Gestão
Como a concorrência pode impactar sua empresa positivamente
Não só é importante identificar a concorrência mas também analisar o comportamento, os serviços, e até os preços que ela usa para poder planejar nos estratégia corretamente. Veja aqui algumas dicas.
Você já deve ter ouvido um ditado que diz “nenhuma estratégia sobrevive ao primeiro contato com o inimigo”. Originalmente, trata-se de um dito militar, mas pode ser aplicado ao mundo dos negócios tranquilamente. É por conta disso que analisar a concorrência é algo importante para qualquer negócio.
Não é segredo para nenhum empreendedor ou gestor de negócios que existe uma competição para conquistar espaços no mercado, clientes e aumentar as vendas. Todo mundo trabalha em busca do sucesso comercializando seus produtos e/ou serviços. Assim, é importante fazer uma análise dos concorrentes para conquistar um melhor posicionamento na área de atuação.
De acordo com Haroldo Eiji Matsumoto, sócio-diretor da Prosphera Educação Corporativa, consultoria multidisciplinar especializada na gestão de negócios, há um passo a passo possível de ser seguido. As orientações do especialista são as seguintes:
Identifique seus concorrentes
Para começar, é preciso superar uma questão extremamente importante: quem é, exatamente, a sua concorrência? A escolha do concorrente determina quase tudo o que uma empresa fará em seu mercado. O concorrente influencia diretamente o que a sua empresa oferece e onde o oferece, seus preços e como precifica, seus níveis de rentabilidade e quão consistentemente as margens de lucro são construídas. Além disso, o competidor age também, ainda que indiretamente, sobre a taxa de crescimento e a própria sobrevivência do negócio. Portanto, todas as decisões comerciais devem ser tomadas levando em consideração os concorrentes existentes ou potenciais, e as respostas prováveis para as ações.
Coloque “a mão na massa”
Para que a análise seja acionável é preciso “ir a campo” e encontrar a resposta para aquela pergunta inicial, que não é simples. Na prática, ela deve ser subdividida em algumas outras questões. São elas:
- Quais empresas vendem produtos ou serviços similares aos seus?
- Quais empresas atingem um público-alvo semelhante ou idêntico ao seu?
- O que aconteceria se você mudasse suas ofertas de tal forma que segmentasse um grupo diferente de clientes (optando por um que seria hipoteticamente mais fácil de vender)?
- Por que seus clientes potenciais compram de seus concorrentes e quais vantagens eles percebem?
- Qual é a proposta de venda exclusiva do seu competidor?
- Qual característica ou benefício especial que seus produtos ou serviços apresentam?
- De que forma você é superior aos seus concorrentes? O que pode oferecer que eles não podem? Como você pode enfatizar essa vantagem em seus esforços de vendas e marketing?
- Onde o seu competidor é vulnerável e como você pode explorar isso para sua vantagem?
- É viável alterar a sua estratégia de marketing de forma a alcançar o domínio em um nicho, com clientes ou um segmento de mercado específico?
Admire os concorrentes de sucesso
Infelizmente, muitos empreendedores descartam ou ignoram seus principais concorrentes: eles os criticam ou diminuem. Frequentemente, pensam e dizem que os clientes que preferem suas ofertas são simplesmente ignorantes ou estão sendo enganados. Como resultado, não conseguem observar e aprender a superar seus concorrentes em mercados difíceis. Uma das estratégias de negócios mais eficazes é sempre admirar os concorrentes bem-sucedidos. Nunca os desprezar. O indicado mesmo é estudá-los. Aprender com eles e com a análise da concorrência, respeitando o que eles estão fazendo bem e procurando formas de superar suas melhores características.
