Neste capítulo de Como montar seu home studio falaremos sobre a Transposição Musical no Logic Pro X. Vamos lá!
Muita gente com dúvidas se perdendo ao tentar escrever partituras para instrumentos transpositores no Logic Pro X. Antes de mais nada vamos esclarecer alguns pontos muito importantes para quem só ouviu falar – ou soar errado – instrumentos transpositores:
1- Pela sua construção física, instrumentos transpositores soam intervalos musicais abaixo ou acima do que se convencionou chamar de escrita “em concerto” do inglês “in concert”. Já tive alunos pensando que os instrumentos soavam diferente porque tinham defeito, e eram chamados de “em conserto”… (sic)
2- Podem soar, por exemplo, um tom abaixo. Ao se escrever numa melodia a nota DÓ, um trompete tocando a mesma nota toca (faz soar) um SIb. A solução não é, em um programa de edição de partituras – ou na área Score (Partitura) do Logic – transpor a melodia da parte do Sax tenor para a TONALIDADE de Si bemol.
3- Para seguir a mesma escala, o Sax tenor precisa ser escrito na tonalidade em que todas as notas desta escala estejam a um tom abaixo da melodia escrita in concert. Se a tonalidade for Dó maior, para o sax tocar a mesma melodia precisará soar UM TOM ACIMA de Dó maior, logo, em Ré maior. Veja tabela com principais transposições:
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A janela de Score (Partitura) do Logic Pro X tem no seu menu superior à esquerda o quadro de diálogo “Layout”, e na sua primeira opção de cima para baixo escolha “Show Staff Styles” (mostrar estilos de pauta). Por padrão, o Logic mostra uma pista MIDI automaticamente escrita em uma determinada clave musical. Se a pista contiver notas, por exemplo, de Dó3 a Dó5, a clave de Sol é selecionada. Se forem notas graves, será selecionada a clave de Fá, e assim por diante, seguindo uma média de alturas.
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Mas digamos que você tem um arranjo em Dó maior, em que duas pistas foram usadas, uma para violão e outra para um trumpete em Si bemol. Indo para a área de Partituras (Score), as duas pistas vão aparecer com a clave de Sol, iguais. Você vai precisar alterar a clave, apenas para a pista do trumpete. Mas se fizer essa alteração na clave de Sol, na opção da janela Layout -> Show Staff Styles, o trumpete e o violão vão ser alterados juntos, porque o Logic escreve as partes baseado NA CLAVE.
A solução é simples, mas parcial: deixe a clave de Sol quietinha no menu Show Staff Styles, abra a pista/parte de sax e escolha a opção “Trumpet Bb”. Essa clave tem uma configuração independente da clave de Sol “normal”, e colocará as notas da PARTITURA a ser gerada na altura certa da transposição. Mas SOMENTE na partitura, e o seu arranjo vai continuar com as duas pistas, do violão e do trumpete na mesma altura. Trata-se de uma opção apenas gráfica, gerando as partes para execução dos músicos.
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Mas acontece que também o violão também é um instrumento transpositor, o que muita gente desconhece. É preciso escolher a clave de Sol com um pequeno “8″ em baixo, que indica ser o violão um instrumento transpositor, pois soa uma oitava ACIMA do que se escreve, para facilitar a leitura apenas. O DÓ mais grave do violão é o DÓ6, e não o DÓ 5.
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Então, a solução para fazer soar o arranjo é óbvia: você não vai precisar alterar as alturas em uma bounce ou exportação de áudio ou MIDI, para simples audição, porque o Logic já “faz” essa transposição, em MIDI. Para exportar MIDI transposto, o caminho é outro…
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Para exportar partes que serão lidas, as claves e armaduras de clave serão impressas corretamente, e você pode até criar claves novas a partir do comando “New” em Layout -> Show Staff Styles. O que não poderá ser feito é alterar as alturas ao tocar o sequenciamento. Para exportar MIDI, você pode exportar PISTAS INDIVIDUAIS, mas antes transpondo as alturas usando o comando da janela Score Functions -> MIDI Transform -> Transposition. A parte do trumpete em Bb, então, deverá ser transposta um tom acima, escolhendo o “2″ na janela de transposição, o que indica 2 MEIOS-TONS. Finalmente, do comando principal File -> Export -> Export MusicXML, exporta o formato .xml, lido por todos os programas de partituras.
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Dessa forma, um instrumentista vai poder ler na partitura e ouvir em MIDI, separadamente, o que seu instrumento deverá fazer em uma gravação ao vivo, e você terá no seu sequenciamento o arranjo como deverá soar. Lembre-se de que o objetivo final é reproduzir – virtualmente ou ao vivo – o seu trabalho de arranjo, soando como um todo. Apenas para demonstrar como soa errado um arranjo em que não se efetua a transposição seria necessário deixar, no Logic, as pistas com as alturas modificadas. Para terminar, as frequências das notas, sempre lembrando de que a mixagem é um “arranjo de frequências”, e sua superposição pode causar o “mascaramento”.
