A Solid Sound está completando quase três décadas de vida, com inovação na categoria de cases e estratégias constantes para se reinventar e crescer no mercado local e americano
O primeiro produto criado pela Solid Sound foi uma correia de guitarra, estampada em serigrafia, modelo que obteve um primeiro pedido de 300 unidades. A produção levou quase um mês, mas o conselho recebido daquele lojista ajudou a abrir caminho. Ele sugeriu a produção de capas, pois não havia uma fábrica nacional especializada em instrumentos musicais.
Equipe Solid Sound
A Solid Sound começava assim a entender e a responder à demanda do mercado de instrumentos, até então muito restrito. Em 1990, o Brasil abriu suas portas para a importação. O mercado sofreu forte influência com essa mudança. Com o surgimento de novas lojas e empresas importadoras, as grandes marcas mundiais começaram a chegar e a ser vendidas no Brasil.
Nesse cenário foram criados os primeiros modelos de correias e capas da Solid Sound. O mercado os recebeu muito bem e as vendas alavancaram o crescimento da empresa.
No final dos anos 90, depois da construção da sede e de turbulências no mercado, a empresa mudou com a saída de um dos sócios. Foi quando Paulo Peceniski, sócio-fundador da Solid Sound, agora ajudado por seu pai (sr. Jacob), lutou para manter a empresa viva. Juntos, mudaram o sistema produtivo, ampliaram a recém-criada linha SemiCase e conseguiram reverter o quadro.
Mas em 2005 os importados começaram a fazer muita concorrência com os nacionais. Hora de mudar novamente e buscar estratégias. Em 2007 é iniciada uma nova fase, com a importação de novos modelos de acessórios. A importação aumentou o mix de produtos, o que novamente impulsionou toda a linha.
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A partir de 1997, a Solid Sound passou a operar em um galpão projetado e construído especialmente para a empresa, desde então ampliado por duas vezes. Está localizado na Cidade Industrial de Curitiba, próximo ao Parque Passaúna, área de preservação ambiental.
A equipe, em sua maioria, é formada por funcionários com muito tempo de casa, juntos há mais de 20 anos. Na sede trabalham 15 pessoas, entre escritório e produção, onde gerenciam a logística de armazenamento, produção e distribuição. Também fazem parte do processo produtivo oito oficinas externas, que produzem parte dos produtos nacionais.
M&M: O que significam essas quase três décadas para vocês?
Paulo: Significa fazer parte da criação e desenvolvimento do mercado de instrumentos musicais no Brasil. Lançamos produtos que modificaram o conceito de transporte e cuidados de instrumentos. Por exemplo, quando o SemiCase foi criado, não existia esse conceito de produto, havia somente cases ou capas. A Solid Sound desenvolveu uma nova categoria de produto que hoje é usada por todos.
Semi case – costura
Recentemente, além dos produtos nacionais, estreitamos a relação com nossos fornecedores chineses e juntos desenhamos alguns modelos, entre os quais está a linha de capas LT, em couro sintético, sucesso de vendas. Nesses anos todos tivemos de nos reinventar muitas vezes, lançando produtos, criando novos conceitos, importando e nos adaptando às novas necessidades e realidades.
M&M: Como pensam encarar o futuro para continuar tendo sucesso?
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Paulo: Já passamos por várias fases no Brasil, mas essa especialmente tem se mostrado acentuada e pegou o setor de instrumentos musicais em cheio. Durante esse período crítico que estamos passando, fizemos várias adaptações na empresa, tanto em termos de pessoal, quanto em nossa linha de produtos. Com a grande oscilação do dólar, restringimos a importação de algumas linhas e nos voltamos para nossa vocação de fabricação.
Estamos pesquisando formas mais eficientes e ágeis de produção, que impactem positivamente em custos e resultem em produtos mais baratos. Também estamos investindo em nossa linha esportiva (Solid Sport), lançando novos produtos e buscando nos posicionar nesse mercado.
M&M: O que você pode nos contar do escritório nos Estados Unidos?
Paulo: A ideia de distribuir nossos produtos nos EUA era antiga, iniciando no começo dos anos 2000 com um importador americano que acabou não dando continuidade ao negócio. Em 2013 decidimos tentar novamente. Nos preparamos por mais de um ano, trabalhando em várias frentes: montamos o nosso website americano de vendas no varejo, alugamos um ponto, que serviria de depósito e showroom/loja, e contratamos um representante para visitar todas as lojas da Bay Area e também norte e sul da Califórnia.
Testando o mercado de todas as formas, seguimos a tendência. Começamos a estudar as formas de vender por meio da amazon.com. Em março de 2016, iniciamos nossas vendas pela FBA (fulfiment by amazon), em que você manda seus produtos para os galpões da Amazon e eles cuidam do armazenamento e envio dos produtos. Também trabalhamos as duas outras formas de venda, inserindo os produtos no site e enviando direto para o cliente final quando vendido.