Os preços da concorrência
Além disso, Matsumoto também recomenda uma análise mais especial relacionada aos preços praticados pela concorrência, especialmente no caso de produtos ou serviços similares. Entre as dicas, destacam-se:
- Verifique se realmente a concorrência pratica um preço menor que o seu especialmente se a informação chegou a você por um cliente. Muitas vezes, o cliente “engana” o vendedor com falsos orçamentos para pressionar o preço para baixo;
- Verificado o preço menor, busque as causas da falta de competitividade. Um dos métodos é fazer a conta inversa. Por exemplo, pegue o preço final do concorrente e comece a determinar o quanto ele pode ter pago de impostos, comissões, custo de matéria prima para produzir, custo de mão de obra, frete, margem de lucro, enfim, verifique se há racionalidade no preço;
- Agora é hora de verificar se sua empresa é eficiente nos processos para que o preço se mantenha competitivo, isto é, verifique as compras de insumos, a mão de obra empregada, o tempo gasto, retrabalho, desperdícios, etc. Tudo isso vai aumentando o custo e, consequentemente, o preço de venda final;
- Depois disso, se você tiver certeza que os processos estão ok, então vamos ver a forma que o empreendedor ou seus gestores estão conduzindo a empresa, pois questões de empenho e motivação, interferem diretamente na qualidade e produtividade da empresa além de ter impacto no preço final. Por exemplo, uma equipe com 10 colaboradores de uma empresa, consegue produzir o dobro da empresa concorrente e essa situação não é rara pela nossa experiência;
- Outra dica é verificar se o preço praticado não está levando junto um problema de fluxo de caixa da empresa. Ao descontar duplicatas, cobrir empréstimos antigos, pagar juros bancários, o lucro da empresa vai sendo corroído e, para tentar cobrir esse custo financeiro, alguns repassam isso para o preço final do produto ou serviço, elevando-o;
- O preço é sempre subjetivo, pois o cliente acredita ser caro ou barato se compreende o que tem de valor agregado. Neste ponto, vale a pena o empresário verificar se a forma de se comunicar (vender) e como se apresenta ao mercado (marketing) está ressaltando as qualidades do seu produto ou serviço e, desta forma, o cliente valorize e pague o preço corretamente;
- Prepare uma estratégia de venda baseada no preço através das informações dos produtos que mais vendem e sua margem de contribuição. O empreendedor pode criar mix de produtos e serviços que tenham um ou mais itens que são extremamente competitivos e compense no restante do mix a perda de margem;
- Treinamento da equipe de vendas para que argumentem baseado nas informações dos concorrentes e os pontos fortes para negociar e convencer que seu produto ou serviço é a melhor escolha;
- Preço está atrelado a experiência de compra. Se o cliente recebe um bom atendimento e o processo gera uma satisfação, tenha certeza de que considerará o preço condizente. O contrário também é verdadeiro: experiência ruim leva o preço lá embaixo, além de queimar a marca da empresa;
- O mercado, o cliente e os concorrentes estão sempre em mudança e você deve acompanhar sempre. Não é porque hoje você tem um preço que ajustou para continuar competitivo que deverá relaxar na análise e acompanhamento dos concorrentes.
Gestão
Estratégia Financeira no Setor de Instrumentos Musicais e Áudio Profissional
O último trimestre do ano não só traz um aumento natural nas vendas, impulsionado por eventos como Black Friday, Cyber Monday e Natal, como também a necessidade de estabelecer as bases para o planejamento estratégico para 2026.
No setor de instrumentos musicais e áudio profissional, onde a volatilidade do dólar, os custos logísticos e as tendências de consumo ditam o tom, avaliar com precisão os resultados financeiros e operacionais torna-se fundamental para mensurar a verdadeira lucratividade do negócio.
Essa análise não apenas valida o desempenho mensal, mas também identifica onde estamos dessincronizados e quais fatores estratégicos precisamos ajustar para garantir um crescimento sustentável.
Avaliação do Desempenho Financeiro
Um diagnóstico preciso exige ir além dos números brutos e analisar indicadores-chave adaptados ao setor:
- Receita e lucratividade: Comparar as vendas de categorias críticas (caixas de som profissionais, controladores de DJ, guitarras, equipamentos de gravação) com as margens em comparação com períodos anteriores.
