Tanto nas lojas físicas quanto na on-line, a Wense oferece uma ampla variedade de instrumentos, áudio, iluminação e acessórios para seus clientes.
A primeira Loja Wense nasceu em Itabuna, onde permanece até hoje, na principal via comercial da cidade baiana. “Era 1992. Naquela época eu e meu pai tínhamos uma empresa que trabalhava com utilidades domésticas e instrumentos musicais, mas após a aquisição de outro ponto comercial, decidimos separar os ramos e eu fiquei com a parte de instrumentos musicais”, conta Ronney Wense, diretor da loja que leva seu nome.
Ronney Wense
“Esse é o melhor ramo para trabalhar. Os clientes são diversificados e sonhadores. Lidamos com emoções e sentimentos. Além de tornar o planeta mais alegre”, enfatiza.
Duas lojas físicas e uma on-line
Apesar dos últimos quatro anos de retração no faturamento, a história da Loja Wense sempre apresentou crescimento. Foi assim que conseguiu abrir uma segunda loja, localizada em Ilhéus.
Em ambas é oferecido o mesmo mix de produtos com uma variedade de instrumentos musicais, áudio, iluminação e diversos tipos de acessórios, tanto de marcas nacionais quanto importadas.
“Crafter, Roland, Behringer e Shure são algumas marcas internacionais com as que trabalhamos. Sobre as locais, contamos com nomes como Giannini, Di Giorgio, Tagima, Gope, Contemporânea, Oneal, Meteoro, Izzo, FSA e Odery. Com todas temos um ótimo relacionamento”, disse, adicionando que, no ramo de instrumentos de percussão, as marcas locais são mais aceitas que as importadas, contrariamente ao que acontece no ramo de áudio, em que as importadas têm melhor aceitação.
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A loja on-line, por meio do site da Loja Wense, começou a atuar em 2014, oferecendo os mesmos produtos das lojas físicas. “Sem dúvida, a internet veio para somar às vendas”, reconheceu o diretor da empresa.
Atualmente o produto mais vendido em suas lojas é o violão, seguido pelo ukulele.
Além de venda, é oferecido o aluguel de projetores e caixas amplificadas, e as equipes das lojas realizam pequenos serviços de luthieria em instrumentos de cordas.
“Temos bastante experiência no mercado, pois começamos antes da abertura comercial no Brasil, mas hoje nossa principal estratégia de vendas é o atendimento personalizado e rápido pelo WhatsApp”, contou.
Violões e ukuleles, os mais vendidos
Sobe e desce
Apesar do crescimento contínuo desde o início, Ronney comentou que os últimos anos têm apresentado adversidades. “O ano de 2019 foi fraco, não atingimos o nível dos tempos bons, porém, foi melhor do que 2016, 2017 e 2018”, disse.
“Quando comecei, não existiam as feiras ou exposições de produtos. Para se ter uma ideia, eu ia uma vez ao ano para São Paulo, visitava as fábricas e conhecia as novidades”, lembra. “Hoje a situação mudou. Todos temos muito mais acesso aos lançamentos com a internet e com uma série de eventos regionais que se realizam por todo o País.”
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“Acho que no mercado houve duas mudanças radicais. A primeira foi a abertura de mercado, com a chegada de várias marcas internacionais, e a segunda grande mudança foi justamente a chegada da internet. Com isso, os preços tiveram que ser adaptados ao mercado”, agrega o empresário, destacando que a empresa planeja trabalhar com mais dedicação ainda para reativar o crescimento e satisfazer as necessidades dos seus clientes e parceiros.
Estratégias inteligentes para instrumentos de alto valor e acessórios no próximo Black Friday.
Durante mais de uma década, a Black Friday se consolidou como o grande momento global de consumo. Porém, no mercado musical, o modelo de descontos massivos e genéricos começa a perder força. O público atual — mais informado, conectado e segmentado — já não reage da mesma forma a promoções amplas e sem estratégia.
