Conecte-se conosco
Shure

Audio Profissional

COMO MONTAR SEU HOME STUDIO – Capítulo VIII

Publicado

on

Mais um capítulo da nossa série para home studio. O tópico de hoje? Mitos: Teclado ou guitarra como controlador.

A cada dia aparecem candidatos a alunos de produção musical, vindos de diversas origens, geralmente confundindo a função de “produtor” com algo que não seja um compositor. Solto então minha famosa frase “produzir música é compor música”, alguns entendem, outros simplesmente vão procurar outros cursos que lhes prometem mais facilidades para se tornarem algo como famosos superstars instantâneos…

Muitos são guitarristas ou violonistas, e não fazem ideia de que poderão sequenciar suas obras no violão com captador ou na guitarra. Dessa maneira, economizarão o longo tempo dedicado a dominar um teclado controlador, que, afinal, é um teclado, e os guitarristas/violonistas não são tecladistas. Mas alguns preferem se sentar atrás de um teclado, com algum tipo de admiração pelo glamour das teclas.

Então um dos maiores mitos da produção musical é o sequenciamento em teclado, absolutamente desnecessário, a menos que o candidato a produtor seja, é claro, um tecladista. A história da guitarra sintetizada, ou guitarra MIDI, já é longa, com diversas tentativas de se eliminar o atraso entre o acionamento de uma corda, e o caminho de seu sinal eletrônico até a fonte de timbres e dali para uma saída de áudio.

A princípio os custos eram um empecilho maior do que o atraso do sinal, e os primeiros modelos e marcas custavam a partir de US$ 14.150,00 em anúncios da New England Digital Corporation junto com a Roland, que entrava em parceria com o sistema oferecendo a guitarra GR com um painel de 16 botões de LED que comandavam 16 tracks de gravação digital.

Publicidade

imagem

D-One

 

 

 

 

 

Publicidade

 

 

 

 

A Roland fez uma primeira tentativa de guitarra MIDI que não usava MIDI: Era exatamente a guitarra Roland 303, que tinha um sintetizador analógico – o Polyphonic Guitar Synthesizer GR300 – encarregado de disparar timbres, com todos os problemas de atraso entre a execução e o som final, além de ruídos de trastejamento e outros bugs que irritavam os guitarristas de técnica veloz.

Publicidade

imagem

 

 

 

 

 

Publicidade

 

 

 

 

 

Publicidade

A New England Digital apresentou uma interface de guitarra para o sistema Synclavier usando um Roland G-303. Pat Metheny e John McLaughin eram usuários deste sistema. A G-303 de Pat foi modificada para mixar o controle remoto do Synclavier. Este sistema inicial não funcionou melhor do que um outro sistema da Roland, o GM-70. Era lento e propenso a erros. No fundo, o Synclavier era um sintetizador FM, com a adição de sequenciamento.

O Synclavier foi expandido posteriormente para oferecer a capacidade de amostrar e reproduzir outras bibliotecas de sons. Esta introdução de amostragem no início dos anos oitenta era revolucionária. Junto com o Fairlight CMI, esses sistemas eram o máximo da tecnologia da música, prometendo novos horizontes musicais, mas com preços que os tornou acessíveis apenas para músicos de elite e estúdios de gravação top.

Outros produtos podiam ser vistos e ouvidos nas mãos de Allan Holdsworth, como a estranha guitarra de dois encordoamentos, além de teclas disponíveis para acionar cordas individualmente ou em grupos de 3, este modelo chegou a custar por volta de US$ 13 mil em 1985, e atendia pelo nome de Synthaxe. Existe no Facebook um grupo de usuários deste sistema, em ação até hoje.

imagem

 

 

Publicidade

 

 

 

 

 

Publicidade

 

 

