Eventos
Reabertura do mercado de entretenimento no Brasil
Publicado
6 anos agoon
Por
Gabriel Benarrós
Reabertura do mercado de entretenimento no Brasil. Entretenimento em vias de reativação? Veja o que está acontecendo em todo o mundo e analise o que poderia ser feito aqui
Entretenimento, assim como turismo e hospedagem, são os segmentos mais brutalmente afetados pelo COVID19. Recentemente, a Eventbrite, uma das maiores empresas no segmento de tickets no mundo, demitiu 45% da empresa pessoas e fechou sua operação no Brasil. A empresa tinha aberto capital na bolsa (IPO) em Setembro de 2018 ao preço de US$34 por ação (atualmente negociados em $8.56).
A empresa é só um exemplo do enorme dano que o mercado de entretenimento vem sofrendo. Segundo a Wired UK, houver uma redução de 85% em novas reservas no AirBnB durante o período referido pela revista como o “apocalipse” da empresa. No Brasil não foi diferente. Eu vi de perto o impacto sofrido por empresas dos mesmos segmentos. Segundo a FIPE, “atividades artísticas, criativas e espetáculos” estão entre os 5 ramos mais afetados pelo COVID (Secretaria de Cultura e Economia Criativa).
Entretenimento ao vivo não só é o primeiro mercado a ser afetado pelo lockdown, é também o último a voltar à normalidade. No final de Março, quando a China já caminhava para a reabertura, o volume de passagens de metrô e tráfego de automóveis, já correspondiam a 50% e 90%, respectivamente, do volume histórico. Enquanto isso, as bilheterias de cinema mostravam quase nenhuma recuperação.
Para tornar a coisa ainda mais complicada, novos surtos de contágio são esperados, uma vez que começarmos a relaxar as restrições, como foi o caso em várias outras epidemias como MERS ou Gripe Espanhola.
Muitos especulam que essa segunda onda pode ser ainda mais tóxica para a indústria de entretenimento ao vivo. “O retorno desse novo coronavírus é a sombra que paira sobre o futuro dos esportes, shows e todos os eventos em massa” (Wall Street Journal, 17/Abr). Nos USA, essa segunda onda acertaria o país em Setembro, justamente no início da temporada de futebol americano. Scott Gottlieb, o antigo “Food and Drug Administration Commissioner”, coloca aglomerações em massa no final da fila no seu plano de retomada. Os estádios repletos de fãs estão condicionados a um outono sem novos picos e a um robusto sistema de testes e rastreamento para identificar e isolar novos casos.
E a tão esperada vacina? Para ser franco, a vacina pode estar muito mais distante do que gostaríamos de acreditar. Gottlieb afirma que devemos assumir que “a vacina pode demorar 2 anos” (14/Abr). Já o segundo o Vice-Presidente de Taiwan, estima a chegada de uma vacina em um ano e meio. Antes disso, “vamos precisar manter medidas de distanciamento social em um estado de semi-normalidade” diz o Vice-Presidente e também epidemiologista com doutorado na Johns Hopkins University (18/Abr). Bill Gates, que tem tido notório envolvimento com a crise, também fala de um período de, no mínimo, 18 meses. Anthony Fauci, Diretor do National Institute of Allergy and Infectious Diseases, estima que talvez consigamos reduzir o prazo para mais próximo de um ano, mas afirma que não quer “prometer demais” (15/Abr). Previsões otimistas, como a de Ursula von der Leyen — Presidente da European Commission — que defendeu que poderíamos ter uma vacina antes do outono (17/Abr), são exceção à regra entre as autoridades em saúde pública.
A retomada do mercado de entretenimento em outros países
É difícil imaginar uma retomada de eventos nas circunstâncias atuais, porém seria ingênuo duvidar da capacidade humana de adaptação ou da criatividade dos empreendedores em entretenimento ao redor do mundo. Nesse sentido, podemos nos beneficiar da experiência dos países que estão à nossa frente na cronologia da pandemia. Nesses, já podemos observar o retorno dos eventos em uma “nova normalidade.”

