A Hal Leonard possui uma grande variedade de métodos educacionais impressos e digitais, marcas que distribui em vários países do mundo e uma rica história que contamos a seguir
A americana Hal Leonard tem uma história particular que começa com a banda musical dos irmãos Harold “Hal” e Everett “Leonard” Edstrom e seu amigo Roger Busdicker. Quando a banda se separa, Harold abre uma loja de música, enquanto os outros dois ensinam música para bandas escolares, percebendo a necessidade de adaptar canções populares para ser tocadas por essas bandas. Ao saber dos arranjos que estavam fazendo para os alunos, professores de outras partes do país começaram a pedir suas adaptações e, assim, nasceu a ideia de abrir uma editora musical.
Com o tempo, outros métodos foram adicionados, como arranjos para coros, sistemas para aprender a tocar órgão, piano, violão e uma longa lista de adições. A popularidade da empresa cresceu além dos limites dos Estados Unidos e seus métodos estão presentes hoje em mais de 65 países.
Hal Leonard possui dois escritórios: a sede corporativa em Milwaukee, Wisconsin, e um centro de administração, produção e distribuição em Winona, Minnesota, além de outros escritórios em Boston, Austin e San Francisco, e, no exterior, na Austrália, Bélgica, China, Alemanha, Holanda, Índia, Itália, Suíça e dois no Reino Unido.
Doug Lady é seu atual vice-presidente sênior de vendas. Ele começou a tocar piano aos 7 anos e trabalha na Hal Leonard há 28, além de ter administrado sua própria loja de música em Illinois e tocado muita música ao longo de sua vida! Um de seus papéis na empresa, em 1993, foi supervisionar as vendas no mercado latino-americano, visitando vários países da região, como Argentina, Brasil, Chile e México. “Adoro a paixão musical dos latino-americanos. Do ponto de vista comercial, acho que temos muitas oportunidades de crescimento e expansão nesse mercado e estou ansioso para ver aonde o futuro nos leva.”
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Doug explicou que, durante os 72 anos de história da empresa, eles ajudaram inúmeras pessoas a aprender a tocar instrumentos. “Estudos recentes mostraram que crianças que participam de música obtêm melhores resultados em outras matérias, têm taxas mais altas de graduação e têm menor probabilidade de se envolverem em crimes. Em minha opinião, a indústria da música é um dos negócios mais importantes e gratificantes para se participar, afinal, estamos ajudando a formar mais criadores de música!”, enfatizou.
A empresa
O catálogo de partituras e métodos educacionais da Hal Leonard inclui mais de 100 mil títulos. Abrange tudo, desde livros de aulas de ukulele para iniciantes até conjuntos de partituras e partes para bandas e orquestras.
Além de livros e partituras, a Hal Leonard distribui e representa mais de 50 fabricantes de instrumentos e acessórios nos Estados Unidos. Isso inclui marcas conhecidas como Avid, Blue Microphones, Morley Guitar Effects e KAT Electronic Drums, que também estão disponíveis por meio de sua rede de distribuição na América Latina.
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Doug disse: “Os Estados Unidos têm sido um excelente mercado para demonstrarmos nossa estratégia de distribuição. Uma vez que encontramos sucesso nos Estados Unidos com uma marca, procuramos implementá-la em nossa distribuição em outras regiões. Esta é uma oportunidade de trabalhar mais de perto com os fabricantes que representamos e oferecer mais valor aos nossos clientes internacionais”.
O catálogo de instrumentos e acessórios que a empresa administra para a América Latina contém marcas como Flight Ukuleles, Kahua Ukuleles, bateria eletrônica KAT, efeitos de guitarra Morley e Tycoon Percussion.
Na América Latina
A atuação da Hal Leonard na nossa região é muito mais ativa do que se pode imaginar. Doug conta mais.
M&M: Como é o relacionamento com o mercado latino?
Doug: Especificamente na América Latina, mantemos canais de distribuição sólidos e de longa data para nosso catálogo de materiais educacionais. A educação musical sempre foi e sempre será o núcleo de nossa identidade. Acreditamos firmemente que melhores produtos educacionais criam mais músicos e mais músicos significam uma indústria mais forte de instrumentos musicais.
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À medida que temos nos diversificado para outros produtos além de livros e partituras, criamos novos canais com parceiros locais para as marcas que oferecemos. Também maximizamos nosso relacionamento com parceiros existentes, oferecendo mais marcas de uma única fonte. Isso simplifica o fornecimento e cria uma melhor economia de escala para lojas e distribuidores independentes.
M&M: Tem material em espanhol e português?