- Estrutura de custos: Diferenciar custos fixos (aluguel de showroom, equipe de vendas, licenças de software) de custos variáveis (importações, frete, marketing sazonal), identificando oportunidades de otimização.
- Fluxo de caixa: Meça a liquidez necessária para financiar estoques que muitas vezes são pagos em dólar, mas vendidos a prazo ao cliente final.
- Dívida: Avalie o ônus financeiro e o nível de alavancagem diante das flutuações da taxa de câmbio.
Ações Positivas e Áreas de Melhoria
Após a análise dos números, a pontuação revela o que funcionou e o que precisa de ajustes:
- Ações bem-sucedidas: Campanhas digitais em mídias sociais, acordos com academias e distribuidoras de música e o boom do e-commerce de acessórios e peças de reposição.
- Fraquezas operacionais: Estoques mal calibrados, com escassez, distribuição lenta nas regiões ou serviço de pós-venda fraco.
- Tendências de Mercado: Crescimento da música urbana e demanda por equipamentos de home studio, além de consumidores mais sensíveis a preços devido à inflação e à queda do crédito ao consumidor.
Repensando Estratégias e um Plano de Ação
Com a pontuação claramente definida, o plano deve estabelecer diretrizes específicas:
- Otimização de Custos: Negociar com fornecedores internacionais, consolidar importações e automatizar processos de estoque.
- Expansão de Mercado: Abra novos canais em regiões, exporte para países vizinhos ou explore nichos como equipamentos para igrejas e eventos corporativos.
- Fortalecimento Digital: Amplie o e-commerce com integração ERP-marketplace e aprimore campanhas segmentadas por tipo de músico.
- Treinamento de Equipe: Treine a equipe de vendas em produtos de alta qualidade, fidelização de clientes e serviços de vendas cruzadas (por exemplo, aluguel + vendas).
Implementação e Monitoramento
Toda orquestra precisa de um maestro e uma pontuação clara:
- KPIs definidos: Margem bruta por categoria, giro de estoque, vendas online vs. físicas e índice de endividamento.
- Revisão periódica: Reuniões trimestrais para avaliar o progresso e reajustar a estratégia de preços e estoque.
- Feedback contínuo: Envolva toda a equipe, do depósito ao marketing digital, na busca por eficiência e inovação.
Uma revisão financeira de 2025 é uma oportunidade para ajustar os negócios antes de entrar em uma nova temporada. Com análises rigorosas, replicando o que gerou impacto positivo e corrigindo o desempenho desafinado, a indústria de instrumentos musicais e áudio profissional pode se projetar com maior força, transformando a volatilidade em harmonia financeira a longo prazo.
*Autor: Camilo Ramírez
Mestre em Administração de Empresas (MBA) pela Universidad del Desarrollo, Mestre em Gestão Financeira pela Universidad Adolfo Ibáñez, Diploma em Gestão Financeira pela Universidad Adolfo Ibáñez, Diploma em Finanças Corporativas pela IEDE Business School Chile e Bacharel em Administração de Empresas e Administração Universitária pela Universidad de las Américas.
Sócio Sênior da Price Capital Spa.
E-mail: corporativo@pricecapital.cl
Visite: www.pricecapital.cl
Gestão
C. F. Martin & Co. nomeia Scott Gervais como Diretor de Operações
A histórica fabricante de violões cria um cargo de COO para impulsionar a excelência operacional e sua próxima fase de crescimento.
A C. F. Martin & Co., Inc. anunciou a nomeação de Scott Gervais como Diretor de Operações (COO). Com mais de duas décadas de liderança executiva em operações, manufatura, compras e gestão da cadeia de suprimentos, Gervais ocupou cargos de liderança na Polaris Marine e na Conn-Selmer, Inc., onde liderou e expandiu operações globais com melhorias mensuráveis em segurança, qualidade, eficiência e satisfação do cliente.
