Os instrumentos de percussão artesanais da AP Drums se diferenciam desde o começo da empresa pela matéria-prima que oferecem: uma ampla variedade de metais, junto com o processo de fabricação feito à mão
Em meados de 2009, quando Alechsandro Pereira dos Santos, proprietário da AP Drums, era somente músico, percebeu a necessidade de fazer algumas alterações no seu kit de percussão por conta da falta de espaço tanto no palco como no ônibus da banda, e teve a ideia de compactar seus instrumentos. Assim nasceu a AD Compact Instruments.
Essa necessidade não era apenas dele, pois outros percussionistas falavam sobre o assunto, e Alechsandro começou a pensar em fabricar para outros músicos também. “Na época tive muita ajuda de um grande parceiro, Dalton (sócio da banda). Como ele tinha alguns maquinários em casa, começamos a pôr em prática e a executar os primeiros pedidos. Para se ter ideia, tinha percussionista que me ligava apavorado que se não mudasse seus instrumentos para uma linha compacta, seria demitido. Depois, com o passar do tempo, os pedidos se tornaram frequentes e comecei a fabricar tanto a linha compacta como as linhas tradicionais de instrumentos de percussão, passando também a construir caixas de baterias e outros. Assim, a AD Compact Instruments passou a ser AP Drums Custom Drums & Percussion, fundada em abril de 2011. Hoje temos uma gama infinita de produtos, haja vista que trabalhamos com linhas custom, atendendo cada pedido de forma personalizada e sob encomenda”, comentou o proprietário da empresa.
Alechsandro Pereira dos Santos
Linhas padronizadas e custom
A AP fabrica toda uma linha de percussão e bateria, bem como peças avulsas e customizadas, mas também tem linhas padronizadas de instrumentos em série, porém o carro-chefe são as linhas custom.
Tudo é feito de um “simples ateliê que funciona nos fundos da casa da minha mãe. É dali que saem todos os instrumentos que fabricamos, peça a peça… ou seja, 90% das peças que constituem um instrumento são fabricadas em nosso ateliê, de forma artesanal mesmo, sem maquinários industriais, apenas algumas máquinas de baixo custo e ferramentas necessárias para construção das peças. Aliás, é o que dificulta e muito a questão da rápida produção, uma necessidade muito cobrada por parte de nossos clientes e parceiros lojistas”, explicou.
Publicidade
Os pedidos são feitos somente sob encomenda, então, quando um cliente entra em contato com a empresa pedindo um instrumento do jeito que ele quer, ele é fabricado. “Nós literalmente fabricamos sonhos, tiramos do papel o projeto do baterista/percussionista. Ele pode escolher entre modelos já feitos, bem como desenhar sua peça de acordo com suas ideias. Lógico que muitas vezes eles chegam sem ideia formada, aí ajudamos dando alguns ‘pitacos’ para assim desenvolver e instigar sua criatividade.”
Materiais e vendas
Os instrumentos da AP Drums se destacam justamente pelos metais com que são construídos. Cerca de 95% dos pedidos são para os materiais que a empresa usa desde o início: metais especiais como aço inox (stainless steel), alumínio, latão (brass), cobre (cooper) e também o aço carbono (ferro). “Pouco somos procurados para usar a madeira como matéria-prima. Também trabalhamos em algumas linhas com o acrílico”, detalhou.
“Tivemos vários modelos de peças que foram um grande desafio. Porém, a mais marcante e que mais trabalho deu com certeza foi um projeto do Paulinho Fonseca (Jota Quest), que pediu para fazer uma caixa giratória, e então criamos juntos a Fast Tune Snare AP Drums. A caixa tem como principal característica a afinação fácil, em que, girando a peça, você consegue ajustar a sonoridade que desejar rapidamente sem necessidade de usar os parafusos”, lembrou Alechsandro.
A comercialização dos produtos é feita de forma virtual, por meio da loja no site da empresa, redes sociais, WhatsApp, telefone e e-mail. “Logicamente que temos o atendimento presencial em nosso ateliê, porém cerca de 95% de nossos atendimentos são de forma virtual. Atendemos o consumidor final e algumas seletas lojas no Brasil. Temos clientes em todos os continentes, ou seja, somos muito procurados por clientes fora do Brasil, principalmente percussionistas.”
Além das redes sociais, a AP conta com o AP Team, o casting de artistas que ajuda a promover a marca e seus produtos. “Estamos bem representados, com músicos de referência regional, nacional e internacional. Desde o início este foi nosso maior foco: estar no meio dos grandes. Sabendo escolher esses parceiros, alavancamos e impulsionamos a marca de tal maneira que isso se reflete lá na frente, com indicações e, consequentemente, vendas. Logo, sempre estamos no meio dos grandes.”
