Audio Profissional
Como montar seu home studio – Capítulo VII
Publicado
7 anos agoon
Por
Saulo Wanderley
Mitos e lendas do home studio: A música eletrônica
Assim como o termo “produção musical” nos remete a muitos falsos conceitos, o trabalho em home studios está recheado de mitos. Talvez o mais forte deles seja considerar a chamada música eletrônica como uma criação recente dos DJs. Acho fundamental conhecer a evolução da verdadeira Música Eletrônica, que teve origem a partir da época em que foi inventado o telefone, pois ainda sem a invenção da válvula e muito menos do transistor, a única forma de transmitir um sinal de áudio era através do telégrafo e em seguida do telefone. Além desse conhecimento histórico, faz parte da formação de um produtor musical entender de onde partiram os gêneros e estilos musicais.
Nos anos 1960, 1970 e 1980 quem queria se profissionalizar como músico sonhava ser um instrumentista animal, um compositor genial ou um cantor superlegal. A mediocridade da decadente indústria fonográfica oficial estava conseguindo fazer com que o sonho se resuma a ser um DJ, sem conhecimentos básicos do que é de fato a chamada Música Eletrônica. Nada contra os DJs, desde que saibam o que estão fazendo. Felizmente a última geração de DJs está se voltando para a música em si, e compondo, ainda que não se auto-intitulem compositores, e sim “produtores” musicais. Produzir música é fazer música, logo, compor música.
Decepção à parte, os jornalistas ditos “especializados” em Música contribuem animadamente para a desinformação crônica, chamando o produto dos DJs de “Música Eletrônica”. Além de usarem mal o rótulo, revelam sua ignorância histórica, quando chamam muita música mal-feita e de má qualidade de música eletrônica. Música eletrônica é a música produzida a partir de não-instrumentos, ou de instrumentos adaptados de forma a produzirem som modificado pela eletricidade. Vamos a alguns fatos que podem ajudar a quem interessar possa, a não fazer de seu ouvido um pinico:
O TELEFONE E A MÚSICA, DESDE O COMEÇO

Em 1859 David Hughes inventou um telégrafo que usava um teclado parecido ao do piano. E em 1876 já se prenunciava a cumplicidade do telefone – ou da telemática – com a música. Elisha Gray inventou o piano eletromusical, que transmitia sons através de fios. Gray foi o verdadeiro inventor do telefone. O detalhe é que Bell chegou duas horas antes e registrou a patente. Há controvérsias sobre a invenção do aparelho telefônico, mas a patente de Gray do telégrafo musical deixa claro que seu invento era muito mais sofisticado do que o telefone.

Como todos sabem, em 1977 Thomas Alva Edison inventou o fonógrafo, a princípio usando papel e depois um cilindro de metal. E em 1897 Votey inventou a pianola, um instrumento que usava uma fita de papel perfurado. Na virada do século, em 1906 (o século demorava uns 5 anos pra virar na época) Thaddeus Cahill inventou o Telharmonium ou Dynamophone, instrumento que produzia 200 sons através de dínamos, e os transmitia por fios telefônicos. No mesmo ano Lee De Forest inventou a primeira válvula, o Triode.

Em 1910 mais uma parceria com a música: o rádio, com a primeira transmissão ao vivo em Nova York. Em 1912 os italianos Luigi Russolo e Filippo Marinetti decretavam a música eletrônica no movimento futurista, cujo manifesto se chamava Música Futurista: “… para agregar aos temas centrais do poema musical o domínio das máquinas e o vitorioso reinado da eletricidade.” O Intonorumori – ruído afinado – era uma “banda” que tocava caixas produtoras de ruídos, com arranjos organizados e afinados.

