Com uma década no mercado, a Audiodriver anuncia reestruturação do negócio com o intuito de oferecer melhor serviço e continuar crescendo nos ambientes físico e digital.
A história da Audiodriver começou de forma contrária à da maioria das lojas em nosso setor, pois seu início foi no ambiente on-line e, com o sucesso obtido, decidiu-se abrir um ponto de venda físico, hoje localizado na cidade de Curitiba (PR).
Jones, sócio-proprietário
Jones Paulo Luz, diretor executivo da Audiodriver, conta: “A ideia de abrir uma empresa no ambiente on-line surgiu em 2007, quando estava na faculdade de economia estudando mercados digitais. Após quase um ano buscando a compreensão do que era o comércio eletrônico e como poderia ingressar nesse universo, resolvi unir a paixão pela música com essa nova realidade. Na época deparei com a pequena adesão do varejo de instrumentos musicais ao e-commerce e percebi ser uma oportunidade, porém, era ainda muito jovem e não tinha recursos para começar uma empresa. Enquanto acumulava o capital para iniciar o negócio, aproveitei o ambiente universitário para estudar mais sobre o e-commerce e no início de 2010 eu e minha sócia Regina iniciamos a abertura da empresa. Hoje muita coisa mudou. Em 2018 passamos por uma reestruturação e redefinição do negócio e em 2019 houve a reestruturação do plano de negócios. Quase dez anos após a abertura, estamos cada vez mais conectados com a missão, a visão e os valores da Audiodriver.”
Foi assim que a loja física surgiu a partir do sucesso das vendas on-line. “Muitos de nossos clientes conhecem a loja pela internet e escolhem comprar na loja física. Hoje temos um público fiel que já conhece o nosso serviço e compra recorrentemente conosco. O desafio tem sido atrair um novo público. Para isso, estamos trabalhando para criar um ambiente aconchegante, agradável e de experimentação aos nossos clientes. A reinauguração vem com um novo projeto e alterações a fim de oferecer essa experiência.”
Pois é, aí vem a novidade para o 10º aniversário. Como parte da reestruturação do negócio, a Audiodriver reinaugurará sua loja física e relançará seu site em uma nova plataforma, moderna e atualizada. “Nesses dois ambientes faremos ações para comemorar os 10 anos da empresa. Nascemos originalmente como uma empresa on-line, porém, com as mudanças no mercado, vimos a necessidade de olhar para o físico e nos posicionar para entrar na era omnichannel.”
O que encontramos na loja
Tanto no ambiente digital quanto no físico, os clientes podem encontrar as principais marcas de instrumentos musicais, acessórios, áudio e vídeo, além de um pequeno mix de projetores e iluminação. Atualmente estão disponíveis mais de 50 marcas de diversos importadores e fabricantes, como Roland, Harman, Equipo, Sonotec, Pride, Marutec, Orion, Musical Express, Izzo, Habro, Oneal, PHX, ProShows, Someco, Santo Angelo, Vogga, Michael, Turbo Music, Tecniforte, Mac Cabos, Solez, NIG, RMV, Redburn, Núcleo Musical, Meteoro, Luen, Hering, Casio, Basso, dentre outras.
Publicidade
Regina, sócia-proprietária
Marcas brasileiras no destaque
Nesse mix encontramos diversas marcas nacionais, como Oneal, Rozini, RMV, Krest, Orion, Hering, Tagima (linha Brasil), Giannini (Linha Brasil), Stay, Saty, ASK, Santo Angelo, Mac Cabos, Luen, NIG, Solez, Basso, JPG, J&N e Meteoro.
Jones contou que os clientes estão atentos não só à nacionalidade da marca, como também ao local de fabricação. “É mais vantajoso para as fabricantes levar o processo de produção para fora do País, mas algumas marcas, como a Rozini, resistem em manter a produção no Brasil e isso é valorizado pelo consumidor. Músicos experientes gostam da Rozini e escolhem continuar com a marca mesmo quando precisam fazer a troca de seus instrumentos. Outras marcas, como a Tagima, têm linhas específicas que são produzidas no País, e é crescente a preferência do consumidor por essas linhas que têm o selo de brasileiras. Além de cordas, marcas especializadas em pratos, como a Orion e a Krest, também têm ganhado relevância. No setor de áudio, podemos destacar a Oneal, que, além de ser uma marca brasileira, mantém sua fábrica no interior do Paraná.”
Relacionamento na frente
Junto com todo o seu amplo mix de produtos disponíveis, a Audiodriver oferece serviços de projetos e instalação de sistema de sonorização e pequenos serviços de luthieria.
“Acreditamos que a relação com o cliente deve ir além da oferta de produtos, por isso temos nos comprometido em buscar formas de agregar valor, tanto no on-line como no off-line. A implementação de valores, como o incentivo à educação, valoriza a melhoria contínua e provoca a busca incessante pela excelência, o que faz com que possamos oferecer o atendimento de uma equipe atenta e treinada para orientar o cliente na experiência de compra. Além disso, em nosso trabalho com o e-commerce, buscamos gerar conteúdo de qualidade ao cliente. Para isso, nossa equipe é formada por profissionais multidisciplinares engajados com a missão e os valores da empresa”, agregou.