Desde os anos 60 até hoje, foram aparecendo muitas tentativas e erros de produtos e marcas. Nos anos 60 a Vox lançou um instrumento – o Vox V-251 – que se parecia com uma guitarra, mas na verdade seu braço era um disparador com cada traste separado em 6 partes, e um mecanismo de contato “ligava” cada corda apertada produzindo timbres como um órgão, daí o nome Organ Guitar.

imagem

 

 

Publicidade

 

 

 

 

 

Publicidade

Este mesmo conceito de disparador sem cordas evoluiu na década de 80, dando origem a outras guitarras como a Stephen Randall Stepp Guitar, primeiro com timbres embutidos, depois com um controlador que armazenava os sons. Muito mais acessível, a Casio DG-20 tinha até saída MIDI, depois de sua predecessora DG-10 também ser considerada muita cara. O captador era o maior problema.

imagem

 

 

 

 

Publicidade

 

Outro captador MIDI foi desenvolvido pela Graphtech, e se chamava Ghost MIDI. Eram captadores piezoelétricos individuais para cada corda, que podiam ser adaptados a qualquer ponte, e passavam por um roteamento interno de circuito como os da guitarra Parker P-38. A Gibson Robot também usava este tipo de captador, e os preços foram para entre US$ 1 mil e US$ 3 mil.

Irritados com a frequente latência dos disparos MIDI, os fabricantes da Starr Labs tentaram substituir as cordas por botões de pressão, 6 para cada traste, na guitarra chamada de Ztar Z5. Um modelo da Ztar Z5 foi construído usando MIDI touch strips sensíveis ao aperto de cordas, continuando a luta contra o delay e a busca por captadores eficientes e rápidos.

imagem

 

 

Publicidade

 

 

 

 

 

Publicidade

 

Um modelo chamado Kitara usava botões no braço para acionar cada série de 6 cordas em cada traste, mas para a mão direita foi desenvolvido um pad de toque, bem parecido com os apps para tablets disponíveis atualmente. Os preços cairam para a casa dos US$ 1 mil. Atenta ao mercado, na virada do século, a Yamaha lançou seu modelo acessível, a EZ-EG, que também tinha saída MIDI.

Pioneira no desenvolvimento da guitarra MIDI propriamente dita, a Roland seguiu desenvolvendo modelos de sintetizador de guitarra que usa os captadores GK, tecnologia de modelagem COSM, a mesma do sintetizador Roland JV-1080, e com preço mais acessível do que a série VG (US$ 700). Existe também o modelo GR-55, com características semelhantes.

imagem

 

 

Publicidade

 

 

 

 

 

Publicidade

A Roland desenvolveu o captador GK-2 e GK-3 de seis canais para levar os sinais MIDI para um controlador que adotava a sua exclusiva tecnologia COSM de timbres. Este tipo de captador podia ser instalado em quase qualquer guitarra sem causar danos estéticos no instrumento, usando desde fitas adesivas de dupla face, adaptadores de altura até parafusos para quem se dispusesse a furar seus instrumentos.

A síntese de modelagem COSM da Roland continuou a guerra contra o delay MIDI nas guitarras, e o VG-88 pode simular, além dos timbres de guitarra e outros nem tanto guitarrísticos, amplificadores valvulados e efeitos. O sistema é disparado pelos captadores GK-2 e depois aceitava também o GK-3. Os preços na década de 90 andavam por volta dos US$ 2 mil.

Um último modelo mais cheio de recursos da Roland, o VG-99 usa 3 processadores, e é capaz de emular 2 timbres simultaneamente, além de efeitos. A modelagem COSM permite simular vários instrumentos de cordas com diversas amplificações. Como acessórios tem uma grande pedaleira de controle vendida à parte, suportes para tocar de pé ou adaptar o controlador a um rack, usando os captadores GK-3.

Mais ou menos na mesma época, a Fishman jogou o preço da captação MIDI eficiente abaixo (cerca de US$ 400) com seu TriplePlay, que pode ser encontrado onboard em modelos Fender, por exemplo, ou como captador avulso, que ainda conta com a vantagem do sistema wireless, eliminando o famoso cabo de 13 pinos exclusivo que os sistemas Roland usam.