Em 1920 o russo Leon Theremin inventou o Aetherphone, que usava osciladores a vácuo para produzir notas musicais. As notas eram aumentadas ou diminuídas de volume pela posição da mão do executante contra uma antena, e movendo a outra mão por uma haste se alteravam as alturas entre o grave e o agudo. A banda de rock inglesa Led Zeppelin e muitos outros artistas contemporâneos usaram o Theremin, como ficou conhecido o instrumento. Nos anos 90, a Roland o reinventaria nos sintetizadores para guitarra VG-88 e VG-99, batizado como D-Beam.

Por mais que os DJs achem que os avós da música eletrônica foram os alemães do Kraftwerk, os alemães que não queriam saber se o Kraft iria existir ou não, destruíram na segunda guerra os 3 dos principais instrumentos criados por Jorg Mager em 1922: o Spharophon, o Partiturophon e o Kaleidophon, aplicados em produções teatrais.

Em 1928 o francês Maurice Martenot inventou um instrumento parecido com o Theremin, que substituía a antena por um captador de eletrodo que os executantes disparavam passando um anel pelo teclado. Ficou conhecido como Ondes Martenot. Sua principal característica era um arame paralelo ao teclado, que podia disparar as frequências em glissandos, além do acionamento cromático pela teclas musicais.

Em 1929, em plena depressão norte-americana, o ianque Laurens Hammond inventou o órgão eletrônico, que usava 91 discos eletromagnéticos rotatórios coordenados por um motor e outros mecanismos que variavam os parâmetros dos sons. Meia-dúzia de anos mais tarde, em 1935 os alemães contratacaram criando o primeiro gravador de fita magnética, o AEG – Allegemeine Elektrizitats Gesellschaft.

Em 1937 a chamada multimídia começou a rolar. O diretor de cinema Orson Welles foi o primeiro a usar em seus filmes (War Of The Worlds) as técnicas da música eletrônica. Em 1944 a música eletrônica entrou na dança. Percy Grainger e Burnett Cross inventaram uma máquina que criava sons a partir de performances humanas. Bastou que o Bell Labs desenvolvesse em 1947 o transistor, para que a música eletrônica chegasse ao rádio de vez.
A VERDADEIRA MÚSICA ELETRÔNICA
Em 1948 um técnico de som da RTF – Radio Television Française – compôs uma peça baseada em sons gravados, que não se originavam de nenhum instrumento musical. Pierre Schaeffer criava assim a música concreta, ainda meio confundida com a música eletrônica. Uma outra modalidade, a música eletroacústica, também teve ali a sua origem, estendida a todo o planeta, inclusive no Brasil, onde foram fundadas a Sociedade Brasileira de Música Eletroacústica e o Núcleo Música Nova, sendo que deste último participei como membro fundador.
Muitos compositores se debruçaram sobre a música eletroacústica, concreta e eletrônica (a verdadeira), como os mestres Conrado Silva, Raul do Valle, José Augusto Mannis, Gilberto Mendes e colegas como Anselmo Guerra, Sérgio Pinto, Wilson Sukorski e outros, que por sua vez transmitem a seus alunos a continuidade de suas pesquisas e obras. O Núcleo Música Nova continua ativo no Uruguai, mas desacelerou suas atividades no Brasil onde mantinha o Festival Música Nova anualmente.

Em 1951 uma boa idéia: o estúdio da RTF se transformou oficialmente na sede do Grupo de Música Concreta, reunindo a nata dos compositores contemporâneos, como Olivier Messiaen e seus alunos George Barraque, Pierre Boulez e Karlheinz Stockhausen. Mas no ano seguinte uma dissidência: Boulez e Stockhausen saem do Grupo de Música Concreta e vão para outra emissora de rádio em Colônia na Alemanha – a Westdeutscher Rundfunk – onde, junto com Herbert Eimert começam a produzir a chamada Elektronische Musik, a pioneira, verdadeira e bem delineada música eletrônica.