Com o objetivo de incentivar o mercado local, nesses dez anos a loja tem oferecido diferentes workshops e treinamentos e, com a reinauguração do espaço físico, intensificará essas ações, porém com uma nova modelagem, buscando maior interação com o cliente.
Equipe diferenciada
Equipe na loja física
Outro ponto destacado da loja é a equipe que trabalha tanto no ambiente físico como no virtual. Jones detalha: “Passamos por uma ampla restruturação nos últimos meses: mudamos para um centro de distribuição muito maior, ampliamos o escritório e a loja física. Porém o que mais trabalhamos foi na formação de um time engajado e comprometido com a cultura organizacional de `foco no cliente e foco no resultado`. Vivemos em constante mudança e nosso time recebe e executa muito bem tudo o que é planejado. Um de nossos lemas é de que todos os nossos processos precisam visualizar o resultado que o cliente terá no final, para isso mudamos o tempo todo. Nossos colaboradores são estimulados com a busca de conhecimento e atualização contínua e respondem muito bem! E isso acontece em todos os setores: em nossa logística, financeiro, e-commerce, atendimento, loja física, compras. Como resultado temos a valorização do cliente. Hoje posso afirmar que a forma como fazemos negócios não é a mesma maneira que fazíamos há 6 meses e que certamente não será como faremos daqui a 6 meses, e isso é resultado do engajamento de nossa equipe.”
Estratégia de negócio
Jones explicou que entre 2017 e 2018 a empresa passou por um período de muita dificuldade. “Chegamos a poucos dias de finalizar a operação. Diante disso, os dois sócios e executivos da empresa observaram a necessidade de ampliar seu conhecimento e ingressaram em um programa de pós-graduação paralelamente à contratação de uma consultoria de processos e à elaboração de um planejamento estratégico para os próximos três anos. Nos últimos 18 meses já foram mais de 100 horas de consultorias e mentorias e um grande investimento em inovação de estrutura e processos. Como resultado, tivemos um amplo crescimento em 2019. Para os próximos anos vamos seguir com a implementação de todas as etapas do atual planejamento e a criação da nova estratégia de negócio”, adiantou.
Estratégias inteligentes para instrumentos de alto valor e acessórios no próximo Black Friday.
Durante mais de uma década, a Black Friday se consolidou como o grande momento global de consumo. Porém, no mercado musical, o modelo de descontos massivos e genéricos começa a perder força. O público atual — mais informado, conectado e segmentado — já não reage da mesma forma a promoções amplas e sem estratégia.
Nesta Black Friday, lojas e marcas do setor mostram uma mudança clara: menos descontos indiscriminados e mais ofertas curadas, diferenciadas por categoria e focadas em valor real.
O comprador musical mudou
Consumidores de instrumentos e áudio já não se guiam apenas pelo preço:
Comparam modelos, versões e origem dos produtos
Valorizam garantia, assistência técnica e pós-venda
Priorizam condições de pagamento flexíveis em vez de grandes descontos
A lógica é simples: instrumento é investimento criativo, não compra impulsiva de consumo de massa.
Como criar processos que fidelizam o cliente após a venda de instrumentos e equipamentos de áudio.
Em um mercado de instrumentos e equipamentos de áudio cada vez mais competitivo, o relacionamento com o cliente não termina na venda. A experiência pós-venda e o suporte técnico são fatores determinantes para a fidelização — especialmente em segmentos que envolvem produtos de alto valor agregado, como mesas digitais, interfaces de áudio, amplificadores e sintetizadores.
Empresas que estruturam uma logística eficiente de assistência técnica reduzem custos, ampliam a confiança do consumidor e fortalecem a reputação da marca. A seguir, reunimos práticas adotadas por distribuidores, fabricantes e lojas especializadas que buscam transformar o pós-venda em diferencial competitivo.
Centralizar o atendimento e padronizar processos
O primeiro passo para melhorar o pós-venda é criar um canal único de atendimento técnico. Quando o cliente precisa buscar informações em múltiplos canais (telefone, e-mail, redes sociais), a percepção de desorganização aumenta.
Empresas como Yamaha e Roland, por exemplo, utilizam centros de serviço autorizados com cadastro integrado: o consumidor envia o número de série e recebe o status da análise em tempo real.
Boas práticas:
Publicidade
Implementar sistema de ticket único (CRM integrado).
Utilizar formulários online para abertura de chamados.
Treinar atendentes para coletar dados técnicos de forma padronizada (modelo, número de série, defeito relatado, data de compra).
Reduzir o tempo de diagnóstico e transporte
O tempo de deslocamento e avaliação técnica é um dos principais fatores de insatisfação no pós-venda.
De acordo com levantamento da Associação Brasileira de Distribuidores de Instrumentos Musicais (Abrafam, 2024), 60% das reclamações estão ligadas a prazos de conserto superiores a 30 dias.
Estratégias recomendadas:
Criar estoques regionais de peças de reposição (SP, PR, PE, DF, por exemplo).
Utilizar transportadoras parceiras com coleta programada em lojas e pontos de revenda.
