A Behringer promete revolucionar o mercado com o lançamento recente da mesa de mixagem digital Wing, resultado da experiência de 30 anos da empresa no mundo de áudio.
Há algumas semanas a Behringer tinha anunciado que lançaria um produto novo. Praticamente no final do ano, não esperávamos uma grande surpresa mas o lançamento da mesa de mixagem digital Wing surpreendeu sim.
A mesa tem o visual futurista e a empresa disse que “(a mesa) tem sido desenvolvida durante 30 anos”, quantidade de anos que a Behringer tem, pois em 2019 comemorou suas três décadas na indústria de áudio.
O look futurista, limpo, de linhas finas e organizado talvez esteja refletindo também os planos da empresa com a construção de uma nova fábrica baseada nos conceitos de “Smart” (inteligente) e Indústria 4.0 em Kulim, na Malásia, anunciada no começo do mês.
O fato é que a mesa de mixagem pessoal Wing – como foi descrita pela empresa – virá com um pacote completo de características e até a possibilidade de personalizar as cores dos painéis exteriores dela.
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Pausa: O que a Behringer quer com o mixer Wing?
Outro ponto a ser destacado é a clara intenção da empresa em mudar o conceito da marca Behringer – e tem de tudo para isto. Durante anos, a marca foi sinônimo de um produto com falhas, piadas e memes. Mas o fato é que muita gente comprava Behringer para uso semi profissional (quando não profissional), utilizando-os em atividades para qual a marca não foi projetada. Mas até provar que pato não é ganso, a imagem distorcida da empresa já estava no mercado.
Mas, a história muda de direção quando a Uli Behringer, fundador da marca que leva seu nome, adquiriu a Midas, Klark Teknik, Turbosound, Tanoy, TC Electronics e criou o Music Tribe. Bom, aí você imagina a quantidade de capital e engenheiros envolvidos com a empresa, certo? Quem conhece Uli Behringer sabe que ele é um obstinado, uma pessoa reta e mente inquieta.
Em resumo, Uli criou um dos maiores impérios do áudio das últimas décadas e deixou muitos dos concorrentes, que o ignoravam e faziam chacota, em uma situação mercadológica delicada.
Voltando a questão da mesa Wing agora.
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A operação se baseia numa tela de toque central para editar os canais. Mais dados? Mostramos a seguir:
8 pré-amplificadores de microfone Midas PRO
8 saídas Midas PRO
24 faders motorizados de 100m em 3 seções separadas e totalmente configuráveis
Conectividade de E/S remota de estilo “plug and play” para até 144 sinais de entrada e saída em 3 portas AES50 com a tecnologia SuperMAC de Klark Teknik para jitter e latência ultra-baixas
Tela principal grande sensível ao toque capacitiva e roda giratória de tela ajustável
Seção exclusiva de edição de canal sensível ao toque, com 11 controles rotativos e TFT colorido dedicado, para ficar por dentro de todas as propriedades do canal
Módulo opcional para 64 x 64 canais de áudio via Ethernet – suportando a tecnologia SoundGrid da Waves ou a tecnologia Dante/AES67
Interface de áudio USB 2.0 de 48 × 48 canais integrada com controle remoto DAW emulando HUI e Mackie Control
Gravador/reprodutor ao vivo de cartão SD duplo com até 64 faixas e marcadores para identificar posições da música
No painel traseiro da nova mesa digital podemos encontrar os seguintes recursos:
Seção de controle adicional de 4 canais com controles rotativo
Botões e exibição de parâmetros para acesso permanente à rede elétrica, matrizes ou “canais
Rack de Efeitos com oito processadores estéreo e algoritmos TC de classe mundial, emulações Lexicon, Quantec e EMT.
8 Rack de processadores estéreo para uma ampla variedade de modulação, equalização, dinâmica etc. Também permite misturar efeitos externos à mixagem.
Cinco slots de processamento de plug-in variável para todos os 40 canais de entrada estéreo, apresentando os equalizadores e compressores analógicos vintage mais emblemáticos, além de slot FX de inserção e EQ paramétrico de 4 bandas para todos os oito canais auxiliar estéreo.
Controles personalizados que oferecem 16 botões de trava ou momentâneos e quatro controles rotativos que são facilmente configurados para funções preferidas
4 barramentos estéreo principais, 8 matrizes e 16 aux, com inserções duplas, equalizadores paramétricos de 8 bandas, imager estéreo e processamento dinâmico completo.
Duas portas Ethernet com switch integrado para controle remoto em rede.
Porta de expansão integrada para placas de interface de áudio opcionais ou pontes de rede digital, MADI e ADAT / WC.
Interface de baixa latência.
StageCONNECT de 32 canais para monitoramento pessoal.
Entradas e saídas estéreo AES/EBU digitais em XLR balanceado 8 x 8 conectores TRS balanceados.
MIDI I/O e 4 portas GPIO
Programa de garantia de 3 anos
Projetada e fabricada na Alemanha
A Behringer disse que a produção desta mesa começará em dezembro mas ainda não anunciou o preço com o qual será comercializada.
A Harrison Audio anunciou o lançamento do Harrison DeNoiser Plug-in, uma ferramenta de limpeza de diálogo e voz com latência zero, desenvolvida para engenheiros de pós-produção, broadcasters, técnicos de som ao vivo e criadores de conteúdo.
Reconhecida por seu papel histórico no som de Hollywood, a empresa traz para o ambiente das DAWs parte da tecnologia presente em suas consolas MPC, usadas em grandes produções cinematográficas.