Doug: A música é uma linguagem universal, não apenas no sentido de sua capacidade de comunicar emoções e ideias sem palavras, mas também no sentido das notas escritas em uma página. Um concerto de Bach, uma vez escrito, pode ser interpretado por qualquer músico, em qualquer lugar do mundo, independentemente do idioma que eles falam. Isso por si só confere aos nossos produtos um atrativo universal.
A música educacional, que inclui explicações e instruções em palavras escritas, é mais bem-sucedida para nós com a tradução. Nossos produtos traduzidos variam de métodos de piano tradicionais e estabelecidos de John Thompson e Willis Music a métodos modernos de piano de empresas como Faber Piano Adventures. Em alguns casos, especialmente no Brasil, também autorizamos a tradução e distribuição de nossos livros por parceiros locais.
M&M: Qual é a importância desse mercado para a empresa?
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Doug: A América Latina nos deu artistas de jazz como Antonio Carlos Jobim e compositores prolíficos como Ernesto Lecuona, mas a tradição musical latino-americana também influenciou músicos profissionais e estudantes de música de todo o mundo. Uma comunidade musical latino-americana saudável e vibrante é boa para todos, não apenas para os negócios.
Estrategicamente, uma rede de distribuição sólida na América Latina completa o alcance global exclusivo da Hal Leonard. É um complemento importante para nossos próprios centros de distribuição internacional na Austrália, Holanda, Reino Unido e outros lugares. Quanto mais mercados atendemos, mais podemos aumentar nossa oferta de produtos e agregar novo valor a parceiros de todos os tamanhos.
M&M: Como a empresa está fazendo aqui?
Doug: Apesar de alguns dos desafios econômicos da história recente, nossas vendas na América Latina mantiveram um crescimento constante. Isso inclui livros e partituras, além de instrumentos e acessórios. No entanto, sabemos que existem mais oportunidades para nossos produtos no mercado latino-americano. Quando você tem um catálogo de mais de 100 mil itens e 50 marcas, sempre há oportunidades para fazer mais!
M&M: Tem preparado alguma ação para 2020?
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Doug: Em termos de publicações, temos alguns projetos de tradução grandes em andamento. O Essential Elements, um de nossos principais planos de estudo para o mercado de educação escolar nos EUA, já encontrou um lugar em muitas salas de aula na América Latina, mas ainda não foi totalmente traduzido. Em breve teremos uma tradução do método de guitarra Vaideology, incrivelmente popular, escrito pelo próprio Steve Vai. Por fim, a Faber Piano Adventures lançará um método de piano para adultos em espanhol para complementar sua principal série de instrução para jovens iniciantes.
Nosso catálogo de produtos distribuídos também aumentará. A marca de baterias eletrônicas KAT apresentará novos modelos, o Pro Tools continuará lançando novas iterações e traremos mais marcas novas ao nosso catálogo para a América Latina de nossa distribuição nos Estados Unidos. Ganhamos prêmios na NAMM na categoria “Company to Watch” (Empresa a Observar) várias vezes na história recente, porque sempre há algo novo acontecendo na Hal Leonard!
Com uma sucessão planejada e a injeção de uma liderança mais ousada, a distribuidora sai do modo “discreto” e projeta crescimento três vezes maior em 2025.
No competitivo tabuleiro do mercado musical brasileiro, a Habro Music era, até recentemente, o paradoxo de um gigante adormecido. Detentora de um portfólio invejável e com uma saúde financeira inquestionável, a empresa operava em um ritmo quase de manutenção, levando o mercado a percebê-la como tradicional, sem ego e “apagada”. Lojistas ouvidos pela Música & Mercado afirmavam que a visão externa era a de “uma empresa que sentou em cima de um monte de marca porque tem dinheiro, mas perdeu a vontade de brilhar”.
Essa era acabou
Em setembro de 2025, a Habro comemorou 40 anos de história. O ano de celebração coincidiu com mudanças que não estavam no radar do mercado, considerando o ritmo adotado nos últimos anos pela companhia. Convenhamos: a importadora, através de seus fundadores Alfred e Alec Haiat, era reconhecida como bem administrada e sólida financeiramente, mas também avessa a riscos e conservadora.
Alec e Alfred Haiat: estratégia de sucessão preparada
O ponto de virada veio com o processo de sucessão, agora sob a direção de Phillipe Haiat, filho de Alfred, que assumiu como COO. Phillipe promoveu uma reforma estrutural — ou, como eles mesmos definem, “um novo palco”. “Hoje estou à frente do negócio talvez com a mesma energia que os fundadores tinham há alguns anos. Mas acredito que nada se faz sozinho, e por isso me apoio em gente competente ao meu redor”, explica Phillipe Haiat. Entre as mudanças, desde outubro de 2024, Flávio Desenzi passou a liderar a diretoria comercial da Habro.