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Atualmente nosso estoque está armazenado em Cochela Valley, no sul da Califórnia, com uma estrutura enxuta, de onde são distribuídos os produtos. Continuamos nossas vendas na Amazon e atendemos algumas lojas somente na Califórnia. A venda para os outros estados ainda não se mostrou possível. Não temos representantes e a questão do frete quase inviabiliza grandes volumes, que é o caso de cases e bags.
M&M: Conte sobre a fábrica.
Paulo: O processo produtivo é feito em duas etapas: a interna, que se inicia em nosso galpão, e a externa, que acontece nas oficinas terceirizadas. Para isso criamos todo um processo de separação das etapas de trabalho, assim como controles para conferência do que sai e entra.
Há 17 anos desenvolvemos um produto inédito, posso dizer no mundo, que é o nosso SemiCase. Produto híbrido entre a capa e o estojo. Fizemos muito sucesso com essa linha, tanto que se tornou categoria de produto — muitos fabricantes e importadores utilizam esse nome, criado por nós. A linha de SemiCase cresceu e nos dá um diferencial; só a Solid Sound tem em linha esses cases para teclado, bateria, sopro, cordas e pedais.
Procurando opções para a reciclagem do EVA usado na fabricação dos SemiCases, desenvolvemos o Bloco de Concreto Leve. As aparas restantes são moídas e misturadas com cimento, cal e pó de areia. O resultado são blocos com qualidade de isolamento acústico que podem ser usados em estúdios, cabines acústicas e na divisão de ambientes. O Bloco Maciço foi certificado pelo IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas da USP) e apresentou ótimos índices de redução sonora. Com este bloco erguemos nossa casa, com 550 m2 de área construída, onde foram utilizados 11 mil blocos fabricados em nossa sede.
Estamos buscando soluções técnicas para fabricar com mais eficiência, logo mais agilidade e preços melhores. Estamos também em fase de pesquisa para montar novas linhas de produção com novos produtos, que esperamos lançar no segundo semestre, na época das feiras, em setembro/outubro.
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Somos bem conhecidos por músicos que estão na estrada há muito tempo. Mas temos notado que o público joven, que está entrando agora no mercado, não tem o mesmo conhecimento. Nosso trabalho é nos apresentar a esse público, este é o nosso foco agora no Brasil. No exterior, o caminho é bem mais longo, estamos no começo da estrada!
A JBL Music Academy iniciou sua fase principal reunindo 30 artistas do mundo todo para uma imersão completa no universo da indústria musical.
Entre os dias 9 e 14 de novembro, os participantes viajaram a Amsterdã para uma semana de workshops, masterclasses e sessões de estúdio nos prestigiados STMPD Studios — espaço criado pelo DJ e embaixador global da JBL, Martin Garrix.
Em sua terceira edição, o programa amplia horizontes ao incluir também a participação do cantor e compositor Benson Boone, outro embaixador global da marca. Além de conhecerem os bastidores do show do artista na Ziggo Dome, os selecionados tiveram acesso exclusivo ao backstage e a uma imersão no processo criativo do cantor.
A programação reúne temas essenciais para quem deseja se profissionalizar no mercado fonográfico: produção musical e design de som, branding e PR, negócios, streaming e distribuição, direitos autorais, composição e uso de inteligência artificial. Depois das aulas, cada participante pôde aplicar as técnicas aprendidas em sessões práticas de estúdio. Brasil entre os destaques da edição
Pela primeira vez com pré-seleção no Brasil, dois jovens talentos nacionais foram escolhidos para integrar o grupo internacional.
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A cantora Calena, de 29 anos, nasceu no Rio de Janeiro e chamou atenção pela fusão entre R&B, pop e elementos orgânicos, criando uma estética sonora própria. Com prêmios como o DraftMood da Rádio Mood FM e o título de “Escolha do Público” da página R&B Brasil, ela encerra um ano marcante — que inclui o lançamento do EP sexTAPE — com sua participação na JBL Music Academy.
Outro representante brasileiro é o DJ e produtor carioca Gaddi, de 22 anos, um dos nomes mais promissores da eletrônica nacional. Com mais de 530 mil streams no Spotify e destaque no Beatport, seu single “Afterparty” alcançou o 1º lugar em Tech House e o 2º no Top 100 Overall, consolidando-o no cenário internacional.
Os dois brasileiros chegaram à etapa final após enfrentarem uma disputa global iniciada em abril, que selecionou 10 nomes nacionais para a shortlist. Em setembro, o resultado confirmou a participação na imersão, oferecendo hospedagem, alimentação, transporte e todas as atividades da experiência — incluindo a presença no show de Benson Boone.
