Educação
Cifra Club, 25 anos de inovações no universo do aprendizado musical
Publicado
5 anos agoon
O maior site de conteúdo para aprender música on-line faz aniversário e apresenta uma grande novidade para o mercado: uma plataforma para assinar e acessar todo tipo de conteúdo.
Cifra Club. O nome parece familiar, não é? Claro que é! Todos os interessados em música, especialmente os que querem aprender, têm se encontrado com esse nome em algum momento dos últimos 25 anos. O site é o mais importante no Brasil em educação musical, repleto de vídeos e dicas para aprender a tocar instrumentos, afiná-los e muito mais.
O Cifra Club está fazendo 25 anos e continua inovando com novas propostas para o público. Nesta entrevista, Gabriel Fernandes, fundador, Adriano Ferreira, COO, e João Souza, responsável pela publicidade, contam sobre o começo da empresa, como tudo funciona e as mais recentes novidades.
Como tudo começou

Gabriel Fernandes com seu pai
O idealizador do Cifra Club é Gabriel Fernandes. Ele passou a se interessar por música por meio do seu pai. “Ele sempre tocou violão e viola nos momentos de descanso. Como era criança, ficava curioso com a mecânica de funcionamento do instrumento, mas até então não havia aprendido nenhuma nota”, lembra Gabriel. “Comecei a tomar interesse pelo ato de tocar aos 13 anos. Na época, morava no interior de Minas. Meu pai começou a me dar dicas e ao mesmo tempo tive contato com as primeiras revistas de cifras. Passei a evoluir sozinho, com as ferramentas que tinha em mãos.”
Na mesma época em que aprendia a tocar violão, surgiu a necessidade de montar sua própria pasta de cifras. “Como meu repertório foi aumentando, resolvi montar minha lista digital. Transcrevi todos os conteúdos para o Word e assim tinha uma versão digital e uma física de minhas músicas”, contou.
Chegou o ano de 1995, quando o primeiro provedor de internet começou a operar na sua cidade, São Lourenço. “A ansiedade para navegar nas redes era tamanha que fui o primeiro inscrito no provedor local. Antes disso já havia tido um breve contato com a internet por meio de CDs (“15 horas grátis de internet”) que você ganhava de brinde ao comprar algumas revistas de informática.”
“Com o passar do tempo fui adquirindo conhecimento por curiosidade. Aprendi a fazer uma página e logo hospedei meu primeiro projeto no Geocities, o Gabriel’s Home Page. Na época, eu subia conteúdos randômicos, como piadas, imagens etc. Assim que tive a ideia de subir meu banco de cifras, pensei em um nome novo para a página. Após um tempo de reflexão, fechei em Cifra Club, pensando na ideia de o site ser um clube de cifras. Com isso, no dia 15 de novembro de 1996, formalmente nasceu o Cifra Club.”
M&M: Como foi o início do projeto, tendo em mente que em 1996 poucas pessoas tinham acesso à internet e a educação on-line não era um recurso popular?
Gabriel: Após a criação formal do site, comecei a fazer uma série de cadastros em ferramentas de buscas da época, como o Cadê? e o Altavista. Com isso, o site começou a ter maior alcance e cada vez mais recebíamos e-mails com cifras que outras pessoas haviam redigido. Assim seguimos até o ano de 1999. Com a minha entrada na faculdade de engenharia mecânica, por um tempo deixei de lado as atualizações do site. Após alguns anos, meu atual sócio — Samuel Vignoli — entrou em contato comigo, falando que poderia ser parceiro no projeto. Compramos o domínio cifraclub.com.br e começamos a primeira reformulação de layout e conteúdo. Nasceu então a Studio Sol, empresa que abrimos para podermos contratar funcionários e emitir nota fiscal.

Gabriel Fernandes hoje
M&M: Quando o Cifra Club começou a ter mais sucesso?
