Instrumentos Musicais
Review do iRig Acoustic Stage da IK Multimedia
Publicado
8 anos agoon
Por
Saulo Wanderley
Conheça como funciona o iRig Acoustic Stage
A IK Multimedia tem se caracterizado pelo amplo leque de periféricos de áudio e MIDI, que atendem não só a usuários de gadgets, mas também quem trabalha ao computador. Sua história tem início no ano em que a internet chegou ao Brasil – 1996 – quando dois engenheiros de áudio na cidade de Modena, na Itália, se perguntaram se poderiam emular um circuito eletrônico usando algoritmos DSP para passar um sinal de áudio pelo computador e obter o mesmo som, já focando em auxiliar o músico no seu trabalho digital, com o lema “Musicians First” (Os Músicos Primeiro).
A resposta foi sim, e o que eles queriam emular era um console vintage da Abbey Road. A partir daí a time-line de produtos da IK passou pelo looper Groove Maker em 1997, o conjunto de plug-ins para masterização T-RackS em 1999, O pioneiro plug-in simulador de instrumentos Sample Tank em 2001, o emulador de amps e efeitos para guitarra AmpliTube em 2002, o Ampeg SVX simulador de amp para baixo em 2005, mais 2 AmpliTubes em 2007 (com o setup de Jimi Hendrix e o X-Gear), o Amplitube Fender em 2009 e o app para iOS em 2010.
A empresa começou a ficar conhecida no Brasil exatamente em 2010, com o lançamento do iRig para iPod, iPhone e iPad, que permitia uma conexão da guitarra ou outro instrumento plugável em P-10 aos tablets e smartphones da Apple. Logo em 2011 lançou um microfone para os gadgets, um app para vocal, o iRig MIDI e o app Sample Tank. Em 2012 mais uma série de iRigs, teclado controlador, interfaces, o speaker iLoud, e em 2014 continuou a lançar novidades, inclusive para o sistema Android.
No final de 2015 lançou o captador para instrumentos de corda iRig Acoustic, então como o primeiro captador e interface para iPhone e iPad, e em 2017 o Acoustic evoluiu para um sistema de captação, interface e mixagem para o violão, com cordas de nylon ou de aço. O sistema vem com um box controlador, onde se pode ligar a captação nativa do próprio violão, e mixá-lo com o sinal que vem do captador iRig patenteado como um microfone do tipo MEMS – Measurement Microphone System – já usado no ARC System, corretor acústico lançado em 2007.
Estúdio in a box
O sistema tem ainda um pré-amplificador DSP de 32 bits, que processa o sinal visando criar uma captação semelhante a um setup de microfonação de violão em estúdio. O sistema que testamos é o iRig Acoustic Stage, criado para uso no palco, com o instrumentista em movimento, daí a diferença entre uma captação por, digamos, um microfone condensador e um de fita, que impediria a movimentação em palco, e uma captação móvel, com o simpático formato de uma palheta, que facilmente se põe e se tira da boca do violão.
Nosso teste se baseou nas performances do iRig Acoustic em gravação no meu home studio, usando um iMac rodando OS X Sierra, com 12 Gb de RAM, processador Intel i5 de 2,5 GHz, tendo como DAW o Logic Pro X 10.3.2. A primeira providência foi plugar o dispositivo via USB, o que dispensa o uso das 2 pilhas AA. Imediatamente o Logic reconheceu a entrada do iRig, e direcionei a saída para o VG-99 Roland, que uso como interface. Um ajuste de buffer size para 256 samples resolveu um pequeno problema de delay. Confira exemplos de áudio neste link (LOGIC).
Em seguida passei a explorar o ajuste de TONE do iRig. Pressionando-se o botão TONE se conseguem nuances para encordoamentos de nylon ou de aço. Para o aço as opções NATURAL, WARM e BRIGHT acendem seus leds verdes, e para o nylon um led de Nylon se acende junto com as mesmas opções. Segundo a IK, Natural emula um microfone condensador de diafragma grande bem posicionado em estúdio. Warm busca uma sonoridade com mais graves e médio-graves, e Bright dá mais claridade para ser usado com outros efeitos, como flanger, chorus, etc.
