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As sete lojas da Carneiro Instrumentos Musicais

Sendo uma loja familiar, a Carneiro Instrumentos Musicais cresceu muito desde sua criação, tendo hoje várias sucursais e um amplo mix de produtos também disponível on-line

Fabrício C. Dias

Fabrício C. Dias

A história da Carneiro Instrumentos Musicais é bastante curiosa. Em 1970 foi fundada pelos pais de Fabrício C. Dias, atual diretor comercial, a Perfumaria Carneiro, uma pequena loja na cidade de Cachoeiro de Itapemirim (ES), que revendia produtos do segmento de perfumaria, artigos femininos etc.

Quando perceberam a evolução do setor de perfumaria para dentro dos supermercados, optaram por mudar de ramo. Foi assim que em 1988 passaram a trabalhar com instrumentos musicais.

Atualmente a família tem sete lojas, sendo seis físicas e um e-commerce, essa última ferramenta uma indiscutível exigência do mercado hoje. “A gente apenas participa de acordo com as regras atuais. O mundo mudou. Não existe mais varejo sem web”, disse Fabrício.

“O negócio on-line é minucioso, digo até perigoso. Para a operação ficar no azul, não posso considerar alguns custos, como armazenagem, por exemplo. Isso é absurdo! Qualquer custo que a gente inclua na planilha a operação vai para o vermelho. Alguns grandes players do comércio eletrônico no País divulgam constantemente prejuízo nas suas operações. O apelo pelo preço é muito forte e alguns fatores, como conforto em receber o produto em casa, ficam em segundo plano. Eu poderia afirmar ou até concordar que os ambientes se complementam se houvesse uma harmonia entre os preços, mas não é isso que acontece”, refletiu.

captura-de-pantalla-2017-01-11-a-las-13-01-59Apesar disso, o empresário destacou o fato de chamar muito a sua atenção a velocidade com que conseguem apurar os resultados e fazer a leitura físico-financeira da empresa. “Considero nossa gestão bem amadurecida, tendo em vista que viemos de um modelo de administração familiar”, adicionou.

Lojas físicas

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Com venda não só no próprio Estado, mas também em outros, a rede de lojas se encontra distribuída em diferentes cidades no Espírito Santo. A matriz fica no centro de Cachoeiro de Itapemirim, enquanto as outras estão em Campo Grande, Cariacica; no centro de Colatina; no Shopping Mestre Álvaro, em Serra; e duas em Vila Velha, uma no centro e outra em Praia da Costa.

O mix de produtos é bem parecido, com algumas ressalvas, trabalhando com as principais marcas do mercado. O estoque está dividido entre os grupos de instrumentos de cordas, percussão, teclas, arco, sopro, áudio e acessórios, sendo o violão sempre o produto mais vendido.

inst-criancas-copiaA Carneiro Instrumentos Musicais também importa caixas acústicas sob a marca TCD, a grande maioria para consumo. O excedente é distribuído para algumas lojas parceiras.

“Também temos marcas nacionais. Algumas delas são muito bem-aceitas entre os clientes”, contou o diretor comercial.

Mais serviços

Além da venda de instrumentos e equipamentos de áudio, a loja oferece alguns serviços básicos como troca de cordas, tarraxas e montagem de cabos, entre outros. Coisas simples que o cliente sempre necessita de última hora, mas quando o serviço é complexo, a equipe da loja indica parceiros, como luthiers e profissionais de áudio.

“Temos alguns fatores diferenciais, como o mix de produtos bem completo, equipe especializada com um turnover muito baixo e área física das lojas bem bacana, de extremo bom gosto. Alguns clientes se encantam com o design das lojas. Na loja de Serra temos uma sala de pianos encantadora”, detalhou Fabrício.

Também costuma fazer, em parceria com fornecedores, eventos como workshops e demos, além de usar o Facebook como “mais uma forma de se comunicar e levar informações ao cliente. Alguns preferem nos enviar mensagens pelo Facebook a entrar no loja-cachoeiro5501nosso SAC. É mais uma forma de estar próximo do cliente”.

Época de organização

Segundo Fabrício, o momento é de dúvidas com relação a crescer. As vendas são menores do que no exercício passado, porém o resultado é maior. “Talvez o melhor a fazer seja ficar quietinho por um tempo. Certamente continuaremos fazendo workshops e demos em 2017, pois fazem parte do nosso formato de negócio.”

Falando no comércio em geral, ele afirmou: “Tivemos uma queda de vendas dentro da média nacional do varejo. As empresas precisam se adaptar à nova realidade da economia. Quem mexeu sobreviveu. Não acredito que voltaremos aos números de 2010 a 2013 tão breve. Me preocupa também o fato de a oferta estar maior que a demanda. Oferecemos de uma forma geral mais produtos do que a capacidade atual do mercado em consumir. Sentimos isso no dia a dia das lojas. As consequências são óbvias”.

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