Evento, que aconteceu nos dias 18 e 19 de outubro, na Arena das Dunas, em Natal, recebeu 32 mil pessoas e teve transmissão inédita da TV Globo Pernambuco para 65 milhões de telespectadores.
O Festival Mada (Música Alimento da Alma) provou nesta 26ª edição porque se consolidou como um dos maiores eventos do calendário musical brasileiro. Com uma estrutura de dois palcos, apresentações memoráveis e um line-up diverso e representativo, o Mada proporcionou uma experiência histórica às 32 mil pessoas presentes na Arena das Dunas, em Natal, nos dias 18 e 19 de outubro. O público pôde celebrar a variedade da música brasileira em 14 shows e 6 DJ’s sets, que transitaram entre a nostalgia emo, pop, rock, hip hop e samba. Neste ano, as apresentações tiveram um alcance nacional com a transmissão inédita realizada pela Globo Pernambuco em parceria com a InterTV RN e outras 26 afiliadas. O evento foi exibido em 28 afiliadas da emissora, desde o Rio Grande do Norte, Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Sergipe até os estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro. “O Festival Mada 2024 apresentou uma edição especial que, além de atrair um grande público presencialmente, alcançou um marco inédito: sua primeira transmissão ao vivo pelos canais da Globo. A parceria com G1RN, Globo Pernambuco e InterTV Cabugi fez com que nosso evento chegasse a casa de 65 milhões de telespectadores”, afirma Jomardo Jomas, idealizador e diretor do Festival Mada.
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A abertura do festival ficou por conta das artistas potiguares Gracinha e Cami Santiz, que cantaram nos dias 18 e 19, respectivamente, e evidenciaram a potência de nomes locais. No primeiro dia, Ana Frango Elétrico fez sua estreia em Natal com a apresentação calorosa do aclamado disco Me Chama De Gato Que Eu Sou Sua (2023). Mago de Tarso trouxe o manguebeat e o trap para o evento, mesclando o tradicionalismo do acordeão a uma homenagem a Chico Science. Ele desceu do palco e se juntou aos fãs na canção “Nordestino Mesmo”, aquecendo as expectativas para o lançamento de seu primeiro álbum, O Som do Litoral, previsto para o mês que vem. Em seguida, o público recebeu um dos shows mais esperados da noite: Xande de Pilares cantando Caetano Veloso. O artista apresentou canções conhecidas do veterano, como “Muito Romântico”, “Tigresa” e “Alegria, Alegria” sob a roupagem do samba carioca. Ele ainda relembrou sucessos de quando fez parte do Grupo Revelação, como “Velocidade da Luz” e “Deixa Acontecer”. Pitty subiu ao palco na sequência. Nesta segunda participação no Mada, ela entregou um rock pulsante e fez o público vibrar e cantar em coro seu sucesso “Me Adora”. O pop foi muito bem representado por Duda Beat. A cantora e compositora pernambucana elevou a energia da Arena das Dunas com coreografias e canções do seu último álbum, Tara e Tal, lançado em abril. BK’ encerrou as performances no primeiro dia com um show que levou o público a entoar seus principais sucessos, como “Músicas de amor nunca mais” e “Se eu não lembrar”, além de outros hits, como “Planos” e “Castelos & Ruínas”. O aguardado Baile da Amada, conhecido como o “after” do festival, foi comandado pelos DJ set de Badsista, DJ RaMeMes e Miss Tacacá.