Casas noturnas em Shanghai, como a “44KW” e “Elevator”, estiveram entre as primeiras a reabrir em 12 e 20 de Março, respectivamente. A abertura de casas, mesmo com público reduzido, mostra um avanço importante na retomada do mundo do entretenimento. A China havia atingido seu pico em Janeiro.
“Foi emocionante e surreal, não só ver os amigos novamente depois de tanto tempo, mas também ouvir a música no sistema de som e dançar juntos” reporta Kristen Ng, que toca como DJ na cidade de Chengdu para o Resident Advisor, que já anuncia uma lista de atrações concentradas em Beijing, Chengdu e Shanghai.
Com os primeiros sinais de retorno, uma das perguntas que surgem com mais freqüência é “qual a nossa previsão de retorno”? Embora seja impossível estimar uma data com confiança, podemos analisar as diversas previsões de outros países. Baseado nos anúncios de diversos governos e em colaboração com a Ingresso Certo, produzimos a análise abaixo. Na coluna “Lockdown” temos o tempo em que cada país ficou sob lockdown total ou parcial. A coluna seguinte, “LD + Eventos”, mostra a quantidade de dias adicionais após o lockdown durante os quais o respectivo país planeja ficar sem eventos de massa.

Por exemplo, a Alemanha ficou em lockdown por 41 dias e planeja retomar grandes eventos em 4 meses com os primeiros grandes shows em setembro. Eu também “plotei” as reaberturas anunciadas dos diferentes tipos de eventos conforme estes vêm sendo anunciados. No exemplo, museus alemães reabrem esta semana. Pela análise, observamos que a média global para o retorno de eventos de massa é de 84 dias a partir do relaxamento do lockdown. Além disso, existe consenso sobre diferenças de risco entre eventos: por exemplo, museus, exposições e eventos ao ar livre apresentam menor risco do que grandes shows.
Coreia do Sul: A “quarentena do dia-a-dia”
Estudar casos específicos em outros países também pode nos dar muitos insights sobre a nossa própria retomada. A Coreia do Sul conteve a epidemia de forma magistral através de uma combinação de testes em massa e medidas de distanciamento social. Os sul-coreanos conseguiram inclusive conduzir suas eleições legislativas em meio à pandemia com número recorde de votantes.

Restaurantes e bares passaram a adotar a distância de 2 metros entre mesas, com cadeiras intercaladas ou em zig-zag. Karaokês passaram a adotar “capas” nos microfones e, seguindo recomendações do governo, estabelecimentos passaram a ter um quarantine manager para supervisionar os protocolos de reabertura e saúde. Para eventos de esporte, o governo pede aos torcedores que evitem gritar (por conta do risco de contaminação por saliva), abraçar e fazer “high-fives” e baixou um decreto específico contra cuspir em estádios. Sessões de autógrafo também são desencorajadas. A liga de baseball se prepara para retornar no dia 5 de Maio.
Alguns países nórdicos instituíram “shows drive-in” como forma de driblar o coronavírus. O cantor dinamarquês Mads Langer recentemente vendeu 500 ingressos em alguns minutos para show na cidade de Aarhus, Dinamarca— anunciado apenas 6 dias antes do show.

No geral, interações sociais como um todo estão sendo repensadas. Este tipo de mudança representa um impacto enorme em países como o Brasil, onde temos a cultura de beijar no rosto pessoas que acabamos de conhecer. Os sul-coreanos, que já se reprogramaram para se apresentarem a 2 metros de distância, criaram um nome para esta nova etiqueta: a “quarentena do dia-a-dia”.
China: A Carteira de Imunidade
Outra iniciativa que vem recebendo muita atenção é a ideia de uma “carteira de imunidade”. Na América do Sul, a ideia foi anunciada pelo Presidente Piñera do Chile, em 24 de Abril: “Este plano vai incluir novas ferramentas que nos fornecem a ciência e a tecnología. Por exemplo, a implementação de um plano em massa de testes rápidos de anticorpos, para poder entregar a Carteirinha COVID-19 a todos aqueles que reunam os requisitos.” A Alemanha também aderiu ideia e Fauci declarou que os EUA estão considerando. A ideia de “prover aqueles que já foram testados com uma identidade médica que poderia ser verificada por empresas, escolas e agências públicas” também é mencionada no plano Roadmap to Pandemic Resilience do Safra Center de Harvard.