Em 1954, Stockhausen, baseado nas pesquisas de Helmhotz, compõe os Estudos I e II, construindo sons sintetizados mais complexos, baseados em freqüências de som puras. Mas em 1955 o computador já engatinhava: Harry Olson e Belar, ambos da RCA, inventam o Electronic Music Synthesizer, que usava determinadas formas de onda filtradas. A máquina era programada através de um teclado tipo máquina de escrever auxiliado por tiras de papel perfurado com código binário em 40 canais.

Em 1958 acontece a primeira performance multimídia em instalação, no Philips Pavilion – um prédio projetado pelo famoso arquiteto Le Corbusier – que usava 425 caixas de som acompanhadas de projeções de imagens. Já em progressão geométrica de desenvolvimento, em 1959 Max Mathews e Joan Miller, do Laboratório Bell escreveram os primeiros softwares sintetizadores, o Music4 e o Music5, em linguagem FORTRAN.

Mas nem tudo eram flowers & powers nos EUA nos anos 60, e em 1961 aconteciam os primeiros concertos de música eletrônica no estúdio da Columbia em Princeton, recebidos com hostilidade pelo meio acadêmico. Roberto Moog e Herbert Deutsch criavam o sintetizador baseado em voltagem controlada. Em 1964 o sintetizador Moog teve sua versão final lançada, graças à miniaturização dos circuitos eletrônicos. Gottfried Michael Koenig usou o software PR-1, ainda em FORTRAN, em um computador IBM 7090.
A POPULARIZAÇÃO DA ELETRÔNICA

Em 1967 a música popular, mas exatamente o rock começava a usar a música eletrônica. O Grateful Dead lançou o álbum Anthem Of The Sun e Frank Zappa lançou o álbum Uncle Meat, ambos usando manipulação eletrônica. Dois anos depois Godfrey Winham e Hubert Howe adaptaram o software Music4 para um computador IBM 7094 em linguagem ASSEMBLY. O Music5 ganhou versões para IBM 360. Mathews e Richard Moore desenvolveram o programa Graphics 1 para sintetizadores analógicos.

Em 1972 a música eletrônica continua se popularizando, e o Pink Floyd lançou o álbum Dark Side Of The Moon, usando sintetizadores e gravações de música concreta. Em 1977 Peter Samson cria o SCDS – Systems Concepts Digital Synthesizer – que criava sinais e os processava em tempo real. Tinha 256 osciladores, 128 modificadores de sinal e uma memória considerável. Em 1981 Moore continua aperfeiçoando o Music5 que passa a ser escrito em linguagem C de programação, que logo ganha o nome de CMusic.

Em 1984 foi criado o MIDI – Musical Instruments Digital Interface – para padronizar a comunicação entre computadores e instrumentos musicais eletrônicos. Atualmente ao se falar em MIDI estamos nos referindo a 3 elementos: a Linguagem MIDI (especificações técnicas), o Conector MIDI (um hardware) e o Formato MIDI (como temos formatos de imagem, texto etc.). E em 1985 foi lançada a linguagem HMSL – Hierarchical Music Specification Language – baseada em uma série de informações chamadas morphs (de morphological, design morfológico).

Em 1986 o software foi desenvolvido em linguagem C por Miller Puckette, e lançado pela empresa Opcode. Era o primeiro programa a usar interface gráfica em plataforma Macintosh, e David Zicarelli o aperfeiçoou a partir de 1989. Mas desde 1987 já era comercializado o Macintosh II pela Apple, enquanto a plataforma PC ia adotando o protocolo MIDI, e o primeiro gravador de DAT era comercializado. O Musical Interface for Digital Instruments – vulgo MIDI – é sem dúvida a maior contribuição desta evolução para a música como um todo.
Além de ser aparentemente a última vez que os fabricantes se sentaram à mesa para criarem juntos e não competir uns com os outros, o MIDI reduziu o tamanho de arquivos de som para tamanhos compatíveis com a transmissão de dados na época – e até hoje pouco melhorados no Brasil – e tornou o ensino musical muito mais claro, dentre vários melhoramentos. Compreende hardware e software, e ainda nos dias de século 21 continua em franca evolução, ao contrário de muitos “produtores” em declínio criativo, para dizer o mínimo.
A CHEGADA DAS DAWs