Gabriel: O crescimento relevante do site teve início entre 2001 e 2002, a partir do momento em que colocamos mais profissionais dedicados a ele. Com isso, tivemos uma melhoria do site e de seu conteúdo, o que gerou um aumento nos acessos e, consequentemente, no volume de receita publicitária. Em 2004 fui para a Inglaterra estudar inglês e, enquanto isso, o Samuel estava nos últimos períodos da faculdade de publicidade. Naquela ocasião nosso site vinha crescendo significativamente. O Samuel concluiu o seu estágio e passou a se dedicar integralmente ao Cifra Club. Com o crescimento do site, tive que tomar uma decisão importante, pois não estava conseguindo conciliar a faculdade e o trabalho no Cifra Club da maneira que gostaria. Optei por largar a faculdade, mudar para Belo Horizonte e me dedicar integralmente ao Cifra Club.
M&M: Como opera o Cifra Club hoje?
Adriano: O Cifra Club conta com uma grande equipe de colaboradores, desde desenvolvedores e designers até músicos, editores de vídeo/áudio e cinegrafistas. Também temos um time especializado em moderar e melhorar a qualidade dos conteúdos do site, além de equipes de suporte, marketing, vendas, jornalistas etc.
M&M: Conte um pouco sobre o backstage da produção de conteúdo do Cifra Club.
Adriano: O processo de produção de conteúdo é bastante minucioso. Normalmente os gestores são responsáveis por escolher os conteúdos que serão produzidos e os instrutores que desenvolvem os roteiros. Após isso, acontece a gravação e, em seguida, a edição do vídeo, que passa por um processo rigoroso de revisão. Um vídeo pode demorar até três meses da fase de roteirização até ser publicado em nosso canal no YouTube.
M&M: Há parcerias com marcas ou fabricantes que fornecem equipamentos para os vídeos/aulas?
João Souza: Assim como nos maiores canais de mídia de nosso país, trabalhamos por meio da venda de espaço publicitário por projeto executado em nosso canal. Dividimos todo o conteúdo produzido em linhas editoriais específicas, que contam com patrocinadores (muitas vezes exclusivos) condizentes ao perfil de cada público. Dessa forma, conseguimos expor produtos que estejam ao alcance de grande parte de nossa audiência. Hoje contamos com marcas de renome nacional e internacional ao nosso lado, como Shure, Eagle, Pearl, D’Addario, entre outras. Com isso conseguimos manter um padrão de excelência do conteúdo altíssimo e ao mesmo tempo divulgamos marcas que se destacam por serem referência no mercado, agregando valor para o público e o anunciante simultaneamente.
M&M: Falando sobre o ambiente físico, onde acontece “a magia” do Cifra Club?
Adriano: O Cifra Club possui um estúdio de gravação em um prédio na região da Savassi, em BH. É lá que fica aquele cenário característico dos triângulos de madeira e onde é produzida a maioria dos nossos conteúdos. Devido à pandemia, tivemos que nos adaptar e estamos, há mais de um ano, trabalhando em home office, com os instrutores gravando os conteúdos de suas próprias casas.
M&M: Conte sobre a presença do Cifra Club no restante da América Latina.
Adriano: O Cifra Club sempre foi bastante acessado no mundo inteiro e recentemente temos feito um trabalho importante de internacionalização, com foco nos países de língua espanhola.
México, Portugal, Argentina e Colômbia, por exemplo, são países que estão crescendo bastante em número de acessos. Além dos países que têm como língua nativa o espanhol, enxergamos um potencial muito grande nos países de língua inglesa e já estamos trabalhando para aumentar nossa presença também nessas regiões.
Aniversário e novidades
M&M: Agora estão comemorando 25 anos desde o início do projeto. Analisando tudo o que o Cifra Club passou, quais foram as fases que atravessaram e como o projeto foi se reinventando com o passar dos anos?
Gabriel: Ao longo dos 25 anos de empresa, podemos levar em conta três principais momentos de reinvenção. O primeiro seria a criação de nosso canal no YouTube. Na época, as videoaulas eram restritas a DVDs e fitas VHS; conteúdos desse tipo na internet eram escassos e realmente fomos precursores nesse tipo de ensino. Também vemos com muita importância o trabalho de desenvolvimento de nossos aplicativos. Hoje mais de 70% de nossa base consome nossos serviços por meio de seus celulares, assim conseguimos auxiliar milhões de usuários todos os meses, com soluções tecnológicas na palma de suas mãos.
