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Meu Pedal Velho: Projeto resgata memórias e histórias de guitarristas através de pedais lendários

Alguns objetos carregam muito mais que circuitos e componentes eletrônicos — são verdadeiras cápsulas de tempo. Neste sábado e domingo, em São Paulo, o projeto Meu pedal Velho contará parte dessa história.

Para guitarristas, poucos itens são tão emblemáticos quanto os pedais de efeito. É nesse universo que nasce o projeto Meu Pedal Velho, iniciativa da Mosaiky que reúne relatos, registros e entrevistas com músicos e apaixonados por guitarra em torno das histórias escondidas por trás de pedais clássicos.

De peças raras como o Dallas Arbiter Fuzz Face de 1972 — famoso por moldar os timbres de Jimi Hendrix e David Gilmour — ao Boss DD-2, primeiro delay digital compacto lançado em 1983, cada episódio da série mergulha em uma narrativa que vai além da técnica: fala de memória, afeto e do som que marcou épocas.

“Todo guitarrista tem um pedal velho guardado na gaveta ou no pedalboard. Mais do que equipamentos, eles contam nossas histórias: da primeira banda na garagem aos palcos maiores. Queremos registrar essa memória afetiva da música”, explica o co-criador do perfil @Meu Pedal Velho.Além das histórias pessoais, o Meu Pedal Velho traz um conteúdo de pesquisa robusto sobre pedais icônicos. Entre eles:

  • Foxx Tone Machine (1972) – pedal de fuzz com oitava que marcou o som de Billy Gibbons e Peter Frampton, conhecido também por seu acabamento de camurça.
  • MXR Phase 90 (1974) – phaser compacto que se tornou indispensável para guitarristas dos anos 1970, usado por nomes como Eddie Van Halen.
  • EHX Big Muff OpAmp (1977/78) – peça central nos álbuns do Smashing Pumpkins, responsável por definir o som cru e poderoso do rock alternativo.
  • Ibanez TS10 (1984) – eternizado por Stevie Ray Vaughan e, mais recentemente, John Mayer, tornou-se um dos pedais de overdrive mais desejados.
  • ProCo Rat (anos 80/90) – um dos pedais de distorção mais influentes da história, revisitado em sucessivas gerações.

Para Roberto Parisi, o projeto também é uma forma de valorizar a cultura musical brasileira. “Temos uma cena de guitarristas incrível no país, que dialoga com a tradição mundial, mas com uma pegada única. Os pedais são parte fundamental dessa identidade sonora”, destaca.

Mais do que revisitar manuais técnicos ou specs de circuitos, a proposta é ouvir as histórias de quem viveu com esses pedais, fez música com eles e ainda se emociona ao lembrar. “Um pedal é, ao mesmo tempo, tecnologia e poesia. Ele guarda o ruído de shows, os erros, as descobertas e o som que ficou na memória de quem tocou e de quem ouviu”, completa Parisi.

Expo Meu Pedal Velho

  • Exposição interativa de pedais e amplificadores vintage das décadas de 1970 a 1990 em tarde de distorção, testando pedais, girando cada knob e garimpando o efeito perfeito para o seu som.
  • Traga seu instrumento e venha descobrir novos timbres com os apaixonados por pedais que moldaram gerações do rock, blues e jazz.
  • Serão 10 estações com 2 a 3 pedais cada, fones de ouvido e totens descritivos contando a história de cada equipamento.

Programação:
Sábado – 13/09
10h às 13h → Exposição
14h → Birdless @birdlessbr
15h → Luiz Skin @luizskin
16h → Black Sabbath in Jazz @blacksabbathinjazzz

Conecta+2025

Domingo – 14/09
12h às 16h → Exposição
17h → Maurício Miguel @maumaumiguel
18h → Pedal Quest @pedalquestbr
19h → Stringbreaker & The Stuffbreakers @stringbreakerrock

Haverá flash tattoos com @agathameli.
Local: Teatro Commune – Rua da Consolação, 1.218.

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