Publicidade
Procura e demanda
Falando sobre o diferencial dos produtos da marca, o proprietário contou que certamente é a matéria-prima usada: “Iniciamos a fabricação de nossas caixas usando os metais. Isso foi um ‘chute na gaveta’ que demos. Sabe por quê? Porque no mercado existiam poucas caixas em metal, e a grande maioria dos bateristas brasileiros não era muito fã de caixas de aço/metal, haja vista a questão de timbre e sonoridade, ou seja, elas não eram benquistas apenas pelo fato de serem a minoria no mercado, poucos usavam. Mas foi só nossas caixas chegarem às mãos de alguns bateras de grande influência que essas opiniões mudaram drasticamente. Hoje cerca de 95% de nossas caixas são fabricadas em aço inoxidável. Somos procurados justamente pela identidade da marca, nos tornamos especialistas nesse nicho”.
Ele contou que devido ao amplo tamanho do segmento, a empresa recebe pedidos e consultas para baterias compactas, mas também para superbaterias, com tambores grandes e vintage. “Cada vez mais somos procurados para projetos ousados, coisas que as grandes marcas não atendem. Tipo medidas dos tambores fora do padrão ou do tradicional, acabamentos diferentes dos que hoje são apresentados. Desenvolver baterias inspiradas em alguns modelos de grandes marcas internacionais, mas que fogem do orçamento dos brasileiros”, disse.
Tendo em mente um crescimento saudável, a AP planeja ampliar sua produção no futuro, contratando funcionários e adquirindo alguns maquinários necessários para acelerar a produção e a entrega dos pedidos. “Também queremos, de forma gradativa, entrar no mercado de baterias com mais força, atendendo assim mais lojistas com linhas de entrada e linhas custom com valor competitivo. Enfim, queremos no próximo ano poder aceitar os convites feitos por feiras de música e participar literalmente de todas que pudermos”, concluiu.
A JBL Music Academy iniciou sua fase principal reunindo 30 artistas do mundo todo para uma imersão completa no universo da indústria musical.
Entre os dias 9 e 14 de novembro, os participantes viajaram a Amsterdã para uma semana de workshops, masterclasses e sessões de estúdio nos prestigiados STMPD Studios — espaço criado pelo DJ e embaixador global da JBL, Martin Garrix.
Em sua terceira edição, o programa amplia horizontes ao incluir também a participação do cantor e compositor Benson Boone, outro embaixador global da marca. Além de conhecerem os bastidores do show do artista na Ziggo Dome, os selecionados tiveram acesso exclusivo ao backstage e a uma imersão no processo criativo do cantor.
A programação reúne temas essenciais para quem deseja se profissionalizar no mercado fonográfico: produção musical e design de som, branding e PR, negócios, streaming e distribuição, direitos autorais, composição e uso de inteligência artificial. Depois das aulas, cada participante pôde aplicar as técnicas aprendidas em sessões práticas de estúdio. Brasil entre os destaques da edição
Pela primeira vez com pré-seleção no Brasil, dois jovens talentos nacionais foram escolhidos para integrar o grupo internacional.
Publicidade
A cantora Calena, de 29 anos, nasceu no Rio de Janeiro e chamou atenção pela fusão entre R&B, pop e elementos orgânicos, criando uma estética sonora própria. Com prêmios como o DraftMood da Rádio Mood FM e o título de “Escolha do Público” da página R&B Brasil, ela encerra um ano marcante — que inclui o lançamento do EP sexTAPE — com sua participação na JBL Music Academy.
Outro representante brasileiro é o DJ e produtor carioca Gaddi, de 22 anos, um dos nomes mais promissores da eletrônica nacional. Com mais de 530 mil streams no Spotify e destaque no Beatport, seu single “Afterparty” alcançou o 1º lugar em Tech House e o 2º no Top 100 Overall, consolidando-o no cenário internacional.
Os dois brasileiros chegaram à etapa final após enfrentarem uma disputa global iniciada em abril, que selecionou 10 nomes nacionais para a shortlist. Em setembro, o resultado confirmou a participação na imersão, oferecendo hospedagem, alimentação, transporte e todas as atividades da experiência — incluindo a presença no show de Benson Boone.
O projeto é para jovens de 17 a 24 anos, terá remuneração mensal de R$ 1.745 e as inscrições vão até quarta-feira 19/11.