Em 1989 a Digidesign apresentava ao mercado o sistema Sound Tools para computador Macintosh modelo 1604. O Sound Tools deu origem à DAW – Digital Audio Workstation Pro Tools, hoje controlada pela comercialíssima AVID, de suporte complicado e incerto. Em 1990 a Sony lançava oficialmente o CD gravável, conhecido como CDR (Compact Disk Recordable) e, não contente, lançava também em 1991 o MD – Minidisc – enquanto a Alesis apresentava o sistema ADAT, que usava fitas de VHS para registrar som. Algumas mídias não se firmaram, como o Minidisc, outras evoluíram como o CD para DVD, e há até as que ainda são usadas, como os ADAT e DATs.
Hoje temos uma variedade imensa de hardware e software disponíveis para que se dispõe a trabalhar com música eletrônica. Mas na proporção inversa, temos alunos e professores despreparados para esclarecer, formar e evoluir o potencial do gênero, mesmo que utilizado por diversos segmentos da mídia. Cabem a estes acelerar os processos de formação, educação e produção musical, este último termo ainda mais mal utilizado do que a própria música eletrônica, e confundido com produtores executivos de gravadoras.
Muitos outros instrumentos foram criados e desenvolvidos neste mais de um século. O que acabou sendo conhecido, equivocadamente como “música eletrônica”, foi o boom de vendas de aparelhos eletrônicos usados na era pós discoteca – vide John Travolta, etc. – que proporcionou ao aficcionados do estilo uma tentativa de continuá-lo com retoques tecnológicos de gosto duvidoso. Mas, como dizia meu pai que detestava Led Zeppelin, Pink Floyd e tudo o que não teve oportunidade, ou vontade, de entender, “é melhor ouvir isso do que ser surdo”…
Você pode gostar
-
Multipalco: Viagem ao centro da arte
-
Harmonia Combinatorial – Julio Herrlein fala sobre seu tratado de harmonia
-
Toque Igual ao Disco – Improviso para iniciantes de violão
-
MIDI 2.0 – Um relacionamento antigo busca o futuro – Parte 3
-
Arte invisível, a nova seção da Música & Mercado – Spoiler!
-
Áudio: Eletrobaile e MIDI 2.0 – Parte 2
Audio Profissional
Palmer atualiza sua linha de controladores de monitor com a série MONICON
Publicado
1 semana agoon
15/12/2025
Quatro modelos analógicos redesenhados para um controle de escuta mais preciso em estúdios de todos os tamanhos.
A Palmer apresentou neste ano a série MONICON, uma nova geração de controladores de monitor analógicos que renova por completo uma família de produtos já consolidada em estúdios domésticos e profissionais.
Embora não seja um lançamento recente, a série já está disponível no mercado e se destaca pelo design modernizado, operação intuitiva e processamento totalmente analógico, sem latência ou conversão digital.
Voltada para músicos, produtores e engenheiros que buscam um controle confiável da monitoração — mesmo em espaços reduzidos — a linha é composta por quatro modelos: MONICON S, MONICON M, MONICON L e MONICON XL. Todos foram desenvolvidos do zero e são oferecidos em duas versões estéticas, com laterais na cor preta ou prateada, para combinar com o estilo de cada estúdio.
Quatro opções de acordo com a necessidade do usuário
- MONICON S: Controlador de volume passivo ultracompacto, com conectores RCA, knob de grande tamanho e botão Mono. É uma solução simples para mesas pequenas ou setups multimídia.
- MONICON M: Inclui funções de Mono, Atenuação e Mute, além de entradas e saídas versáteis (combo XLR/jack de 6,3 mm e minijack de 3,5 mm). Pensado para home studios que precisam de maior flexibilidade.
- MONICON L: Controlador ativo/passivo com três entradas estéreo — incluindo Bluetooth estéreo com controle de volume independente —, duas saídas estéreo e uma saída mono/sub. Conta ainda com saída de fones de ouvido com controle próprio, seletor de entrada/saída com LED de status e função PFL.
- MONICON XL: A opção mais completa para ambientes profissionais, com função de intercom, grande VU meter em LED, três saídas de monitoração e duas saídas de fones com controle de volume independente.