E aqui chegamos ao sonho dourado de todo guitarrista, um sistema de conversão de áudio para MIDI, que dispensa o uso dos captadores de seis vias e seus cabos exclusivos, dispensa módulos de timbres, e pode ser usado em qualquer DAW – Digital Audio Workstation – ou mesmo sem DAW nenhuma. É o software Jam Origin MIDI Guitar, que permite plugar seu cabo de áudio P-10 na interface e disparar instrumentos virtuais.

Publicidade

imagem

 

 

 

 

 

Publicidade

 

 

 

 

A versão 1.0 do Jam Origin MIDI Guitar original era executado como um programa autônomo, pegando o áudio de uma entrada designada em uma interface de áudio e, em seguida, convertendo-o em MIDI para ser passado para a entrada MIDI da DAW. Agora disponível para Mac e Windows, a versão 2.2.1 oferece ainda mais funcionalidade, mas no fundo se trata de transformar a saída P-10 em MIDI polifônico.

Publicidade

Sistemas que podem lidar com conversões monofônicas são notícias antigas, mas a guitarra MIDI realmente pode separar as notas de acordes e arpejos rápidos sem atrasos. De acordo com o pessoal do Jam Origin, são usadas tecnologias de reconhecimento de fala e outras aplicações de aprendizado, como a linguagem de programação LUA da PUC do Rio de Janeiro, em vez de técnicas tradicionais de DSP.

A versão 2.2.1 do MIDI Guitar está disponível diretamente no site do Jam Origin, fornecida com o MIDI Bass, que é similar em conceito, mas monofônico, e também pode hospedar plug-ins de AU ou VST de terceiros. Uma grande diferença em relação ao original, no entanto, é que o MIDI Guitar 2 agora vem em uma versão plug-in própria, em VST e AU, oferecendo as opções de gravação em estúdio ou ser usada ao vivo.

A versão do plug-in é aberta em uma trilha de áudio, assim a entrada de áudio alimenta tanto uma cadeia de modelagem de amplificador / alto-falante e efeitos quanto o mecanismo de conversão MIDI, permitindo tocar um dos sintetizadores internos da MIDI Guitar ou qualquer outro instrumento virtual que você tem em seu sistema. Dá para misturar o som de guitarra processado e um som de sintetizador.

imagem

 

 

Publicidade

 

 

 

 

 

Publicidade

 

 

O plug-in MIDI Guitar pode hospedar plug-ins de instrumento para fornecer uma saída de sintetizador em tempo real, assim como a versão independente, mas se você quiser sequenciar e editar MIDI, é melhor configurar uma trilha separada na DAW, para o instrumento virtual que você deseja controlar. Enquanto essa faixa de instrumento estiver selecionada, ela receberá MIDI do plug-in MIDI Guitar.

Você também pode usar o plug-in para processar partes de guitarra limpas previamente gravadas em MIDI, embora qualquer reverb, delay, modulação ou distorção gravada possa comprometer o processo de tradução. Para trabalhar com sons de sintetizador com um ataque rápido, grave sua parte de guitarra como normal, insira o MIDI Guitar 2 e crie uma nova trilha de instrumento para gravar os dados MIDI.

Para sons com ataques mais lentos, você pode preferir ouvir os sons do sintetizador enquanto toca, e nesse caso você pode ativar a trilha do sintetizador e gravar enquanto toca a guitarra. Para ouvir uma guitarra através do plug-in, selecione DIRECT no slot Amp/FX, se você deseja ouvir um som não processado. Outras opções incluem adicionar várias simulações de amp/cab que adicionam overdrive, reverb e delay.