No entanto, o país que utilizou mais amplamente este recurso foi a China, onde clubes já “escaneiam” QRCodes dos convidados na entrada indicando seu status de saúde. Para receber o status, os Chineses precisaram baixar um aplicativo que contém um algoritmo que avalia o status de saúde de cada cidadão e que está integrado aos principais apps da China (das companhias Alibaba Group, Tencent Holdings e Baidu). Praticamente todo chinês tem esses aplicativos no smartphone — mais ou menos como é com o WhatsApp no Brasil. Os aplicativos funcionam de forma diferente dependendo da cidade e província e pedem informações dos usuários para complementar a análise. Algumas das perguntas são invasivas para padrões ocidentais, incluindo o histórico de viagens e identificação de pessoas conhecidas diagnosticadas com o vírus — você acha que no Brasil as pessoas reportariam um conhecido?
Ao entrar no metrô, fazer check-in em um hotel ou entrar em uma casa noturna, o usuário precisa mostrar o status de saúde com a esperança de receber o código verde. O código vermelho indica que a pessoa está infectada. Amarelo indica que a pessoa está potencialmente infectada — ela pode ter tido, por exemplo, contato com alguém infectado e não terminou a sua quarentena de duas semanas em casa. Vermelho, that’s bad news.
O Chimelong Paradise em Guangzhou — o maior parque de atrações da China com capacidade para 50 mil convidados e área de 60 hectares — passou a aceitar convidados no dia 30 de Abril desde que apresentassem o código de saúde verde.

O cartão de imunidade não é livre de controvérsias. A OMS se pronunciou afirmando que não é 100% comprovado que todos os infectados necessariamente desenvolvam anticorpos. Outra objeção levantada é que o cartão pode gerar desconforto social, criando preconceito entre imunizados e não imunizados. Finalmente, conforme apontado em relatório da Goldman Sachs, países do Ocidente não possuem a unificação política e tecnológica Chinesa que permite implementar uma solução padronizada em tempo recorde com acesso quase irrestrito a informações individuais.
A comunidade científica, no entanto, pende cada vez mais para a conclusão de que, em praticamente, todos os casos, uma pessoa que foi imunizada, não pode contrair novamente o vírus. “O risco de ser infectado mais de uma vez com SARS-CoV-2 é nulo”, segundo o epidemiologista Gregory Gray da Duke University. Além do mais, o cartão de imunidade não precisa ser utilizado em 100% dos eventos ou ter absoluta efetividade. Basta que ele seja eficaz o suficiente. Este tipo de argumento seria equivalente a dizer que você prefere não ter detectores de metal nos aeroportos porque eles funcionam “apenas” 90% das vezes. Em conjunto com outras medidas de segurança, esta pode ter um efeito prático importante na retomada dos eventos.
Retomada no País do Carnaval
O Brasil mostra diferenças importantes em relação a países como a Coreia do Sul e China.
Precisamos pensar em soluções que levem em conta nossa limitação em termos de testes de massa, nossas normas sociais de privacidade, liberdades individuais e a cultura brasileira.
Abaixo compartilho algumas lições importantes que a nossa equipe identificou que têm se saindo particularmente bem na luta contra o COVID e que são aplicáveis ao Brasil no curto prazo. Não falarei de medidas gerais de higiene aplicáveis a todas as indústrias — estas já estão amplamente documentadas (aqui você pode encontrar as diretrizes gerais da OMS). Destacarei, orientações práticas e específicas para o mercado de entretenimento.