Por último, consideramos o momento atual como o mais recente período de reinvenções. Nos últimos 12 meses lançamos uma série de projetos que têm como objetivo mudar nossa relação com nossa audiência, aproximando cada vez mais o puúblico de serviços e produtos comercializados pelo Cifra Club. Nesse período nasceram projetos como o nosso primeiro curso pago, o Fingerstyle, nossa loja de suvenires e, por último, o Cifra Club Academy.

Adriano Ferreira
M&M: Falando sobre este último ano, com o boom do ambiente digital para aprender durante a pandemia, como evoluiu o modelo de negócio?
Adriano: No primeiro lockdown, logo após o início da pandemia, percebemos um aumento de acessos de quase 30% em nossos produtos. E isso reforça duas coisas muito importantes: o crescimento do ensino on-line, em qualquer segmento, e como a música pode auxiliar na saúde mental e na qualidade de vida das pessoas. Isso nos fez acelerar e trabalhar em alguns projetos que já tínhamos em mente, como o lançamento de um curso pago do Cifra Club e a criação da nossa plataforma própria de cursos on-line, o Cifra Club Academy.
M&M: O que aconteceu com o Cifra Club durante a pandemia?
Adriano: A Studio Sol sempre foi uma empresa muito digital e isso nos ajudou no processo de adaptação ao trabalho remoto. Após a decisão de todos os nossos colaboradores passarem a trabalhar de casa, no dia seguinte já estávamos com tudo operando praticamente de maneira integral em sistema remoto. Lógico que tivemos algumas dificuldades e adaptações, mas essa veia totalmente digital foi um diferencial para que não houvesse um impacto significativo, tanto de produtividade quanto de qualidade nas entregas.
Tivemos um aumento de acessos de quase 30% tanto no site quanto no canal do YouTube. O volume de conteúdos produzido, inicialmente, caiu um pouco. Acredito que essa foi a parte à qual mais demoramos para nos adaptar, pois a casa das pessoas não estava preparada para as gravações. Tivemos várias reuniões e acompanhamento em tempo real, como uma espécie de consultoria dos nossos profissionais de áudio e vídeo, para que os instrutores conseguissem realizar as gravações eles mesmos.
Durante a pandemia, nosso curso sequencial de violão, o Aprenda, teve aumento de 109% em comparação com o mesmo período no ano anterior. Com isso notamos uma grande tendência de as pessoas reavivarem o sonho de tocar um instrumento, tirando a poeira do instrumento que estava parado em casa e utilizando o ato de tocar como uma atividade terapêutica em uma época de distanciamento.
M&M: O que você pode contar sobre a loja do Cifra Club?
João Souza: Gostamos de dizer que a Cifra Club Store é a loja de quem ama música. Partindo desse princípio, criamos uma loja que não atende simplesmente os músicos, mas sim todo o universo que gira ao redor do lifestyle da música. Para isso focamos inicialmente a venda de suvenires e artigos de moda, como camisetas, canecas e ecobags. Sobre objetivos, no futuro, queremos ser uma espécie de “Imaginarium da música”, sendo a primeira lembrança de itens ligados ao lifestyle musical. Para isso já estamos com lançamentos programados de chinelos, bonés, moletons, chaveiros, almofadas e palhetas.
M&M: Uma grande novidade é o Cifra Club Academy. Qual é o objetivo desse lançamento?
Adriano: O Cifra Club Academy é uma plataforma que veio para suprir uma das principais carências do nosso trabalho no YouTube, que é a organização dos conteúdos. A ideia é oferecer cursos de diversos instrumentos e níveis, de maneira sequencial, em que o aluno poderá aprender diferentes instrumentos e assuntos, de qualquer lugar e por um preço mais acessível do que nas escolas de música.
O Cifra Club tem penetração em muitas cidades e regiões (e até países) onde não é possível encontrar um ensino de música de qualidade. Por meio do Cifra Club Academy conseguimos oferecer o mais alto padrão de qualidade das nossas aulas, com cursos totalmente focados no aprendizado gradual do aluno, incluindo exercícios, conteúdos complementares e uma plataforma exclusiva, com área para perguntas e outras funcionalidades. Para acessar, basta entrar em cifraclub.com.br/academy, escolher um dos planos e começar a estudar.