Phillipe Haiat: novo COO da Habro Music
Sem ego, sem fogos de artifício
Com diretrizes claras, Desenzi enfatiza: “Está sendo apresentada nesta edição do Habro Sales Experience — HSE — nossa nova fase e posicionamento, reafirmando o compromisso de liderar o setor de instrumentos musicais com inovação, solidez e as marcas mais desejadas do mercado”. A 2ª edição do Habro Sales Experience, convenção da Habro Music, acontece de 2 a 5 de outubro no interior de São Paulo. “Iremos apresentar grandes novidades e estratégias para 2026, além de celebrar as conquistas e o crescimento notório da empresa”, complementa Samuel Galdino, gerente de marketing.
Em vez de campanhas pontuais, a empresa decidiu mexer no que realmente impacta o dia a dia do Lojista: estoque próprio pago, menos portas por SKU para proteger preço, representantes com metas e bônus, janelas de abastecimento mais curtas e um e-commerce que atua como laboratório — testando discurso, SEO, imagens e vídeos — para devolver à ponta um “pacote de venda” pronto para integrar ao site e às redes sociais da loja.
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Os números confirmam a mudança: o faturamento triplicou em cerca de dez meses, e a projeção é encerrar o ano três vezes acima de 2024. Ninguém empilha esse gráfico só com boas intenções. O que está em jogo é uma filosofia antiga, agora aplicada com método: ninguém ganha sozinho. Se a margem não fecha na loja, a distribuidora não sustenta crescimento — e a Habro escolheu tornar isso regra de operação, não apenas slogan.
Samuel Galdino e Flávio Desenzi: força nas vendas e marketing e conquista de mercado.
New Stage
A mudança começa por onde quase ninguém gosta de mexer: poder e processo. Os fundadores seguem próximos, como mentores e guardiões do jeito de fazer — empresa própria, não de banco; disciplina de caixa; aversão a prazos mirabolantes — e mantendo a tradição de representar muitas marcas. Entre os destaques, está o empenho na linha de áudio profissional, com a Alto, além da experiência passada na distribuição de marcas como Mackie e Focusrite.
“Vivemos hoje, sem dúvida, o melhor momento da empresa nos últimos 13 anos. Basta olhar ao redor do escritório para sentir uma empresa viva, motivada e confiante”, afirma Phillipe.
Em conversa com representantes comerciais, a Música & Mercado apurou que a Habro importará, até o fim de 2025, uma linha de produtos que trará três efeitos claros: Lojistas e consumidores animados e concorrentes preocupados. É hora de prestar mais atenção na quarentona Habro.
Em fevereiro de 2025 nasceu a Bear Audio Video, uma empresa de representação comercial que já vem ganhando destaque no setor audiovisual da América Latina.
Mais do que um novo empreendimento, o projeto representa uma visão compartilhada em família, que une experiência, valores humanos e propósito claro: entregar mais valor ao mercado e fazer diferente.
“Mais do que um projeto profissional, a Bear Audio Video é a concretização de um sonho que vínhamos construindo há anos. Queríamos criar uma empresa que representasse valores como confiança, dedicação e excelência no trabalho”, afirma Viviane Schuch, diretora administrativa.
Da experiência global a uma proposta regional
Com mais de 25 anos de atuação na indústria audiovisual e em setores estratégicos como vendas internacionais, planejamento financeiro e gestão de contratos, Fred Schuch, diretor geral da Bear Audio Video, traz na bagagem experiências em grandes empresas globais como a Harman International. Viviane, por sua vez, tem trajetória sólida em instituições financeiras como o Banco John Deere e o De Lage Landen, com foco em consultoria jurídica e planejamento. Juntos, formam uma combinação de visão técnica e estratégica que se reflete no modelo de atuação ágil, humano e profissional da empresa.
A Bear Audio Video começa sua jornada representando três marcas norte-americanas de peso:
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Cerwin Vega (Los Angeles, CA): reconhecida pela potência e durabilidade de seus sistemas de áudio profissional, é um ícone no som automotivo e em eventos ao vivo.
Diamond Audio (Los Angeles, CA): especializada em áudio automotivo premium, com foco em fidelidade sonora, tecnologia de ponta e design sofisticado.
Vari-Lite (Dallas, TX): pioneira mundial em iluminação profissional para espetáculos, eventos e teatros, com alta precisão, confiabilidade e inovação.