Alemanha: A ordem de retomada do setor de eventos
Um primeiro consenso que surge é que existe uma ordem lógica de retomada. Analisando o comportamento ao redor do mundo, museus, parques e exposições são os primeiros a reabrir. A Alemanha já se prepara para abrir o Museu Barberini em Potsdam no dia 6 de Maio. Além das máscaras e protocolos de higiene, o museu operará sem os guias de áudio analógicos e com vidros plexiglass nas bilheterias.
“Ingressos de papel também são coisa do passado”, diz Dorothee Entrupp, coordenadora da reabertura dos museus. Tanto guias de áudio como ingressos ficam agora disponíveis online.
Baseado no “perfil de risco” de cada evento é possível prever uma ordem de reabertura. Recomendo avaliar 2 eixos na análise, o potencial de contágio de um evento e o número de pessoas no evento.
O potencial de contágio de um evento é proporcional à quantidade de pontos de contato entre as pessoas no evento, que possam gerar transmissão. Eventos ao ar livre ou com circulação de ar de qualidade, são menos arriscados. Nesse sentido, museus, exposições e parques temáticos permitem contato controlado através de novas rotinas de circulação de pessoas. No museu Barberini, por exemplo, visitantes são guiados em um caminho circular de forma que jamais cruzem uns aos outros (Deutsche Welle). Está lógica de circulação de pessoas pode ser aplicada em São Paulo em museus como o MIS, MASP e na Pinacoteca (onde pode-se, por exemplo, manter apenas uma porta aberta para circulação unidirecional).
Acreditamos que é possível reabrir museus no curto prazo, criando um momento muito marcante para a cultura no nosso país, onde estes se tornariam, por um período de tempo, a principal opção de entretenimento do brasileiro.
Singapura: Controle de Fluxo de Pessoas
Controle de fluxo de pessoas será um dos pontos chave na retomada. No dia 27 de Abril, a IAAPA (Asia-Pacific Global Association for the Attractions) publicou uma série de diretrizes voltadas à retomada em parques de atrações. Além das diretrizes gerais de higiene e digitalização de processos, a associação inclui uma autodeclaração de imunidade e orientações estritas sobre o número de pessoas por período de tempo. A American Alliance of Museums adotou uma estratégia de ingressos que “expiram” após certo tempo. Desta forma, os convidados têm um período definido de tempo durante o qual podem ficar no museu. Além do “one-way-flow”, a AAM também postula que o museu deve ter, no máximo, duas entradas e eliminar a circulação por espaços apertados. Os alemães limitaram a densidade de pessoas a 1 pessoa por 15 m² em Brandenburg.
Singapura adotou um cuidado especial com sinalização (American Alliance of Museums) em filas, mesas, quiosques e todos os ambientes nas exposições. Até os convidados se acostumarem com as novas medidas de distanciamento social, praticamente todo o fluxo de pessoas deve ser marcado.

Califórnia: Nova Lógica para Assentos Marcados
Estes fluxos são especialmente importantes em eventos com assentos marcados. O governo do estado da Califórnia suspendeu temporariamente a marcação de assentos online (CDPH Guidance for the Prevention of COVID-19 Transmission, Março, 2020), exigindo que os convidados sentem a, no mínimo, 1,8 metros (6 ft.) de distância um do outro, intercalando cadeiras. A figura do usher — aquele moço que antigamente nos mostrava onde sentar no cinema com uma lanterna — retorna na época do COVID para guiar os convidados.

Outra forma de abordar o problema é criar marcações definidas de distância, porém esta estratégia tem a desvantagem de separar membros da mesma família.

Após digerir diversos guias, acreditamos que o retorno do mercado de eventos está baseado em 4 variáveis: (1) avaliação de risco por tipo de evento; (2) timing de reabertura de cada segmento; (3) protocolos de retorno por tipo de evento — os quais eu resumo abaixo — e, por fim, (4) nossos ciclos de aprendizado com cada evento que ocorrer.
Os protocolos podem ser resumidos em 3 passos conforme a imagem abaixo e reiteramos a sugestão da Apresenta Rio (Associação da Indústria do Entretenimento), para que eventos que cumpram todas as exigências recebam um selo “COVID-0” (“leia-se COVID-ZERO”).

