Empresas brasileiras expuseram na maior feira de instrumentos musicais do mundo, atraindo a atenção de compradores de todos los continentes
Uma delas foi a Odery, empresa para a qual sempre é importante e positivo participar do encontro. “Já se passaram 13 anos consecutivos da Odery na NAMM e o valor agregado à marca é, sem dúvida, imenso. A edição de 2017 foi especialmente positiva para prospecções de novos contatos na America Latina, Ásia e Europa, assim como muito interessante para o mercado local americano. Sem dúvida, a feira deste ano mostrou uma reação do mercado mundial e que passo a passo retoma o crescimento”, disse Mauricio Odery, CEO da empresa.
Outra companhia presente foi a Ronay Tonewood, cujo diretor Roni Ronay concordou: “Tivemos a oportunidade de nos reunir com clientes e potenciais clientes de inúmeros países, de pequenas a grandes empresas. Em sua maioria, eles pareciam querer constatar por gestos básicos (aperto de mão, olho no olho, um almoço/jantar, uma descontração) se o fornecedor é sério, é competente, tem comprometimento, saber quais são os atuais clientes, para finalmente decidir qual e como será a relação comercial”.
Outra empresa com estande próprio foi a Santo Angelo, com sua filial americana. “Desde a abertura do escritório norte-americano em 2010, graças aos incentivos da parceria Apex-Anafima e hoje atuando de maneira independente, a participação da Santo Angelo USA na NAMM 2017 representou mais um degrau na íngreme escalada de tornar a nossa marca mundialmente conhecida e sustentável”, comentou Helena Maria Raso, responsável pelos negócios internacionais da marca.
A Santo Angelo aproveitou para lançar um cabo para contrabaixos com um tipo especial de plug que se ajusta melhor aos instrumentos, melhorando o contato elétrico.
Já a SGT levou para a NAMM alguns modelos da sua linha para o mercado externo. Dentre eles, podemos destacar o T Custom, baseado em shape de tele e construído com freijó, mogno e imbuia brasileiros totalmente certificados.
Outros modelos expostos foram as LE Custom, baseadas em single cutaway, como as Les Paul e os baixos J STD. As LE são construídas em mogno e possuem top em canela dourada, e os baixos têm corpo feito com canela dourada e braço em imbuia. “As escalas em pau-ferro também foram muito bem recebidas, até porque nossas madeiras são muito procuradas por lá”, contou Leandro Walczak, da SGT.
“Existe a possibilidade de participar do mercado americano e internacional no momento em que a gente apresenta produtos de alta qualidade, assim como novidades em desenho ou materiais. Sem dúvida, no nosso caso, além da qualidade dos instrumentos, o que impactou foi a novidade das madeiras diferenciadas”, adicionou o sócio Pablo Goldwaser.
Por outro lado, encontramos a Stomp Audio Labs, com seus pedais de guitarra e planos, levando a sede da empresa ao mercado exterior. Laura Cruz, CEO da empresa, disse: “A presença da Stomp Audio Labs na feira serviu para reforçar que estamos realmente equiparados às marcas de fora, a qualidade e o design de nossos produtos são de nível internacional. Nossos produtos chamaram muita atenção, o feedback foi muito positivo e a projeção é de estar distribuindo nossos produtos em 20 novos pontos pelo mundo”.
“Mas, infelizmente, o Brasil é um país protecionista/extrativista, que inviabiliza o nosso modelo de negócio. Além de não ter indústria de base e serviços ligados ao nosso setor, nos obriga a importar 100% da matéria-prima e dos serviços de que necessitamos. Por isso, já estamos estudando a possibilidade de migrar com a empresa para o Canadá até 2018. Se for possível, estamos prevendo um crescimento de 50% no primeiro ano”, adiantou.
Outro estande brasileiro foi o da Stone Guitar, cujo fundador, Claudio Ortiz, comentou com entusiasmo: “A NAMM foi muito importante para iniciar a consolidação da marca nos Estados Unidos. Tivemos uma quantidade enorme de visitas e todos deram um feedback positivo, não houve nenhuma crítica negativa. Temos já alguns dealers interessados em ser revendedores autorizados Stone no país. Fechamos com a Wild West, considerada a melhor loja de guitarras especiais da Califórnia. Foi muito bom participar da NAMM”.
Quem também teve uma ótima experiência na feira foi a Urbann Boards, com seus tênis para bateristas. “A NAMM sempre foi um plataforma de lançamento de negócios e relacionamento para a Urbann Boards nos Estados Unidos e no mundo, e desta vez não foi diferente. Tivemos muito sucesso e uma aceitação além da esperada da nossa proposta de marca e dos nossos modelos, principalmente pela nossa maior novidade: o primeiro calçado feminino para tocar bateria do mundo, assinado pela americana Brittany Brooks”, contou o designer Rodrigo de Castilhos, criador da empresa.
Mas talvez o maior destaque tenha vindo da mão da Tagima, empresa que lançou na feira sua filial norte-americana, a Tagima USA, sendo a primeira vez que a marca se apresentou sob esse nome, o que faz parte da estratégia de crescimento global da empresa.
O estande contou com a presença de artistas americanos do Tagima Dream Team USA e de dois artistas nacionais — Marcinho Eiras, que encantou o público com sua tradicional performance com várias guitarras, pedais de loops e interação com a plateia, e Sandro Haick, o multi-instrumentista que tocou diversos instrumentos, fez jam sessions com vários artistas e apresentou um pouco da música brasileira ao mercado americano.
A Tagima expôs seus instrumentos handmade in Brazil. As linhas JetBlues e Rocker têm chamado muito a atenção por seu design diferenciado e acabamento.
Nas palavras do presidente da empresa, Ney Nakamura: “A participação foi muito positiva, pois apesar de serem apenas os primeiros passos da marca em um mercado tão competitivo, já houve muita procura pelos instrumentos no mercado americano e, surpreendentemente, em outros países da Europa e América Latina. Estamos muito orgulhosos e felizes de ter participado com estande próprio e pelos resultados obtidos”.