Publicidade

Os sons de amplificador sobrecarregados podem não ser tão bons quanto os plug-ins de emulação de amplificador que estão disponíveis no mercado, mas soam bem misturados com os sons de sintetizador e há muita capacidade de configuração, como as de de importar suas próprias respostas de impulso de gabinetes e reverberação, dentre outros ajustes. O sistema é compatível com praticamente todas as DAWs no mercado.

imagem

 

 

 

 

Publicidade

 

 

 

 

 

Publicidade

 

 

 

 

Se você achar que pode criar um som de guitarra processado inédito usando o MIDI Guitar 2, e que não pode ser recriado usando seus plug-ins de efeitos e amplificadores de guitarra habituais, é possível transportar o áudio processado para uma nova faixa e gravá-lo. Se não, você também pode deixar a saída da guitarra desligada. Tal recurso abre novas possibilidades de timbragem.

Publicidade

Para uso ao vivo, as configurações salvas na versão independente – standalone – podem ser recuperadas via MIDI, e os parâmetros dentro do programa também podem ser atribuídos a controladores MIDI. Os patches armazenados incluem também os timbres de terceiros hospedados no MIDI Guitar. Como se percebe, o Jam Origin tem recursos que nenhum guitarrista trocaria por um teclado controlador, e que custa só US$ 100,00…

Zeus

Audio Profissional

Palmer atualiza sua linha de controladores de monitor com a série MONICON

Publicado

on

palmer monicon 750x500

Quatro modelos analógicos redesenhados para um controle de escuta mais preciso em estúdios de todos os tamanhos.

A Palmer apresentou neste ano a série MONICON, uma nova geração de controladores de monitor analógicos que renova por completo uma família de produtos já consolidada em estúdios domésticos e profissionais.

Embora não seja um lançamento recente, a série já está disponível no mercado e se destaca pelo design modernizado, operação intuitiva e processamento totalmente analógico, sem latência ou conversão digital.

Voltada para músicos, produtores e engenheiros que buscam um controle confiável da monitoração — mesmo em espaços reduzidos — a linha é composta por quatro modelos: MONICON S, MONICON M, MONICON L e MONICON XL. Todos foram desenvolvidos do zero e são oferecidos em duas versões estéticas, com laterais na cor preta ou prateada, para combinar com o estilo de cada estúdio.

Quatro opções de acordo com a necessidade do usuário

  • MONICON S: Controlador de volume passivo ultracompacto, com conectores RCA, knob de grande tamanho e botão Mono. É uma solução simples para mesas pequenas ou setups multimídia.
  • MONICON M: Inclui funções de Mono, Atenuação e Mute, além de entradas e saídas versáteis (combo XLR/jack de 6,3 mm e minijack de 3,5 mm). Pensado para home studios que precisam de maior flexibilidade.
  • MONICON L: Controlador ativo/passivo com três entradas estéreo — incluindo Bluetooth estéreo com controle de volume independente —, duas saídas estéreo e uma saída mono/sub. Conta ainda com saída de fones de ouvido com controle próprio, seletor de entrada/saída com LED de status e função PFL.
  • MONICON XL: A opção mais completa para ambientes profissionais, com função de intercom, grande VU meter em LED, três saídas de monitoração e duas saídas de fones com controle de volume independente.

Monitoração clara e sem artifícios

Todos os modelos da série mantêm a filosofia da Palmer: caminho de sinal 100% analógico, sem latência e sem processos digitais. A nova interface facilita um uso rápido e preciso para mixagem, produção musical, streaming ou broadcast.

Segundo Viktor Wiesner, diretor sênior de produto em Pro Audio, esta geração nasce após anos de evolução no mercado: “Redesenhamos nossos controladores de monitor desde o início e os aperfeiçoamos ainda mais. Nossos clientes recebem quatro soluções sob medida para suas necessidades de monitoração, com máxima qualidade e a robustez que caracteriza a Palmer.”