O mercado

Samuel Vignoli
M&M: Com tanta coisa acontecendo, como você vê o mercado musical atual no Brasil?
Adriano: Sempre fui um grande crítico do mercado de música no Brasil. Acredito que fomentar o mercado da música é um dever de todos nós. Precisamos incentivar as pessoas a se interessarem pela música e só a partir daí vamos conseguir ter melhores resultados, com mais pessoas tocando e, consequentemente, um mercado mais aquecido. Existem boas iniciativas, mas todas muito isoladas. Precisamos de mais união, fazer um trabalho em conjunto para que cada vez mais pessoas tenham interesse pela música. Acredito que o Cifra Club tenha um papel fundamental nessa parte. Todos os dias tentamos incentivar as pessoas a tocar um instrumento, a se interessar pela música, tornando o aprendizado de música algo leve e divertido. Não importa se a pessoa vai apenas tocar por hobby ou se tornar um profissional, o importante é que cada vez mais pessoas se encantem pela música. A cultura é um passo essencial para mudar os rumos do nosso país.
M&M: Em sua opinião, como tem sido a evolução do segmento de educação musical no País desde o início do Cifra Club até agora?
Adriano: Vi muita coisa rolar nesse tempo. Vi escolas de música nascerem e quebrarem, vi a maior feira de música da América Latina encerrar a operação. Mas também vi surgirem excelentes iniciativas e projetos. Cheguei a ter bastante esperança no projeto de ensino de música nas escolas, mas falta tração.
Acredito que popularizar o ensino de música é um grande passo a ser dado. A internet trouxe um grande avanço nesse sentido, mas a realidade do Brasil é diferente; muitas pessoas ainda não têm acesso à internet e o ensino de música nas escolas seria a maneira mais rápida de fomentar o interesse pela música. A música tem um poder transformador! Por meio dela muitas pessoas mudam de vida, encontram uma saída. Precisamos nos esforçar ainda mais, nos unir e cobrar dos nossos governantes. Tenho certeza de que essa iniciativa é o grande passo que precisa ser dado para o segmento no Brasil.
M&M: Que dicas você daria para quem deseja estudar música pela internet?
Adriano: Para ter resultados em qualquer coisa é preciso ter disciplina, e na música não é diferente. A minha dica é para que as pessoas se dediquem, mesmo que pouco tempo, todos os dias. Não precisa passar horas estudando; alguns minutos por dia já vão te ajudar a evoluir. Tenha constância que os resultados virão. Outra dica é tornar o aprendizado algo prazeroso e o YouTube consegue trazer isso pra gente. Escolha bons canais de conteúdo para acompanhar, que te façam querer assistir aos vídeos, e divirta-se!
M&M: O que podemos esperar do Cifra Club no futuro?
Adriano: As expectativas são as melhores possíveis. Estamos em um momento de transição. Assim como aconteceu em 2008, com o lançamento do nosso canal no YouTube, e em 2011, com o lançamento dos nossos aplicativos, 2021 tende a ser mais um marco na história do Cifra Club.
Grandes projetos estão surgindo e esperamos cada vez mais democratizar o ensino de música, envolver a comunidade e crescer em conjunto.
A ideia é diversificar cada vez mais o Cifra Club, criando novos produtos e impactando a vida de cada vez mais pessoas, de hobbistas a profissionais e professores. Tem muita coisa nova ainda para surgir e estamos a todo vapor. O mundo está em constante evolução, precisamos enxergar um pouco fora do nosso mercado, entender o que está acontecendo e trazer para nossa realidade. Só dessa forma conseguiremos continuar crescendo e inovando. Também acredito que precisamos de mais união, pois um mercado fragmentado é ruim para todos nós. O Cifra Club está de portas abertas para novas ideias, parcerias e projetos. Contem conosco para ajudar a melhorar cada vez mais o nosso segmento e fazer mais pessoas se interessarem pela música.
Mais informações no site, Instagram e YouTube do Cifra Club.
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A produção musical vive um dos momentos mais dinâmicos de sua história.
Nunca houve tantas ferramentas disponíveis, tantos criadores ativos nem tantas oportunidades para que uma música chegue a públicos globais. Mas, ao mesmo tempo, o mercado é competitivo, em constante mudança e exige habilidades que vão muito além de saber usar uma DAW.
