O anúncio foi feito em março, em São Paulo, e o Grupo visará a melhorar, apoiar e promover o mercado audiovisual profissional
A PROAVBR é um grupo setorial que fica sob a aba da ABINEE (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica), em cuja sede foi feito o lançamento do grupo. Nesta entrevista, Fernando Saldanha, diretor de vendas sênior para o Brasil da Divisão de Instalação Profissional da Harman do Brasil e atual diretor de edição da PROAVBR, conta mais sobre o interessante projeto.
Como nasceu a PROAVBR?
A ideia já está em nossas cabeças há algum tempo, mas o catalisador realmente foi a Infocomm Brasil de 2016. Houve um fórum envolvendo os fabricantes e alguns integradores de soluções audiovisuais. Um dos temas era “O que a sua empresa tem feito para melhorar o mercado de audiovisual?”. O mais incrível é que as respostas eram as mais vagas possíveis. Cada um respondendo o que a sua empresa estava fazendo para o ‘seu’ mercado! Foi aí que, no final da feira, nos reunimos e começamos a questionar sobre tudo isso e sobre a criação de um grupo ou associação que pudesse ajudar.
Quais são os objetivos?
Temos vários objetivos. O principal é poder divulgar e compartilhar o conhecimento técnico básico de audiovisual (áudio, vídeo, conexão) para os clientes finais, além dos integradores e estudantes. Acreditamos que a educação é a melhor forma de fazer um país crescer e o mesmo vale para o mercado de AVI no Brasil. Além disso, queremos fortalecer o mercado de AVI por meio de maiores e melhores informações sobre o mercado — com uma pesquisa de mercado consistente, por exemplo. Também temos um objetivo muito forte de trabalhar junto ao governo, buscando maiores benefícios aos fabricantes e àqueles que investem no Brasil!
Quais serão os primeiros passos?
Os primeiros passos foram dados: buscamos as empresas para compor grupo inicial e agora nossa meta é aumentar o número de empresas participantes, tornando o grupo cada vez mais forte. No curto prazo, até final de junho, pretendemos reforçar o trabalho de ‘garimpagem’, convocando novas empresas para fortalecer o grupo. Para o segundo semestre, prevemos três eventos (workshops-teste), que serão de dois ou três dias, com um dia voltado totalmente para o cliente final, em que as palestras serão básicas e informativas, sem o apelo comercial das marcas. Nos outros dias, chamaremos os integradores, que são os que vendem os nossos produtos.
Como está sendo a reação da indústria?
Até o momento a reação tem sido muito positiva. Todas as empresas gostam da iniciativa. Porém, como tudo no Brasil, ainda existem algumas companhias que estão ‘esperando para ver‘, ainda estão na fase de análises. Mas temos consciência disso e de que num futuro próximo teremos 20 ou 30 empresas formando um grupo muito forte!
Que benefícios a PROAVBR proporciona aos seus associados ou empresas parceiras?
O maior benefício é fazer parte deste momento, mas a nossa ideia é que as empresas participantes terão descontos nas feiras, nos workshops, nas mídias, e entendemos que com a união das empresas, todos, principalmente os clientes, serão beneficiados, pois terão muito mais acesso a informação de produtos, novas tecnologias etc. Já pensamos em criar um clube de vantagens para as empresas, mas ainda não foi votado.
Como está formada a diretoria?
Hoje temos três pessoas trabalhando na diretoria. Na diretoria geral, o Gabriel Gonçalves, da Epson; na diretoria de marketing e finanças, o Alexandre Algranti, da inMusic Brands; e na diretoria de educação estou eu.
Quais são as empresas participantes?
Até hoje as empresas que demonstraram interesse são: Harman, Barco, Christie, Extron, Kramer, Creston, Audio-Technica, inMusic Brands, Nardelli Telas e NEC.
Você, como representante da Harman, o que acha da ideia e como a empresa aproveitará o grupo?
Eu acredito que a ideia de unir as empresas em prol de um mercado melhor é inovadora e busca um aproveitamento melhor dos recursos, tal como o dinheiro, pois com muito menos a Harman poderá participar de mais feiras, mais workshops, poderá ter acesso a clientes que nunca antes buscavam a Harman etc. Além disso, quando você se une a marcas fortes, isso ajuda a mostrar que sua marca também é forte, não tem medo de concorrência e está buscando alternativas neste mercado turbulento. Eu só vejo pontos positivos. Pensamento fora do quadrado é o que falta para o País sair da crise!