A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e Economia Criativa e em parceria com o Instituto Criar, oferece uma formação em Audiovisual com auxílio mensal de R$1.745, mais alimentação, para jovens de 17 a 24 anos.
As inscrições para o programa ficam abertas até a próxima quarta (19). Para se inscrever, é necessário procurar um Aliado Social próximo do seu território para te indicar e “apadrinhar” a entrada no projeto. A lista de aliados pode ser acessada clicando aqui.
Durante um ano, com aulas integrais de segunda a sexta, os estudantes podem escolher se especializar em Fotografia, Direção de Arte, Roteiro, Produção, Pós-Produção, Áudio ou Tecnologia. O primeiro ciclo do curso é de experimentação em todas as áreas e depois é possível escolher em qual área se aprofundar. Para finalizar, será feito um Projeto Experimental de Curso (PEC).
Em 2024, pesquisa encomendada pela instituição, realizada pela Quaest, mostrou que 88% dos veteranos do curso estavam trabalhando, sendo 76% na área do audiovisual e da tecnologia; 83% afirmaram ser a pessoa com maior salário da sua família; 60% dos formados pelo Criar não moram na mesma casa de quando eram estudantes e 88% foram para um lugar melhor e mais propício para carreira.
Os indicadores apontaram ainda que 23% tornaram-se educadores; 30% começaram uma organização para gerar impacto social. 47% dos veteranos participam ou já participaram de algum coletivo audiovisual periférico, realizando trabalhos autorais com autenticidade e revelando o potencial dessa identidade nas novas narrativas e estéticas.
Conteúdo do curso:
Animação: introdução ao stop motion e à animação 2D;
Assistência de Direção: acompanhamento criativo e técnico da direção, com foco em planejamento de set e continuidade narrativa;
Áudio: captação, trilhas sonoras e finalização de áudio;
Direção de Arte – Caracterização: cabelo, maquiagem e figurino, voltados à construção de personagens e à criação da imagem;
Direção de Arte – Cenografia: concepção de cenários, produção de objetos, contrarregragem e ambientação;
Fotografia: fundamentos de câmera, iluminação e maquinária;
Produção: práticas de produção executiva, coordenação e gestão de set;
Pós-Produção: montagem, colorização e finalização;
Roteiro: estudo da linguagem cinematográfica, escrita criativa e elaboração de roteiros para diferentes formatos.
Pré-requisitos:
1- Ser domiciliado no Município de São Paulo há, no mínimo, 2 (dois) anos. 2- Ter entre 17 e 24 anos – especificamente ter nascido entre 24 de fevereiro de 2001 e 23 de fevereiro de 2009; 3- Pertencer à família com rendimento mensal per capita igual ou inferior a 1 (um) salário-mínimo nacional vigente, ou seja, valor base de R$1.518,00, computando-se a totalidade dos rendimentos brutos dos membros da família, oriundos do trabalho e/ou de outras fontes de qualquer natureza, incluindo-se os benefícios e valores concedidos por órgãos públicos ou entidades particulares 4- Não ter participado de outro projeto com bolsa trabalho por mais de 14 meses; 5 – Não estar recebendo seguro desemprego no início das aulas. 6 – Ensino médio a concluir em 2025 ou já concluído (comprovado por diploma, declaração de conclusão ou que está para concluir); 7 – Ter o período integral, de segunda a sexta-feira, livre para a frequência das atividades obrigatórias, tendo em vista o cumprimento da carga horária para a obtenção do certificado de conclusão; 8 – Ser indicado por um aliado social que são organizações sociais, espaços culturais, escolas, coletivos culturais ou veteranos das turmas 1 a 20.
Publicidade
9 – Aptidão para Audiovisual.
Segunda Etapa
Entrevista ONLINE – 10 a 12 de dezembro 2025
Resultado Final – 15 de dezembro de 2025
Para mais informações, clique aqui. Em caso de dúvida envie e-mail para processoseletivo@institutocriar.org ou 11 995542391.
Quais modelos lideram e quais tendências explicam seu sucesso.
Do “valor seguro” das linhas intermediárias ao auge dos formatos compactos: chaves para distribuidores e músicos.
Antes de começar: existe um ranking “oficial”?
Não existe um levantamento público e global por modelo que cubra todas as marcas e países em tempo real. Ainda assim, guias de compra de grandes varejistas e listas de “top sellers” permitem identificar modelos que se repetem em 2025 e, sobretudo, entender por que se vendem. Esta análise cruza essas fontes com relatórios de mercado para delinear tendências úteis para o público profissional.
