Gestão
Como organizar um varejo para vender melhor – 14 dicas práticas
O sucesso de uma empresa de varejo depende muito das vendas, e para que essas sejam adequadas, são vários cuidados que devem ser tomados pelos empresários.
O problema é que em muitos casos os estabelecimentos acreditam que apenas bons preços, uma boa localização ou outro fator isolado são suficientes, deixando de lado pontos cruciais.
Um ponto muito pouco pensado pelos empresários é a experiência que o consumidor experimenta ao entrar em um estabelecimento, o que envolve pontos importantes como ter uma boa organização de produtos, além de uma padronização para expor os itens no ponto de venda.
Para o diretor de comunicação e operações da administradora de redes associativistas de farmácias Farmarcas, Ângelo Vieira, existem situações preocupantes. “Muitas vezes entro em estabelecimentos variados, muito bem localizados e com uma proposta teoricamente interessante, contudo, me espanto com uma realidade de total desorganização de produtos, comunicação falha e atendimento inadequado. É importante ter em mente que isso impactará diretamente nos resultados de vendas”, explica .
Ângelo Vieira acrescenta que uma boa exposição e organização de produtos em um estabelecimento, de forma ordenada e com fácil identificação das categorias, conquista os consumidores e ajuda na fidelização.
“São muitos os detalhes que devem ser pontos de atenções, é preciso conhecimento, que vai desde a disposição de produtos, até mesmo a legislação relacionada ao tipo de estabelecimento. Nas farmácias, por exemplo, existe uma série de limitação”, alerta o diretor da Farmarcas.
Veja a seguir algumas orientações de Ângelo Vieira sobre o tema.
1• Posicionamento estratégico de produtos focos – os produtos que levam os consumidores ao estabelecimento devem geralmente ser expostos no final dos corredores e em locais distantes da entrada da loja. Isso estimula o cliente a circular e conhecer outros itens ofertados no caminho.
2• Visibilidade às embalagens e preços – organize a exposição de produtos de forma padronizada, com o melhor lado da embalagem para frente, ou seja, voltado para a visão do cliente. Com os nomes e as marcas bem visíveis. Também é importante checar se os preços estão posicionados abaixo dos produtos corretos.
3• Organização por demanda e tamanho de embalagem – Agrupe as subcategorias e os sabores em ordem crescente de demanda, ou seja, coloque primeiro na visão do cliente os itens que vendem mais. Além disto, uma dica é posicionar as embalagens menores nas prateleiras que estão na altura do quadril e as maiores nos expositores mais baixos.
4• Produtos da mesma categoria sempre juntos – evite o vai-e-vem do consumidor, com os itens da mesma categoria separados em diferentes prateleiras. Coloque esses produtos juntos para que se possa optar pelo que melhor atende à necessidade naquele momento.
5• Alto e baixo giro – Expor os produtos de alto giro em uma altura abaixo do joelho do cliente ou atrás de balcões de vidro pode desestimular a compra pelo consumidor. Dar destaque para esses produtos é fundamental para o resultado de vendas. Evite reservar grandes espaços nas gôndolas para os produtos de baixo giro.
6• Boa sinalização – se preocupe com a facilidade para o consumidor encontrar um produto, certifique-se que a sinalização está clara para o facilitar a procura do produto na loja pelo cliente. E treine a equipe para sempre orientar de forma correta
7• Quantidade insuficiente de itens – evite deixar apenas uma embalagem de cada produto exposto na gôndola. Isso dá a impressão que o produto está acabando ou saindo de linha. Manter o mobiliário da loja bem abastecido é fundamental .
8• Promoções sem exageros – é sempre bom evitar o excesso de ilhas promocionais. Use a estratégia de forma objetiva. É imprescindível ter clareza na estratégia de PDV. Certamente é mais assertivo investir em uma ação bem desenhada do que fazer várias para tentar acertar o que pode dar certo. Isso gera certa confusão na cabeça do consumidor, que não sabe no que realmente deve prestar atenção .
9• Precificação nas ofertas – as promoções e ofertas precisam estar precificadas com todas as informações visíveis ao consumidor.
10• Limpeza e higiene dos produtos – cuidar da limpeza das embalagens e mobiliário, assim como da frente da loja, balcões e do chão é fundamental para garantir um visual agradável no ponto de venda.
11• Escolha dos produtos para ponta de gôndola e vitrines – as vitrines e pontas de gôndola são os locais mais atrativos para exposição de produtos. Uma dica é utilizar esse espaço para colocar lançamentos e ofertas sazonais relacionadas com as datas comemorativas.
12• Iluminação adequada – instale luminárias de qualidade que valorize a exposição dos produtos na e melhore a experiência de compra do consumidor. Se quiser chamar a atenção da população que circula pela calçada, uma loja escura certamente terá o efeito contrário.