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No segundo dia, o público acompanhou duas apresentações icônicas do rap feminino. A rapper carioca Ebony fez sua estreia em Natal com um show criado especialmente para o Mada: além do DJ set de Larinhx, ela brilhou com um discurso potente sobre pertencimento e a quebra de paradigmas que o disco Terapia (2023) trouxe para sua carreira. Duquesa cantou, na sequência, diversas faixas do seu álbum Taurus Vol. 2, lançado em maio, e foi ovacionada pelo público com canções como “Tá Eu e a Nicole”, “Turma da Duq” e “Purple Rain”. Em seguida, Fresno fez a 1001ª apresentação de sua carreira no Mada. A performance foi a primeira da nova turnê a ser realizada no Nordeste e passou por músicas como “AGORA DEIXA”, “Eu Nunca Fui Embora” e “Camadas”. BaianaSystem subiu ao palco logo depois. Seguindo a tradição de fazer o público vibrar, o grupo entregou um show frenético, com uma memorável roda punk. O hip hop mineiro encerrou o segundo dia com as apresentações inesquecíveis de Djonga e FBC. “Acabei de fazer o melhor show da minha vida e foi em Natal, no festival Mada”, publicou FBC nas redes sociais após o evento. A experiência foi vivida por completo com o Baile da Amada, que contou com os DJ sets de Taj Ma House, Omoloko e Geni no segundo dia. Além de fomentar artistas locais, o festival segue movimentando o turismo de Natal. Neste ano, 49% do público presente veio de estados como Paraíba, Pernambuco, Ceará, São Paulo, Bahia, Rio de Janeiro, Distrito Federal e Minas Gerais para curtir de perto essa celebração calorosa da música brasileira. Apresentado pela Claro, o Festival Mada tem patrocínio do Governo do RN, Lei Câmara Cascudo, Coca Cola e Estrella Galicia. O festival tem o apoio da Emprotur-RN, Visite Rio Grande do Norte, Boticário, Quem Disse Berenice, Rab Frios e a Bird Viagens, como a agência de viagem oficial do festival. InterTV Cabugi e TV Globo Pernambuco são os parceiros de mídia oficiais.
Evento gratuito encerra ciclo anual com showcases, debates, workshops e rodadas de negócios.
A última etapa da edição 2025 da FIMS – Feira Internacional da Música do Sul acontece de 11 a 13 de dezembro, em Foz do Iguaçu (PR). Gratuito e aberto ao público, o evento reúne artistas, produtores, selos, festivais, gestores culturais e representantes do mercado latino-americano para três dias de showcases, debates, workshops e encontros profissionais.
Criada em 2016, a FIMS se consolidou como um dos principais pontos de conexão da música no Brasil. A etapa em Foz encerra um ano marcado pela expansão territorial do projeto, que passou por Curitiba, São Paulo, Belém e Brasília por meio do circuito Drops FIMS, ampliando redes regionais e fortalecendo a circulação de artistas.
Programação destaca diversidade e integração latino-americana
A edição de Foz do Iguaçu ocupará diferentes espaços da cidade. Entre os confirmados estão Gilsons, Kaê Guajajara, Leminskanções, Sebastián Piracés (Francisco, el Hombre) e a cantora indígena Djuena Tikuna. A agenda formativa contará com profissionais como Dani Ribas (Instituto Abramus), Danieli Correa (UBC), Alice Ruiz, Roberta Martinelli, Evandro Okan, Tony Aiex (Tenho Mais Discos Que Amigos!) e Benjamin Taubkin.
Os painéis abordam temas centrais para a cadeia musical, como internacionalização de carreiras, divulgação no ambiente digital, direitos autorais, impactos da IA, festivais latino-americanos, políticas do Sul Global e o papel contínuo do rádio.
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Também estão previstas rodadas de negócios, pitching e atividades de formação para quem busca profissionalizar sua atuação no setor.
Encontro para fortalecer redes e criar novas oportunidades
Para Téo Ruiz, diretor e idealizador da FIMS, o evento segue cumprindo seu papel de articulação: “A FIMS nasceu do desejo de unir quem faz, quem cria e quem viabiliza a música. Só com essa rede colaborativa é possível garantir um futuro mais justo, diverso e sustentável para o mercado musical.”
Com mais de 70 shows, cerca de 200 reuniões de negócios e mil participantes por edição, a FIMS figura hoje entre as conferências mais relevantes do setor no país. Duas vezes indicada ao Prêmio Profissionais da Música, atua como plataforma de desenvolvimento, visibilidade e aceleração de carreiras.
Compromisso com diversidade e inclusão
O evento mantém ações afirmativas para ampliar o acesso de jovens em situação de vulnerabilidade e garantir a participação de mulheres, pessoas negras e LGBTQIA+ na curadoria, programação e produção.
A falta de demanda para uma nova área temática dentro da Light + Building 2026 precipita o fim do histórico salão alemão, enquanto a marca ganha força na Ásia.
A Prolight + Sound — durante anos considerada uma das feiras mais importantes do mundo nos setores de iluminação profissional, áudio, integração de sistemas e tecnologias para eventos — deixará de acontecer em Frankfurt. A organização confirmou que já não existem condições suficientes para manter uma edição local, encerrando assim sua trajetória no centro de exposições da cidade alemã.
