Gestão
Caasi Representações trabalha na atualização digital
Ser representante nunca foi fácil e, com a pandemia, eles também estão tendo que se adaptar à vida digital. Esse é o caso de Isaac Mirai, que trabalha na atualização do seu site e das redes sociais para fornecer ferramentas certas a lojas e consumidores.
Isaac Mirai nasceu rodeado de eletrônica, pois seu pai tinha uma loja em Belo Horizonte (MG) dedicada a esse setor. Em 1982, aos 17 anos, Isaac começou a trabalhar na loja, mas não gostava muito de ficar dentro dela — achou o trabalho dos representantes mais interessante.
Ele queria ir para São Paulo, tentar uma nova possibilidade, e seu pai indicou um amigo lá chamado Enéias, da Eletrônica Centenário, que importava válvulas de TV. Ele começou a trabalhar com essa empresa, e logo obteve indicações da Trancham e da antiga Cardeal (multímetros), conseguindo “uma boa pasta para começar”.
“Fica o registro de gratidão a todas as lojas da Grande BH que, mesmo eu sendo filho de um concorrente, me cercaram de carinho e me ajudaram, dando-me oportunidades. Alguns deles até me indicaram a outras pastas”, lembra Isaac.
Com o passar dos anos e as novas TVs, com válvulas e componentes sendo trocados por placas, Isaac passou a vender para a marca Multivisão (suporte de TV) e seguiu por outros caminhos, como magazines, lojas de móveis e eletrodomésticos e distribuidores.

Hoje com 57 anos, 37 de trabalho, Isaac trabalha no Espírito Santo desde julho de 1998. “Feliz com a profissão, a ela devo tudo que tenho e o que sou.”
Ser representante
Atualmente a Caasi Representações trabalha com as marcas Port One, Leacs, Torelli, Bag Show, Dylan, Cajon Percussion e Vogga.
“Fala-se muito nas dificuldades de ser representante hoje, mas não há como não se lembrar de que sem rede social e sem estradas asfaltadas, por exemplo, a distância era muito maior, que os pedidos eram enviados por carta ou telex, que a comunicação era quase zero, que um roteiro como o Sul de Minas era feito em duas semanas e fora de casa”, lembra.
“Hoje você tem rede social, telefone celular, uma série de aplicativos de reuniões digitais, site, enfim, vivemos uma era de comunicação fácil, inclusive para o consumidor final. Creio que agora, com a chegada forte do e-commerce e o retorno de magazines comprando instrumentos musicais, o cenário muda radicalmente. Caberá ao representante preservar seu mercado e isso passa a ser um olhar macro sobre o Brasil, porque o cliente digital não vende apenas no meu estado, mas no País todo, com diferença tributária e desigualdade social enorme entre as regiões.”
Isaac conta que para um representante é necessário ter conhecimento de mercado, mais ainda de produtos, de logística, de tributos e, principalmente, da escolha certa dos clientes para cada linha de produtos, de forma tal que a harmonia entre loja física, virtual e magazines ocorra. “Temos que tomar conta das lojas físicas, pois são elas que lançam produtos sem relevância digital e os tornam altamente relevantes. É nossa obrigação cuidar do lojista especializado, ele não pode ser esquecido jamais. Mesmo que ele também tenha sua filial virtual, a manutenção das lojas físicas é de suma importância, pois é lá que se cria a pré-venda, o desejo de ter um instrumento musical, é lá que fazemos workshops, que nos conectam com o consumidor e trabalham com muitos itens das marcas representadas.”
O trabalho atual
Isaac explicou que o trabalho antes da pandemia estava mais focado em estar presente nas lojas, falando sempre com os vendedores, informando sobre produtos, novidades, tendências e necesidades. Aos compradores, apresentava quase que uma consultoria do seu produto: “Assim, no dia a dia, aliado às redes sociais, você monitorava uma relação de confiança, venda e reposição, além de sempre saber das necessidades dos clientes. Claro, não só isso, mas o principal era focado na presença, porque trabalhar em escritório não é o que as representadas esperam de um representante”.
Hoje com a situação de pandemia que o mundo vive, mais uma vez o representante comercial tem de se reinventar, sair da comodidade, aprender a trabalhar de forma virtual e menos presencial, ler o mercado pelas mídias e desenvolver o hábito de sempre ter contato com toda a cadeia do mercado. “É uma época de aprendizado, e creio que pegou o mundo todo e todos os segmentos. Estamos aprendendo a trabalhar mais uma vez”, enfatizou.
Isaac trabalha atualmente em parceria com a empresa Panda Marketing, a fim de reestruturar suas redes sociais, fazer um site interligado e proporcionar facilidade para o mercado visualizar os produtos, os lançamentos e todos os catálogos das marcas representadas, além de proporcionar uma comunicação fácil, à qual o consumidor final tenha acesso e saiba em que lojas da região pode encontrar os produtos e quais e-commerces os estão vendendo. “É uma forma de levar mais informação a todos. Espero em breve estar com tudo isso funcionando em harmonia.”