Ciclos de aprendizado
Por fim, gostaria de levantar um ponto que vem sendo deixado de lado na discussão. Muito debate vem acontecendo sobre quando reabriremos o mercado em geral quando provavelmente deveríamos estar muito mais focados em entender o impacto dos eventos no nosso sistema de saúde.
Em outras palavras, nosso foco deveria estar voltado não só em estabelecer um calendário de relaxamento, mas em utilizar tecnologia para entender o impacto de cada tipo de evento no grupo de convidados. Este acompanhamento pode ser feito através dos aplicativos utilizados para acesso em eventos com consentimento dos usuários. Por exemplo, um grupo de usuários interessados em participar de um evento, pode concordar em passar feedback não só sobre seu status de saúde, mas também sobre as condições gerais do evento. Dessa forma, com a ajuda do público, podemos entender qual o nível de risco que cada evento apresenta. Se após, por exemplo, duas semanas, nenhum convidado reportar problemas de saúde, podemos relaxar progressivamente a retomada.

Naturalmente, não será possível estabelecer causalidade, ou seja, saber se o convidado foi infectado por conta de más condições de higiene no evento ou por outro motivo não relacionado. Porém, será possível identificar correlações importantes.
Como, por exemplo, a porcentagem dos convidados em eventos com cadeiras intercaladas que apresentaram sintomas, ou medir a efetividade estatística de carteiras de imunidade em eventos.
Comparando esses resultados com as taxas “de controle”, ou seja, com a taxa de contágio média, é possível concluir, com enorme precisão estatística, qual impacto eventos ao vivo realmente apresentam no alastramento do vírus. De outra forma, estamos “navegando no escuro” e conduzimos nossa retomada baseada no “bom senso”. Isso precisa acabar o quanto antes, para dar espaço à certeza científica, principalmente se pretendemos congelar uma indústria inteira durante vários meses seguidos.
Na nossa matriz de risco (público x potencial de contágio), seria sensível incluir um terceiro eixo: a vulnerabilidade econômica. Em outras palavras, quanto mais vulnerável um segmento, mais rapidamente precisamos aprender a medir o impacto que ele realmente tem no nosso sistema de saúde. Depois de cerca de um mês de paralisação no Brasil, acredito que tenhamos identificado as diretrizes gerais — que espero ter conseguido resumir aqui. Agora, é hora de começarmos a tirar as nossas próprias conclusões, o mais rápido possível com objetivo de salvar um mercado que movimenta US$15 bilhões por ano no Brasil e emprega milhares de pessoas.
Esta matéria foi postada originalmente neste link.

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A feira de tecnologia para eventos adota um novo formato em resposta às mudanças do mercado e aos níveis de inscrição.
A Messe Frankfurt anunciou que a Prolight + Sound 2026 não será realizada como um evento independente. Em vez disso, a tradicional feira de tecnologia para eventos e entretenimento será integrada como uma área temática dentro da Light + Building, o principal evento mundial de tecnologia para iluminação e construção, que acontecerá de 8 a 13 de março de 2026, em Frankfurt.
A decisão foi tomada após o encerramento do período de inscrição antecipada, durante o qual as inscrições de expositores para a Prolight + Sound não atingiram os níveis necessários para garantir uma edição de sucesso. A feira estava originalmente programada para acontecer de 24 a 26 de março de 2026, como um evento independente.
Sinergias com setores relacionados
A Messe Frankfurt enfatizou que a integração visa oferecer uma alternativa estratégica e com boa relação custo-benefício para empresas do setor que ainda desejam participar, especialmente aquelas relacionadas a:
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Ao estarem localizados em uma área central do evento, ao lado das soluções de iluminação da Light + Building, os expositores da Prolight + Sound poderão alcançar novos perfis de visitantes profissionais e gerar oportunidades de negócios adicionais.
“Devemos agir com responsabilidade, no interesse de expositores e visitantes”, disse Wolfgang Marzin, CEO da Messe Frankfurt. “Tomamos a decisão com a maior antecedência possível para evitar investimentos desnecessários. A marca Prolight + Sound continua sendo estratégica e continuaremos investindo nela.”