Durante décadas, a feira foi referência global. Conectou fabricantes, distribuidores, engenheiros, designers de iluminação, técnicos de áudio, integradores e profissionais do entretenimento em um ponto de encontro essencial para lançamentos, networking e formação. Sua relevância nos anos 2000 e 2010 a consolidou como termômetro de tendências na Europa e vitrine obrigatória para marcas internacionais.
O que aconteceu?
Após semanas de conversas com expositores e uma análise detalhada sobre o futuro do evento, a Messe Frankfurt constatou que não havia demanda suficiente para criar, dentro da Light + Building 2026, uma área temática dedicada exclusivamente à Prolight + Sound. Essa alternativa havia sido proposta como forma de manter a presença do salão na cidade, mas não recebeu o apoio necessário para garantir uma oferta sólida e atrativa para empresas e visitantes.
Diante dessa falta de respaldo, a organização tomou a decisão — considerada “difícil” — de não realizar mais a Prolight + Sound em Frankfurt.
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Integração a outras feiras e novos caminhos
Alguns dos expositores convidados a participar da área temática já optaram por se apresentar diretamente nos segmentos tradicionais da Light + Building, onde poderão se conectar principalmente com escritórios de arquitetura, designers de iluminação, especialistas em tecnologia predial, instaladores elétricos e profissionais de facility management.
Mesmo com o encerramento em Frankfurt, a Prolight + Sound segue no portfólio internacional da Messe Frankfurt. A marca continua crescendo na Ásia e prepara novas edições, entre elas:
Prolight + Sound Guangzhou, que recentemente reuniu mais de 2.200 expositores e 110.000 visitantes, consolidando-se como uma das feiras mais dinâmicas do setor. Prolight + Sound Bangkok, que realizará sua edição inaugural em 2026, ampliando a presença da marca no Sudeste Asiático.
Um encerramento simbólico e um futuro redirecionado
O anúncio marca o fim de uma era para a indústria europeia do espetáculo e do entretenimento técnico. Para várias gerações de profissionais, a Prolight + Sound Frankfurt foi um ponto de encontro fundamental, onde foram apresentadas tecnologias que moldaram padrões globais em áudio, iluminação, rigging, laser, staging e soluções AV.
A organização agradeceu a colaboração da imprensa, expositores e visitantes ao longo dos anos e reforçou que continuará recebendo a comunidade em seus eventos internacionais.
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A marca se despede de Frankfurt, mas segue adiante em mercados onde o setor audiovisual mantém um ritmo de expansão mais acelerado.
O DJ brasileiro estabelece recorde latino-americano e amplia a presença do país na cena eletrônica global.
O DJ e produtor brasileiro Alok protagonizou uma das performances mais marcantes do Tomorrowland Brasil ao utilizar mais de mil drones coreografados sobre o mainstage LIFE. A apresentação estabeleceu um novo recorde latino-americano para shows musicais ao vivo com uso de drones e consolidou o artista como uma das figuras centrais do festival.
No fim de setembro, um teaser divulgado nos canais oficiais do Tomorrowland em parceria com Alok já antecipava a dimensão do projeto. A relação do artista com o festival vem se fortalecendo a cada edição, marcada por espetáculos que combinam tecnologia, narrativa visual e música. Em 2023, Alok já havia surpreendido o público ao integrar 600 drones, fogos de artifício, lasers e iluminação em seu show no Parque Maeda — apresentação que lhe rendeu o prêmio de Melhor Performance de 2024 no Electronic Dance Music Awards (EDMAs).
A produção mais recente expandiu esse conceito. O espetáculo foi desenvolvido em colaboração entre a equipe criativa de Alok e a produção do Tomorrowland, com o objetivo de ampliar as possibilidades de experiências imersivas em grandes eventos. O uso de mais de mil drones aumentou o impacto visual da apresentação e reforçou a tendência de integrar arte, luz e tecnologia no entretenimento ao vivo.
Durante sua atuação no Tomorrowland Bélgica, Alok destacou que o festival representa mais do que cenografia e efeitos especiais, simbolizando uma energia compartilhada que ultrapassa fronteiras e limitações técnicas.
A trajetória do artista no festival também reforça seu papel como representante da música eletrônica brasileira no cenário internacional. Sua presença contínua contribui para posicionar o Brasil como um polo criativo relevante e demonstra como a música pode conectar públicos, culturas e diferentes visões de mundo.
Com esta performance histórica no Tomorrowland Brasil, Alok não apenas apresentou um set, mas expandiu os parâmetros de produção e inovação do setor, reafirmando a força da união entre criação artística e tecnologia de ponta.