Publicidade
Zeus

palmer-germany.com

Continue Lendo

Audio Profissional

Interfaces de áudio para iniciantes e Home Studios: Guia básico e modelos destaque

Publicado

on

interface de audio 750x500

No universo da produção musical caseira ou de projetos de podcast, uma interface de áudio é um dos componentes mais importantes.

Ela é a ponte entre microfones ou instrumentos e o computador, e determinará a qualidade do som que você grava e monitora. A seguir, explico o que considerar ao escolher uma interface, seus prós e contras e alguns modelos muito populares para começar.

Por que usar uma interface de áudio?

Melhor qualidade de som: Ao contrário das placas de som integradas à placa-mãe, interfaces externas oferecem pré-amplificadores dedicados, conversores AD/DA de maior qualidade e menos ruído.

Latência reduzida: Com drivers adequados (como ASIO no Windows), é possível gravar com atraso mínimo.

Entradas e saídas úteis: Permitem conectar microfones XLR, instrumentos, monitores de estúdio e fones de ouvido.

Publicidade

Alimentação phantom: Necessária para microfones condensadores, presente em muitas interfaces.

O que elas têm de bom e de ruim

Zeus

Vantagens:

  • Controle profissional sobre o ganho do microfone.
  • Maior fidelidade nas gravações e no monitoramento.
  • Opções de expansão para mais entradas/saídas conforme o estúdio cresce.
  • Compatibilidade com softwares de produção (DAW).

Desvantagens:

  • Custo: uma boa interface pode representar parte importante do orçamento.
  • Curva de aprendizado: configurar ganho, sincronização e calibragem pode ser confuso no início.
  • Requer conexão física (USB, Thunderbolt), o que reduz a mobilidade em comparação a soluções mais simples.

Modelos recomendados para iniciantes e home studios

Alguns modelos são especialmente populares entre quem está começando, por equilibrar preço, qualidade e facilidade de uso:

  • Focusrite Scarlett 2i2: provavelmente a mais recomendada para iniciantes; inclui dois pré-amps, baixa latência e drivers estáveis.
  • Focusrite Scarlett Solo: opção minimalista com uma entrada — ideal para gravar voz ou guitarra sem complicações.
  • PreSonus AudioBox iTwo: duas entradas, construção robusta e boa compatibilidade com diversos DAWs.
  • Sonicake USB Interface: alternativa muito econômica para começar, ideal para projetos simples.

Outros modelos destacados segundo guias especializadas:

  • Audient iD4 MkII: muito elogiada por seu pré-amp de alta qualidade e facilidade de uso.
  • Universal Audio Volt 1 / Volt 2: indicada para quem busca um som mais “analógico”, com pré-amps que emulam válvulas.
  • Behringer U-Phoria UMC22 / UMC204HD: opções acessíveis e com boas funcionalidades para orçamentos apertados.
  • Tascam US-1×2: compacta, portátil e capaz o suficiente para gravações simples ou iniciar um home studio.

Dicas para escolher bem sua interface

  • Defina seu uso principal: vai gravar apenas voz? instrumentos? vários ao mesmo tempo?
  • Verifique a conectividade: USB atende à maioria, mas produções maiores podem exigir interfaces mais robustas.
  • Revise a latência: se pretende gravar ouvindo efeitos em tempo real, é essencial ter drivers de baixa latência.
  • Pense no futuro: se planeja expandir o estúdio, uma interface com mais entradas ou melhor conversão pode ser melhor investimento.
  • Analise o software incluso: muitas interfaces acompanham DAWs ou plugins; vale conferir o que vem no pacote.

Para quem está começando na produção musical ou no podcasting, investir em uma boa interface de áudio faz uma grande diferença.

As opções de entrada são cada vez mais potentes, acessíveis e fáceis de usar. Escolhendo uma interface adequada às suas necessidades, você constrói uma base sólida para seu estúdio em casa.