Nesse contexto surge a pergunta: vale a pena estudar produção musical hoje? A resposta é sim, mas com nuances. E aqui exploramos o porquê.
A democratização do estúdio caseiro mudou o cenário
Há 20 anos, produzir uma música exigia estúdios caros e equipamentos inacessíveis para a maioria. Hoje, com um notebook, um par de monitores e um bom conjunto de plugins, qualquer pessoa pode começar a criar músicas do próprio quarto.
Isso gerou dois efeitos importantes:
- Mais oportunidades de expressão criativa, independentemente do orçamento.
- Maior concorrência, já que milhares de novos produtores sobem músicas todos os dias.
Estudar produção é hoje uma forma de se destacar em meio a uma multidão de criadores.
A formação profissional continua sendo uma vantagem
Embora muitos produtores sejam autodidatas, a educação formal — seja uma graduação, pós, curso especializado ou certificação — oferece algo que o YouTube não consegue entregar sozinho:
- Bases sólidas de teoria e áudio
- Ferramentas de análise crítica
- Metodologias de trabalho
- Feedback profissional
- Contatos importantes na indústria
Em um mercado saturado, conhecimento profundo ainda é um fator que abre portas.
A indústria musical é maior do que nunca
O streaming impulsionou um crescimento recorde na música global. Isso abriu novas frentes para produtores:
- Música para artistas
- Música para games
- Publicidade e conteúdo digital
- Trilhas para cinema e TV
- Criação de samples e libraries
- Educação musical online
O produtor de hoje não trabalha apenas em álbuns: ele atua em ecossistemas de áudio.
A demanda por habilidades híbridas está aumentando
Estudar produção musical hoje não significa apenas aprender a gravar uma voz. A indústria precisa de profissionais que dominem várias competências:
- Beatmaking
- Mixagem e masterização
- Edição de áudio e correção vocal
- Programação MIDI
- Design de som
- Música para multimídia
- Gestão de projetos
- Distribuição e marketing digital
Quem se prepara bem pode ocupar múltiplos papéis e gerar renda diversificada.
Inteligência Artificial: ameaça ou ferramenta?
A chegada de ferramentas de IA generativa — como assistentes de mixagem, composição e masterização automática — gerou muitos debates.
Mas a realidade é clara: a IA não substitui produtores; substitui quem não agrega valor criativo.
Estudar, entender e dominar essas ferramentas permite:
- Trabalhar mais rápido
- Experimentar mais
- Melhorar a qualidade das demos
- Reduzir o tempo de edição
- Otimizar fluxos de trabalho
Quem aprender a integrar a IA ao próprio processo estará melhor posicionado.
E a parte econômica?
É uma pergunta legítima: dá para viver de produção musical?
Sim, mas nem sempre por um único caminho. Produtores bem-sucedidos normalmente combinam:
- Trabalho com artistas
- Serviços de mix e master
- Comissões para cinema, TV e publicidade
- Criação de beats e sample packs
- Conteúdo educacional (aulas, cursos, Patreon)
- Apresentações ao vivo
- Trilha e sound design para games
O erro é pensar que produção musical se limita a “fazer músicas para outros”. Hoje é uma profissão com vários modelos de negócio.
Então… vale a pena estudar produção musical hoje?
Definitivamente sim, desde que exista:
- Motivação real
- Disciplina para praticar
- Abertura para aprender novas tecnologias
- Disposição para se adaptar a diferentes mercados
- Paciência para construir uma rede e uma reputação
A produção musical é uma carreira criativa e técnica, mas também um caminho de aprendizado contínuo. Quem se capacita e se mantém atualizado encontra um espaço sólido em uma indústria em expansão.
Estudar produção musical é um investimento em um futuro criativo
A música continua sendo uma necessidade humana, e os produtores são quem dão forma a essa expressão.
Com a preparação certa, o produtor de hoje tem mais oportunidades do que nunca para deixar sua marca, viver da própria arte e construir uma carreira sustentável.