Certamente estas opções de timbres tiveram sua origem quando do lançamento da primeira versão do iRig Acoustic (antes do Stage), quando o dispositivo se fazia acompanhar pelo app Amplitube Acoustic. Nele existem 3 amplificadores, sendo um valvulado, o que deve ter originado as 3 regulagens: Natural, Warm e Bright, a partir dos amps do app, Solid State 1, Solid State 2 e Tube. São regulagens genéricas, e, experimentando alguns plug-ins do Logic, cheguei a resultados parecidos e mais diversificados. Mas vale pelo padrão, que facilita seu uso inicial.
No antigo app – ainda disponível – uma calibragem do violão já estava presente. Só que ela agora pode ser feita direto do box da versão Stage, pressionando o botão tone por 2 segundos com o captador conectado. As 4 luzes de opções vão piscar, para se iniciar a calibragem. A IK aconselha que se toquem pestanas em várias casas, e que se assista a vídeos demonstrando como a calibragem pode ajudar a criar novos timbres “customizados”. Eu me resumi a tocar pestanas da casa 1 até a 12, e obtive resultado um pouco melhor com um Tagima Ventura.

O Tagima tem seu sistema piezo TEQ-7, que coloquei para trabalhar junto com o iRig, 50% a 50%, e ao comparar as duas captações mixadas (botão MIX) no box do dispositivo, o TEQ-7 mostrou mais presença, usando um sistema de amplificação estéreo Alesis, com um amplificador RA150 e 2 monitores Alesis One Mk2, passivos, óbvio. Problemas de fase não aconteceram, e se tivessem surgido, o box tem uma chave de fase lateral, pensada para as mixagens de captação nativa de cada violão e do iRig, (o TEQ-7 também tem). Confira exemplos de áudio neste link (Tagima).
Foi usado para comparação um antigo e bom violão de cordas de nylon Gianinni da série handmade 1900, que tem um igualmente antigo – mas ultrapassado – sistema de captação piezo elétrica no rastilho, e um mero knob de volume de controle. Neste, os recursos do iRig Acoustic foram evidentemente realçados, superando com folga os resultados da captação nativa do violão flat (8 cm), também cutway, com quase a mesma espessura do corpo do Tagima (7,5 cm). No Gianinni também não tive problemas com fase trocada. Confira exemplos de áudio neste link (Gianinni).
Usei para conferir as potencialidades do iRig Acoustic Stage no iPad, o antigo Amplitube Acoustic e o GarageBand. No Amplitube o resultado não chegou a ser médio, talvez por alguma incompatibilidade entre o iRig Acoustic simples lançado em 2016, e o Stage. Mas no GarageBand para iOS, quando escolhida a opção de pista Gravador de Áudio, o sinal USB foi suficiente para gravar diretamente no app, tanto nas sub-opções Voz, quanto na de Instrumento, com suas variações configuráveis de “Mais Sons”. Confira exemplos de áudio neste link (GarageBand).
Prevenindo a microfonia
Um dos grandes problemas para a captação do violão é a famosa realimentação que recebe o nome de microfonia – feedback em inglês – e é responsável pela maioria das más captações de violões e instrumentos acústicos de cordas ao vivo. A maioria dos técnicos de áudio são microfonifóbofos, e não pensam duas vezes ao afastar os microfones de perto do instrumento para facilitar seu trabalho, comprometendo a qualidade da captação. Tapumes, edredons, espumas e outros artefatos são personagens desta história.
O grande botão CANCEL FEEDBACK do iRig se mostrou útil para conter microfonia, como os antigos “botões de pânico” das DAWs para MIDI feedback. Ele deve ser pressionado quando aparece o feedback, e pode ter armazenadas 10 frequências para atuarem. A IK sugere que se calibre preventivamente as frequências críticas, aumentando o volume até o ponto de início da microfonia, daí se apertando o botão. Ou tocando a insolente nota que dispara o feedback, e, enquanto ela ainda estiver ressoando, apertar o botão para armazenar o gatilho anti-feedback.