Monitoração clara e sem artifícios
Todos os modelos da série mantêm a filosofia da Palmer: caminho de sinal 100% analógico, sem latência e sem processos digitais. A nova interface facilita um uso rápido e preciso para mixagem, produção musical, streaming ou broadcast.
Segundo Viktor Wiesner, diretor sênior de produto em Pro Audio, esta geração nasce após anos de evolução no mercado: “Redesenhamos nossos controladores de monitor desde o início e os aperfeiçoamos ainda mais. Nossos clientes recebem quatro soluções sob medida para suas necessidades de monitoração, com máxima qualidade e a robustez que caracteriza a Palmer.”
palmer-germany.com
Audio Profissional
Interfaces de áudio para iniciantes e Home Studios: Guia básico e modelos destaque
Publicado
2 semanas agoon
12/12/2025
No universo da produção musical caseira ou de projetos de podcast, uma interface de áudio é um dos componentes mais importantes.
Ela é a ponte entre microfones ou instrumentos e o computador, e determinará a qualidade do som que você grava e monitora. A seguir, explico o que considerar ao escolher uma interface, seus prós e contras e alguns modelos muito populares para começar.
Por que usar uma interface de áudio?
Melhor qualidade de som: Ao contrário das placas de som integradas à placa-mãe, interfaces externas oferecem pré-amplificadores dedicados, conversores AD/DA de maior qualidade e menos ruído.
Latência reduzida: Com drivers adequados (como ASIO no Windows), é possível gravar com atraso mínimo.
Entradas e saídas úteis: Permitem conectar microfones XLR, instrumentos, monitores de estúdio e fones de ouvido.
Alimentação phantom: Necessária para microfones condensadores, presente em muitas interfaces.
O que elas têm de bom e de ruim
Vantagens:
- Controle profissional sobre o ganho do microfone.
- Maior fidelidade nas gravações e no monitoramento.
- Opções de expansão para mais entradas/saídas conforme o estúdio cresce.
- Compatibilidade com softwares de produção (DAW).
Desvantagens:
- Custo: uma boa interface pode representar parte importante do orçamento.
- Curva de aprendizado: configurar ganho, sincronização e calibragem pode ser confuso no início.
- Requer conexão física (USB, Thunderbolt), o que reduz a mobilidade em comparação a soluções mais simples.
Modelos recomendados para iniciantes e home studios
Alguns modelos são especialmente populares entre quem está começando, por equilibrar preço, qualidade e facilidade de uso:
- Focusrite Scarlett 2i2: provavelmente a mais recomendada para iniciantes; inclui dois pré-amps, baixa latência e drivers estáveis.
- Focusrite Scarlett Solo: opção minimalista com uma entrada — ideal para gravar voz ou guitarra sem complicações.
- PreSonus AudioBox iTwo: duas entradas, construção robusta e boa compatibilidade com diversos DAWs.
- Sonicake USB Interface: alternativa muito econômica para começar, ideal para projetos simples.
Outros modelos destacados segundo guias especializadas:
- Audient iD4 MkII: muito elogiada por seu pré-amp de alta qualidade e facilidade de uso.
- Universal Audio Volt 1 / Volt 2: indicada para quem busca um som mais “analógico”, com pré-amps que emulam válvulas.
- Behringer U-Phoria UMC22 / UMC204HD: opções acessíveis e com boas funcionalidades para orçamentos apertados.
- Tascam US-1×2: compacta, portátil e capaz o suficiente para gravações simples ou iniciar um home studio.