Automatizar a triagem inicial com vídeos ou fotos enviados pelo cliente antes do envio físico do produto.
Caso real:
A marca nacional Staner, no segmento de amplificadores e caixas ativas, reduziu em 35% o tempo médio de reparo após adotar um sistema de pré-diagnóstico remoto feito via WhatsApp corporativo, segundo dados divulgados na feira Conecta+ Música & Mercado 2024.
Mapear indicadores de performance (KPIs)
A qualidade do pós-venda precisa ser medida com dados.
Monitorar indicadores como tempo médio de reparo (TAT), índice de reincidência de defeitos, nível de satisfação do cliente (NPS) e custo logístico por chamado é fundamental para corrigir gargalos.
Exemplo de métrica:
Treinar e certificar assistências técnicas
Fabricantes que investem em treinamento e certificação periódica das assistências autorizadas garantem maior uniformidade nos serviços.
Cursos online e presenciais, manuais técnicos atualizados e acesso a esquemas elétricos são recursos que reduzem erros e melhoram a comunicação entre fábrica e oficina.
Transformar o pós-venda em canal de relacionamento
Mais do que reparar produtos, o pós-venda pode gerar novas oportunidades de venda e relacionamento.
Empresas que mantêm programas de manutenção preventiva, descontos em upgrades e extensão de garantia transformam um problema técnico em uma nova interação comercial.
Exemplo: Alguns distribuidores oferecem a chamada “garantia estendida educacional”, voltada a escolas e estúdios, que inclui revisões anuais com desconto progressivo. Esse tipo de política reforça o vínculo de longo prazo e reduz o churn de clientes corporativos.
Publicidade
Comunicação clara e rastreabilidade
A transparência é um diferencial competitivo. O cliente deve conseguir acompanhar o status do reparo e ter prazos definidos desde o início do processo.
Sistemas de rastreamento, envio automático de e-mails e relatórios padronizados ajudam a construir confiança.
Checklist de comunicação eficiente:
Envio automático de número de ordem de serviço.
Atualizações a cada etapa do processo (recebido, em reparo, finalizado, despachado).
Canal direto para dúvidas pós-entrega.
A logística de assistência técnica e o pós-venda não são custos, mas ferramentas de fidelização.
Em um mercado onde a reputação circula rapidamente entre músicos e técnicos de som, oferecer suporte ágil e transparente é tão importante quanto lançar um novo produto.
Fabricantes e distribuidores que estruturam processos de pós-venda bem definidos — com dados, prazos e comunicação clara — transformam a assistência técnica em um ativo estratégico.
Mini sintetizadores, interfaces de bolso e caixas de som com bateria refletem novas formas de consumo.
A preferência dos músicos por dispositivos compactos e fáceis de transportar está transformando a oferta de produtos no varejo musical. Mini sintetizadores, interfaces de áudio portáteis e caixas acústicas alimentadas por bateria consolidam-se como opções de alto desempenho que respondem à mobilidade, aos espaços reduzidos e às novas dinâmicas de produção musical.
Segundo um estudo recente da consultoria Music Trades, as vendas de equipamentos portáteis cresceram 18% em 2024no cenário global, impulsionadas por criadores independentes e músicos que buscam soluções práticas para gravar, ensaiar ou tocar ao vivo em ambientes não convencionais.
O que os clientes procuram?
Flexibilidade: dispositivos que possam ser usados tanto em casa quanto em pequenos palcos.
Autonomia: sistemas com bateria para apresentações de rua, parques ou eventos sem infraestrutura elétrica.
Conectividade: interfaces de bolso que se integrem facilmente a computadores, tablets ou smartphones.
O tecladista e produtor argentino Martín Rosales, que atua entre estúdios e turnês independentes, resume a tendência:
“Hoje preciso de um setup que caiba em uma mochila, com o qual eu possa compor em um hotel e, no dia seguinte, usar em um show acústico. Os equipamentos compactos deixaram de ser um recurso secundário — são o centro do meu trabalho.”
Como a loja pode se adaptar
Destacar áreas específicas: criar um espaço de “portabilidade”, onde o cliente possa testar mini sintetizadores, interfaces compactas e caixas de som portáteis em um mesmo ambiente.
Oferecer pacotes combinados: bundles que integrem um controlador pequeno, uma interface e uma caixa portátil para quem busca soluções completas de gravação ou performance.
Demonstrações ao vivo: microshows dentro da loja ou transmissões nas redes sociais que mostrem o desempenho real desses equipamentos.
Educação do cliente: produzir conteúdos com comparativos, tutoriais e guias práticos que reforcem que o tamanho reduzido não significa perda de qualidade.
Uma mudança no modelo de consumo
O avanço da urbanização, a limitação de espaço nas residências e a popularização de formatos como bedroom producersou buskers (músicos de rua) estão por trás dessa transformação. Os equipamentos compactos permitem que artistas mantenham um padrão profissional sem depender de grandes estruturas.
Para as lojas, incorporar essa tendência significa não apenas ampliar o portfólio, mas também alinhar-se a um público mais jovem e conectado, que valoriza tanto a praticidade quanto a agilidade na criação musical.