Quando uma frequência causadora de feedback é detectada e armazenada, o botão de FEEDBACK piscará uma vez em vermelho, e se por uma acaso a frequência não for armazenada, não pisca. Quando se esgotam as 10 frequências fatais, o botão piscará 4 vezes, indicando que acabou sua capacidade de armazenamento. Para zerar o armazenamento, e programar outras frequências fatais em outro mapa de palco, por exemplo, segure o botão pressionado por 2 segundos, até que se apague, e refaça os armazenamentos.
Enquanto o wireless não vem
Um problema notado foi a saída OUT do box do iRig, um pouco abaixo da média de outros dispositivos, o que, para gravação no Logic, me levou ao uso de plug-ins de ganho. Ela é desbalanceada e com impedância de 50 Ohms, talvez pensando no uso de cabos compridos até os amps. Como até um Guitar Link genérico tem ajuste de ganho, aqui fica uma sugestão, para combinar melhor com um dispositivo que usa USB class compliant com 48kHz e 24 bits, resposta de frequência de 30 Hz a 20 kHz e conversão A/D/A de 32 bits.
Um outro aspecto importante no contexto geral do Acoustic Stage é o delicado cabo que liga o captador ao box. Pensando nas condições de uso no palco, o cabo com o plug de 2,5 mm é um forte candidato ao rompimento ou problemas de contato no manuseio do captador ou na plugagem ao box, ainda que nos testes o único incômodo foi a sua convivência com os dois outros cabos com plugs P-10 de AUX e OUT, entrelaçando-se na correia do violão ou mesmo na cintura do executante. Eis aqui uma boa aplicação para um wireless geral…
Alguns detalhes foram cuidadosamente pensados, como o botão de volume, que pode ser empurrado para dentro do box depois de ajustado o nível, evitando que um guitarrista mais dançante possa esbarrar no botão e alterar subitamente o volume, para desespero do operador de áudio na house. Nas laterais do box, os sliders on/off de liga-desliga e fase 0/180 são de fácil acesso até no escuro, enquanto os botões de FEEDBACK e TONE são devidamente iluminados com verde e vermelho, que sinalizam as mudanças de configurações.
Conclusão
Trata-se de um importante e inédito dispositivo dentro de sua faixa de preço, que se propõe a facilitar a vida dos músicos no palco e em home studios. Faz jus ao lema Musicians First, da IK Multimedia. Uma captação de violão realizada em estúdio imobiliza o violonista no posicionamento junto aos microfones, e o mesmo ocorre mais proibitivamente no palco, onde o iRig Acoustic Stage faz valer o seu nome. Desde o estojo próprio para viagens até o box preso com clip na correia do violão ou no cinto do violonista fazem jus ao nome de batismo.
A criação musical de timbres fica livre, com a possibilidade de se mixar diretamente no box do Acoustic Stage outras amplificações através da entrada AUX, auxiliada pela chave de fase. As microfonias ganham um inimigo com o botão CANCEL FEEDBACK, para alívio dos operadores de áudio ao vivo. Recentemente reparei que uma tomada de som de violão em estúdio foi enormemente comprometida ao vivo pela impossibilidade de se levar o mesmo setup de microfones ao palco. Um iRig Acoustic Stage teria resolvido a questão, não é Jackie dos Passos?
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Lojista
Os violões mais vendidos em 2025 e por que dominam o mercado
Publicado
2 dias agoon
01/12/2025
Análise para leitores da Música & Mercado sobre tendências globais no segmento de violões.
O mercado de violões vive um momento relevante em 2025. Embora os números exatos de unidades vendidas por modelo nem sempre estejam disponíveis, diversos guias especializados e relatórios de equipamentos confirmam quais modelos aparecem entre os mais procurados e revelam as tendências que explicam esse desempenho.