Com um pouco de paciência e prática, você terá gravações de alta qualidade e a flexibilidade para evoluir seu setup conforme avança.

Publicidade
Conecta+2025
Continue Lendo

Audio Profissional

Projeto SOS Songs une IA e música para promover a saúde mental

Publicado

on

sos songs 750x500

A plataforma analisa playlists do Spotify e propõe pausas de reflexão a partir de padrões emocionais na escuta.

O SOS Songs, criado pela agência Binder e lançado no Brasil em setembro, já alcançou pessoas em nove países além do Brasil — Estados Unidos, França, Portugal, China, Alemanha, Chile, Arábia Saudita, Áustria e Canadá — conectando tecnologia, empatia e música como ferramentas de sensibilização e cuidado.

A iniciativa surge em um cenário desafiador: o Brasil lidera os índices de depressão na América Latina. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 11 milhões de brasileiros convivem com a doença, muitas vezes de forma silenciosa, expressa em isolamento social ou mudanças sutis de comportamento.

Como funciona a plataforma

O SOS Songs usa a música como espelho emocional e a inteligência artificial como forma de escuta ativa. O sistema identifica usuários que costumam ouvir com frequência músicas tristes ou de baixa energia — um padrão associado a momentos de sofrimento emocional.

Dentro do próprio Spotify, essas pessoas recebem um spot de áudio convidando à reflexão sobre o que suas escolhas musicais podem estar comunicando. Ao clicar no banner, o usuário é direcionado para um hotsite onde, após um login simples, sua playlist é analisada por um sistema inteligente.

Publicidade

A tecnologia avalia atributos como energia, dançabilidade e tonalidade para criar um retrato simbólico do “clima emocional” da lista. O objetivo não é diagnosticar, mas favorecer a autopercepção e estimular escolhas que promovam maior equilíbrio emocional.

Shure

Com a autorização do usuário, a plataforma sugere playlists personalizadas com músicas mais leves e otimistas, transformando o momento de escuta em uma oportunidade de pausa e autocuidado.

Muito além da análise: orientação e apoio

Além do acesso direto pelo site sossongs.com, ouvintes que estiverem imersos em repertórios mais densos ou melancólicos podem receber banners e mensagens de áudio dentro do Spotify sugerindo uma pausa para reflexão.

O projeto também direciona o público para canais de apoio emocional, como o Centro de Valorização da Vida (CVV)no Brasil, reforçando a importância da escuta ativa e da busca por ajuda profissional sempre que necessário.

Com seu alcance internacional crescente, o SOS Songs demonstra como música e tecnologia podem atuar juntas para promover diálogos mais amplos sobre saúde mental e construir ambientes digitais mais sensíveis e acolhedores.

Publicidade

Continue Lendo
Zeus
Shure

Áudio

Leia também

Brasil de Tuhu 750x500 Brasil de Tuhu 750x500
Cultura4 meses ago

Iniciativa inspirada em Villa-Lobos leva concertos gratuitos a escolas públicas de SP

Brasil de Tuhu une educação, cultura e inclusão; em agosto, passa por cidades da Grande São Paulo e interior. A...

teatro opus rio 750x500 teatro opus rio 750x500
Cultura8 meses ago

Teatro Opus Città anuncia inauguração com atrações nacionais e internacionais

Espaço cultural na Barra da Tijuca funcionará em soft opening ao longo de 2025 e terá capacidade para até 3...

harmonias paulistas 750x500 harmonias paulistas 750x500
Cultura9 meses ago

Harmonias Paulistas: Série documental exalta grandes instrumentistas de SP e homenageia Tom Jobim

A música instrumental paulista ganha um novo espaço com a estreia da série Harmonias Paulistas, produzida pela Borandá Produções e...

dudu portes falece 750x500 dudu portes falece 750x500
Cultura1 ano ago

Falece o reconhecido baterista Dudu Portes

O mundo musical despede Dudu Portes, deixando sua marca no mundo da percussão. Nascido em 1948, Eduardo Portes de Souza,...