Dicas para escolher bem sua interface
- Defina seu uso principal: vai gravar apenas voz? instrumentos? vários ao mesmo tempo?
- Verifique a conectividade: USB atende à maioria, mas produções maiores podem exigir interfaces mais robustas.
- Revise a latência: se pretende gravar ouvindo efeitos em tempo real, é essencial ter drivers de baixa latência.
- Pense no futuro: se planeja expandir o estúdio, uma interface com mais entradas ou melhor conversão pode ser melhor investimento.
- Analise o software incluso: muitas interfaces acompanham DAWs ou plugins; vale conferir o que vem no pacote.
Para quem está começando na produção musical ou no podcasting, investir em uma boa interface de áudio faz uma grande diferença.
As opções de entrada são cada vez mais potentes, acessíveis e fáceis de usar. Escolhendo uma interface adequada às suas necessidades, você constrói uma base sólida para seu estúdio em casa.
Com um pouco de paciência e prática, você terá gravações de alta qualidade e a flexibilidade para evoluir seu setup conforme avança.
Audio Profissional
Projeto SOS Songs une IA e música para promover a saúde mental
Publicado
2 semanas agoon
11/12/2025
A plataforma analisa playlists do Spotify e propõe pausas de reflexão a partir de padrões emocionais na escuta.
O SOS Songs, criado pela agência Binder e lançado no Brasil em setembro, já alcançou pessoas em nove países além do Brasil — Estados Unidos, França, Portugal, China, Alemanha, Chile, Arábia Saudita, Áustria e Canadá — conectando tecnologia, empatia e música como ferramentas de sensibilização e cuidado.
A iniciativa surge em um cenário desafiador: o Brasil lidera os índices de depressão na América Latina. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 11 milhões de brasileiros convivem com a doença, muitas vezes de forma silenciosa, expressa em isolamento social ou mudanças sutis de comportamento.
Como funciona a plataforma
O SOS Songs usa a música como espelho emocional e a inteligência artificial como forma de escuta ativa. O sistema identifica usuários que costumam ouvir com frequência músicas tristes ou de baixa energia — um padrão associado a momentos de sofrimento emocional.
Dentro do próprio Spotify, essas pessoas recebem um spot de áudio convidando à reflexão sobre o que suas escolhas musicais podem estar comunicando. Ao clicar no banner, o usuário é direcionado para um hotsite onde, após um login simples, sua playlist é analisada por um sistema inteligente.
A tecnologia avalia atributos como energia, dançabilidade e tonalidade para criar um retrato simbólico do “clima emocional” da lista. O objetivo não é diagnosticar, mas favorecer a autopercepção e estimular escolhas que promovam maior equilíbrio emocional.
Com a autorização do usuário, a plataforma sugere playlists personalizadas com músicas mais leves e otimistas, transformando o momento de escuta em uma oportunidade de pausa e autocuidado.
Muito além da análise: orientação e apoio
Além do acesso direto pelo site sossongs.com, ouvintes que estiverem imersos em repertórios mais densos ou melancólicos podem receber banners e mensagens de áudio dentro do Spotify sugerindo uma pausa para reflexão.
O projeto também direciona o público para canais de apoio emocional, como o Centro de Valorização da Vida (CVV)no Brasil, reforçando a importância da escuta ativa e da busca por ajuda profissional sempre que necessário.
Com seu alcance internacional crescente, o SOS Songs demonstra como música e tecnologia podem atuar juntas para promover diálogos mais amplos sobre saúde mental e construir ambientes digitais mais sensíveis e acolhedores.
Áudio
Palmer atualiza sua linha de controladores de monitor com a série MONICON