Este artigo busca oferecer uma visão analítica sobre por que determinados modelos vendem tanto, quais fatores impulsionam essas vendas e o que o mercado latino-americano deve observar.
Modelos em destaque
Não há um ranking global preciso, mas é possível identificar séries e instrumentos que surgem repetidamente entre os “mais vendidos” ou “mais recomendados” em 2025.
Veja um resumo dos principais:
- Taylor GS Mini – Modelo portátil que aparece em vários guias como um dos “favoritos de 2025”.
- Takamine Limited 2025 OM Koa/Spruce – Segmento premium com madeiras exóticas e alta construção; voltado a músicos exigentes.
- Fender PO-220e Orchestra – Marca tradicional em um formato menor que a dreadnought; forte no segmento intermediário.
- Ibanez AEG50 Dark Honey Burst – Ótima relação custo-benefício; muito procurado por quem quer qualidade sem alto investimento.
- Cort Abstract Delta – Exemplo de marca asiática em ascensão, ganhando presença em listas de “melhores acústicos”.
- Guitars Angels (entrada) – Representa o segmento iniciante, onde a demanda permanece alta entre estudantes.
Observação: Algumas séries aparecem em versões duplicadas em rankings, indicando que a demanda não se concentra em um único modelo, mas em famílias completas de produtos.

Fatores que explicam o sucesso
- Acessibilidade + boa relação custo-benefício : Modelos intermediários atraem consumidores que querem um violão pronto para uso imediato, mas com margem para evolução.
- Tamanho e formato adaptados ao estilo de vida: Modelos “mini” ou “orchestra” ganham espaço por serem mais confortáveis para estudo, viagens e uso doméstico.
- Força da marca e reputação: Taylor, Gibson, Takamine e Fender continuam dominando graças à confiança do consumidor, estabilidade de revenda e avaliações consistentes.
- Expansão do mercado global : Com o crescimento de regiões como Ásia e América Latina, aumenta também a circulação de acústicos populares globalmente.
- Digitalização, redes sociais e ensino online : Tutorials, aulas online e influência de criadores impulsionam a iniciação musical — e, com isso, a demanda por acústicos.
- Atenção à qualidade de materiais : No segmento premium, madeiras sólidas, acabamentos boutique e materiais exóticos (como koa) elevam a procura e o valor de revenda.

Impactos para a indústria musical
- Distribuidores e lojas – Manter estoque forte de modelos de entrada e intermediários, além de planejar a importação de séries premium.
- Fabricantes – Equilibrar linhas de valor e modelos de alta gama, com foco em formatos mais amigáveis para estudo e mobilidade.
- Músicos e educadores – A forte demanda por acústicos indica espaço para ensino, upgrades de instrumentos e conteúdo dedicado ao universo acústico.
- Mercado latino-americano – Segue as tendências globais: preços acessíveis, versatilidade e preferência crescente pelo violão como instrumento inicial.
Em 2025, os violões lideram um mercado que combina tradição e modernidade: formatos mais ergonômicos, preços competitivos, presença global e força de marca. Mesmo sem dados públicos completos por modelo, o cruzamento das guias aponta claramente os estilos que estão no topo.
Para quem quer comprar, distribuir ou entender melhor o setor, este é o momento ideal para reconhecer que o violão segue muito vivo — no clássico, no acessível, no versátil e também no digital.
O mercado de guitarras vive um momento de expansão, com novos fabricantes, modelos especializados e uma demanda crescente tanto de músicos profissionais quanto de entusiastas avançados.
Nesse cenário, uma pergunta segue presente em estúdios, fóruns e lojas: vale mais a pena investir em uma guitarra boutique ou escolher um modelo de uma grande marca?
Não existe resposta única. Cada opção oferece benefícios e limitações — e entender esses pontos ajuda a tomar uma decisão mais informada, alinhada ao som desejado, ao orçamento e ao propósito musical.