Cultura1 ano ago

Música transforma vidas de presos em projeto de ressocialização

A ressocialização de detentos no Brasil tem ganhado novas dimensões com projetos que unem capacitação profissional e arte. Iniciativas como...

paraiba prima 750x500 paraiba prima 750x500
Cultura2 anos ago

Paraíba: Editais do ‘ICMS Cultural’ incluem projeto para estudar música

Edital do Programa de Inclusão Através da Música e das Artes (Prima) planeja oferecer 392 vagas para jovens paraibanos que...

Academia-Jovem-Orquestra-Ouro-Preto-Creditos-Rapha-Garcia-006 Academia-Jovem-Orquestra-Ouro-Preto-Creditos-Rapha-Garcia-006
Cultura2 anos ago

Academia Jovem Orquestra Ouro Preto abre vagas para 2024

Criado para promover o ensino da prática orquestral, projeto abre edital para jovens músicos. As inscrições vão até 20 de...

OMB e Prefeitura de Maceio OMB e Prefeitura de Maceio
Cultura2 anos ago

Conselho Federal da OMB emite nota de repúdio ao Prefeito de Maceió. Entenda.

Desrespeito à legislação local acende debate sobre valorização da cultura alagoana. O conflito entre a classe artística de Maceió e...

saulo sandra 750x500 1 saulo sandra 750x500 1
Cultura2 anos ago

Quem Canta Seus Males Espanta: Sandra Sofiati e seu Corpo Sonoro

Nesse novo artigo de Quem Canta Seus Males Espanta, vamos sair um pouco dos instrumentos “externos”, e nos voltar para...

taliba taliba
Cultura2 anos ago

Talibã Queima Instrumentos Musicais no Afeganistão

Centenas de músicos fugiram do Afeganistão para escapar das restrições do Talibã à música, afetando a cultura musical O Talibã,...

maestro evandro 750x500 maestro evandro 750x500
Cultura3 anos ago

Maestro Evandro Matté fala sobre o Multipalco

À frente de três orquestras, a do próprio Theatro São Pedro, e da Orquestra Jovem, fruto de um projeto social,...

saulo teatro 750x500 saulo teatro 750x500
Cultura3 anos ago

Multipalco: Viagem ao centro da arte

Música & Mercado foi ao centro da capital gaúcha visitar a história cultural do Rio Grande do Sul em uma...

Adriana Sanchez Adriana Sanchez
Cultura3 anos ago

Como obter patrocínio de 100 mil ou mais para realizar seu projeto de música

Adriana Sanchez mostra como obter patrocínio de 100 mil ou mais para realizar seu projeto de música. Criadora da banda...

exportacao-de-musica exportacao-de-musica
Artigos3 anos ago

Exportação de música brasileira, uma boa ideia!

O Brasil possui uma série de dificuldades na exportação de sua música para uma audiência internacional, mesmo assim, exportar é...

Presidente da Anafima recebe medalha de reconhecimento cultural do Governo de SP Presidente da Anafima recebe medalha de reconhecimento cultural do Governo de SP
Cultura3 anos ago

Presidente da Anafima recebe medalha de reconhecimento cultural do Governo de SP

Daniel Neves recebeu a honraria durante o Prêmio Governo do Estado de São Paulo para as Artes 2022, na noite...

palco vazio palco vazio
Cultura4 anos ago

Retomada de eventos em 2021 recuperou 300 mil postos de trabalho, sem recuperar nível de emprego de 2019

Retomada de eventos em 2021 recuperou 300 mil postos de trabalho, sem recuperar nível de emprego de 2019. A evolução...