Nesta Black Friday, lojas e marcas do setor mostram uma mudança clara: menos descontos indiscriminados e mais ofertas curadas, diferenciadas por categoria e focadas em valor real.
O comprador musical mudou
Consumidores de instrumentos e áudio já não se guiam apenas pelo preço:
Comparam modelos, versões e origem dos produtos
Valorizam garantia, assistência técnica e pós-venda
Priorizam condições de pagamento flexíveis em vez de grandes descontos
A lógica é simples: instrumento é investimento criativo, não compra impulsiva de consumo de massa.
Como criar processos que fidelizam o cliente após a venda de instrumentos e equipamentos de áudio.
Em um mercado de instrumentos e equipamentos de áudio cada vez mais competitivo, o relacionamento com o cliente não termina na venda. A experiência pós-venda e o suporte técnico são fatores determinantes para a fidelização — especialmente em segmentos que envolvem produtos de alto valor agregado, como mesas digitais, interfaces de áudio, amplificadores e sintetizadores.
Empresas que estruturam uma logística eficiente de assistência técnica reduzem custos, ampliam a confiança do consumidor e fortalecem a reputação da marca. A seguir, reunimos práticas adotadas por distribuidores, fabricantes e lojas especializadas que buscam transformar o pós-venda em diferencial competitivo.
Centralizar o atendimento e padronizar processos
O primeiro passo para melhorar o pós-venda é criar um canal único de atendimento técnico. Quando o cliente precisa buscar informações em múltiplos canais (telefone, e-mail, redes sociais), a percepção de desorganização aumenta.
Empresas como Yamaha e Roland, por exemplo, utilizam centros de serviço autorizados com cadastro integrado: o consumidor envia o número de série e recebe o status da análise em tempo real.
Boas práticas:
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Implementar sistema de ticket único (CRM integrado).
Utilizar formulários online para abertura de chamados.
Treinar atendentes para coletar dados técnicos de forma padronizada (modelo, número de série, defeito relatado, data de compra).
Reduzir o tempo de diagnóstico e transporte
O tempo de deslocamento e avaliação técnica é um dos principais fatores de insatisfação no pós-venda.
De acordo com levantamento da Associação Brasileira de Distribuidores de Instrumentos Musicais (Abrafam, 2024), 60% das reclamações estão ligadas a prazos de conserto superiores a 30 dias.
Estratégias recomendadas:
Criar estoques regionais de peças de reposição (SP, PR, PE, DF, por exemplo).
Utilizar transportadoras parceiras com coleta programada em lojas e pontos de revenda.
Automatizar a triagem inicial com vídeos ou fotos enviados pelo cliente antes do envio físico do produto.
Caso real:
A marca nacional Staner, no segmento de amplificadores e caixas ativas, reduziu em 35% o tempo médio de reparo após adotar um sistema de pré-diagnóstico remoto feito via WhatsApp corporativo, segundo dados divulgados na feira Conecta+ Música & Mercado 2024.
Mapear indicadores de performance (KPIs)
A qualidade do pós-venda precisa ser medida com dados.
Monitorar indicadores como tempo médio de reparo (TAT), índice de reincidência de defeitos, nível de satisfação do cliente (NPS) e custo logístico por chamado é fundamental para corrigir gargalos.
Exemplo de métrica:
Treinar e certificar assistências técnicas
Fabricantes que investem em treinamento e certificação periódica das assistências autorizadas garantem maior uniformidade nos serviços.
Cursos online e presenciais, manuais técnicos atualizados e acesso a esquemas elétricos são recursos que reduzem erros e melhoram a comunicação entre fábrica e oficina.
Transformar o pós-venda em canal de relacionamento
Mais do que reparar produtos, o pós-venda pode gerar novas oportunidades de venda e relacionamento.