O que define uma guitarra boutique
As guitarras boutique, geralmente fabricadas por luthiers ou oficinas especializadas, se caracterizam por:
- Produção limitada
- Construção manual e materiais selecionados
- Alto nível de personalização (madeiras, perfil do braço, eletrônica, ferragens)
- Identidade estética diferenciada
Seu principal atrativo está na sensação personalizada, no detalhamento artesanal e na possibilidade de obter um instrumento único.
Vantagens
- Qualidade de construção extremamente alta
- Seleção rigorosa de materiais e componentes
- Som exclusivo e bem definido
- Ergonomia e ajustes feitos para o músico
- Relacionamento direto com o luthier (suporte, manutenção, personalização)
Desvantagens
- Preço significativamente mais alto
- Valor de revenda menos previsível
- Prazos de entrega longos
- Variação entre unidades (não há duas guitarras idênticas)
Grandes marcas: tradição, escala e consistência
Fabricantes como Fender, Gibson, Ibanez, PRS ou Yamaha representam o padrão global de produção industrial.
Vantagens
- Consistência entre unidades
- Garantia e suporte global
- Ampla disponibilidade em lojas
- Valor de revenda mais estável
- Catálogos diversificados (iniciante ao premium)
Desvantagens
- Menor possibilidade de personalização
- Algumas séries sacrificam detalhes para atender altos volumes
- Seleção de materiais baseada em escala e logística
- Risco de pagar mais pela marca, especialmente nas linhas superiores
Oportunidades em 2026: por que essa escolha importa mais agora
O setor musical vive um encontro entre tradição e inovação:
- Home studio: cresce a demanda por guitarras silenciosas, com humbuckers noiseless ou configurações versáteis.
- Palcos pequenos: instrumentos mais leves são cada vez mais procurados.
- Música independente: muitos artistas buscam identidade sonora própria — favorecendo guitarras boutique.
- Produção global: marcas consolidadas lançam linhas premium feitas em lotes menores, reduzindo a distância para o trabalho artesanal.
Ao mesmo tempo, luthiers latino-americanos e espanhóis ganham relevância internacional, oferecendo alta qualidade a preços competitivos.
Como escolher de acordo com seu perfil
- Músico profissional de estúdio / turnê
Ideal: grandes marcas ou boutique de alta estabilidade. É essencial ter confiabilidade, fácil reposição e consistência entre instrumentos.
- Produtor ou criador de conteúdo
Ideal: guitarras versáteis com eletrônica moderna. Grandes marcas costumam oferecer mais opções plug-and-play.
- Artista em busca de estética e sonoridade próprias
Ideal: boutique. Instrumentos únicos, com personalidade e ampla personalização.
- Orçamento limitado
Ideal: linha média de grandes marcas. Melhor custo-benefício e menor risco.
- Colecionador ou entusiasta avançado
Ideal: boutique ou séries especiais das grandes marcas. Instrumentos com valor emocional, estético e histórico.
Depende de você
Não se trata de “qual é melhor”, mas de qual opção responde à sua música, às suas necessidades e ao seu investimento possível.
As guitarras boutique oferecem exclusividade, artesanato e identidade sonora única.
As grandes marcas garantem consistência, disponibilidade e estabilidade no mercado.
Em um cenário cada vez mais diverso, a melhor escolha é aquela que equilibra emoção, funcionalidade e propósito musical.
E você — prefere uma peça artesanal única ou um clássico testado em todos os palcos?
Instrumentos Musicais
Teclados eletrônicos mais vendidos em 2025: tendências que redefinirão o mercado
Publicado
6 dias agoon
27/11/2025
Portabilidade, integração de software e teclados híbridos estão impulsionando a próxima fase do instrumento mais versátil do mercado.
O mercado global de teclados eletrônicos mantém um crescimento sustentado em 2025, impulsionado pela educação musical online, o crescimento dos estúdios domésticos, o retorno gradual dos shows ao vivo e a crescente adoção de controladores MIDI e workstations híbridas.
Embora os fabricantes não publiquem números exatos por modelo, o volume de vendas observado em varejistas internacionais, o comportamento do consumidor e o lançamento constante de novos produtos nos permitem identificar quais segmentos estão liderando o mercado e por que estão vendendo tão bem.