OneBeat-virtual OneBeat-virtual
Cultura4 anos ago

OneBeat Virtual: inscrições de intercâmbio virtual para músicos 

Embaixada e Consulados dos EUA abrem inscrições de intercâmbio virtual para músicos até 11 de fevereiro O OneBeat Virtual busca...

nelson profissional musica 1200X500 nelson profissional musica 1200X500
Artigos4 anos ago

Manual de procedimentos do profissional da música

Guia básico sobre conceitos que os profissionais da música deveriam aplicar nas suas carreiras e no trato com outros no...

camara setorial de instrumentos musicais do parana camara setorial de instrumentos musicais do parana
Cultura4 anos ago

Câmara Setorial de Instrumentos Musicais do Paraná visita presidente da câmara Municipal de Curitiba

Yuris Tomsons, destacado pela Associação Comercial do Paraná para fazer a interlocução com os presidentes das comissões permanentes da Câmara...

robertinho-makemusic-day-donato robertinho-makemusic-day-donato
Cultura5 anos ago

Make Music: Robertinho Silva, Milton Nascimento e João Donato recebem homenagem no evento

Homenagem a Robertinho Silva, Milton Nascimento e João Donato: produção convida músicos de todo o Brasil para participar. Saiba como...

Projeto Garagem Projeto Garagem
Cultura5 anos ago

Presidente Prudente inaugura espaço dedicado a bandas de garagem

Espaço Garagem em Presidente Prudente contou com o apoio da loja Audiotech Music Store  Presidente Prudente/SP – O prefeito Ed...

mm campanha beetools 1200x500 mm campanha beetools 1200x500
Cultura5 anos ago

Música & Mercado apoia campanha em favor de artistas impactados pela pandemia

Idealizada e promovida pela Beetools, iniciativa destinará 25% da receita líquida das matrículas nos cursos da startup para garantir uma...

governo eventos 1200x500 governo eventos 1200x500
Cultura5 anos ago

Governo anuncia liberação de R$ 408 milhões em recursos para o setor de eventos

Secretaria Especial da Cultura afirma que auxílio deve ficar disponível ainda no primeiro semestre. Na última terça-feira (9), o governo...

saude musicos 1200x500 saude musicos 1200x500
Cultura5 anos ago

Brasileiro promove boa saúde entre músicos

Empresário brasileiro promove boa saúde entre músicos. Marcos Mendes, empresário, investidor no ramo de nutracêuticos, é um constante apoiador na...

nelson musico mundaçna 1200x500 nelson musico mundaçna 1200x500
Artigos5 anos ago

Opinião: Música é agente de mudança

Arte não é algo que seja isento de ideologia, porque o pensamento e o sentimento são suas bases enquanto materia-prima....

nelson geraçao músicos 1200x500 nelson geraçao músicos 1200x500
Cultura5 anos ago

Opinião: Me lembro como se fosse hoje

O mercado da música está passando por diversas mudanças, mas também está mudando o consumidor e o músico, com uma...

alysson tempo de aprender musica 1200x500 alysson tempo de aprender musica 1200x500
Cultura5 anos ago

Opinião: É tempo de aprender… Música!

E lá se vai 1/3 do ano trancado em casa. Desde março, pais que trabalham, filhos que estudam, todos se...

musica motivaçao 1200x500 musica motivaçao 1200x500
Cultura5 anos ago

Saúde: Automotivação no mercado da música

Todos nós fazemos música, e realizamos sonhos. Nunca se esqueça disso! Você sabe o que significa a palavra motivação? O...

alexandre musica 1200x500 alexandre musica 1200x500
Cultura5 anos ago

Música para quem vive de música – Volume 14

Continuamos apresentando grandes discos e filmes para sua cultura musical. Hoje temos Def Leppard, Sonny Rollins e Plebe Rude. Def...

Fernando vieira - jornalista Fernando vieira - jornalista
Cultura5 anos ago

Fernando Vieira: O amor à música como legado

Jornalista Fernando Vieira faleceu e deixou um imenso legado. Cabe a todos manterem a chama da música acesa. A morte...

Conecta+2025

Trending