O projeto é para jovens de 17 a 24 anos, terá remuneração mensal de R$ 1.745 e as inscrições vão até quarta-feira 19/11.
A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e Economia Criativa e em parceria com o Instituto Criar, oferece uma formação em Audiovisual com auxílio mensal de R$1.745, mais alimentação, para jovens de 17 a 24 anos.
As inscrições para o programa ficam abertas até a próxima quarta (19). Para se inscrever, é necessário procurar um Aliado Social próximo do seu território para te indicar e “apadrinhar” a entrada no projeto. A lista de aliados pode ser acessada clicando aqui.
Durante um ano, com aulas integrais de segunda a sexta, os estudantes podem escolher se especializar em Fotografia, Direção de Arte, Roteiro, Produção, Pós-Produção, Áudio ou Tecnologia. O primeiro ciclo do curso é de experimentação em todas as áreas e depois é possível escolher em qual área se aprofundar. Para finalizar, será feito um Projeto Experimental de Curso (PEC).
Em 2024, pesquisa encomendada pela instituição, realizada pela Quaest, mostrou que 88% dos veteranos do curso estavam trabalhando, sendo 76% na área do audiovisual e da tecnologia; 83% afirmaram ser a pessoa com maior salário da sua família; 60% dos formados pelo Criar não moram na mesma casa de quando eram estudantes e 88% foram para um lugar melhor e mais propício para carreira.
Os indicadores apontaram ainda que 23% tornaram-se educadores; 30% começaram uma organização para gerar impacto social. 47% dos veteranos participam ou já participaram de algum coletivo audiovisual periférico, realizando trabalhos autorais com autenticidade e revelando o potencial dessa identidade nas novas narrativas e estéticas.
Conteúdo do curso:
Animação: introdução ao stop motion e à animação 2D;
Assistência de Direção: acompanhamento criativo e técnico da direção, com foco em planejamento de set e continuidade narrativa;
Áudio: captação, trilhas sonoras e finalização de áudio;
Direção de Arte – Caracterização: cabelo, maquiagem e figurino, voltados à construção de personagens e à criação da imagem;
Direção de Arte – Cenografia: concepção de cenários, produção de objetos, contrarregragem e ambientação;
Fotografia: fundamentos de câmera, iluminação e maquinária;
Produção: práticas de produção executiva, coordenação e gestão de set;
Pós-Produção: montagem, colorização e finalização;
Roteiro: estudo da linguagem cinematográfica, escrita criativa e elaboração de roteiros para diferentes formatos.
Pré-requisitos:
1- Ser domiciliado no Município de São Paulo há, no mínimo, 2 (dois) anos. 2- Ter entre 17 e 24 anos – especificamente ter nascido entre 24 de fevereiro de 2001 e 23 de fevereiro de 2009; 3- Pertencer à família com rendimento mensal per capita igual ou inferior a 1 (um) salário-mínimo nacional vigente, ou seja, valor base de R$1.518,00, computando-se a totalidade dos rendimentos brutos dos membros da família, oriundos do trabalho e/ou de outras fontes de qualquer natureza, incluindo-se os benefícios e valores concedidos por órgãos públicos ou entidades particulares 4- Não ter participado de outro projeto com bolsa trabalho por mais de 14 meses; 5 – Não estar recebendo seguro desemprego no início das aulas. 6 – Ensino médio a concluir em 2025 ou já concluído (comprovado por diploma, declaração de conclusão ou que está para concluir); 7 – Ter o período integral, de segunda a sexta-feira, livre para a frequência das atividades obrigatórias, tendo em vista o cumprimento da carga horária para a obtenção do certificado de conclusão; 8 – Ser indicado por um aliado social que são organizações sociais, espaços culturais, escolas, coletivos culturais ou veteranos das turmas 1 a 20.
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9 – Aptidão para Audiovisual.
Segunda Etapa
Entrevista ONLINE – 10 a 12 de dezembro 2025
Resultado Final – 15 de dezembro de 2025
Para mais informações, clique aqui. Em caso de dúvida envie e-mail para processoseletivo@institutocriar.org ou 11 995542391.
Quais modelos lideram e quais tendências explicam seu sucesso.
Do “valor seguro” das linhas intermediárias ao auge dos formatos compactos: chaves para distribuidores e músicos.
Antes de começar: existe um ranking “oficial”?
Não existe um levantamento público e global por modelo que cubra todas as marcas e países em tempo real. Ainda assim, guias de compra de grandes varejistas e listas de “top sellers” permitem identificar modelos que se repetem em 2025 e, sobretudo, entender por que se vendem. Esta análise cruza essas fontes com relatórios de mercado para delinear tendências úteis para o público profissional.
