Música & Mercado foi para Xangai, na China, para visitar a maior feira de instrumentos musicais do mundo.
O mercado mudou, e as feiras tomaram uma nova dimensão sobre sua real necessidade e importância. A NAMM, nos Estados Unidos, a Music China, em Xangai e a Prolight Sound, em Guangzhou, estas últimas ambas na China, não deixam dúvida que a negociação face-a-face é vital para os negócios.
À convite da Messe Frankfurt Hong Kong, a Música & Mercado esteve mais um ano presente. Confesso que sempre me dá uma felicidade em ir para a China. Não somente pela sensação de aventura, mas por encontrar um país que só se desenvolve, seja em infra estrutura ou mesmo na qualidade dos instrumentos musicais e equipamentos de áudio, palco e iluminação.
Porque a Music China ou Prolight Sound Xangai é vital para importadores e fabricantes? Além de ver os equipamentos e manter a relação com fornecedores aquecida, o centro do marketing no setor é na NAMM, nos Estados Unidos, o centro de gravidade na produção e comércio global está na Ásia.
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Para fabricantes, andando nos 13 pavilhões da feira, maquinas CNC, displays, placas de bluetooth, gabinetes plásticos para caixas de som, madeiras para violões e guitarras, peças, captadores e toda a gama necessária para a produção. Mas não só isto, o simples contato com os fornecedores locais e as visitas às fábricas, que geralmente ocorrem após a feira, já é um fator de aprendizado. Os chineses são muito cordiais com fabricantes pois entendem que podem ser futuros parceiros. “Music China em 2019 foi um exemplo de organização e estrutura e público”, explica Gilmar Zellmer, da Spanking.
Eber Policate, gerente de produto da World Bags explica que “A qualidade esta cada vez melhor os Chineses aprenderam a dar valor no instrumento bem construído”.
Odery e Tagima expõem na China
Duas marcas brasileiras tem sido vistas nos últimos anos na Music China. A Odery Drums, foi uma das precursoras a exibir seus produtos brasileiros e Asiáticos na feira. Hoje, boa parte do faturamento da empresa vem do mercado internacional. Na China, comumente se vê artistas da Odery fazendo dezenas de workshops em escolas parceiras. “Desde 2013 temos investido no mercado Asiático. A exportação da Odery é uma realidade, na China, um passo muito grande para uma marca brasileira, com design próprio. Ficamos satisfeitos, pois a batalha é grande, mas nós conseguimos”, pontua Mauricio Cunha, CEO da Odery, que possui distribuição em mais de 15 países.
Odery Drums na Music China
A Tagima é outra marca brasileira que vem investindo constantemente em projetos fora do Brasil, com distribuição na Colombia, Argentina, Estados Unidos e China. Até o fechamento desta nota não conseguimos um depoimento oficial da empresa.
Tagima na Music China
A Roland, marca bem estabelecida de instrumentos musicais eletrônicos, é um dos expositores da Music China. Akira Nishizawa, presidente da Roland China, explicou: “À medida que o interesse internacional pela Music China está crescendo, a feira contribui para a nossa marca global. Também o utilizamos como uma oportunidade para projetos de colaboração com outras empresas. A feira é um dos maiores eventos que pode realmente alcançar fãs de instrumentos musicais e de música, tanto online quanto offline. ”
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René Moura, diretor da Royal Music também esteve presente na Music China “Uma feira enorme e muito interessante que vem aos poucos se tornando mais Internacional”, comenta.
Music China e Prolight Sound: mais de 2300 expositores
Na China qualquer número assombra. A Music China tem uma dimensão gigante, quase impossível de um brasileiro ter a proporção antes de visitar. Por exemplo, a feira possui ao total 13 pavilhões. Somente na área da Prolight Sound, mais de 600 empresas expuseram novidades. Empresas globais e chinesas mostravam o que havia de mais moderno ou produtos atualizados.
Já as marcas mundiais, AVID, Audiocenter, Boray, Choseal, Greatwall, Fane, Harman International, IK-Multimedia, ITC, Kling & Freitag, Laserworld, Lightlink, Midas, Mode, Plustruss, Prolyte, Omarte, Ruisheng, RME, Rupert Neve, SAE, Sennheiser, Showtex, Shure, Soundking, Superlux, Waves, Wincomm, Yamaha mostravam para o público seus lançamentos e alguns produtos exclusivos para o mercado chinês.
Definitivamente, não há como ignorar a China e sua capacidade de desenvolvimento nos negócios. Tanto fabricantes quanto importadores, a visita vale a pena.
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A indústria brasileira, com toda dificuldade em seu ambiente de negócio, deve-se reinventar, trabalhar produtos de maior valor agregado para expandir suas vendas no mercado internacional, considerando que é quase impossível competir pelo parâmetro de preço chinês.
Para os empresários de áudio e iluminação, a Prolight Sound Guangzhou será de 19 a 22 de fevereiro de 2020.
A IK Multimedia apresentou o iLoud Sub, um subwoofer de estúdio que promete redefinir o segmento ao combinar graves profundos e controlados com o menor formato da categoria.
