Dentre os resultados da reunião está a criação do Conselho Brasileiro de Microfones para a regulamentação e fiscalização dos produtos no País
Por Flávio Bonanome (Panorama Digital)
A Anatel recebeu hoje (15) em Brasília uma comitiva da indústria de microfones, junto da Anafima (Associação Nacional da Indústria da Música), para debater normativas, políticas de fiscalização e regulamentação do uso de sistemas sem-fio no Brasil.
A reunião aconteceu na sede da agência e teve como anfitrião o Superintendente de Outorga e Recursos a Prestação, Sr.Vitor Elísio.
Durante o encontro, representantes das marcas Shure, Sennheiser, AKG/Harman, Kadosh e TSI debateram com os responsáveis possíveis atualizações da Resolução 680 que dita as regras sobre o uso de microfones sem fio no país. “A idéia é abrir um canal de comunicação com a Anatel para que possamos enviar sugestões para regulamentação aos moldes do que é hoje usado em outros países da América do Norte e Europa”, explicou John Lopes, representante da Shure do Brasil na reunião.
Como forma de estabelecer este diálogo, a reunião de terminou a criação do Conselho Brasileiro de Microfones, composto pelas fabricantes presentes e outras empresas já associadas à Anafima.
O papel do grupo será oferecer pareceres técnicos relativos à homologações e também diretrizes de fiscalização no que diz respeito à pirataria e sistemas funcionando fora das normas técnicas estabelecidas.
Esta ação da indústria vem em um momento de transição em que a Anatel resolveu não mais homologar sistemas acima dos 700 MHz a partir de 2018, por questão de sessão destas faixas de frequência para as operadoras de redes móveis.
Apesar de estes sistemas continuarem funcionando, conforme a banda for migrada para seu novo uso, os usuários sofrerão interferências que inviabilizarão o uso dos sistemas em determinadas regiões. “Foi a primeira vez que houve uma reunião com a indústria de microfones e as autoridades regulatórios no Brasil.
Ser parte disso deixa a Anafima muito orgulhosa de sua atuação para com o mercado brasileiro”, afirmou Daniel Neves, presidente da associação.
Com as colaborações, não só ficará mais fácil e acessível os equipamentos sem-fio importados, como que os fabricantes nacionais poderão se beneficiar da economia de escala em seus componentes.