Modelos e famílias que se destacaram em 2025
Esta não é uma classificação absoluta; trata-se de séries recorrentes em lojas, comparações e escolas em todo o mundo.
Teclados para iniciantes e educação
- Série Casio CT-S300 / CT-S1: Portabilidade, preço acessível, recursos educacionais e design contemporâneo.
- Série Yamaha PSR-E373 / PSR-E400: Teclado padrão para estudantes; banco de sons robusto e acompanhamentos inteligentes.
- Roland GO:Keys / GO:Piano: Abordagem simples, conectividade Bluetooth e atrativo para jovens iniciantes.

Controladores MIDI para produção
- Akai Professional MPK Mini / MPK MK3: Padrão em estúdios domésticos; pads, knobs e ampla compatibilidade.
- Série Novation Launchkey: Integração direta com Ableton e fluxo de trabalho simplificado para música eletrônica.
- Arturia KeyLab Essential: Sons analógicos emulados e controle de software aprofundado.
Workstations e sintetizadores intermediários
- Série Yamaha MX / MODX+: Motores de som robustos para uso ao vivo e em estúdio; populares entre tecladistas profissionais em ascensão.
- Korg Kross / Krome EX: Bibliotecas extensas e operação rápida para palcos e igrejas.
- Roland Juno-X / Juno-DS: Clássico moderno para música pop, gospel e urbana.
Segmento profissional / Performance ao vivo
- Nord Electro / Série Stage: Referência premium para palco: órgãos, pianos e sintetizadores em um único instrumento com interface direta.
- Yamaha Montage Série M: Motor híbrido AWM2 + FM-X, ideal para produção de alto nível e performance ao vivo.
- Korg Kronos / Nautilus: Forte presença em estúdios e turnês; motor multitimbral e interface avançada.

Tendências que explicam a demanda em 2025
1) Teclados híbridos: hardware + software
Músicos buscam o melhor dos dois mundos: som tátil + conexão imediata com DAWs.
2) Portabilidade como requisito
Miniteclados, formatos leves de 61 teclas, baterias internas e Bluetooth.
Prática em casa, pequenos shows, igrejas, escolas: a mobilidade é fundamental.
3) Educação digital + gamificação
Aplicativos, aulas online e softwares integrados tornam os teclados de entrada uma porta de entrada natural.
4) Sons Premium Acessíveis
Workstations de gama média alcançam timbres antes reservados para equipamentos de ponta: pianos, pianos elétricos, órgãos, sintetizadores, cordas e pads modernos.
5) Controladores Impulsionam a Música Urbana e Eletrônica
A produção musical domina a internet, e os controladores MIDI continuam sendo a porta de entrada para o estúdio doméstico.
6) Mercado de Igrejas e Eventos ao Vivo
A música gospel, o pop cristão e as cenas locais alimentam a demanda por workstations com pianos, órgãos e camadas dinâmicas.
O que isso significa para a indústria
Para varejistas
- Exibição ativa: estações de demonstração, monitores e laptops disponíveis.
- Pacotes sugeridos: controlador + interface + fones de ouvido + software.
- Workshops: introdução, produção, performance híbrida.
Para fabricantes
- Manter ecossistemas de aplicativos e bibliotecas.
- Designs mais compactos e leves.
- Investir em modelos híbridos e versões “lite”.
Para músicos e escolas
- Currículo híbrido: piano digital + controlador + DAW. Maior acesso sem barreiras econômicas.
- Formação de tecladistas-produtores: um sinal dos tempos.
- O mercado de teclados eletrônicos em 2025 é diversificado, móvel e conectado.
Três pilares coexistem:
- Educação + ofertas sólidas para iniciantes
- Produção musical doméstica e profissional
- Workstations versáteis para apresentações ao vivo
A indústria está caminhando em direção a instrumentos inteligentes e portáteis, prontos para integração com softwares, refletindo uma geração de músicos híbridos que criam, produzem e se apresentam de qualquer lugar.
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