Pacotes de exposição e programação personalizada
Os participantes terão acesso a pacotes de estandes pré-definidos — em diversos tamanhos — para facilitar sua presença e otimizar custos. Além disso, a Messe Frankfurt oferecerá:
- Conteúdo específico para o setor de AV
- Visitas guiadas
- Atividades focadas em networking profissional
Prolight + Sound continua sua expansão internacional
Apesar da mudança na edição alemã, a Messe Frankfurt enfatizou que a marca mantém um papel fundamental em seu portfólio global. A empresa confirmou recentemente o lançamento da Prolight + Sound Bangkok, que estreará em 2026 como uma plataforma regional para o mercado do Sudeste Asiático.
Foto: © Jochen Guenther
Eventos
Festival de jazz gratuito acontece em rooftop nos Jardins
Publicado
5 dias agoon
17/11/2025
Pamplona Sessions Wine & Jazz ocorre nos dias 22 e 23 de novembro no Jardim Pamplona Shopping e reúne música ao vivo, gastronomia de qualidade e vinhos selecionados.
O som do jazz e o aroma dos vinhos tomam conta do rooftop do Jardim Pamplona Shopping em mais uma edição do Pamplona Sessions Wine & Jazz. Nos dias 22 e 23 de novembro, o empreendimento, localizado na zona oeste e administrado pelo Carrefour Property, promove o festival que combina música ao vivo e o melhor da gastronomia em um ambiente sofisticado, descontraído e com uma das vistas mais privilegiadas da cidade. O evento realizado pela Caramelo Cultural possui entrada gratuita e acontece no sábado das 14h às 20h, e no domingo, das 13h às 19h.
A trilha sonora do festival traz performances que passeiam pelo jazz clássico, o soul e o blues. No sábado, sobem ao palco Gabriel Delfino com Nolita, Adriano Grineberg com 100 tons de BB King e Izzy Gordon. Já no domingo quem comanda a festa é o Skin Blues Trio, Heloisa Lucas com show do Etta James e o Session Groove.
O espaço gastronômico do evento apresenta uma curadoria especial de restaurantes e chefs convidados, entre eles Quinta do Olivardo, Aerata Pizza e Focaccia e Sanduíche Alemão Leberquéze, além de sobremesas deliciosas de marcas como Churros Kobori, Piccolo Gelato e Danutela Brigadeiros e Balas Carameladas. O empreendimento também convida o público a conferir os pratos saborosos dos três restaurantes do rooftop, Souq, Nagairô e Las Leñas.
A experiência se completa com vinhos e espumantes de vinícolas nacionais e importadoras como Cerro de Pedra, Cordón del Plata, Casa Mediterrânea e Vinícola Basso, que oferecem rótulos especialmente selecionados para o evento.
“Ficamos muito felizes em ver famílias inteiras aproveitando o Pamplona Sessions, brindando e compartilhando momentos especiais. A cada edição, buscamos aprimorar a experiência, trazendo novos artistas, vinícolas e sabores, sempre com o propósito de transformar o evento em uma lembrança marcante para quem participa”, ressalta Franklin Pedroso, coordenador de marketing do Jardim Pamplona Shopping.
Pensado para toda a família, o Pamplona Sessions é pet friendly e conta com brinquedos infláveis para criançada, garantindo um fim de semana divertido para toda a família.
Confira a programação musical
Sábado (22)
- 14H30 – Gabriel Delfino com Nolita
- 16H30 – Adriano Grineberg com 100 tons de BB King
- 18H30 – Izzy Gordon
Domingo (23)
- 13H30 – Skin Blues Trio
- 15H30 – Heloisa Lucas com show do Etta James
- 17H30 – Session Groove
Conecta+ Música
Estreando na Conecta+: Inspirarte, quando a música ganha forma e cor
Publicado
5 dias agoon
17/11/2025
Participando pela primeira vez na Conecta+ Música & Mercado 2025, a artista visual Elaís de Carvalho apresentou uma nova forma de viver a música — pela arte feita à mão.
