Nesta entrevista com o presidente da associação Anafima, você vai saber mais sobre as ações realizadas pela entidade no último ano e a realidade do mercado local
A Anafima (Associação Nacional da Indústria da Música) é uma das poucas associações na América Latina que trabalham fortemente para dar suporte aos fabricantes em todo o território brasileiro.
O País passou por um ano turbulento, com mudança de governo e uma indústria transitando entre altos e baixos, mas com boas perspectivas para 2017. Conheça mais nesta entrevista com seu presidente Daniel Neves.
Como foi 2016 para os fabricantes de instrumentos?
Percebemos que a valorização do dólar, somada à forte crise econômica e política que o País vem atravessando, foi um fator que impulsionou as empresas para a exportação. Por outro lado, no mercado interno, ainda pela instabilidade do dólar, o varejo busca previsibilidade, e nesse caso as fábricas têm condição de prover esse requerimento.
A Associação ganhou mais sócios?
Sim, a cada mês a Anafima amplia sua base de associados e parcerias no mercado. Hoje a entidade conta com quase cem sócios participando ativamente.
Mudou em algum sentido a situação para os fabricantes com a troca de governo?
Sem entrar no aspecto partidário, a instabilidade política no primeiro semestre foi de uma tensão inenarrável. Com a definição do novo presidente, houve uma ligeira melhora, mas muito aquém do que o País deve ter.
Que atividades a Associação tem realizado para seus membros em 2016?
Iniciamos uma conversa próxima com Paulo Skaf, presidente da Fiesp, e com isso desenvolvemos ao longo do ano um planejamento com o Sebrae para oferecer cursos moldados às necessidades do setor. No campo da profissionalização de mão de obra, o Senai irá capacitar profissionais de instalação de som. Para as empresas que exportam, em parceria com diversas instituições, lançamos mais de 50 eventos capacitando para o mercado internacional. E em parceria com a NAMM Foundation, dos Estados Unidos, atuamos no Dia Nacional do Ensino da Música e lançamos mais um comercial on-line para promover a prática da música no Brasil.
Como vê a atividade de vendas no mercado brasileiro?
Com maior profissionalismo e futuro promissor. As empresas estruturaram suas marcas e diferenciais competitivos, e o varejo percebe o pensamento de longo prazo desses empresários. A venda também é consequência disso.
Há mais interesse na exportação para outros países?
Sim, pretendemos fechar o ano com uma ampliação na casa dos 15% em relação a 2015.
A Anafima está oferecendo mais benefícios para os sócios esse ano?
O ano de 2017 será de grande crescimento para a Anafima. Temos previstas diversas ações para o desenvolvimento setorial com as empresas e o varejo e fora do País, com exportação e valorização do Made in Brazil.
O que você acha que acontecerá com o mercado de instrumentos em 2017?
O mercado de áudio e instrumentos necessita compreender o novo consumidor, quem disputa o mercado conosco e como isso afeta os negócios. Se não houver uma profunda reflexão sobre essas questões, o mercado flutuará ao acaso. A Anafima irá trabalhar com os líderes do mercado para evitar isso. Queremos integrar, dar direção e inspirar o mercado, pois todos amamos o que fazemos.
Mais informações: www.anafima.com.br