Esse portfólio inicial permite atender a demandas em áudio, iluminação e integração, com soluções de alto desempenho para o mercado latino-americano.
Foco regional e expansão gradual
A empresa atua inicialmente em países estratégicos como Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, México, Uruguai, Paraguai, Panamá, Venezuela e Bolívia. O objetivo é ampliar gradualmente sua presença, agregando novas marcas ao portfólio e consolidando-se como uma referência em representação de vendas.
“A região tem um potencial enorme. Vemos um mercado dinâmico, com muita competência técnica e crescente demanda por soluções inovadoras. Mas também existem desafios logísticos, tributários e cambiais, que exigem proximidade e conhecimento local”, comenta Fred Schuch.
Suporte aos canais e participação ativa no mercado
A Bear Audio Video concentra seus esforços em fortalecer canais de distribuição e varejo, oferecendo suporte técnico, treinamentos, campanhas de marketing personalizadas e participação em feiras e eventos estratégicos.
A empresa já marcou presença na Sound:Check Expo (CDMX), na InfoComm (Orlando) e na NAMM (Anaheim), e planeja estar em outros eventos relevantes como SEMA, LDI e Conecta+ Música & Mercado.
Além disso, os sócios da Bear Audio Video estão percorrendo pessoalmente diversos países da região para fortalecer o relacionamento com clientes e entender as necessidades de cada mercado.
Tecnologia, tendências e futuro
Entre as tendências que a empresa aposta para o futuro do setor estão a integração AV sobre IP, a automação inteligente, o uso de IA em soluções audiovisuais e o crescimento de ambientes híbridos no segmento corporativo e educacional.
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“Buscamos representar marcas que estejam alinhadas com essas mudanças e oferecer aos nossos parceiros as ferramentas para acompanhar essa evolução”, destaca Viviane Schuch. A curto e médio prazo, a meta é fortalecer as parcerias com distribuidores e expandir o portfólio.
Em alguns anos, a empresa quer ser reconhecida como uma referência em representação comercial no setor AV latino-americano, conhecida por sua confiabilidade, proximidade com o mercado e compromisso com resultados.
“Queremos que a Bear Audio Video seja vista como uma empresa confiável, inovadora e parceira estratégica para o crescimento sustentável do setor audiovisual na América Latina”, conclui Fred Schuch.
O Grupo Zónico, referência em produção de eventos e tecnologia de entretenimento com mais de 20 anos de atuação, acaba de ser nomeado distribuidor oficial do processador de áudio Outline Newton na Venezuela.
A parceria reforça a posição da empresa no mercado ao trazer para os profissionais locais uma tecnologia de gestão de sinais reconhecida internacionalmente — e utilizada em turnês, festivais e shows de grande porte ao redor do mundo. Hugo Morillo, diretor do Grupo Zónico, destaca: “O Newton tem sido a solução preferida para produções ao vivo altamente exigentes em todo o mundo. Sua excepcional qualidade de áudio e integração perfeita com sistemas de qualquer marca permitem aos engenheiros de som superar desafios complexos com mais eficiência e confiabilidade.” Diferente dos processadores de alto desempenho disponíveis hoje, o Newton é detentor de uma patente industrial. O equipamento combina uma arquitetura avançada de FPGA com a tecnologia exclusiva de filtragem WFIR da Outline, consolidando-se como padrão em processamento, roteamento e equalização de sinais em eventos de prestígio. Seu sucesso se deve à flexibilidade, confiabilidade e qualidade sonora excepcionais, tudo isso em um chassi compacto de 1U, controlado por uma interface de software intuitiva compatível com Mac e PC. O histórico do Newton inclui participações em alguns dos eventos mais icônicos da indústria, como as edições do Glastonbury e Coachella, além de turnês mundiais de artistas como Roger Waters, Tool, Snow Patrol, Sam Smith, Kenny Chesney e Joe Bonamassa. Durante a mais recente Jornada Mundial da Juventude, em Lisboa, o desafio de transmitir com clareza a mensagem do Papa Francisco a 1,5 milhão de peregrinos, espalhados por uma área de 3 km², foi superado com o uso de apenas dois processadores Newton. As unidades gerenciaram linhas de delay de até oito segundos, coordenando a transmissão de áudio por 103 km de fibra ótica, 1.100 alto-falantes em 109 torres de PA, 327 amplificadores e 300 switches de rede. Morillo finaliza: “Com a chegada do Newton à Venezuela, estamos colocando o mercado local em sintonia com as mais avançadas produções globais. É um salto significativo que posiciona nossa indústria ao lado dos grandes players internacionais.”