Friday, lojas e marcas do setor mostram uma mudança clara: menos descontos indiscriminados e mais ofertas curadas, diferenciadas por categoria e focadas em valor real.
O comprador musical mudou
Consumidores de instrumentos e áudio já não se guiam apenas pelo preço:
Comparam modelos, versões e origem dos produtos
Valorizam garantia, assistência técnica e pós-venda
Priorizam condições de pagamento flexíveis em vez de grandes descontos
A lógica é simples: instrumento é investimento criativo, não compra impulsiva de consumo de massa.
Como criar processos que fidelizam o cliente após a venda de instrumentos e equipamentos de áudio.
Em um mercado de instrumentos e equipamentos de áudio cada vez mais competitivo, o relacionamento com o cliente não termina na venda. A experiência pós-venda e o suporte técnico são fatores determinantes para a fidelização — especialmente em segmentos que envolvem produtos de alto valor agregado, como mesas digitais, interfaces de áudio, amplificadores e sintetizadores.
Empresas que estruturam uma logística eficiente de assistência técnica reduzem custos, ampliam a confiança do consumidor e fortalecem a reputação da marca. A seguir, reunimos práticas adotadas por distribuidores, fabricantes e lojas especializadas que buscam transformar o pós-venda em diferencial competitivo.
Centralizar o atendimento e padronizar processos
O primeiro passo para melhorar o pós-venda é criar um canal único de atendimento técnico. Quando o cliente precisa buscar informações em múltiplos canais (telefone, e-mail, redes sociais), a percepção de desorganização aumenta.
Empresas como Yamaha e Roland, por exemplo, utilizam centros de serviço autorizados com cadastro integrado: o consumidor envia o número de série e recebe o status da análise em tempo real.
Boas práticas:
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Implementar sistema de ticket único (CRM integrado).
Utilizar formulários online para abertura de chamados.
Treinar atendentes para coletar dados técnicos de forma padronizada (modelo, número de série, defeito relatado, data de compra).
Reduzir o tempo de diagnóstico e transporte
O tempo de deslocamento e avaliação técnica é um dos principais fatores de insatisfação no pós-venda.
De acordo com levantamento da Associação Brasileira de Distribuidores de Instrumentos Musicais (Abrafam, 2024), 60% das reclamações estão ligadas a prazos de conserto superiores a 30 dias.
Estratégias recomendadas:
Criar estoques regionais de peças de reposição (SP, PR, PE, DF, por exemplo).
Utilizar transportadoras parceiras com coleta programada em lojas e pontos de revenda.
Automatizar a triagem inicial com vídeos ou fotos enviados pelo cliente antes do envio físico do produto.
Caso real:
A marca nacional Staner, no segmento de amplificadores e caixas ativas, reduziu em 35% o tempo médio de reparo após adotar um sistema de pré-diagnóstico remoto feito via WhatsApp corporativo, segundo dados divulgados na feira Conecta+ Música & Mercado 2024.
Mapear indicadores de performance (KPIs)
A qualidade do pós-venda precisa ser medida com dados.
Monitorar indicadores como tempo médio de reparo (TAT), índice de reincidência de defeitos, nível de satisfação do cliente (NPS) e custo logístico por chamado é fundamental para corrigir gargalos.
Exemplo de métrica:
Treinar e certificar assistências técnicas
Fabricantes que investem em treinamento e certificação periódica das assistências autorizadas garantem maior uniformidade nos serviços.
Cursos online e presenciais, manuais técnicos atualizados e acesso a esquemas elétricos são recursos que reduzem erros e melhoram a comunicação entre fábrica e oficina.
Transformar o pós-venda em canal de relacionamento
Mais do que reparar produtos, o pós-venda pode gerar novas oportunidades de venda e relacionamento.
Empresas que mantêm programas de manutenção preventiva, descontos em upgrades e extensão de garantia transformam um problema técnico em uma nova interação comercial.
Exemplo: Alguns distribuidores oferecem a chamada “garantia estendida educacional”, voltada a escolas e estúdios, que inclui revisões anuais com desconto progressivo. Esse tipo de política reforça o vínculo de longo prazo e reduz o churn de clientes corporativos.
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Comunicação clara e rastreabilidade
A transparência é um diferencial competitivo. O cliente deve conseguir acompanhar o status do reparo e ter prazos definidos desde o início do processo.
Sistemas de rastreamento, envio automático de e-mails e relatórios padronizados ajudam a construir confiança.
Checklist de comunicação eficiente:
Envio automático de número de ordem de serviço.
Atualizações a cada etapa do processo (recebido, em reparo, finalizado, despachado).
Canal direto para dúvidas pós-entrega.
A logística de assistência técnica e o pós-venda não são custos, mas ferramentas de fidelização.
Em um mercado onde a reputação circula rapidamente entre músicos e técnicos de som, oferecer suporte ágil e transparente é tão importante quanto lançar um novo produto.
Fabricantes e distribuidores que estruturam processos de pós-venda bem definidos — com dados, prazos e comunicação clara — transformam a assistência técnica em um ativo estratégico.
Mini sintetizadores, interfaces de bolso e caixas de som com bateria refletem novas formas de consumo.
A preferência dos músicos por dispositivos compactos e fáceis de transportar está transformando a oferta de produtos no varejo musical. Mini sintetizadores, interfaces de áudio portáteis e caixas acústicas alimentadas por bateria consolidam-se como opções de alto desempenho que respondem à mobilidade, aos espaços reduzidos e às novas dinâmicas de produção musical.
Segundo um estudo recente da consultoria Music Trades, as vendas de equipamentos portáteis cresceram 18% em 2024no cenário global, impulsionadas por criadores independentes e músicos que buscam soluções práticas para gravar, ensaiar ou tocar ao vivo em ambientes não convencionais.
O que os clientes procuram?
Flexibilidade: dispositivos que possam ser usados tanto em casa quanto em pequenos palcos.
Autonomia: sistemas com bateria para apresentações de rua, parques ou eventos sem infraestrutura elétrica.
Conectividade: interfaces de bolso que se integrem facilmente a computadores, tablets ou smartphones.
O tecladista e produtor argentino Martín Rosales, que atua entre estúdios e turnês independentes, resume a tendência:
“Hoje preciso de um setup que caiba em uma mochila, com o qual eu possa compor em um hotel e, no dia seguinte, usar em um show acústico. Os equipamentos compactos deixaram de ser um recurso secundário — são o centro do meu trabalho.”
Como a loja pode se adaptar
Destacar áreas específicas: criar um espaço de “portabilidade”, onde o cliente possa testar mini sintetizadores, interfaces compactas e caixas de som portáteis em um mesmo ambiente.
Oferecer pacotes combinados: bundles que integrem um controlador pequeno, uma interface e uma caixa portátil para quem busca soluções completas de gravação ou performance.
Demonstrações ao vivo: microshows dentro da loja ou transmissões nas redes sociais que mostrem o desempenho real desses equipamentos.
Educação do cliente: produzir conteúdos com comparativos, tutoriais e guias práticos que reforcem que o tamanho reduzido não significa perda de qualidade.
Uma mudança no modelo de consumo
O avanço da urbanização, a limitação de espaço nas residências e a popularização de formatos como bedroom producersou buskers (músicos de rua) estão por trás dessa transformação. Os equipamentos compactos permitem que artistas mantenham um padrão profissional sem depender de grandes estruturas.
Para as lojas, incorporar essa tendência significa não apenas ampliar o portfólio, mas também alinhar-se a um público mais jovem e conectado, que valoriza tanto a praticidade quanto a agilidade na criação musical.