Os modelos que mais “aparecem” em 2025
Exemplos recorrentes em guias e listas atacadistas (não é ranking absoluto; referência de mercado):
Yamaha Stage Custom Birch (shell pack) – O “cavalo de batalha” da linha intermediária: madeira de bétula, confiabilidade e relação custo-benefício que a mantêm entre as recomendações de 2025. Ideal para escolas, backline e estúdio móvel.
Pearl Export EXX / Roadshow – A Export continua como padrão de entrada/intermediário; a Roadshow atrai iniciantes com kits completos “prontos para tocar”.
Gretsch Catalina Club (Jazz) – Formato compacto que cabe em palcos pequenos sem perder personalidade; muito vista em listas europeias.
Tama Imperialstar / Starclassic (segmentos distintos) – Imperialstar (entrada-média) por pacote completo e hardware robusto; Starclassic para usuários avançados.
Ludwig Breakbeats – Kit urbano/portátil que responde ao crescimento de espaços reduzidos e apresentações rápidas.
Mapex Mars – Opção intermediária com cascos de bétula e acabamentos atrativos pelo preço. (Presente de maneira consistente em guias de 2025.)
Em grandes varejistas como Thomann, os “mais vendidos” mostram alta rotatividade de kits de entrada (Millenium, Startone) e kits compactos de marcas tradicionais (Gretsch, Yamaha, Pearl), o que ilustra onde está o volume e para onde vai a demanda.
Seis tendências que explicam por que se vendem
Linha intermediária que rende como “pro light” A maior parte do volume está em kits intermediários: cascos de bétula/mogno, hardware estável e preço sensato. Para escolas, igrejas, espaços e home-studio, o equilíbrio preço-desempenho prevalece. Por isso Stage Custom, Export, Mars, Renown etc. permanecem.
Formatos compactos e “city kits” Apresentações em bares, estúdios caseiros e palcos pequenos impulsionam configurações 18”/12”/14” (como Catalina Club ou Breakbeats). Menos volume físico + facilidade logística = mais vendas.
Publicidade
Kits completos para iniciantes Bateria + ferragens + pratos + banco = baixa barreira de entrada. Roadshow e kits equivalentes aparecem constantemente entre os mais vendidos na Europa.
Profissionais e escolas buscam “valor confiável” Backlines e conservatórios priorizam durabilidade e reposição de peças; logo, linhas históricas de Yamaha/Pearl/Tama/Ludwig mantêm rotação estável em 2025.
Mercado global em crescimento moderado Relatórios apontam CAGR entre ~5% e 6% para baterias nos próximos anos, com educação musical e eventos ao vivo como motores. (Valores variam conforme a metodologia, mas a tendência é de expansão.)
Europa mostra o “mix” real Os “top sellers” europeus combinam marcas globais (Gretsch, Yamaha, Pearl, Tama, Ludwig) com marcas próprias de varejistas (Millenium/Startone) na base do volume. É uma foto clara da pirâmide de demanda: entrada massiva + linha média forte + nicho premium.
O que isso significa para o negócio (distribuidores, marcas, artistas)
Varejo/distribuição: garantir estoque de kits intermediários e pacotes para iniciantes com entrega rápida; reforçar exposição de kits compactos. Combinar com financiamento e bundles (pratos/estojos).
Marcas/fabricantes: manter séries essenciais com melhorias incrementais (acabamentos, ferragens, cascos híbridos) e não ignorar pacotes completos; oferecer kits compactos e opções “shell pack” para músicos avançados.
Educação/artistas: demanda contínua por clínicas e programas escolares; parcerias com escolas e backlines impulsionam a rotação na linha intermediária.
América Latina: o padrão global se repete: kits entry e mid-price dominam por poder aquisitivo, logística e espaços; pós-venda (peles, ferragens, pratos) é fonte essencial de margem.
Checklist rápido (2025)
Se está começando: Pearl Roadshow / kits “tudo incluso”
Se quer upgrade com segurança: Yamaha Stage Custom Birch, Mapex Mars, Gretsch Renown/Catalina Club
Se precisa de compacto: Ludwig Breakbeats, Gretsch Catalina Club Jazz
Se é profissional e já tem pratos/hardware: shell packs premium (Tama Starclassic, DW, Ludwig Legacy) conforme orçamento e estilo
Em 2025, as acústicas mais vendidas não são necessariamente as mais caras: vencem os kits intermediários com pedigree, os pacotes completos para começar sem atrito e os compactos que cabem em qualquer palco.
Para os compradores, a regra de ouro é clara: consistência + logística + contexto de uso. Para os vendedores, a oportunidade reside em selecionar os produtos por segmento e situação de uso, e não apenas por marca.