“Gostaria de passar uma mensagem para os amigos que vivem de áudio pro e música, pela dificuldade do momento, sem grandes shows para este ano, igrejas fechadas, sem muitos orçamentos de instalação e/ou até manutenção de áudio, sem barzinhos com música ao vivo e sem previsão de retorno ou de como vai ser esse retorno. As escolas de música estão paradas, os professores de música, sem alunos, e muito mais. Isso vai passar. O mercado de áudio pro é gigante porque vocês o fizeram acontecer. Logo isso será apenas mais uma página virada. ‘Sem música a vida seria um erro’. Força, turma!”.
Mais informações: (27) 98814-5054
Gestão
Estratégia Financeira no Setor de Instrumentos Musicais e Áudio Profissional
O último trimestre do ano não só traz um aumento natural nas vendas, impulsionado por eventos como Black Friday, Cyber Monday e Natal, como também a necessidade de estabelecer as bases para o planejamento estratégico para 2026.
No setor de instrumentos musicais e áudio profissional, onde a volatilidade do dólar, os custos logísticos e as tendências de consumo ditam o tom, avaliar com precisão os resultados financeiros e operacionais torna-se fundamental para mensurar a verdadeira lucratividade do negócio.
Essa análise não apenas valida o desempenho mensal, mas também identifica onde estamos dessincronizados e quais fatores estratégicos precisamos ajustar para garantir um crescimento sustentável.
Avaliação do Desempenho Financeiro
Um diagnóstico preciso exige ir além dos números brutos e analisar indicadores-chave adaptados ao setor:
- Receita e lucratividade: Comparar as vendas de categorias críticas (caixas de som profissionais, controladores de DJ, guitarras, equipamentos de gravação) com as margens em comparação com períodos anteriores.
- Estrutura de custos: Diferenciar custos fixos (aluguel de showroom, equipe de vendas, licenças de software) de custos variáveis (importações, frete, marketing sazonal), identificando oportunidades de otimização.
- Fluxo de caixa: Meça a liquidez necessária para financiar estoques que muitas vezes são pagos em dólar, mas vendidos a prazo ao cliente final.
- Dívida: Avalie o ônus financeiro e o nível de alavancagem diante das flutuações da taxa de câmbio.
Ações Positivas e Áreas de Melhoria
Após a análise dos números, a pontuação revela o que funcionou e o que precisa de ajustes:
- Ações bem-sucedidas: Campanhas digitais em mídias sociais, acordos com academias e distribuidoras de música e o boom do e-commerce de acessórios e peças de reposição.
- Fraquezas operacionais: Estoques mal calibrados, com escassez, distribuição lenta nas regiões ou serviço de pós-venda fraco.
- Tendências de Mercado: Crescimento da música urbana e demanda por equipamentos de home studio, além de consumidores mais sensíveis a preços devido à inflação e à queda do crédito ao consumidor.
Repensando Estratégias e um Plano de Ação
Com a pontuação claramente definida, o plano deve estabelecer diretrizes específicas:
- Otimização de Custos: Negociar com fornecedores internacionais, consolidar importações e automatizar processos de estoque.
- Expansão de Mercado: Abra novos canais em regiões, exporte para países vizinhos ou explore nichos como equipamentos para igrejas e eventos corporativos.
- Fortalecimento Digital: Amplie o e-commerce com integração ERP-marketplace e aprimore campanhas segmentadas por tipo de músico.
- Treinamento de Equipe: Treine a equipe de vendas em produtos de alta qualidade, fidelização de clientes e serviços de vendas cruzadas (por exemplo, aluguel + vendas).
Implementação e Monitoramento
Toda orquestra precisa de um maestro e uma pontuação clara:
- KPIs definidos: Margem bruta por categoria, giro de estoque, vendas online vs. físicas e índice de endividamento.
- Revisão periódica: Reuniões trimestrais para avaliar o progresso e reajustar a estratégia de preços e estoque.
- Feedback contínuo: Envolva toda a equipe, do depósito ao marketing digital, na busca por eficiência e inovação.
Uma revisão financeira de 2025 é uma oportunidade para ajustar os negócios antes de entrar em uma nova temporada. Com análises rigorosas, replicando o que gerou impacto positivo e corrigindo o desempenho desafinado, a indústria de instrumentos musicais e áudio profissional pode se projetar com maior força, transformando a volatilidade em harmonia financeira a longo prazo.
*Autor: Camilo Ramírez
Mestre em Administração de Empresas (MBA) pela Universidad del Desarrollo, Mestre em Gestão Financeira pela Universidad Adolfo Ibáñez, Diploma em Gestão Financeira pela Universidad Adolfo Ibáñez, Diploma em Finanças Corporativas pela IEDE Business School Chile e Bacharel em Administração de Empresas e Administração Universitária pela Universidad de las Américas.