Em meio aos palcos, painéis e estandes da Conecta+ Música & Mercado 2025, um espaço chamou a atenção do público por sua delicadeza e originalidade. Entre quadros repletos de movimento e texturas coloridas, a artista visual Elaís de Carvalho, fundadora da marca Inspirarte, apresentou uma proposta diferente: transformar a música em arte visual, feita completamente à mão.
“A Inspirarte nasceu da união mais natural que existe para mim: a música e a arte”, conta Elaís. “Sou artista visual e dedico meu trabalho a transformar sentimentos em forma — criando peças que unem técnicas como quilling, aquarela, pintura e macramê. Quando comecei meus estudos em piano, percebi que cada nota, cada instrumento, tinha uma beleza própria. Foi aí que decidi dar forma a esses sons.”
Arte musical com alma
Na Conecta+, a Inspirarte estreou com a linha Feito à Mão, uma coleção exclusiva de quadros criados em quilling — técnica que utiliza tiras de papel enroladas e moldadas para formar composições tridimensionais. Cada peça retrata instrumentos, claves e símbolos musicais com uma riqueza de detalhes que encantou os visitantes.
“Muitas pessoas nunca tinham visto o quilling de perto, e ver o brilho nos olhos delas ao perceberem os detalhes do papel e a delicadeza das obras foi o melhor retorno que eu poderia ter”, relembra. “A arte visual também pode ser uma extensão da música — e esse evento mostrou como esses mundos se conectam.”


Além da coleção pronta, a artista apresentou a vertente personalizada da Inspirarte, na qual cria obras sob medida para músicos, escolas e apaixonados pelo universo musical. “Cada quadro é uma história. O cliente escolhe instrumentos, cores, frases, logotipos… e a obra nasce para representar sua identidade sonora e emocional”, explica Elaís.
Uma estreia com significado
Participar da Conecta+ foi, segundo a artista, um passo marcante. “A Conecta+ foi uma experiência profundamente transformadora. Estar cercada por músicos, marcas e profissionais do setor foi inspirador. A organização criou um espaço onde a arte visual pôde dialogar naturalmente com o universo musical.”
Para Elaís, o evento representou mais do que visibilidade: foi a confirmação de que a Inspirarte está no caminho certo. “Mesmo diante dos desafios, foi especial ver a reação das pessoas. A Inspirarte existe para emocionar — e na Conecta+, senti que isso aconteceu de verdade.”
Arte com propósito
O diferencial da Inspirarte está na autenticidade e no toque humano. “Enquanto a maioria dos produtos voltados ao público musical é produzida em série, a Inspirarte segue o caminho oposto”, afirma. “Cada obra é feita manualmente, com tempo, precisão e sensibilidade. Não vendo decoração — vendo arte que nasce da música e se transforma em cor, movimento e delicadeza.”
A artista também observa uma mudança clara no comportamento do público: “As pessoas querem peças com significado, que contem histórias. O público busca conexão, e é exatamente isso que oferecemos.”
Olhando para o futuro
Depois da experiência na Conecta+, Elaís projeta novos passos para a marca. “Quero levar a Inspirarte para galerias, escolas de música e espaços que valorizem criatividade e sensibilidade. Também estou desenvolvendo uma nova coleção que mistura aquarela, quilling e elementos tridimensionais — arte que praticamente se torna uma experiência sensorial.”
O ano de 2025, conta Elaís, foi um divisor de águas. “Entreguei obras para artistas que admiro imensamente, como o maestro João Carlos Martins e o pianista Álvaro Siviero. Esses encontros me mostraram que a Inspirarte está cumprindo seu propósito: transformar música em sentimento visível.”
E ela conclui com serenidade: “Tenho muito orgulho da caminhada até aqui — e mais ainda de poder compartilhar esse sonho com um público que entende o valor da arte e da música como linguagens que se completam.”
Conheça mais sobre a Inspirarte aqui.
Áudio
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