Empresas que mantêm programas de manutenção preventiva, descontos em upgrades e extensão de garantia transformam um problema técnico em uma nova interação comercial.
Exemplo: Alguns distribuidores oferecem a chamada “garantia estendida educacional”, voltada a escolas e estúdios, que inclui revisões anuais com desconto progressivo. Esse tipo de política reforça o vínculo de longo prazo e reduz o churn de clientes corporativos.
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Comunicação clara e rastreabilidade
A transparência é um diferencial competitivo. O cliente deve conseguir acompanhar o status do reparo e ter prazos definidos desde o início do processo.
Sistemas de rastreamento, envio automático de e-mails e relatórios padronizados ajudam a construir confiança.
Checklist de comunicação eficiente:
Envio automático de número de ordem de serviço.
Atualizações a cada etapa do processo (recebido, em reparo, finalizado, despachado).
Canal direto para dúvidas pós-entrega.
A logística de assistência técnica e o pós-venda não são custos, mas ferramentas de fidelização.
Em um mercado onde a reputação circula rapidamente entre músicos e técnicos de som, oferecer suporte ágil e transparente é tão importante quanto lançar um novo produto.
Fabricantes e distribuidores que estruturam processos de pós-venda bem definidos — com dados, prazos e comunicação clara — transformam a assistência técnica em um ativo estratégico.
Mini sintetizadores, interfaces de bolso e caixas de som com bateria refletem novas formas de consumo.
A preferência dos músicos por dispositivos compactos e fáceis de transportar está transformando a oferta de produtos no varejo musical. Mini sintetizadores, interfaces de áudio portáteis e caixas acústicas alimentadas por bateria consolidam-se como opções de alto desempenho que respondem à mobilidade, aos espaços reduzidos e às novas dinâmicas de produção musical.
Segundo um estudo recente da consultoria Music Trades, as vendas de equipamentos portáteis cresceram 18% em 2024no cenário global, impulsionadas por criadores independentes e músicos que buscam soluções práticas para gravar, ensaiar ou tocar ao vivo em ambientes não convencionais.
O que os clientes procuram?
Flexibilidade: dispositivos que possam ser usados tanto em casa quanto em pequenos palcos.
Autonomia: sistemas com bateria para apresentações de rua, parques ou eventos sem infraestrutura elétrica.
Conectividade: interfaces de bolso que se integrem facilmente a computadores, tablets ou smartphones.
O tecladista e produtor argentino Martín Rosales, que atua entre estúdios e turnês independentes, resume a tendência:
“Hoje preciso de um setup que caiba em uma mochila, com o qual eu possa compor em um hotel e, no dia seguinte, usar em um show acústico. Os equipamentos compactos deixaram de ser um recurso secundário — são o centro do meu trabalho.”
Como a loja pode se adaptar
Destacar áreas específicas: criar um espaço de “portabilidade”, onde o cliente possa testar mini sintetizadores, interfaces compactas e caixas de som portáteis em um mesmo ambiente.
Oferecer pacotes combinados: bundles que integrem um controlador pequeno, uma interface e uma caixa portátil para quem busca soluções completas de gravação ou performance.
Demonstrações ao vivo: microshows dentro da loja ou transmissões nas redes sociais que mostrem o desempenho real desses equipamentos.
Educação do cliente: produzir conteúdos com comparativos, tutoriais e guias práticos que reforcem que o tamanho reduzido não significa perda de qualidade.
Uma mudança no modelo de consumo
O avanço da urbanização, a limitação de espaço nas residências e a popularização de formatos como bedroom producersou buskers (músicos de rua) estão por trás dessa transformação. Os equipamentos compactos permitem que artistas mantenham um padrão profissional sem depender de grandes estruturas.
Para as lojas, incorporar essa tendência significa não apenas ampliar o portfólio, mas também alinhar-se a um público mais jovem e conectado, que valoriza tanto a praticidade quanto a agilidade na criação musical.