Sócio Sênior da Price Capital Spa.
E-mail: corporativo@pricecapital.cl
Visite: www.pricecapital.cl
Gestão
C. F. Martin & Co. nomeia Scott Gervais como Diretor de Operações
A histórica fabricante de violões cria um cargo de COO para impulsionar a excelência operacional e sua próxima fase de crescimento.
A C. F. Martin & Co., Inc. anunciou a nomeação de Scott Gervais como Diretor de Operações (COO). Com mais de duas décadas de liderança executiva em operações, manufatura, compras e gestão da cadeia de suprimentos, Gervais ocupou cargos de liderança na Polaris Marine e na Conn-Selmer, Inc., onde liderou e expandiu operações globais com melhorias mensuráveis em segurança, qualidade, eficiência e satisfação do cliente.
Violonista acústico de longa data, Gervais enfatizou a conexão pessoal com sua nova função: “É uma verdadeira honra ingressar na C. F. Martin & Co., uma empresa que admiro desde que peguei em um violão pela primeira vez. A Martin sempre representou o auge da arte acústica para mim, e agora contribuir para seu legado é ao mesmo tempo gratificante e inspirador. Esta posição alinha minha carreira em operações com meu amor pela música.”
Da empresa, o Presidente do Conselho, Chris Martin IV, comemorou a chegada: “Estou muito feliz que Scott esteja se juntando à minha empresa familiar. Sua experiência e entusiasmo serão um trunfo para nossas equipes de fabricação e compras.”
Por sua vez, o Presidente e CEO Thomas Ripsam enfatizou que o COO é uma posição recém-criada com foco na excelência operacional: “É um componente crítico para possibilitar a próxima onda de crescimento e lidar com a crescente complexidade e custos do negócio. Estou confiante de que o talento e a experiência de Scott nos ajudarão a enfrentar com sucesso essas oportunidades e desafios.”
Gervais é bacharel em administração de empresas pela Universidade Purdue e possui certificações profissionais como Lean Six Sigma Black Belt e Certified Supply Chain Professional. Com sua chegada, Martin busca fortalecer processos, eficiência e capacidade de resposta em um contexto de expansão e aumento da demanda global por seus instrumentos acústicos.
Gestão
Como adotar o “figital” na sua loja
A experiência de compra mudou. Hoje, os consumidores não separam mais o digital do físico: esperam o melhor dos dois mundos.
Nesse contexto, o conceito “figital” — a integração entre os ambientes físico e digital — torna-se uma estratégia essencial para lojas de instrumentos musicais que desejam se manter competitivas.
Do balcão ao smartphone
Para muitas lojas, o primeiro passo rumo ao figital é construir um ambiente digital que complemente a experiência presencial. Ter um site atualizado, com catálogo, preços, disponibilidade e informações técnicas, é fundamental. Mas não basta estar online: é preciso garantir uma navegação rápida, compatibilidade com dispositivos móveis e canais de contato acessíveis.
Presença que conecta
As redes sociais permitem apresentar produtos, processos de luteria, unboxings, reviews e conteúdos educativos. Não se trata apenas de vender, mas de construir comunidade. Mostrar como soa um pedal, como ajustar uma guitarra ou montar uma bateria ao vivo gera proximidade e confiança.
O físico continua essencial
No universo figital, a loja física não desaparece — ela ganha protagonismo. Muitos clientes pesquisam online, mas querem experimentar o instrumento antes de comprar. Oferecer atendimentos personalizados, testes com especialistas ou experiências imersivas na loja pode ser um grande diferencial.
Click & collect: o melhor dos dois mundos
Uma das práticas mais eficazes do figital é permitir que o cliente compre online e retire na loja. Essa opção acelera a venda, elimina custos de frete e atrai novos consumidores ao espaço físico. Além disso, abre espaço para vendas adicionais no momento da retirada.
Tecnologia a favor da música
Implementar recursos como catálogos interativos em tablets, sistemas de estoque integrados entre a loja e o e-commerce, ou até QR codes nos instrumentos com acesso às fichas técnicas, são soluções simples que melhoram a experiência de compra.
Capacitação da equipe
A transformação não é apenas tecnológica. A equipe de vendas também precisa estar preparada para atuar em um ambiente híbrido. Saber responder dúvidas via WhatsApp, oferecer suporte nas redes sociais ou produzir conteúdos simples são habilidades cada vez mais valiosas.
Investir com inteligência
Adotar o figital não exige grandes investimentos iniciais. É possível começar com ações simples e eficazes: otimizar o perfil no Google, responder mensagens em redes sociais, integrar um sistema de vendas com controle de estoque ou criar vídeos curtos destacando os produtos da loja.
Adotar uma estratégia figital não é uma tendência passageira, mas uma resposta direta ao comportamento do consumidor atual. Para as lojas de instrumentos musicais, trata-se de transformar o ponto de venda em um ponto de encontro — onde o físico e o digital se complementam para criar experiências memoráveis.
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