Educação
Academia do Rock cresce 39,5% em faturamento em 2025 e projeta novas unidades para 2026
Publicado
1 semana agoon
17/12/2025
Rede de educação musical chega a 17 escolas, consolida expansão nacional e reforça modelo de franquias sustentável.
A Academia do Rock encerrou 2025 com crescimento de 39,5% no faturamento em relação ao ano anterior, alcançando receita consolidada de R$ 13,72 milhões. O resultado acompanha a expansão da rede, que abriu duas novas unidades ao longo do ano e passou a operar com 16 escolas em funcionamento no Brasil. Para janeiro de 2026, a franqueadora já confirmou a inauguração de mais uma unidade em São Paulo, elevando o total para 17 operações.
Segundo o CEO da Academia do Rock, Marcelo de Freitas, 2025 representou um marco estratégico para a empresa. “Foi um ano decisivo. Avançamos mantendo o foco na qualidade operacional, na experiência do aluno e na segurança do franqueado”, afirma. De acordo com o executivo, o desempenho reflete a consolidação de um modelo de crescimento estruturado e financeiramente equilibrado.
Os números reforçam uma trajetória de expansão consistente. Entre 2023 e 2025, a rede acumulou crescimento de 90,5% no faturamento e aumento de 60% no número de unidades. Com base nesse histórico, a Academia do Rock projeta a continuidade da expansão em 2026 e 2027, priorizando um crescimento sustentável e com controle operacional.
Para o próximo ciclo, a franqueadora intensifica a prospecção de novos parceiros nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste, em cidades com mais de 200 mil habitantes. O investimento inicial estimado para abertura de uma unidade é de cerca de R$ 440 mil, valor que inclui taxa de franquia, obras, mobiliário, ambientação, instrumentos e estoque inicial. A rede trabalha com royalties de 7% sobre o faturamento bruto e não cobra taxa de publicidade, oferecendo suporte integral de marketing aos franqueados.
De acordo com a empresa, o modelo de negócio permite um retorno líquido estimado em aproximadamente 25% do faturamento, com prazo de payback a partir de 24 meses. “Buscamos parceiros alinhados ao nosso propósito de transformar vidas por meio da educação musical. O franqueado encontra processos bem estruturados, suporte contínuo e a força de uma marca em expansão”, destaca Marcelo de Freitas.
Fundada com o objetivo de ampliar o acesso ao ensino de música, a Academia do Rock oferece aulas de instrumentos, canto e produção musical para alunos de diferentes faixas etárias. Com presença em cidades estratégicas do Sul e Sudeste do país, a rede vem se consolidando como uma das principais referências nacionais em educação musical e franquias do setor.
Educação
Inscrições abertas no Conservatório de Tatuí para 1º Processo Seletivo de Bolsistas
Publicado
1 mês agoon
25/11/2025
Há vagas para canto e instrumentos diversos em todos os conjuntos musicais mantidos pela instituição. As inscrições podem ser feitas online até 01 de dezembro.
O Conservatório de Tatuí abre inscrições para o 1º Processo Seletivo de Bolsistas dos Grupos Artísticos Musicais. A instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerida pela Sustenidos Organização Social de Cultura oferece vagas para todos os seus nove grupos de música. A iniciativa é voltada para estudantes regularmente matriculados(as) no Conservatório de Tatuí e participantes externos – vindos de outras escolas musicais ou que estudem com professores(as) particulares, desde que comprovem mensalmente vínculo estudantil ao longo do ano letivo de 2026. As bolsas performance terão vigência entre os meses de fevereiro e dezembro. As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas até o dia 01 de dezembro por meio deste formulário.
O Conservatório de Tatuí possui dez Grupos Artísticos formados por estudantes bolsistas em nível de conhecimento avançado, sendo nove da área de música e uma companhia de teatro. Por meio de atividades exclusivas, essas formações visam aperfeiçoar o conhecimento técnico e artístico de alunos e alunas em seus respectivos cursos. Além disso, a Bolsa Performance é uma importante ferramenta de permanência para o corpo discente da instituição, possibilitando que as pessoas participantes direcionem seu foco ao aprimoramento de suas habilidades e qualificação profissionalizante.