13• Treinamento da equipe – a capacitação de colaboradores é fundamental para manter a organização e abastecimento da loja. É papel da equipe arrumar as prateleiras e sempre repor os produtos quando necessário. Isso ajuda a evitar que o produto não esteja na prateleira quando o consumidor procurar .
14• Treinamento da equipe deve proporcionar conhecimento e motivação – Muitos gestores se preocupam apenas com as estratégias de preços, mas uma equipe motivada e preparada também são fundamentais para garantir a prosperidade do negócio.
Gestão
Estratégia Financeira no Setor de Instrumentos Musicais e Áudio Profissional
O último trimestre do ano não só traz um aumento natural nas vendas, impulsionado por eventos como Black Friday, Cyber Monday e Natal, como também a necessidade de estabelecer as bases para o planejamento estratégico para 2026.
No setor de instrumentos musicais e áudio profissional, onde a volatilidade do dólar, os custos logísticos e as tendências de consumo ditam o tom, avaliar com precisão os resultados financeiros e operacionais torna-se fundamental para mensurar a verdadeira lucratividade do negócio.
Essa análise não apenas valida o desempenho mensal, mas também identifica onde estamos dessincronizados e quais fatores estratégicos precisamos ajustar para garantir um crescimento sustentável.
Avaliação do Desempenho Financeiro
Um diagnóstico preciso exige ir além dos números brutos e analisar indicadores-chave adaptados ao setor:
- Receita e lucratividade: Comparar as vendas de categorias críticas (caixas de som profissionais, controladores de DJ, guitarras, equipamentos de gravação) com as margens em comparação com períodos anteriores.
- Estrutura de custos: Diferenciar custos fixos (aluguel de showroom, equipe de vendas, licenças de software) de custos variáveis (importações, frete, marketing sazonal), identificando oportunidades de otimização.
- Fluxo de caixa: Meça a liquidez necessária para financiar estoques que muitas vezes são pagos em dólar, mas vendidos a prazo ao cliente final.
- Dívida: Avalie o ônus financeiro e o nível de alavancagem diante das flutuações da taxa de câmbio.
Ações Positivas e Áreas de Melhoria
Após a análise dos números, a pontuação revela o que funcionou e o que precisa de ajustes:
- Ações bem-sucedidas: Campanhas digitais em mídias sociais, acordos com academias e distribuidoras de música e o boom do e-commerce de acessórios e peças de reposição.
- Fraquezas operacionais: Estoques mal calibrados, com escassez, distribuição lenta nas regiões ou serviço de pós-venda fraco.
- Tendências de Mercado: Crescimento da música urbana e demanda por equipamentos de home studio, além de consumidores mais sensíveis a preços devido à inflação e à queda do crédito ao consumidor.
Repensando Estratégias e um Plano de Ação
Com a pontuação claramente definida, o plano deve estabelecer diretrizes específicas:
- Otimização de Custos: Negociar com fornecedores internacionais, consolidar importações e automatizar processos de estoque.
- Expansão de Mercado: Abra novos canais em regiões, exporte para países vizinhos ou explore nichos como equipamentos para igrejas e eventos corporativos.
- Fortalecimento Digital: Amplie o e-commerce com integração ERP-marketplace e aprimore campanhas segmentadas por tipo de músico.
- Treinamento de Equipe: Treine a equipe de vendas em produtos de alta qualidade, fidelização de clientes e serviços de vendas cruzadas (por exemplo, aluguel + vendas).
Implementação e Monitoramento
Toda orquestra precisa de um maestro e uma pontuação clara:
- KPIs definidos: Margem bruta por categoria, giro de estoque, vendas online vs. físicas e índice de endividamento.
- Revisão periódica: Reuniões trimestrais para avaliar o progresso e reajustar a estratégia de preços e estoque.
- Feedback contínuo: Envolva toda a equipe, do depósito ao marketing digital, na busca por eficiência e inovação.
Uma revisão financeira de 2025 é uma oportunidade para ajustar os negócios antes de entrar em uma nova temporada. Com análises rigorosas, replicando o que gerou impacto positivo e corrigindo o desempenho desafinado, a indústria de instrumentos musicais e áudio profissional pode se projetar com maior força, transformando a volatilidade em harmonia financeira a longo prazo.
*Autor: Camilo Ramírez
Mestre em Administração de Empresas (MBA) pela Universidad del Desarrollo, Mestre em Gestão Financeira pela Universidad Adolfo Ibáñez, Diploma em Gestão Financeira pela Universidad Adolfo Ibáñez, Diploma em Finanças Corporativas pela IEDE Business School Chile e Bacharel em Administração de Empresas e Administração Universitária pela Universidad de las Américas.
Sócio Sênior da Price Capital Spa.