A plataforma de amplificação Duecanali, da Powersoft, tornou-se a base sonora de concertos, oficinas e atividades comunitárias na rede de unidades do Sesc São Paulo, que já conta com mais de 100 amplificadores Duecanali 1604 instalados em todo o estado.
O projeto é liderado pelo designer e consultor Reinaldo Pargas, da AVM Projetos e Consultoria em Tecnologia, parceiro do Sesc desde 2003. A instituição — fundada em 1964 e com 43 unidades ativas em 2025 — oferece diariamente cursos, exposições, espetáculos e programas educativos em diversas cidades paulistas.
Os amplificadores Duecanali 1604 de Powersoft garantem áudio de alta qualidade com baixo consumo de energia e mínima dissipação de calor, algo essencial em espaços que recebem, em um mesmo dia, oficinas pela manhã, shows à tarde e palestras à noite. O modelo entrega 800 W por canal (4/8 Ω) e até 2.000 W em bridge, permitindo alimentar caixas de baixa impedância ou linhas distribuídas de 70/100 V.
A AVM optou pela versão DSP+D, com processamento interno e conectividade Dante/AES67, possibilitando roteamento via IP e ajustes diretos no ArmoníaPlus, sem necessidade de DSP externo.
Segundo Pargas, a combinação de tamanho compacto, eficiência e baixa distorção tem sido decisiva para garantir sonoridade consistente em salas de diferentes formatos, otimizar rack rooms e reduzir o consumo energético. Além disso, o sistema permite atender às diretrizes técnicas rigorosas do Sesc e às demandas de artistas em circulação.
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A rede Sesc seguirá em expansão nos próximos meses, com novas unidades previstas em Marília e no Parque Dom Pedro II, onde a Powersoft deve novamente integrar a infraestrutura principal de áudio.
A IK Multimedia apresentou o iLoud Sub, um subwoofer de estúdio que promete redefinir o segmento ao combinar graves profundos e controlados com o menor formato da categoria.
O modelo se destaca por integrar o sistema de correção acústica ARC X, que calibra automaticamente o sub e qualquer monitor conectado, independentemente da marca, garantindo resposta equilibrada em diferentes ambientes.
Com extensão de graves até 25 Hz e driver de 6,5” acompanhado por dois radiadores passivos, o iLoud Sub entrega 200 W de potência de pico e foi projetado para proporcionar clareza e precisão em mixagens modernas. Segundo a fabricante, o DSP interno ajusta o comportamento do subwoofer e alinha o sistema completo, eliminando interferências acústicas e facilitando decisões de mixagem mais seguras.
O recurso de configuração automática do subwoofer — novidade do ARC X — alinha frequências graves e expande a resposta de qualquer par de monitores, revelando detalhes de kicks, baixos e efeitos sem comprometer o equilíbrio geral da mixagem.
Entre as conexões, o modelo inclui entradas e saídas XLR/RCA, USB para áudio digital e Bluetooth de alta qualidade. O produto é compatível com toda a linha iLoud e com monitores nearfield de outras marcas, além de setups compactos imersivos e salas de pós-produção.
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A IK Multimedia destaca o iLoud Sub como uma atualização para estúdios pequenos que buscam maior precisão, impacto e profundidade sonora em um formato minimalista.
iLoud Sub:
Formato compacto: Cabe em qualquer estúdio – não requer rearranjos
Extensão de graves até 25 Hz: Experimente todo o grave das produções modernas
Correção de sala ARC X: Alinhamento de sistema sem achismo
Configuração automática: Integração fácil com o estúdio e calibragem de subwoofer
Integra-se com monitores existentes: Funciona automaticamente com monitores de qualquer marca
Graves controlados, precisos e musicais: Mixagens se reproduzem facilmente em qualquer lugar
A engenheira de som direto Laura Zimmermann assinou um dos trabalhos mais marcantes do cinema brasileiro recente em Ainda Estou Aqui, filme de Walter Salles que entrou para a história ao se tornar a primeira produção brasileira a vencer o Oscar de Melhor Filme Internacional.
Seu trabalho rendeu o Grande Otelo 2025 da Academia Brasileira de Cinema.
Para atender às exigências do projeto — que recria ambientes sonoros dos anos 1970 até os dias de hoje — Zimmermann utilizou transmissores SMQV, SSM, LMB e HMa, além de receptores DSR4, SRc, DCR822 e DSQD da Lectrosonics. O foco do diretor na autenticidade levou a equipe a registrar sons reais sem interferências modernas, como gravações do mar em uma ilha remota e o som de carros de época com motores originais.
A preparação dos cenários também foi essencial. A casa principal recebeu tratamento acústico para permitir que os atores atuassem com liberdade sem comprometer a captação. Com filmagens entre Rio e São Paulo, Zimmermann destacou a estabilidade do sistema sem fio em um espectro de frequências complexo: durante seis semanas de gravação em interiores, não precisou alterar a frequência.
“Mesmo sendo o maior projeto da minha carreira, os equipamentos funcionaram com total consistência”, afirmou.
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Ainda Estou Aqui está disponível na Netflix, Apple TV, Amazon Prime Video e outras plataformas.