O modelo se destaca por integrar o sistema de correção acústica ARC X, que calibra automaticamente o sub e qualquer monitor conectado, independentemente da marca, garantindo resposta equilibrada em diferentes ambientes.
Com extensão de graves até 25 Hz e driver de 6,5” acompanhado por dois radiadores passivos, o iLoud Sub entrega 200 W de potência de pico e foi projetado para proporcionar clareza e precisão em mixagens modernas. Segundo a fabricante, o DSP interno ajusta o comportamento do subwoofer e alinha o sistema completo, eliminando interferências acústicas e facilitando decisões de mixagem mais seguras.
O recurso de configuração automática do subwoofer — novidade do ARC X — alinha frequências graves e expande a resposta de qualquer par de monitores, revelando detalhes de kicks, baixos e efeitos sem comprometer o equilíbrio geral da mixagem.
Entre as conexões, o modelo inclui entradas e saídas XLR/RCA, USB para áudio digital e Bluetooth de alta qualidade. O produto é compatível com toda a linha iLoud e com monitores nearfield de outras marcas, além de setups compactos imersivos e salas de pós-produção.
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A IK Multimedia destaca o iLoud Sub como uma atualização para estúdios pequenos que buscam maior precisão, impacto e profundidade sonora em um formato minimalista.
iLoud Sub:
Formato compacto: Cabe em qualquer estúdio – não requer rearranjos
Extensão de graves até 25 Hz: Experimente todo o grave das produções modernas
Correção de sala ARC X: Alinhamento de sistema sem achismo
Configuração automática: Integração fácil com o estúdio e calibragem de subwoofer
Integra-se com monitores existentes: Funciona automaticamente com monitores de qualquer marca
Graves controlados, precisos e musicais: Mixagens se reproduzem facilmente em qualquer lugar
A engenheira de som direto Laura Zimmermann assinou um dos trabalhos mais marcantes do cinema brasileiro recente em Ainda Estou Aqui, filme de Walter Salles que entrou para a história ao se tornar a primeira produção brasileira a vencer o Oscar de Melhor Filme Internacional.
Seu trabalho rendeu o Grande Otelo 2025 da Academia Brasileira de Cinema.
Para atender às exigências do projeto — que recria ambientes sonoros dos anos 1970 até os dias de hoje — Zimmermann utilizou transmissores SMQV, SSM, LMB e HMa, além de receptores DSR4, SRc, DCR822 e DSQD da Lectrosonics. O foco do diretor na autenticidade levou a equipe a registrar sons reais sem interferências modernas, como gravações do mar em uma ilha remota e o som de carros de época com motores originais.
A preparação dos cenários também foi essencial. A casa principal recebeu tratamento acústico para permitir que os atores atuassem com liberdade sem comprometer a captação. Com filmagens entre Rio e São Paulo, Zimmermann destacou a estabilidade do sistema sem fio em um espectro de frequências complexo: durante seis semanas de gravação em interiores, não precisou alterar a frequência.
“Mesmo sendo o maior projeto da minha carreira, os equipamentos funcionaram com total consistência”, afirmou.
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Ainda Estou Aqui está disponível na Netflix, Apple TV, Amazon Prime Video e outras plataformas.
O lançamento mundial da fragrância BOSS Bottled Beyond, da Hugo Boss, contou com um momento histórico: uma apresentação ao vivo de Maluma diretamente do 90º andar do Empire State Building — a primeira vez que um show totalmente ao vivo é realizado desse ponto icônico de Nova York.
Para garantir um áudio impecável tanto para os 600 convidados quanto para milhares de espectadores conectados ao livestream, a equipe da Clair Global confiou no sistema Astral Wireless, da Sound Devices.
Um desafio técnico sem margem para erro
“Nada menos que perfeição absoluta”, resumiu German Tarazona, engenheiro de som da Clair Global. O desafio envolvia um espaço extremamente limitado, um ambiente de RF complexo em um dos edifícios mais saturados do mundo e a necessidade de mixar 86 canais em tempo real para um show de apenas 12 minutos.
Tarazona, ao lado do diretor musical Miguel ‘Escobar’ Marques, do playback tech Camilo Fernández, do production manager Teo Echeverria, do engenheiro de RF Matt Edminson e do audio tech Andrew Puccio, desenvolveu um setup compacto e de alto desempenho. O núcleo do sistema incluiu uma mesa DiGiCo Quantum 225, o receptor digital Sound Devices ARX16, quatro microfones Astral HH e antenas A20-Monarch.
Estabilidade em um ambiente extremo
“A confiabilidade do sistema Astral Wireless foi fundamental”, explicou Tarazona. “Ele nos permitiu avaliar rapidamente o espectro e manter um sinal estável durante toda a apresentação. A integração com a DiGiCo tornou tudo fluido e sem estresse.”
Quando Maluma pisou no palco — com o prédio iluminado nas cores da bandeira da Colômbia — o momento tornou-se histórico.
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“Foi enorme para o Maluma e para a Colômbia”, disse Tarazona. “Um show intenso, perfeito e do qual sentimos muito orgulho.”