Violonista acústico de longa data, Gervais enfatizou a conexão pessoal com sua nova função: “É uma verdadeira honra ingressar na C. F. Martin & Co., uma empresa que admiro desde que peguei em um violão pela primeira vez. A Martin sempre representou o auge da arte acústica para mim, e agora contribuir para seu legado é ao mesmo tempo gratificante e inspirador. Esta posição alinha minha carreira em operações com meu amor pela música.”
Da empresa, o Presidente do Conselho, Chris Martin IV, comemorou a chegada: “Estou muito feliz que Scott esteja se juntando à minha empresa familiar. Sua experiência e entusiasmo serão um trunfo para nossas equipes de fabricação e compras.”
Por sua vez, o Presidente e CEO Thomas Ripsam enfatizou que o COO é uma posição recém-criada com foco na excelência operacional: “É um componente crítico para possibilitar a próxima onda de crescimento e lidar com a crescente complexidade e custos do negócio. Estou confiante de que o talento e a experiência de Scott nos ajudarão a enfrentar com sucesso essas oportunidades e desafios.”
Gervais é bacharel em administração de empresas pela Universidade Purdue e possui certificações profissionais como Lean Six Sigma Black Belt e Certified Supply Chain Professional. Com sua chegada, Martin busca fortalecer processos, eficiência e capacidade de resposta em um contexto de expansão e aumento da demanda global por seus instrumentos acústicos.
Gestão
Como adotar o “figital” na sua loja
A experiência de compra mudou. Hoje, os consumidores não separam mais o digital do físico: esperam o melhor dos dois mundos.
Nesse contexto, o conceito “figital” — a integração entre os ambientes físico e digital — torna-se uma estratégia essencial para lojas de instrumentos musicais que desejam se manter competitivas.
Do balcão ao smartphone
Para muitas lojas, o primeiro passo rumo ao figital é construir um ambiente digital que complemente a experiência presencial. Ter um site atualizado, com catálogo, preços, disponibilidade e informações técnicas, é fundamental. Mas não basta estar online: é preciso garantir uma navegação rápida, compatibilidade com dispositivos móveis e canais de contato acessíveis.
Presença que conecta
As redes sociais permitem apresentar produtos, processos de luteria, unboxings, reviews e conteúdos educativos. Não se trata apenas de vender, mas de construir comunidade. Mostrar como soa um pedal, como ajustar uma guitarra ou montar uma bateria ao vivo gera proximidade e confiança.
O físico continua essencial
No universo figital, a loja física não desaparece — ela ganha protagonismo. Muitos clientes pesquisam online, mas querem experimentar o instrumento antes de comprar. Oferecer atendimentos personalizados, testes com especialistas ou experiências imersivas na loja pode ser um grande diferencial.
Click & collect: o melhor dos dois mundos
Uma das práticas mais eficazes do figital é permitir que o cliente compre online e retire na loja. Essa opção acelera a venda, elimina custos de frete e atrai novos consumidores ao espaço físico. Além disso, abre espaço para vendas adicionais no momento da retirada.
Tecnologia a favor da música
Implementar recursos como catálogos interativos em tablets, sistemas de estoque integrados entre a loja e o e-commerce, ou até QR codes nos instrumentos com acesso às fichas técnicas, são soluções simples que melhoram a experiência de compra.
Capacitação da equipe
A transformação não é apenas tecnológica. A equipe de vendas também precisa estar preparada para atuar em um ambiente híbrido. Saber responder dúvidas via WhatsApp, oferecer suporte nas redes sociais ou produzir conteúdos simples são habilidades cada vez mais valiosas.
Investir com inteligência
Adotar o figital não exige grandes investimentos iniciais. É possível começar com ações simples e eficazes: otimizar o perfil no Google, responder mensagens em redes sociais, integrar um sistema de vendas com controle de estoque ou criar vídeos curtos destacando os produtos da loja.
Adotar uma estratégia figital não é uma tendência passageira, mas uma resposta direta ao comportamento do consumidor atual. Para as lojas de instrumentos musicais, trata-se de transformar o ponto de venda em um ponto de encontro — onde o físico e o digital se complementam para criar experiências memoráveis.
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