E-mail: corporativo@pricecapital.cl
Visite: www.pricecapital.cl
Gestão
C. F. Martin & Co. nomeia Scott Gervais como Diretor de Operações
A histórica fabricante de violões cria um cargo de COO para impulsionar a excelência operacional e sua próxima fase de crescimento.
A C. F. Martin & Co., Inc. anunciou a nomeação de Scott Gervais como Diretor de Operações (COO). Com mais de duas décadas de liderança executiva em operações, manufatura, compras e gestão da cadeia de suprimentos, Gervais ocupou cargos de liderança na Polaris Marine e na Conn-Selmer, Inc., onde liderou e expandiu operações globais com melhorias mensuráveis em segurança, qualidade, eficiência e satisfação do cliente.
Violonista acústico de longa data, Gervais enfatizou a conexão pessoal com sua nova função: “É uma verdadeira honra ingressar na C. F. Martin & Co., uma empresa que admiro desde que peguei em um violão pela primeira vez. A Martin sempre representou o auge da arte acústica para mim, e agora contribuir para seu legado é ao mesmo tempo gratificante e inspirador. Esta posição alinha minha carreira em operações com meu amor pela música.”
Da empresa, o Presidente do Conselho, Chris Martin IV, comemorou a chegada: “Estou muito feliz que Scott esteja se juntando à minha empresa familiar. Sua experiência e entusiasmo serão um trunfo para nossas equipes de fabricação e compras.”
Por sua vez, o Presidente e CEO Thomas Ripsam enfatizou que o COO é uma posição recém-criada com foco na excelência operacional: “É um componente crítico para possibilitar a próxima onda de crescimento e lidar com a crescente complexidade e custos do negócio. Estou confiante de que o talento e a experiência de Scott nos ajudarão a enfrentar com sucesso essas oportunidades e desafios.”
Gervais é bacharel em administração de empresas pela Universidade Purdue e possui certificações profissionais como Lean Six Sigma Black Belt e Certified Supply Chain Professional. Com sua chegada, Martin busca fortalecer processos, eficiência e capacidade de resposta em um contexto de expansão e aumento da demanda global por seus instrumentos acústicos.
Gestão
Como adotar o “figital” na sua loja
A experiência de compra mudou. Hoje, os consumidores não separam mais o digital do físico: esperam o melhor dos dois mundos.
Nesse contexto, o conceito “figital” — a integração entre os ambientes físico e digital — torna-se uma estratégia essencial para lojas de instrumentos musicais que desejam se manter competitivas.
Do balcão ao smartphone
Para muitas lojas, o primeiro passo rumo ao figital é construir um ambiente digital que complemente a experiência presencial. Ter um site atualizado, com catálogo, preços, disponibilidade e informações técnicas, é fundamental. Mas não basta estar online: é preciso garantir uma navegação rápida, compatibilidade com dispositivos móveis e canais de contato acessíveis.
Presença que conecta
As redes sociais permitem apresentar produtos, processos de luteria, unboxings, reviews e conteúdos educativos. Não se trata apenas de vender, mas de construir comunidade. Mostrar como soa um pedal, como ajustar uma guitarra ou montar uma bateria ao vivo gera proximidade e confiança.
O físico continua essencial
No universo figital, a loja física não desaparece — ela ganha protagonismo. Muitos clientes pesquisam online, mas querem experimentar o instrumento antes de comprar. Oferecer atendimentos personalizados, testes com especialistas ou experiências imersivas na loja pode ser um grande diferencial.
Click & collect: o melhor dos dois mundos
Uma das práticas mais eficazes do figital é permitir que o cliente compre online e retire na loja. Essa opção acelera a venda, elimina custos de frete e atrai novos consumidores ao espaço físico. Além disso, abre espaço para vendas adicionais no momento da retirada.
Tecnologia a favor da música
Implementar recursos como catálogos interativos em tablets, sistemas de estoque integrados entre a loja e o e-commerce, ou até QR codes nos instrumentos com acesso às fichas técnicas, são soluções simples que melhoram a experiência de compra.
Capacitação da equipe
A transformação não é apenas tecnológica. A equipe de vendas também precisa estar preparada para atuar em um ambiente híbrido. Saber responder dúvidas via WhatsApp, oferecer suporte nas redes sociais ou produzir conteúdos simples são habilidades cada vez mais valiosas.
Investir com inteligência
Adotar o figital não exige grandes investimentos iniciais. É possível começar com ações simples e eficazes: otimizar o perfil no Google, responder mensagens em redes sociais, integrar um sistema de vendas com controle de estoque ou criar vídeos curtos destacando os produtos da loja.
Adotar uma estratégia figital não é uma tendência passageira, mas uma resposta direta ao comportamento do consumidor atual. Para as lojas de instrumentos musicais, trata-se de transformar o ponto de venda em um ponto de encontro — onde o físico e o digital se complementam para criar experiências memoráveis.
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