Os modelos que mais “aparecem” em 2025
Exemplos recorrentes em guias e listas atacadistas (não é ranking absoluto; referência de mercado):
Yamaha Stage Custom Birch (shell pack) – O “cavalo de batalha” da linha intermediária: madeira de bétula, confiabilidade e relação custo-benefício que a mantêm entre as recomendações de 2025. Ideal para escolas, backline e estúdio móvel.
Pearl Export EXX / Roadshow – A Export continua como padrão de entrada/intermediário; a Roadshow atrai iniciantes com kits completos “prontos para tocar”.
Gretsch Catalina Club (Jazz) – Formato compacto que cabe em palcos pequenos sem perder personalidade; muito vista em listas europeias.
Tama Imperialstar / Starclassic (segmentos distintos) – Imperialstar (entrada-média) por pacote completo e hardware robusto; Starclassic para usuários avançados.
Ludwig Breakbeats – Kit urbano/portátil que responde ao crescimento de espaços reduzidos e apresentações rápidas.
Mapex Mars – Opção intermediária com cascos de bétula e acabamentos atrativos pelo preço. (Presente de maneira consistente em guias de 2025.)
Em grandes varejistas como Thomann, os “mais vendidos” mostram alta rotatividade de kits de entrada (Millenium, Startone) e kits compactos de marcas tradicionais (Gretsch, Yamaha, Pearl), o que ilustra onde está o volume e para onde vai a demanda.
Seis tendências que explicam por que se vendem
Linha intermediária que rende como “pro light” A maior parte do volume está em kits intermediários: cascos de bétula/mogno, hardware estável e preço sensato. Para escolas, igrejas, espaços e home-studio, o equilíbrio preço-desempenho prevalece. Por isso Stage Custom, Export, Mars, Renown etc. permanecem.
Formatos compactos e “city kits” Apresentações em bares, estúdios caseiros e palcos pequenos impulsionam configurações 18”/12”/14” (como Catalina Club ou Breakbeats). Menos volume físico + facilidade logística = mais vendas.
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Kits completos para iniciantes Bateria + ferragens + pratos + banco = baixa barreira de entrada. Roadshow e kits equivalentes aparecem constantemente entre os mais vendidos na Europa.
Profissionais e escolas buscam “valor confiável” Backlines e conservatórios priorizam durabilidade e reposição de peças; logo, linhas históricas de Yamaha/Pearl/Tama/Ludwig mantêm rotação estável em 2025.
Mercado global em crescimento moderado Relatórios apontam CAGR entre ~5% e 6% para baterias nos próximos anos, com educação musical e eventos ao vivo como motores. (Valores variam conforme a metodologia, mas a tendência é de expansão.)
Europa mostra o “mix” real Os “top sellers” europeus combinam marcas globais (Gretsch, Yamaha, Pearl, Tama, Ludwig) com marcas próprias de varejistas (Millenium/Startone) na base do volume. É uma foto clara da pirâmide de demanda: entrada massiva + linha média forte + nicho premium.
O que isso significa para o negócio (distribuidores, marcas, artistas)
Varejo/distribuição: garantir estoque de kits intermediários e pacotes para iniciantes com entrega rápida; reforçar exposição de kits compactos. Combinar com financiamento e bundles (pratos/estojos).
Marcas/fabricantes: manter séries essenciais com melhorias incrementais (acabamentos, ferragens, cascos híbridos) e não ignorar pacotes completos; oferecer kits compactos e opções “shell pack” para músicos avançados.
Educação/artistas: demanda contínua por clínicas e programas escolares; parcerias com escolas e backlines impulsionam a rotação na linha intermediária.
América Latina: o padrão global se repete: kits entry e mid-price dominam por poder aquisitivo, logística e espaços; pós-venda (peles, ferragens, pratos) é fonte essencial de margem.
Checklist rápido (2025)
Se está começando: Pearl Roadshow / kits “tudo incluso”
Se quer upgrade com segurança: Yamaha Stage Custom Birch, Mapex Mars, Gretsch Renown/Catalina Club
Se precisa de compacto: Ludwig Breakbeats, Gretsch Catalina Club Jazz
Se é profissional e já tem pratos/hardware: shell packs premium (Tama Starclassic, DW, Ludwig Legacy) conforme orçamento e estilo
Em 2025, as acústicas mais vendidas não são necessariamente as mais caras: vencem os kits intermediários com pedigree, os pacotes completos para começar sem atrito e os compactos que cabem em qualquer palco.
Para os compradores, a regra de ouro é clara: consistência + logística + contexto de uso. Para os vendedores, a oportunidade reside em selecionar os produtos por segmento e situação de uso, e não apenas por marca.