Quatro modelos analógicos redesenhados para um controle de escuta mais preciso em estúdios de todos os tamanhos. A Palmer apresentou...
Interfaces de áudio para iniciantes e Home Studios: Guia básico e modelos destaque
No universo da produção musical caseira ou de projetos de podcast, uma interface de áudio é um dos componentes mais...
Projeto SOS Songs une IA e música para promover a saúde mental
A plataforma analisa playlists do Spotify e propõe pausas de reflexão a partir de padrões emocionais na escuta. O SOS...
Powersoft impulsiona o sistema de som do centro equestre Phoenix Riders
Mezzo, Unica e Quattrocanali oferecem distribuição dinâmica e áudio multizona para um complexo internacional. O centro equestre Phoenix Riders, localizado...
Sensaphonics lança consultas virtuais com audiologistas da Musicians Hearing Clinic
A empresa amplia o acesso a cuidados especializados em saúde auditiva para músicos e profissionais de áudio. A Sensaphonics, fabricante...
Leia também
Iniciativa inspirada em Villa-Lobos leva concertos gratuitos a escolas públicas de SP
Brasil de Tuhu une educação, cultura e inclusão; em agosto, passa por cidades da Grande São Paulo e interior. A...
Teatro Opus Città anuncia inauguração com atrações nacionais e internacionais
Espaço cultural na Barra da Tijuca funcionará em soft opening ao longo de 2025 e terá capacidade para até 3...
Harmonias Paulistas: Série documental exalta grandes instrumentistas de SP e homenageia Tom Jobim
A música instrumental paulista ganha um novo espaço com a estreia da série Harmonias Paulistas, produzida pela Borandá Produções e...
Falece o reconhecido baterista Dudu Portes
O mundo musical despede Dudu Portes, deixando sua marca no mundo da percussão. Nascido em 1948, Eduardo Portes de Souza,...
Música transforma vidas de presos em projeto de ressocialização
A ressocialização de detentos no Brasil tem ganhado novas dimensões com projetos que unem capacitação profissional e arte. Iniciativas como...
Paraíba: Editais do ‘ICMS Cultural’ incluem projeto para estudar música
Edital do Programa de Inclusão Através da Música e das Artes (Prima) planeja oferecer 392 vagas para jovens paraibanos que...
Academia Jovem Orquestra Ouro Preto abre vagas para 2024
Criado para promover o ensino da prática orquestral, projeto abre edital para jovens músicos. As inscrições vão até 20 de...
Conselho Federal da OMB emite nota de repúdio ao Prefeito de Maceió. Entenda.
Desrespeito à legislação local acende debate sobre valorização da cultura alagoana. O conflito entre a classe artística de Maceió e...
Quem Canta Seus Males Espanta: Sandra Sofiati e seu Corpo Sonoro
Nesse novo artigo de Quem Canta Seus Males Espanta, vamos sair um pouco dos instrumentos “externos”, e nos voltar para...
Talibã Queima Instrumentos Musicais no Afeganistão
Centenas de músicos fugiram do Afeganistão para escapar das restrições do Talibã à música, afetando a cultura musical O Talibã,...
Maestro Evandro Matté fala sobre o Multipalco
À frente de três orquestras, a do próprio Theatro São Pedro, e da Orquestra Jovem, fruto de um projeto social,...
Multipalco: Viagem ao centro da arte
Música & Mercado foi ao centro da capital gaúcha visitar a história cultural do Rio Grande do Sul em uma...
Como obter patrocínio de 100 mil ou mais para realizar seu projeto de música
Adriana Sanchez mostra como obter patrocínio de 100 mil ou mais para realizar seu projeto de música. Criadora da banda...
Exportação de música brasileira, uma boa ideia!
O Brasil possui uma série de dificuldades na exportação de sua música para uma audiência internacional, mesmo assim, exportar é...
Presidente da Anafima recebe medalha de reconhecimento cultural do Governo de SP
Daniel Neves recebeu a honraria durante o Prêmio Governo do Estado de São Paulo para as Artes 2022, na noite...