O 1º Processo Seletivo de Bolsistas abre vagas para os Grupos Artísticos Musicais mantidos pela instituição. Já a Cia. de Teatro do Conservatório possui um edital exclusivo a ser lançado em breve. Entre os pré-requisitos para concorrer a uma das vagas em aberto, é necessário que as pessoas candidatas estejam regularmente matriculadas no Conservatório de Tatuí. As vagas abarcam também estudantes de outras instituições ou que estudem com professores(as) particulares de música, contanto que comprovem regularmente o vínculo estudantil. Para estes casos, ainda é necessário que o(a) participante tenha idade inferior a 30 anos e curse ao menos uma disciplina coletiva oferecida pelo Conservatório de Tatuí ao longo do período de vigência da bolsa.
Para pessoas aprovadas, as bolsas serão pagas entre os meses de fevereiro e dezembro de 2026. O valor do benefício varia de acordo com a carga horária de ensaios do grupo preterido e é dividido em dez parcelas de R$ 700 para estudantes com seis horas de ensaio semanais e R$ 1.000 para alunos(as) com carga horária de nove horas por semana.
Vagas disponíveis
O 1° Processo Seletivo de Bolsistas dos Grupos Artísticos Musicais oferece mais de 150 vagas, que contemplam canto e instrumentos diversos para os conjuntos de música erudita e popular do Conservatório de Tatuí. Confira a lista a seguir:
Banda Sinfônica do Conservatório de Tatuí
Vagas: clarinete, contrabaixo, eufônio, fagote, flauta, harpa, oboé, percussão, piano, piccolo, saxofone alto, saxofone tenor, trombone baixo, trombone tenor, trompa, trompete, tuba.
Big Band do Conservatório de Tatuí
Vagas: bateria, contrabaixo elétrico, guitarra, percussão, piano, saxofone alto, saxofone barítono, saxofone tenor, trombone baixo, trombone tenor, trompete, voz feminina, voz masculina.
Camerata de Violões do Conservatório de Tatuí
Vagas: violão.
Coro do Conservatório de Tatuí
Vagas: baixo, barítono, contralto, soprano, tenor.
Grupo de Choro do Conservatório de Tatuí
Vagas: acordeão ou bandolim, cavaquinho, percussão, sopros (madeiras ou metais), violão 7 cordas.
Grupo de Música Raiz do Conservatório de Tatuí
Vagas: bateria ou percussão, contrabaixo, cordas friccionadas (viola, violino ou violoncelo), piano, sopros (clarinete ou flauta), viola caipira ou acordeão, violão 6 ou 7 cordas, voz feminina, voz masculina.
Grupo de Percussão do Conservatório de Tatuí
Vagas: percussão e piano.
Jazz Combo do Conservatório de Tatuí
Vagas: bateria, contrabaixo elétrico ou acústico, flauta, guitarra ou violão, percussão/vibrafone, piano, saxofone, trombone, trompete, voz feminina.
Orquestra Sinfônica do Conservatório de Tatuí
Vagas: clarinete, contrabaixo, fagote, flauta, oboé, percussão, trombone, trompa, trompete, tuba, viola, violino, violoncelo.
De acordo com o edital, 50% das vagas disponíveis serão destinadas à ampla concorrência e 50% reservadas a estudantes de escolas públicas. Da porcentagem voltada aos participantes oriundos do ensino público, há a distribuição de cotas para pessoas pretas, pardas e indígenas e para pessoas trans/travestis. Do total de vagas, 5% estão destinadas a pessoas com deficiência.
Pré-requisitos
Os critérios para inscrição de todas as modalidades estão detalhados no edital, que deve ser lido atentamente pelos(as) estudantes a fim de confirmar se atendem aos pré-requisitos determinados no regulamento. Entre as necessidades previstas, por exemplo, é essencial ter disponibilidade para acompanhar os ensaios presenciais/virtuais (6 ou 9 horas semanais) e as apresentações do grupo escolhido ao longo do ano.
A previsão de divulgação da relação de aprovados(as) e suplentes para as vagas dos Grupos Artísticos Musicais de Bolsistas é dia 22 de dezembro de 2025, no site do Conservatório de Tatuí.
Acesse o edital aqui.
Foto: Paulo Rogério Ribeiro/Arquivo Conservatório de Tatuí
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