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Opinião: E aí? Vamos encarar os desafios em 2022?

MusicaeMercado

Imagine o tamanho do desafio que temos pela frente: pandemia, economia, eleições e outras aventuras que o ano nos dará.

Imagine o tamanho do desafio que temos pela frente:

– Pandemia: termina, ou recomeça?

– Recessão: retomada da economia, ou volta das “portas fechadas?

– Medo de novas variantes da Covid.

– Receio de que as pessoas não queiram mais frequentar lojas físicas, e assim por diante…

O nosso Mercado, que envolve Instrumentos Musicais, Áudio e Iluminação, nunca foi “Case de Sucesso”. Mesmo nas fases em que o céu era de brigadeiro, nunca conseguimos chegar a valores expressivos comparativamente ao nosso PIB: zero, vírgula, qualquer coisa sempre foi a nossa representatividade.

Agora, é chegado o momento de uma boa reflexão e permitir que o nosso setor se una, de forma contundente, para o sucesso de todos.

Mas, o que esperar, então de 2022, de forma positiva?

Quais são os nossos pontos fortes, os nossos pontos fracos, as ameaças e oportunidades que nos esperam este ano?

Meditemos! Há uma certa recuperação cíclica da Economia Mundial! Recuperação débil, bem entendido, mas recuperação.

Tivemos algum crescimento em 2021; mas, acredito que este crescimento desacelerará em 2022. Afinal de contas temos problemas com a cadeia de abastecimento global, escassez de mão de obra e, não podemos deixar de mencionar, os altos preços da Energia. 

A ajuda que o setor precisa pode vir do Estado; aliás, este é um bom momento para a interferência de Políticas que aliviem forças negativas, como impostos elevados, alta da inflação, excesso de burocracia, custo trabalhista, e assim por diante.

Já começamos a perceber redução de juros, proporcionando boas opções de investimento no setor.

Se os grandes eventos retornarem com força total, certamente haverá uma busca considerável por novos equipamentos, novas tecnologias, equipamentos mais leves, fáceis de operar, com a qualidade e expressividade que o público precisa.

Temos que mencionar, também, as divergências entre os países que estão se recuperando. Estas divergências fragilizam sobremaneira o equilíbrio entre Oferta e Procura e fragilizam os países menos preparados, como acontece com o Brasil, 

2020/21 nos deram lições importantes: aprendemos que o consumidor acolhe muito bem a digitalização (mesmo consumidores da terceira idade) e que podemos ampliar o potencial desta ferramenta.

Aliás, 2020 foi um ano de surpresa para o nosso setor, já que o E-commerce foi responsável pelo equilíbrio e manutenção de boa parte dos Distribuidores e Lojistas.

Para este ano, precisamos sensibilizar investidores de todo o mundo a injetarem combustível no nosso setor: shows, eventos, feiras, atenção ao crédito, novos distribuidores, novos produtos, um sem número de possibilidades que só um país, de proporções continentais, pode gerar.

Já pensou o nosso mercado, neste ano, atingindo a marca de R$ 5 bilhões em negócios? Por que não?

Eu que trabalho com produtos de alto valor agregado sei da quantidade de pessoas que se interessariam pelos nossos maravilhosos Instrumentos Musicais.

As pessoas idealizam sua casas com Home Theater. Por que não idealizar a casa, também, com um estúdio, com uma sala de concertos, com um espaço reservado para a Música?

Deveria ser regra, afinal de contas, Música é cura.

Num momento tão complexo que estamos vivendo, com as crises existenciais pululando por aí, a melhor forma de enfrentar problemas psicológicos é através da Música.

Ou, estou falando bobagem?

Portanto, criar necessidade de Música é nossa obrigação, mesmo com o céu nebuloso, com expectativas não tão favoráveis.

Resumindo

1. Precisamos de novos investidores;

2. Está na hora de ativarmos, para o setor, fundos de Private Equity, objetivando injeção de capital estrangeiro nas boas empresas já estabelecidas no país;

3. As nossas Associações de Classe precisam auferir dados concretos sobre o setor. É extremamente difícil saber, em números, o que representamos para o mercado. Igualmente, manter um grupo de especialistas e analistas em negócios que saibam identificar oportunidades e ameaças no nosso setor;

4. Um sonho seria criarmos uma rede digital de informações para fornecedores, fabricantes, distribuidores e lojistas;

5. Investir em Pesquisa (acredito que o nosso setor seja um dos únicos que basicamente não investe em Pesquisa). Não temos dados, não temos informações sobre o potencial de negócios que podemos gerar, não sabemos, ainda, como chegar ao consumidor final com mais precisão e indicação de resultado;

6. Desenvolver um formato de auxílio ao consumidor final, principalmente o usuário que não tem intimidade com Digitalização.

Você tem alguma sugestão?

Este será o ano da retomada, ou da lamentação?

Este será o ano da ampliação dos negócios, ou de encerramento de atividades?

Tudo depende da união que podemos promover entre lojistas, distribuidores, terceirizados, prestadores de serviços e, por que não dizer, lobistas!

Teremos o maior prazer em ouvir seus pensamentos

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