Ao longo de mais de cinco décadas, a Harrison esteve por trás do som de franquias como Indiana Jones, Spider-Man, James Bond, Jurassic Park, Harry Potter, Bohemian Rhapsody e Ford v Ferrari. O novo plug-in busca aplicar esse padrão de processamento a tarefas cotidianas, como diálogos gravados em ambientes desafiadores, vozes com baixo nível de sinal ou registros comprometidos por ruído ambiente.
O DeNoiser oferece redução de ruído rápida e transparente, preservando o timbre original da voz sem introduzir artefatos perceptíveis. Para isso, incorpora cinco faixas de denoise, quatro modos de relação sinal-ruído (SNR) e seis controles multibanda, que permitem ajustes precisos por frequência. Sua tela de espectro dinâmico exibe em tempo real o sinal de entrada, a impressão do ruído e a redução aplicada.
O sistema opera com zero amostras de latência, o que facilita seu uso em transmissões ao vivo, fluxos acelerados de pós-produção ou setups híbridos de estúdio. Além disso, conta com presets projetados para problemas comuns de voz e diálogo, entregando soluções rápidas em projetos com prazos apertados.
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Principais recursos
Processamento em tempo real com latência zero Cinco faixas de redução e quatro modos SNR Seis deslizadores multibanda para ajuste por frequência Limpeza transparente, sem artefatos Visualização em tempo real do espectro e da redução aplicada Presets para problemas recorrentes de voz e diálogo
Uma atualização do CDX14-3030 com melhorias em linearidade, durabilidade e resposta em altas frequências
A Celestion anunciou o CDX14-3035, um driver de compressão de alta frequência com saída de 1,4 polegada e diafragma de titânio em peça única. O novo modelo, parte da linha CDX14, substitui o CDX14-3030 e traz melhorias voltadas a maior potência, sensibilidade otimizada e flexibilidade para aplicações de reforço sonoro.
O CDX14-3035 eleva a potência nominal para 120 W AES e a potência contínua para 240 W, superando os valores de seu antecessor. O driver também oferece 108 dB de sensibilidade e um ponto mínimo de crossover de 800 Hz (12 dB/oct), ampliando seu campo de aplicações em relação ao modelo anterior. Segundo a empresa, seu desempenho em altas frequências é equivalente ao do CDX14-3045 — versão com ímã de neodímio —, mas em um formato com ímã de ferrita pensado para instalações fixas e sistemas de grande porte, onde custo e robustez são fatores decisivos.
O projeto utiliza um diafragma e suspensão de titânio em peça única, com geometria revisada para melhorar a linearidade do movimento. Um anel de fixação em polímero de alta temperatura ajuda a reduzir a distorção, enquanto a bobina móvel edgewound de 3 polegadas (75 mm), feita de alumínio revestido de cobre, foi projetada para suportar maiores demandas térmicas e mecânicas. O driver opera com impedância nominal de 8 ohms e possui saída de 35 mm / 1,4 polegada.
No lançamento, Ken Weller, Marketing Manager da Celestion, destacou que o modelo “oferece o desempenho de alta frequência característico da marca em um conjunto com ferrita voltado a soluções economicamente viáveis”, ressaltando a combinação de 108 dB de sensibilidade e 240 W contínuos como fatores essenciais para aplicações que exigem confiabilidade e alto nível de pressão sonora.
Uma nova ferramenta 3D para controlar o Logic Pro e moldar o som no espaço.
A Neumann anunciou o VIS – Virtual Immersive Studio, um aplicativo desenvolvido para o Apple Vision Pro que introduz uma abordagem tridimensional para a mixagem de áudio espacial. Com a ferramenta, a empresa inaugura uma nova etapa na produção imersiva ao permitir que criadores manipulem fontes sonoras como objetos visíveis em realidade aumentada.
O VIS substitui interfaces planas tradicionais por um ambiente 3D no qual é possível visualizar, mover e posicionar elementos sonoros por meio de gestos das mãos. A automação se torna uma ação física, e a mixagem passa a ter um caráter mais performático. Segundo a empresa, a intenção é permitir que o usuário “toque” o som e o molde de forma natural.
A aplicação se integra diretamente ao Logic Pro no Mac. Após o emparelhamento, o VIS aparece como um dispositivo dentro do software e pode ser exibido em uma tela virtual ajustável no Vision Pro. A baixa latência do sistema pass-through possibilita interagir com o equipamento físico do estúdio enquanto se trabalha em um espaço de mixagem virtual.
O VIS suporta monitoramento tanto por alto-falantes quanto por fones. Para fluxos móveis ou setups sem monitores físicos, inclui o RIME, plug-in proprietário da Neumann que processa áudio espacial em até 7.1.4. Combinado ao rastreamento avançado de cabeça do Vision Pro, o sistema oferece uma percepção espacial consistente, útil tanto em estúdios profissionais quanto em ambientes remotos.
Desenvolvido com base nas tecnologias AMBEO, o VIS incorpora algoritmos de acústica virtual projetados para criar uma sensação mais realista do espaço sonoro. Essa infraestrutura técnica torna a experiência imersiva mais precisa e acessível, reduzindo a complexidade comum dos fluxos de trabalho em áudio 3D.
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Principais recursos
Ambiente visual 3D para mixagens espaciais no Apple Vision Pro
Posicionamento de fontes sonoras por gestos
Integração completa com o Logic Pro no Mac
Visualização geral de todos os objetos de áudio
Rastreamento de cabeça com 3 graus de liberdade
Compatibilidade com monitoramento por alto-falantes ou fones via RIME
Com o VIS, a Neumann incorpora a computação espacial ao fluxo profissional de mixagem e oferece um sistema que combina hardware, software e gestos em um único ambiente. A empresa destaca que a tecnologia faz parte de uma estratégia mais ampla para impulsionar o uso de áudio imersivo e apoiar a evolução dos formatos tridimensionais.