Retomada de eventos em 2021 recuperou 300 mil postos de trabalho, sem recuperar nível de emprego de 2019
Retomada de eventos em 2021 recuperou 300 mil postos de trabalho, sem recuperar nível de emprego de 2019. A evolução...
OneBeat Virtual: inscrições de intercâmbio virtual para músicos
Embaixada e Consulados dos EUA abrem inscrições de intercâmbio virtual para músicos até 11 de fevereiro O OneBeat Virtual busca...
Manual de procedimentos do profissional da música
Guia básico sobre conceitos que os profissionais da música deveriam aplicar nas suas carreiras e no trato com outros no...
Câmara Setorial de Instrumentos Musicais do Paraná visita presidente da câmara Municipal de Curitiba
Yuris Tomsons, destacado pela Associação Comercial do Paraná para fazer a interlocução com os presidentes das comissões permanentes da Câmara...
Make Music: Robertinho Silva, Milton Nascimento e João Donato recebem homenagem no evento
Homenagem a Robertinho Silva, Milton Nascimento e João Donato: produção convida músicos de todo o Brasil para participar. Saiba como...
Presidente Prudente inaugura espaço dedicado a bandas de garagem
Espaço Garagem em Presidente Prudente contou com o apoio da loja Audiotech Music Store Presidente Prudente/SP – O prefeito Ed...
Música & Mercado apoia campanha em favor de artistas impactados pela pandemia
Idealizada e promovida pela Beetools, iniciativa destinará 25% da receita líquida das matrículas nos cursos da startup para garantir uma...
Governo anuncia liberação de R$ 408 milhões em recursos para o setor de eventos
Secretaria Especial da Cultura afirma que auxílio deve ficar disponível ainda no primeiro semestre. Na última terça-feira (9), o governo...
Brasileiro promove boa saúde entre músicos
Empresário brasileiro promove boa saúde entre músicos. Marcos Mendes, empresário, investidor no ramo de nutracêuticos, é um constante apoiador na...
Opinião: Música é agente de mudança
Arte não é algo que seja isento de ideologia, porque o pensamento e o sentimento são suas bases enquanto materia-prima....
Opinião: Me lembro como se fosse hoje
O mercado da música está passando por diversas mudanças, mas também está mudando o consumidor e o músico, com uma...
Opinião: É tempo de aprender… Música!
E lá se vai 1/3 do ano trancado em casa. Desde março, pais que trabalham, filhos que estudam, todos se...
Saúde: Automotivação no mercado da música
Todos nós fazemos música, e realizamos sonhos. Nunca se esqueça disso! Você sabe o que significa a palavra motivação? O...
Música para quem vive de música – Volume 14
Continuamos apresentando grandes discos e filmes para sua cultura musical. Hoje temos Def Leppard, Sonny Rollins e Plebe Rude. Def...
Fernando Vieira: O amor à música como legado
Jornalista Fernando Vieira faleceu e deixou um imenso legado. Cabe a todos manterem a chama da música acesa. A morte...
Trending
-
Lojista3 semanas ago
Os violões mais vendidos em 2025 e por que dominam o mercado
-
Instrumentos Musicais4 semanas ago
Teclados eletrônicos mais vendidos em 2025: tendências que redefinirão o mercado
-
Luthier e Handmade3 semanas ago
Falece Christian Bove, fundador da Christian Bove Custom Hardware
-
Iluminação4 semanas ago
Vari-Lite VL3200 LT Profile IP: Potência de longo alcance em um formato compacto
-
Baterias e Percussão2 semanas ago
Baterias eletrônicas mais vendidas em 2025 e por que lideram o mercado
-
Audio Profissional4 semanas ago
Novo MINIBO-5M da Montarbo traz potência e versatilidade em formato compacto
-
Audio Profissional3 semanas ago
Electro-Voice anuncia nova liderança para a América Latina com Robson Marzochi
-
Audio Profissional3 semanas ago
Neumann apresenta VIS, mixagem imersiva reinventada para o Apple Vision Pro









